domingo, junho 22, 2025

Marginal à noite

Estive até à última hora para decidir se ia fazer esta prova ou não. Depois de me ter lesionado na corrida de Santo António passei a semana fazer gelo e a pôr pomada no gémeo esquerdo a tentar recuperar minimamente de modo a conseguir fazer a prova. Acabei por ir à prova mas não ia forçar nada ia só rolar sem forçar o gémeo. Então o objetivo passou ser ajudar a Liliana a conseguir fazer a prova em menos de 50 minutos.

Ao ver a partida ao longe, tive aquela sensação de desânimo, de querer estar a competir na minha melhor forma, de querer estar ali a sofrer a correr ao meu ritmo, a fazer o meu melhor. Mas de todo não o podia fazer, passado menos de 1 quilómetro de prova ao ritmo da Liliana, comecei a sentir uma pequena pressão no gémeo, não podia de todo apertar mais. A Liliana estava a conseguir fazer um bom ritmo, quase sempre abaixo dos 6min/km, por isso se não quebrasse seria relativamente fácil fazer abaixo dos 50 minutos. Como começámos muito atrás tivemos de ultrapassar muitos corredores, é uma das críticas fortes que tenho à organização desta prova, que tem piorado de ano para ano, a prova/estrada não tem capacidade para tantos corredores, são só duas faixas para cada lado que não suportam tantos corredores, aliás durante alguns quilómetros os corredores tiveram de ocupar as 4 faixas e só quando os primeiros corredores começaram a vir no sentido contrário é que deixaram de ocupar as faixas em sentido contrário.

No retorno estávamos com 22m30s, ou seja, estávamos muito abaixo para acabar nos 50 minutos e o desafio passava a ser manter o ritmo para fazer abaixo dos 45 minutos. Na subida de Paço d'Arcos foi a pior fase, a Liliana começou a querer quebrar e tive de motivá-la pois a dificuldade até ao final era só aquela. Quando começámos a descer para a meta percebi que era possível fazer abaixo dos 45 minutos, era só apertar um bocadinho. Num esforço final chegámos à meta com o tempo de 44m53s, ótimo tempo para a Liliana e para mim foi positivo conseguir fazer a prova toda até ao fim, mesmo que tenha sido a um ritmo mais baixo.

quarta-feira, junho 18, 2025

Corrida de Santo António

Desde a corrida da Liberdade que não fazia uma prova de 10kms, e esta seria uma prova importante para mim como teste à minha forma, para saber o quão perto da minha melhor forma eu estava. A particularidade importante desta prova é que são 10kms totalmente planos, sem qualquer subida ou descida, por isso com as características ideais para um teste de forma. Quando me dirijo para a prova a descer o Restelo, por volta das 9h10m, noto ao fundo uma série de corredores já no percurso da prova, verifico rapidamente o horário e a prova tinha começado às 9h, ao invés do que eu julgava que era às 9h30m. O aquecimento foi então mal feito, num ritmo acelerado até à partida. Quando cheguei à partida já tinha saído inclusivamente a caminhada. 


Lá andei eu a acelerar pelo passeio, a saltitar de um lado para outro para conseguir ultrapassar toda aquela massa de gente. Contudo o ritmo não estava nada mal, a rondar os 4min/km e sem sinais de fadiga ou desconforto. Pouco depois dos 3kms sinto uma picada no gémeo esquerdo, o desconforto era evidente, mas como outras queixas que já tive durante outras provas julguei ser passageiro e seria só aguentar o desconforto momentâneo. Passado 1 quilómetro a dor não passava e bem pelo contrário, só piorava. Fui obrigado a descer a velocidade, aumentar o número de passos por minuto, diminuindo assim o impacto quando pousava o pé no chão.

Os últimos 2 quilómetros foram feitos em sofrimento, o coração estava bem e todo o corpo sentia-se bem, exceto a dor aguda no gémeo. Mesmo assim o tempo final de 42m38s é um ótimo tempo, ainda para mais tendo em consideração que só os 3 primeiros quilómetros fiz ao meu melhor ritmo.


Acredito que senão tivesse tido esta lesão teria feito com relativo à vontade um tempo abaixo dos 41 minutos, tendo em consideração o ritmo que tive nos primeiros 3 quilómetros. No final alonguei enquanto esperava pela Liliana, mas a perna cada vez ficou mais presa e a dor aumentou. Ainda fui ao posto médico onde me disseram que pelas minhas queixas era provável ser feito uma pequena rutura do músculo, ou seja, vou ter agora um período em que terei de reduzir a carga de treinos/provas para conseguir recuperar da lesão devidamente. Sei que vou ter de me manter calmo para recuperar bem da lesão, de modo a não piorar e então estender ainda mais tempo de recuperação.

Troféu de Oeiras - Linda a Pastora

Penúltima etapa do troféu de Oeiras, num dia de muito calor, como é hábito das últimas etapas do troféu. O objetivo seria continuar a minha melhoria de tempos e aproximação à minha melhor forma. Esta etapa não favorece muito as minhas características pois acaba a descer, e as minhas melhores características veem-se a subir. O início tem a parte mais dura da prova, sempre a subir e com a  inclinação cada vez mais acentuada. Nesta fase senti-me bem, forte a ultrapassar muitos atletas. A seguir às subidas demoro sempre ali uns segundos a conseguir intensificar a velocidade. 

