sexta-feira, janeiro 31, 2014

Programação Orientada à Gambiarra

Dei com este conjunto de slides, há uns dias atrás e achei simplesmente delicioso. Para os não informáticos eles não vão fazer muito sentido, mas para os informáticos/programadores estes slides são quase tão bons como um espectáculo de standup comedy. Segundo sei isto já tem algum tempo mas ainda não tinha sido compilado num local, está escrito em brasileiro o que faz com que as expressões ainda tomem um sentido mais sarcástico.

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Andar de mota na berma

Chuva e trânsito, qual o sítio mais seguro para andar de mota? Na berma claro, não prejudicas ninguém e não corres riscos. Não é bem assim, há o risco de passar por um carro da polícia e apesar de ter saído logo da berma, os senhores da autoridade em vez de terem uma actitude pedagógica, visto que eu admiti logo que estava mal porque a lei não me permite andar na berma, apesar de ser o sítio mais seguro e de não estar a prejudicar ninguém, decidiram-me autuar.

Só tenho a dizer uma coisa, obrigadinho, nem vejo todos os dias asneiras bem piores que até põem em risco a vida dos outros, mas não é bem mais fácil multar quem simplesmente não está a chatear ninguém. Ainda por cima é uma infracção muito grave...belas leis que temos. Pronto lá foram 60€ para o lixo, só te desejo uma coisa sr. polícia, que leves cortes  no ordenado superior ao valor em que me multas-te para veres o que custa. Depois ainda querem que o Zé Povinho os defenda, depois ainda querem ser respeitados, depois ainda querem ser reconhecidos pelo trabalho que fazem, então combatam o verdadeiro crime, não andem aí atrás da multa fácil.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Tarja - Aula Magna

Estive indeciso se ia ver este concerto até um mês antes, mas acabei por comprar o bilhete porque estava curioso acerca do que era capaz de fazer a Tarja ao vivo sem os Nightwish. Breve nota acho que a separação foi má para ambas as partes mas sem dúvida que a Tarja se ressentiu muito mais dessa separação, os Nightwish continuaram com uma nova vocalista como senão fosse nada e a Tarja teve ali um início titubeante até se afirmar como cantora a solo. 

Ontem também tive a oportunidade de estar com um amigo meu de longa data o Sérgio, o qual já não o via há alguns anos. Como ambos íamos sozinhos ao concerto foi porreiro sempre deu para conversar antes do concerto e nos intervalos.

O espectáculo começou com os Sorronia, não desiludiram mas também não encantaram. A Aula Magna tem uma acústica espectacular mas eles não conseguiram acertar com o som, a voz estava 'esmagada' pelo instrumental e chegou a haver alturas que não percebia sequer se estava a cantar inglês ou em húngaro. Contudo têm uma sonoridade interessante e fizeram um concerto que cresceu de qualidade com o decorrer, pode ser que tenha sido acima de tudo inexperiência de uma banda que está a dar os primeiros passos.


Passando ao prato principal, pensava que não conseguiria ficar surpreendido pela voz da Tarja, mas tenho de lhe fazer uma vénia, a voz dela ao vivo ainda é mais divinal do que com as edições de estúdio, fenomenal, a melhor voz que já vi ao vivo (desculpa lá qualquer coisinha Sharon Den Adel).

A banda super competente, sim porque uma cantora não vive sem a banda, destacando o som do violoncelo (Max Lilja) que dá algo de único a cada música, e ainda o baterista (Mike Terrana) que apesar da idade que já tem é um verdadeiro animal de palco, um verdadeiro espectáculo dentro do espectáculo.

Tarja Setlist Aula Magna, Lisbon, Portugal, Colours In The Road 2014

Quanto à música em si dei o meu dinheiro por muito bem empregue, o concerto foi muito melhor do que esperava, só acho que a nível de composição a Tarja ainda não tem um reportório assim tão homogéneo, não sei quem é o(s) compositor(es) dela mas acho que aí existe ainda algum trabalho a fazer. Ainda em relação à Aula Magna, se a nível acústico é espectacular, o facto de ter cadeiras...cadeiras e um concerto de metal ligam tão bem quanto água e azeite, não sabia se podia estar levantado ou se estava a incomodar quem estava atrás de mim.

Por fim queria ouvir duas músicas 'Until My Last Breath', a música que mais gosto da Tarja a solo, e 'Wish I Had An Angel' uma música que vem da altura dos Nightwish. Tive sorte, foram exactamente as duas últimas músicas do concerto por ordem inversa, tenho de admitir apesar da voz brutal da Tarja, no seu todo gostei mais da interpretação dos Nightwish que ouvi em em 2008 no Coliseu dos Recreios.


segunda-feira, janeiro 27, 2014

Parabéns a mim

Pois é, já lá vão 8 anos desde que este estaminé foi inaugurado. Já há 8 anos que escrevo para aqui as minhas baboseiras e devo dizer que tem sido uma viagem muito interessante e enriquecedora. Ao final de 8 anos consigo recordar coisas marcantes, consigo ver a minha evolução (não é que tenha sido propriamente positiva, mas foi uma evolução), consigo deixar aqui registado um pouquinho de mim e das pessoas que me rodeiam.

Apesar dos blogs terem entrado em declínio de há uns anos para cá, com a massificação das redes sociais, com o passar de moda, continuo a achar que este blog mantém o seu propósito inicial e por isso cada vez mais tenho vontade de o manter e de continuar a colocar conteúdos novos. É com esse propósito que como prenda de aniversário ofereci ao meu blog uma cara nova, umas alterações de estilo para o tornar mais actual e assinalar os seus 8 anos.