Por volta dos 2,5kms de prova a última subida, com cerca de 500 metros, a partir desse ponto é praticamente sempre a descer ou plano até à meta. Tentei aumentar a velocidade ao máximo, aproveitando o terreno favorável. Apesar de ter aumentado o ritmo, sinto que em breve conseguirei fazer melhor, ainda me falta um pouco para voltar à minha melhor forma. E isso senti no último quilómetro, onde me senti bastante cansado e sem capacidade de manter ou aumentar o ritmo, dando aquele último esforço para conseguir um melhor tempo no fim. O tempo final de 29m31s já está muito mais próximo do meu melhor (menos 50s) do que o péssimo tempo que fiz no ano passado. Pouco a pouco voltar ao meu melhor.


terça-feira, maio 20, 2025

Imperial Age - Lisboa

Os Imperial Age são uma banda que ouço esporadicamente, posso dizer que não estão nas minhas bandas mais ouvidas, no entanto desta vez quis aproveitar ir ver ao vivo para ter uma noção mais clara do que vale a banda ao vivo. Talvez por o concerto ter sido em dia de dérbi, nunca tinha visto o RCA tão vazio, ainda me dei ao trabalho de contar e ao início não estavam mais de 30 pessoas, antes dos concertos das bandas de suporte, e mesmo durante Imperial Age não estariam mais de 50 pessoas, o RCA estava "despido" como nunca o tinha visto. Antes do início dos concertos o Mário, que por acaso também tinha ido ver o concerto, reparou que eu estava lá e foi porreiro porque já há algum tempo não estávamos juntos, e por acaso encontramo-nos, vimos os concertos juntos e ainda deu para conversar e saber as novidades.

A primeira banda a atuar foram os InHuman. Era a banda que estava mais longe do meu estilo musical, não é bem a minha praia por isso não gostei muito. O concerto tenta contar uma história, e como performance em palco não achei mau, mas realmente o estilo musical não se aproxima dos meus gostos.


Após isso atuaram os Aeon Gods. Era a banda que tinha mais curiosidade em conhecer pela sonoridade que gostei quando os ouvi durante a semana. Acontece muitas vezes só conhecer algumas das bandas de suporte, pouco antes dos concertos, e este foi um dos casos. Parece-me ser uma banda ainda com pouco reportório, as músicas são todas muito idênticas, em temática, em letra, em sonoridade, para subirem em qualidade têm de mostrar algo mais. O pouco que mostraram é bom, sonoridade, apresentação em palco, comunicação, mas ainda é pouco. Será uma banda que continuarei a seguir para ver se conseguem crescer e continuar a trazer boas músicas um pouco mais diversificadas que o album que têm até agora.


 A última banda de suporte foram os Grotesco Karma. Talvez tenham sido a banda desilusão para mim, pois pareciam mais musicais no que ouvi antes do concerto. O concerto em si foi um pouco "barulhento" para o que gosto, e talvez daí a minha desilusão, pois esperava outra coisa. Claramente não será uma das bandas que continuarei a ouvir. Uma coisa que a banda principal não deve fazer é trazer bandas de suporte com um estilo muito diferente do seu, porque depois acontece isto, pessoas que querem ver a banda principal perdem interesse nestes concertos das bandas de suporte, e não acrescenta quase nada a quem está a ver.


Depois de tantas bandas de suporte finalmente os Imperial Age. Vou começar pelo mais e pelo menos, pois quase se tocam. O mais foi a voz da Jane Odintsova, que é muito mais interessante ao vivo que nas músicas gravadas, fiquei agradavelmente surpreendido pela sua capacidade vocal. O menos foi o timbre do Aor o vocalista masculino, não gostei do timbre e achei que ele tinha dificuldades em chegar e manter algumas notas. Musicalmente é uma banda competente, tem boas musicas, talvez lhe falte um pouco de robustez tanto na potência das músicas, como no reportório, no entanto são capazes de dar um bom espetáculo. O que me interrogo é se não será prematuro andarem a fazer tours em nome próprio, em vez de se darem a conhecer primeiro sendo banda de suporte de outras bandas bem maiores que atraiam centenas ou milhares de espetadores. As poucas pessoas que estavam no RCA, está bem que algumas era devido ao dérbi, contudo acho que o dérbi é só um pequeno culpado e o espetáculo nunca teria mais de 100 pessoas. Certamente continuarei a segui-los, no entanto não sei se os voltarei a ver ao vivo, se nenhuma das outras bandas que atuarem nesse dia me puxarem para ir ver os concertos.

Imperial Age Setlist RCA Club, Lisbon, Portugal 2025

Troféu de Oeiras - Outurela

Esta é a corrida em que "jogo em casa", pois é organizada pela minha equipa, no entanto, neste caso o jogar em casa não me traz nenhuma vantagem, já sei que temos 2 subidas para sofrer, a primeiro é quase um aperitivo, para depois encarar talvez a subida mais longa de todas as etapas do troféu.

A prova começa logo com uma pequena subida, para depois descer até aquela subida de Barronhos, a qual eu chamei de aperitivo. Até chegar ao aperitivo ainda não tinha sentido nada de especial, quando comecei a subida de Barronhos não estava com aquela "potência" que pretendia, não estava a perder tempo, mas também não estava a ganhar o tempo que queria ganhar na subida. Aproveitar a longa descida para descansar e enfrentar o melhor possível a longa subida.

A subida começa com cerca de 3kms de prova, ou seja, já vamos bem quentinhos quando começamos o esforço do prato principal. Os primeiros 900 metros da subida ainda me senti bem, mas quando chego à segunda rotunda e corto à direita, a minha vontade era andar e não correr, doíam-me as pernas e sentia-me sem força. Os restantes 500 metros de subida foram muito duros, e segundo a Liliana que estava no topo da subida, eu ia com uma cara de quem estava a desfalecer.

No falso plano seguinte foi tentar não quebrar muito para ainda conseguir impor algum ritmo na descida final. Como tudo o sobe (muito) também desce (muito), os últimos 2kms foram feitos rapidamente, o ritmo não foi mau, mas poderia ser melhor senão estivesse tão desgastado. O tempo final 32m20s, bem melhor que os 35m50s do ano passado, mas ainda tenho de me conseguir aproximar daquele ritmo que conseguia impor há 2-3 anos atrás que na parte mais fácil ainda tinha energia para conseguir ritmos mais rápidos.

segunda-feira, maio 05, 2025

Ainda sobre o apagão

Sem dúvida que o apagão da semana passada foi algo que ninguém esperava, mas daí ao alarmismo que se seguiu ainda deveria ir um longo caminho. Bem, quanto a mim o que se passou nos primeiros momentos foi o pior, a Luciana teve o Murphy contra ela e tinha começado a descer no elevador mesmo no momento em que deixou de haver eletricidade. Sem telefones ou internet foi um desafio conseguir alguém que viesse abrir a porta do elevador, o que ainda demorou cerca de 1 hora. Depois disso a Liliana acabou por chegar a casa com a Clara e visto já ter percebido que a eletricidade não voltaria tão cedo, pelas notícias que já circulavam, como não conseguia trabalhar, decidi ir ao parque com a Clara e aproveitar o bom tempo para estar com elas.

Quando venho relaxadamente do parque, reparo na bagageira aberta de um carro com garrafões até ao tejadilho! É nesta altura que a única coisa que me vem à cabeça é que alguns humanos estão mais perto dos símios do que eu julgava. E depois com as notícias a circular começo a aperceber-me que era geral, estes açambarcadores estavam a comprar tudo o que podiam e não podiam a preparar-se para o fim do Mundo, porque sim, a falha de eletricidade era o sinal do início do Armagedom. Pessoalmente estava só preocupado com a comida que tinha no congelador, e esperar que a eletricidade viesse antes de tudo estar descongelado. Outra coisa que estava curto era mesmo dinheiro físico, eu nunca ando com dinheiro e somente tínhamos 40€ em casa, sem caixas ATM e sem multibancos preocupava-me se precisasse de pagar algo como o faria.

Senti falta de uma coisa sim, um simples rádio a pilhas, que coisa tão básica, mas naquele dia foi a única forma de ter notícias. Durante a tarde jogámos às cartas e alguns jogos, o que é uma ótima maneira de passar o tempo. Ao final da tarde enquanto ainda havia luz ambiente fizemos o jantar porque temos gás em casa, por isso mais uma vez foi tranquilo. Depois de jantar ouvimos que em Lisboa já havia eletricidade então já que não estávamos a fazer nada em casa fomos até Lisboa ao Hard Rock café, quando voltámos tudo normalizado.

Troféu de Oeiras - Caxias

Depois da corrida da Liberdade, 2 dias antes, não posso dizer que estava totalmente recuperado para atacar esta corrida na melhor forma. Esta corrida o ano passado tinha-me custado imenso a fazer, ainda estava na fase que não estava a treinar porque a Clara tinha nascido há pouco tempo, por isso este ano teria que fazer bem melhor que o ano passado, mesmo com o cansaço da corrida da Liberdade.

Logo quando concluí o primeiro quilómetro percebi que ia sofrer bastante, as pernas estavam pesadas e doridas, era uma questão de saber se aguentaria até ao final, mas as sensações não eram boas. Até aos 3 kms de prova que era quase sempre a descer consegui enganar o cansaço, aí foi a altura que comecei a sofrer a sério. Os 2 kms seguintes de dureza, gastei todas as minhas energias para não perder muito ritmo nas subidas, e quando chego ao quilómetro 5 percebo que estava já muito "vazio" para o que restava de prova.