EDIT: Aqui vai a lembrança de comemoração de aniversários anteriores. O 4º aniversário foi memorável, estava mesmo inspirado :)

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Duatlo do Jamor 2014

É a 2ª vez que participo neste duatlo, e se tive a sorte de fazer as únicas 2 edições em que não choveu durante a prova, desta vez as chuvadas dos dias anteriores ao duatlo tornaram os trilhos quase intransitáveis. O duatlo do Jamor tem esta particularidade, dada à altura do ano em que se realiza e ao tipo de terreno, facilmente apanhamos verdadeiros rios de lama.

Alguém me deve ter rogado uma praga, pois mais uma vez estava doente, com febre nos dias anteriores à prova, o que já aconteceu nas últimas provas que participei ou que nem consegui ir participar, mas como esta era uma prova que para mim era só para rolar, que não tinha nenhum objectivo específico, de início de ano, fui fazer na mesma sabendo que não estava nas melhores condições.

A primeira parte da corrida saí bem, mas comecei a sentir-me cansado rapidamente e via muita gente a passar por mim, quando olho para o relógio tinha feito o primeiro quilómetro abaixo dos 3m30s, não admira que estivesse a sentir que ia fora de ritmo. Meti o meu ritmo, sabendo que a seguir tinha de motar a bicicleta e que esse era o meu calcanhar de Aquiles, por isso não convinha moer muito na corrida. Acabei os 5 quilómetros de corrida com cerca de 22 minutos o que é bastante bom dado o percurso desnivelado, tendo sido o 157º entre 287 atletas.


Comecei a parte da bicicleta a um ritmo moderado, sabia as dificuldades do percurso, e sabia que apesar da curta distância a rondar os 15kms, iria estar em cima da bicicleta cerca de 1 hora. A primeira parte do percurso é difícil, mas é transitável, por cima do estádio nacional temos algumas partes de empedrado e a terra é mais arenosa, com alguma folhagem no chão que torna o trilho mais transitável. A parte final já é bem mais complicada, a subir é impossível de ser em cima da bicicleta, aliás mal me conseguia equilibrar fora da bicicleta, a lama fazia-me escorregar tanto que era dificílimo avançar para a frente, e a descer basicamente era ir a deslizar por cima da lama, difícil controlar a velocidade porque mesmo com as rodas bloqueadas deslizávamos como um snowboarder na neve. Ainda vi quedas, mas o único mal que fazia era ficarem cobertos de lama. Acabei por fazer o 212º da bicicleta, mais uma vez era um dos tempos mais modestos.

Na 2ª parte da corrida apesar de já muito cansado e da distância ser curta ainda consegui ultrapassar 5 atletas, um deles ainda me veio a apoquentar quase todo o percurso e já no final na pista de tartã comecei a ouvir os passos dele a acelerar e a chegar ao pé de mim, obrigou-me ainda a um sprint nos últimos 100 metros e só descansei quando ouvi - "Sacana...ainda tinha pernas!". Acabei com 150º tempo nesta segunda parte da corrida. O meu resultado final foi a 197º posição com o tempo final de 1h36m24s, ficando como 2º melhor da equipa em 5 representantes que tínhamos, contribuindo ainda assim para a classificação por equipas. Todos os resultados podem ser vistos aqui.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Lo Imposible

Devo dizer que cada vez vejo menos filmes e mais sérias, se calhar porque a industria do cinema cada vez se divide mais em duas áreas os blockbusters e as "obras primas" chatas candidatas aos óscares. Os blockbusters porque são máquinas de fazer dinheiro, são os mais vulgares, mais anunciados, mais esperados mas ao mesmo tempo os mais desprovidos de algum conteúdo. As "obras primas" porque há sempre alguém à procura da sua perfeição cinematográfica e da fama dos óscares.

Este fim-de-semana vi um bom filme Lo Imposible (O Impossível), que neste caso até me admira não ser um filme de óscares, porque tem todos os condimentos para isso, mas ao mesmo tempo não é um filme morninho onde a acção é pouca ou nenhuma. Se calhar por ser uma produção Espanhola e não uma típica produção 'Hollywoodesca', mas pronto é a minha opinião, e acho também que a nota do IMDB não representa nada o valor do filme. Outra coisa que me agrada neste filme é o facto de ser baseada em factos verídicos, apesar de achar que devem ter havido ali umas pequenas adaptações, para conseguir tornar os factos num filme com uma estrutura sólida.

Gostei especialmente da recriação dos cenários, não sei se foram totalmente digitalizados, se são de imagens reais trabalhadas, o facto é que os cenários são incrivelmente realistas e detalhados com pormenores deliciosos. Quanto aos actores acho que as representações são magníficas, desde os adultos às crianças, conseguem transmitir sentimentos através de expressões faciais, através de pequenos gestos e actos sem que tenham de dizer uma palavra, e isso para mim é que é um grande actor, alguém que transmite sensações, que nos consegue transportar para a sua situação e nos faz viver o filme como se nós estivessemos no papel daquela personagem.

Agora um pequeno à parte, enquanto estava a ver a representação do Ewan McGregor pensei -  "Que belo James Bond estava aqui!" - bem sei que ele é apenas 3 anos mais novo que o Daniel Craig, e quando este terminar o seu período como James Bond, dificilmente o Ewan McGregor ainda estará dentro da janela etária para fazer de James Bond. Mas gostava de o ver nem que fosse em um filme no papel de James Bond, creio que era capaz de voltar a dar um perfil mais clássico e ponderado à personagem e ao mesmo tempo não perder toda a virilidade que imposta pelo Daniel Craig.