Nesse quilómetro tentei não abusar muito que as pernas estavam mesmo nas últimas, e guardar ainda alguma coisa para a subida. Na subida final, que normalmente seria onde eu recuperaria alguns lugares, acabei por perder 2 lugares e nem consegui tentar acompanhar, simplesmente passaram diretos. A faltar 150 metros para o final sinto as passadas de outro corredor a chegar ao pé de mim, nessa altura dei tudo o que ainda me restava e acelerei bastante mesmo a subir, o esforço compensou e não o deixei ultrapassar, mas cheguei ao final e quase não me aguentava nas pernas.

Infelizmente os dois que passaram por mim na subida eram do meu escalão, no entanto apesar dos 2 lugares perdidos a nível de pontos para a equipa foi a mesma coisa, contribui com os mesmos 3 pontos. Em relação ao tempo do ano anterior melhorei em quase 2 minutos, fazendo praticamente o mesmo tempo que fiz há 2 anos atrás, por isso, e mesmo com o cansaço, fico contente pelo bom resultado.

sexta-feira, maio 02, 2025

Escape Room

Mas que coisa tão FIXE!!! Já tenho tido muitas provas, desafios, mas o escape room é algo super divertido. Fui à Game Over ao pé da "Feira da Ladra" e foi algo que me entusiasmou como poucas coisas nos últimos tempos. Fui tentar escapar do quarto The Scream os Agrabah, que é um cenário inspirado na história do Aladino. Não posso revelar os detalhes senão perderia a piada para quem quiser fazer este quarto. A mecânica é sempre a mesma em todos os quartos, temos 60 minutos para resolver os muitos puzzles/enigmas que vamos descobrindo com a finalidade de conseguir abrir a porta da sala para sairmos. 

Gostei tanto da experiência que marquei logo uma segunda sala para uns dias depois, fomos fazer a Illuminati, que segundo os funcionários era a segunda sala mais difícil que tinham e era um pouco mais difícil que a primeira que tinha feito. Esta sala é inspirada no filme "Anjos e Demónios" Mais uma vez conseguimos sair com sucesso, mas a maioria do grupo gostou mais da primeira sala. Pessoalmente gostei de ambas, achei que esta segunda tinha um primeiro enigma muito chato de ultrapassar e estava a ficar frustrado ao ponto de me ter posto de parte e ter dito - Resolvam vocês que eu estou bloqueado e só vou atrapalhar. Esta segunda sala tinha mais enigmas numéricos e talvez um pouco repetitivos, por isso talvez tenham gostado mais da primeira sala. Pessoalmente adorei as duas, e se bloqueei no primeiro enigma, acho que os restante foram bastante fluídos, se não descobríamos a solução à primeira tentativa, à segundo ou terceira tínhamos a resolução.



Corrida da Liberdade

Que melhor maneira de começar o dia da liberdade que a libertar energia numa corrida? Nunca tinha feito esta prova mas segundo a organização a prova teria 11km. Pelas minhas contas se conseguisse um ritmo aceitável faria os 10kms em 43m-43m30s, por isso um bom tempo seria abaixo de 48min de prova. O percurso aparentemente parecia-me fácil, pois seria quase sempre a descer e certamente o declive da prova seria negativo.


Comecei a prova bastante atrás e o primeiro quilómetro foi algo chato a tentar ultrapassar aquela confusão, até que cheguei ao pacer de 4m30s/km. Na primeira pequena subida que tínhamos em Carnide não me conseguia distanciar do pacer, e olho para o relógio e estava a 4m20s/km, calculei que ele tinha saído atrasado como eu e estava a tentar recuperar o tempo perdido. Quando chegámos ao plano lá me comecei a distância. Nessa altura o tempo começou a abrir um bocado e o calor começou-se a fazer sentir.

Quando cheguei aos 5kms de prova ia com 21m02s, um óptimo tempo, e as sensações eram muito boas, nem respiração ofegante nem desconforto muscular, e continuava a ultrapassar outros corredores, ou seja, o ritmo era bom. A parte mais dura estava reservada para a saída do túnel que dá acesso à Avenida da República e a própria avenida, pois é sempre ligeiramente a subir, e ai tive de acelerar o coração para não quebrar muito o ritmo. Chegado à rotunda do Saldanha sabia que a partir dali seria sempre a descer até ao fim, era dar tudo até à última gota de energia. À passagem dos 10km ia com 42m24s, o que significava que mesmo com a subida só tinha perdido 22s dos primeiros 5kms para os segundos 5kms. Mantendo o ritmo que levava sabia que conseguia fazer abaixo dos 46m30s, muito melhor que os 48min que inicialmente eram o meu objetivo. Quando começo a ver a meta apercebo-me que a prova não iria ter os 11kms, no final teve 10,75km. O meu tempo final foi de 45m25 a um ritmo de 4m13s/km, o que me deixo muito feliz. Se voltar a fazer esta prova o objetivo terá de ser baixar dos 45 minutos de prova.


terça-feira, abril 29, 2025

Cabo Verde - Retornar à Ilha do Sal

De volta a Cabo Verde, mais propriamente à Ilha do Sal, 2 anos depois da primeira visita. Desta vez a grande diferença foi não termos ido só eu e a Liliana, mas ao invés disso levámos os nossos filhos. Para o Francisco inclusivamente foi o seu batismo a andar de avião, e apesar do seu medo inicial creio que o conseguiu ultrapassar. Na descolagem algum medo mas depois durante o voo tudo normal, metade do tempo comeu e a outra metade dormiu, nem deu pela aterragem.

Quanto à estadia voltámos a ficar no Riu Funana, "equipa que vence não se mexe", e como tinha corrido tão bem há 2 anos retornámos ao mesmo sítio onde tínhamos sido felizes. Desta vez a estadia foi um pouco menos descontraída, pois tínhamos os miúdos para nos preocupar, se a Luciana já não é uma preocupação o Francisco e especialmente a Clara têm de estar constantemente debaixo de olho.

Este ano apanhámos um pouco mais de vento, mas a mesma temperatura maravilhosa, este sítio é o mais perto que estive do conceito de ilha paradisíaca. Voltámos a tirar um dia para viajar pela ilha, para os miúdos conhecerem os pontos mais turísticos da ilha. Infelizmente não conseguimos ir à Buracona, devido à agitação marítima estava fechada no dia que fomos passear. Mas conseguimos ir aos tubarões, que os miúdos adoraram, nesse lugar também tivemos contato com um pequeno macaquinho o que fez as delícias deles. Finalmente, desta vez conseguimos chegar a tempo de visitar as salinas, coisa que não conseguimos da primeira vez, e é um sítio que vale a pena passar o dia todo a descontrair.

Na nossa viagem tivemos contato com o jogo Ouril (há quem chame Ouri), o jogo é como a sueca em Portugal, nos bancos de praças e jardins lá estão pessoas a jogar. Como é um jogo bastante didático, que até poderia ser da família das damas, comprámos um para nós e temos jogado algumas vezes cá em casa. As festas do Riu foram outra vez muito giras, mas com a Clara e o Francisco já meios a dormir durante o jantar conseguimos aproveitar muito pouco das festas pós jantar. Como acordávamos sempre muito cedo chegava às 21-22h e já estavam a dormir em pé.

Ainda consegui tirar uma manhã para mim para ir mergulhar no melhor sítio onde já mergulhei. A última vez que tinha mergulhado tinha sido há 2 anos quando lá tinha estado, e vai ser difícil habituar-me outra vez a mergulhar em Portugal, a água quente (eles diziam que não que estavam no inverno e 22ºC na água era pouco), a visibilidade e a vida marinha tudo magnífico. Já voltava a este paraíso...


sexta-feira, março 28, 2025

Troféu de Oeiras - Leião

A corrida de Leião só a tinha feito uma vez, no ano passado, numa altura em que a Clara tinha acabado de nascer e eu estava numa péssima forma, por isso o objetivo para este ano era melhorar o tempo do ano passado. Lembrava-me mais ou menos do percurso, ou pelo menos onde estavam as subidas, apesar de não ter a perfeita noção da dureza ou distância de cada uma delas.


Tentei começar a um ritmo forte mas confortável, durante a semana tinha andado a fazer algumas séries a 4:20-4:25 e senti algum desconforto, por isso estava um bocado expectante sobre fazer um ritmo superior a isso. E o ritmo inicial foi muito idêntico ao do ano passado, aliás o primeiro quilómetro do ano passado foi mais rápido. A diferença começou-se a fazer depois de 1,5kms de prova quando apanhei a primeira subida. Nesta altura ia com o João da equipa SIMECQ, que nada comigo algumas vezes, e foi bom fazermos a subida juntos a puxar um pelo outro. Mas se a subida não fez muita diferença, a partir daí a diferença foi sempre a aumentar, pois o ano passado dei o estoiro no final da subida. Nesta prova senti-me bastante melhor que nas anteriores, mais a vontade, menos ofegante. Quando apanhei a última subida, nesse quilómetro é que se vê bem a diferença de forma de um ano para o outro, este ano demorei menos 1 minuto no 6º quilometro de prova, quando se apanha a última subida. No plano até chegar à meta ainda fui ultrapassado por 2 corredores, eu ali a rondar os 4m10s/km e eles a passar por mim que nem uma flexa. Acabei por ficar no 16º lugar do meu escalão com uma média de 4m17s/km, retirando quase 4 minutos ao tempo do ano passado, nada mau.



Black Tie Club

Ultimamente tenho visto algumas séries portuguesas, e uma dessas séries é O Clube. Fundamentalmente é um retrato da vida noturna de um clube de strip, há quem diga que tem alguma base onde retrata casos reais, apesar disso ser desmentido pela produção da série. Com uma interpretação soberba do José Raposo, entre outros renomeados atores e atrizes, é uma série que me tem prendido. Dito isto, acabámos por descobrir onde a série é maioritariamente gravada, num clube chamado Black Tie.


Como não só eu sigo a série, mas também a Liliana e o irmão a seguem, aproveitámos uma altura em que o Rui estava em Lisboa e lá fomos todos conhecer "O Clube". A nós juntaram-se ainda a Luciana e o Pedro e acabou por ser muito engraçado ir com eles, pois como são muito novos não conseguem encarar aquele ambiente com alguma naturalidade e ficaram espantados, chocados ou um pouco desconfortáveis. O facto de levarmos as nossas mulheres para mim foi uma vantagem, eu gosto de apreciar o ambiente destes locais, mas não gosto de ser importunado, e por estarmos acompanhados as raparigas do clube perceberam que a nossa onda não era a mesma que os utilizadores habituais deste tipo de espaços. Quanto a mim, gostei especialmente dos espetáculos de pool dance, é preciso ter alguma destreza e atletismo para conseguir efetuar alguns dos movimentos, um belo espetáculo para desfrutar. Quanto ao espaço fiquei um bocado surpreendido, na série parece muito maior, mas na realidade não é assim tão grande. Toda a decoração é idêntica à da série por isso é quase como se fossemos puxados para dentro de um episódio. Aconselho aos fãs da série a darem um saltinho ao verdadeiro Clube.

segunda-feira, fevereiro 24, 2025

Fim de semana em Estremoz

A única vez  que tinha ido a Estremoz tinha sido há 2 anos e meio atrás. Desta vez, a Liliana decidiu oferecer-me pelo dia dos namorados uma estadia de duas noites em Estremoz na Casa do Gadanha. Este Turismo de Habitação foi dos melhores sítios onde já estive, quartos grandes, limpinhos, simples mas bonitos, de destacar os miminhos que nos deixaram no quarto como as bolachas feitas por eles. Além disso tem um espaço no 2º andar onde tem bolachas, chás e cafés à disposição de todos os hóspedes. Uma palavra à simpatia e amabilidade dos proprietários, o Rúben e a Michele, um casal super simpático com o qual partilhámos algumas conversas e experiências, sem esquecer todos os funcionário que tudo fizeram para nos fazer sentir como se estivéssemos na nossa própria casa. Aliás o conceito deste espaço é muito familiar, muito de proximidade, é como se estivéssemos a visitar uns amigos. E finalmente os pequenos almoços...que delícia, tudo feito na hora, tudo com produtos biológicos locais, simplesmente de comer e chorar por mais.

Desta vez acabámos por passear um pouco pelas ruas empedradas, se a gastronomia desta bela cidade é do melhor que o país tem para oferecer, faltam alguns sítios de interesse para visitar. Da última vez que lá estive tinha ido ao museu e ao castelo, desta vez acabámos por não ter nenhum sítio para visitar em concreto, por isso passámos grande parte do tempo simplesmente a passear pela cidade. No sábado ainda fomos ao mercado local e aproveitámos para comprar alguns legumes e frutas locais, como o tempo estava frio as coisas aguentaram dentro do carro durante um dia. Ainda para mais a meio da tarde começou a chover por isso aproveitámos por desfrutar um pouco do alojamento. A nível de refeições experimentámos um sítio novo que vale muito a pena visitar, pela história do espaço, pela decoração e pela deliciosa comida, a Cadeia Quinhentista. Foi um fim de semana de tranquilidade e descanso mental, gostámos tanto que já agendámos para breve uma nova visita com os nossos queridos Malfeitores da Passarinha.


segunda-feira, fevereiro 10, 2025

Fim de semana em Roma

quase 10 anos atrás, quando fiz uma rápida visita a Roma, ficou a promessa a mim mesmo que um dia teria de voltar com mais tempo a esta bela cidade. A promessa foi cumprida no último fim de semana, numa cansativa e excitante visita a uma das cidades com mais história do Mundo. No primeiro dia visita ao Vaticano e à impressionante Capela de São Pedro. Por muitas vezes que se veja não podemos deixar de considerar algo maravilhoso e belíssimo, a magnitude, a arte são de tirar a respiração. 


Como o Castelo de Santo Ângelo era ali mesmo ao lado foi a nossa paragem seguinte. Este castelo ainda não conhecia, e se a nível de arte é muito mais pobre, a nível de arquitetura e estrutural é bastante interessante. Possibilita uma viagem aos tempos medievais, imaginando as batalhas ali travadas e o quão difícil seria invadir tal estrutura. A vista sobre o Vaticano e o Rio Tibre são espetaculares e algo que guardarei na minha memória.

A Fontana Di Trevi fica também relativamente perto mais uma caminhada. Na altura que tinha visitado Roma não me tinha apercebido da beleza deste monumento, pois na altura estava em manutenção e quase completamente vedada. Desta vez pude apreciar a sua beleza em todo o seu esplendor, aquelas lindas esculturas com uma água tão límpida e translúcida que parecia diretamente retirada de uma nascente. O dia já estava longo e era hora de procurar um sítio para comer uma pizza perto do hotel, descansar, porque o dia seguinte seria para acordar cedo.

O programa para o segundo dia era o Coliseu, o Forum Romano e o monte Palatino. Era tudo junto mas a previsão de chuva para a tarde fazia com que tivéssemos de visitar tudo na parte da manhã. Como já tínhamos andado muito no dia anterior, e queríamos chegar cedo, experimentámos a viagem de metro. Em relação a Lisboa as estações são mais velhas e a rede de metro não é muito boa, por acaso há estação ao pé do Coliseu e havia uma estação relativamente perto do hotel onde estávamos, mas se quiséssemos ir mais para o centro a opção teria de ser de autocarro. Pelo que percebi à planos de expansão das linhas de metro mas há ainda muitos sítios inacessíveis, é como imaginar Lisboa onde o metro fosse só ali ao Cais do Sodré, Marquês de Pombal e Santa Apolónia, e no meio destes 3 pontos não houvessem estações de metro. Uma coisa boa é a regularidade dos metros, nunca tivemos mais de 3 minutos à espera.


Chegámos ao Coliseu por volta das 10h mas já só havia entradas disponíveis para as 13h15m. Na altura que vim ao Coliseu recordo-me das imensas filas, provavelmente porque na altura não haviam bilhetes por horários, assim como está agora podem vender um limite de bilhetes para cada horário, o que evita aquelas filas monstruosas. Bem, como só podíamos ir ao Coliseu às 13h15m fomos primeiro ao Monte Palatino e ao Forum Romano


Não sei muito bem porque dividem estes dois locais, pois eles são indivisíveis, a entrada é a mesma para ambos e não há qualquer tipo de barreira a dividi-los, é para parecer que o bilhete dá acesso a 2 sítios diferentes quando na verdade é só a um. Tal como da primeira vez, achei este o local mais interessante de Roma, lindo, histórico, e mais uma vez conseguimos viajar no tempo, e imaginar o que seria viver como um romano naquela pequena cidade. A única coisa muito chata nesta visita foi andar com o carrinho da Clara, aquelas vias romanas estavam adaptadas a carroças mas não a carrinhos de bebé.


Chegada a hora fomos até ao Coliseu. A estrutura é impressionante, é imaginar construir uma estrutura como um estádio de futebol, com a tecnologia e materiais de há quase 2000 anos atrás. A visita já foi feita com muita chuva, se dentro das galerias isso não era um problema, quando íamos às bancadas a situação já não era nada agradável, ainda para mais com um carrinho de bebé. O resto do dia foi sobre chuva, logo não deu para passear grande coisa. Acabámos por ir jantar ao Hard Rock, um local que comecei a apreciar após ter ido pela primeira vez a um Hard Rock quando fui a Veneza. Gosto daquele ambiente com boa música ambiente, as montras com guitarras, roupas, instrumentos de artistas que aprecio.


Último dia o objetivo era voltar ao Vaticano, e assistir a uma missa dada pelo Papa. Eu não sou religioso nem acredito em entidades divinas, mas para a Liliana e a mãe era algo que as realizaria. Bem, mais uma comparação, ver aquela missa publicitada como sendo dirigida pelo Papa, teria sido para mim o mesmo que ir ver um concerto dos Rolling Stones, e eles tocarem uma música introdutória, depois tocar uma banda de tributo e os Rolling Stones fecharem o concerto com uns refrões. Pois, foi o que aconteceu, o debilitadíssimo Papa disse uma parcas palavras no início e no fim e o resto da missa foi dirigida por outro padre. O que interessa foi que elas adoraram, se fosse eu teria-me sentido enganado com as espectativas defraudadas.

Contudo nem tudo poderia correr bem nesta viagem, tem de haver sempre uma peripécia para apimentar a viagem. Íamos visitar o Museu do Vaticano, e não se percebe bem porquê mas fecha aos domingos, talvez o dia que é mais propício para ter visitas. Mas esta não foi a peripécia, a peripécia foi quando abri a carteira em frente ao Museu do Vaticano e me apercebi que tinha perdido o cartão de Cidadão e a Carta de Condução...PÂNICO... A carta de condução nem era o mais importante, mas sem o Cartão de Cidadão não podia apanhar o voo de volta na madrugada seguinte. Telefonei logo para o Hard Rock que tinha sido o último sítio onde tinha aberto a carteira e nada, os cartões não estavam lá. Voltar apressadamente para o hotel, apesar da esperança ser nula porque não tinha aberto a carteira depois do Hard Rock por isso os cartões não tinham como cair. Enquanto caminhava para o hotel tentei ligar duas vezes para a embaixada portuguesa, mas para piorar a situação era domingo e ninguém atendia.

Chegado ao hotel, revirar o quarto e nada como esperava. A única coisa que podia fazer era ir a uma esquadra e tentar arranjar uma declaração que me possibilitasse apanhar o avião, e mesmo assim era um tiro no escuro. A caminho da esquadra a Liliana pergunta-me onde eu tinha aberto a carteira antes do Hard Rock. Tinha sido num café onde bebemos um chocolate quente enquanto nos abrigávamos da chuva. Era o próximo local a ir após a esquadra, mas a Liliana ligou logo para lá. Eles atenderam e não é que a sorte estava do meu lado, eles disseram logo se procurávamos por uns cartões com o meu nome quando a Liliana perguntou se não tinham visto os cartões. Voltar ao café e recuperar os cartões. Já chegava de aventuras, voltar ao hotel descansar e jantar pois tínhamos de acordar às 3h para ir para o aeroporto e voltar a casa.

quarta-feira, janeiro 29, 2025

Troféu de Oeiras - Queluz de Baixo

No passado fim de semana voltei ao troféu de Oeiras, à etapa de Queluz de Baixo. Esta é uma etapa que já a faço pela terceira vez e já tenho algum conhecimento da mesma. Dureza quase toda concentrada na parte final, com uma das piores subidas do troféu, a subida da fábrica da pólvora.

Tenho continuado a treinar por isso queria fazer um bom tempo, ou seja, algo perto do que normalmente faria. O arranque é sempre rápido nesta prova pois começa numa descida acentuada, mesmo que não consciente é um arranque rápido. Depois tem um falso plano, ligeiramente a subir, aí tentei pôr-me atrás de alguém grande para me poupar, visto que estava algum vento frontal. Voltar a descer bastante e pouco depois dos 4kms de prova começar a subir aquela infernal subida. A pior parte é entre os 4,5kms e os 5,3kms de prova, mesmo muita gente a andar o que não deixa de ser impressionante aquele nível ver pessoas nem a conseguirem fazer um pequeno trote.

Chegado o topo da subida fazer parte do falso plano outra vez mas agora a descer, subida curta de 300 metros mas dura e descer, descer, descer até à reta da meta. Pouco antes da reta da meta a descer sou ultrapassado por dois corredores. 


Mal começa a subida acelero para os tentar apanhar, um deles passei e nem dei hipótese de resposta, o outro acelerou quando me viu a ultrapassar o primeiro e conseguiu resistir, precisava de mais 20 metros a subir para o apanhar. Acabei no 16º lugar do meu escalão com o tempo de 32m01s, pouco mais de 20 segundos a mais que o ano passado, por isso fiquei satisfeito, senti-me bem ao longo de toda a prova, nunca senti que tivesse perto de rebentar, e o tempo final foi praticamente igual ao do ano passado.



segunda-feira, janeiro 27, 2025

E aí vão 19 anos

Feliz aniversário querido blog, sei que te devia dar mais carinho, sei que devia estar mais atento a ti, mas com esta idade já tens capacidade para andar por ti próprio e não dependeres tanto de mim. Isto seria o que diria a um jovem adulto de 19 anos, infelizmente para um blog o carinho e atenção tem de ser constante pois ele é uma extensão de nós próprios.

Continuo a atrasar um pouco a publicação dos meus posts, no entanto tenho conseguido estar de pedra e cal e continuo a não deixar cair o blog. Primeiro porque me dá prazer escrever e mais importante que isso tudo dá-me muito prazer recordar, e o que escrevo aqui são as minhas memórias, as minhas vivências. E enquanto sentir isto este blog continuará bem vivo a contar a Minha Visão do Mundo.

quarta-feira, janeiro 08, 2025

São Silvestre da Amadora

Mais um ano e a tradição cumpriu-se, última prova do ano é sinónimo de São Silvestre da Amadora. O objetivo para este ano era simplesmente conseguir fazer abaixo de 45min, de modo a ser elegível para a caixa sub45 nas próximas provas de 10kms. Apesar de andar a treinar mais regularmente no último mês, a última prova que tinha feito de 10km tinha sido uma desgraça, onde tinha demorado mais de 50 minutos, por isso a minha confiança estava moderada.

Saí a um ritmo forte mas confortável e ao fim do primeiro quilómetro estava com 4m10s, tendo em consideração que metade da subida estava feita, o tempo era ótimo. Segundo quilómetro a 4min36s e a subida estava toda feita, apesar do segundo quilómetro ter sido bem mais lento a subida também é mais agressiva e eu sentia-me bem, era apertar agora na parte mais fácil. Cheguei a meio da prova com cerca de 21m50s, faltando só uma parte dura, a subida dos comando, tinha uma boa margem para acabar abaixo dos 45min.

A subida dos comandos foi feita a um ritmo bom para a sua dureza, ultrapassando vários corredores. O meu maior pecado nesta prova foi a seguir à subida dos comandos, naquele percurso que é até ligeiramente a descer até ao centro da Amadora quando se apanha a subida da linha do comboio, nunca consegui impor um ritmo forte e sofri para não ser ultrapassado por mais corredores. Aquele 7º quilómetro deveria ter sido feito quase a 4min/km e demorei 4m27s, aqui perdi alguns segundos pouco justificáveis.

Após a subida do comboio, voltei a conseguir manter um bom ritmo até ao final, quase sempre a descer e consegui soltar-me e ir a um bom ritmo até ao final. No final ainda forcei um bocadinho de modo a acabar abaixo dos 44min. Esta prova comprovou que estou a conseguir melhorar o meu ritmo apesar de só ter voltado a treinar melhor há pouco tempo, mas acredito que ainda vou conseguir melhorar bastante. Se algum dia vou voltar a fazer os 10km abaixo dos 40min, acho difícil, ou pelo menos requererá muito mais treino, mas ainda tenho muito para melhorar.