segunda-feira, maio 29, 2023
Troféu de Oeiras - Caxias
quinta-feira, maio 25, 2023
Troféu de Oeiras - Outurela
terça-feira, maio 23, 2023
Cabo Verde - Ilha do Sal
A minha primeira viagem a África, apesar de ter de admitir que sinto mais África na Amadora do que em Cabo Verde, pelo menos a maior parte a ilha do Sal é altamente turística e muito europeia. Logo inicialmente houve algo que me provocou alguma estranheza, pensei que no voo fossem só praticamente portugueses e cabo verdianos, não poderia estar mais enganado, muitos espanhóis, franceses, ingleses e alemães, ainda não consegui perceber como Cabo Verde se tornou um destino tão universal, é surpreendente.
A ilha do Sal pode ser dividida em três regiões, apesar de toda a ilha ser árida e a única coisa que produzem ser sal, talvez daí o nome Sal. Temos o sul que é a zona dos resorts, praias deslumbrates, super limpa, muito europeia em que metade das pessoas devem ser turista. Zona centro onde está o aeroporto, a capital Espargos, a pequena vila pescatoria de Palmeiras e a maior extracção de sal na cratera de um vulcão as Salinas de Pedra de Lume. E finalmente a zona norte que é um deserto de pó totalmente árido onde a única coisa que tem para ver é o Buracona, que é um buraco na falesia que reflete a água num azul espetacular.
terça-feira, maio 16, 2023
Triatlo de Oeiras
Já lá ia muito tempo desde a última vez que tinha feito um triatlo, e que bom foi regressar, que bom rever velhos amigos, que bom competir outra vez, que bom voltar a sentir aquelas sensações, o prazer e alivio de completar cada um dos segmentos.
Mas a primeira coisa que vou fazer é reclamar com a organização. Qual foi a ideia de ter um parque de transição que encerra às 9h30m para depois a prova só ter início às 13h30m...4 horas de espera? Está tudo parvo? Quase que a vontade foi de nem ir quando me apercebi dos horários. Para piorar as coisas, quando ia a pedalar para a prova senti fortes cólicas, que se concretizaram num violento distúrbio intestinal, ou seja, foram 4 horas de espera muito interessantes, sempre próximo de uma casa de banho. Em todo o caso ainda consegui dormir cerca de 1 hora à sombra na praia.
Como era de calcular, apesar de ter comido alguma coisa entretanto, não estava na minha melhor forma e a rezar para que tivesse limpo o intestino e durante a prova não tivesse nenhuma complicação. Primeiro segmento e a confusão habitual na água com muitos contactos, mas já sentia também falta daquele nervosismo, daquela máquina de lavar, em que não é só nadar mas escolher trajetórias e evitar levar pancada. A viragem da primeira boia foi particularmente confusa, apesar de ter escolhido um angulo aberto para não passar muito junto à boia, mesmo assim era muita gente. Depois a saída havaiana que detesto, aquele pôr na posição vertical para depois voltar à horizontal baralha-me todo, o voltar a nadar é um sacrifício. No contornar da segunda boia ainda levei com um calcanhar no queixo, lá está uma coisa que antigamente nunca acontecia, estou algo destreinado. Acabar o segmento de natação com cerca de 13 minutos para mim estava ótimo, é o segmento menos suscetível a oscilações de tempos, no entanto não deixou de ser bom.
A transição é algo lenta devido à distância que se tem de correr entre a água e o parque de transição, acrescentando ainda que a primeira transição é sempre mais demorada. Inicia o segmento que tenho sempre receio, o segmento de ciclismo. Formou-se ali um mini pelotão à saída do parque que durou pouco só até Paço d'Arcos. Fiquei para trás só com um ciclista, mas fizemos um bom trabalho e fomos rodando entre nós e mantendo um bom ritmo. No Alto da Boa Viagem conseguimos agarrar num grupo e fomos descansando dentro do grupo. Viragem em Algés e novamente a acelerar o ritmo, tive dificuldade em me aguentar mas consegui até à nova subida para o Alto da Boa Viagem. À chegada a Caxias aparece o grupo das primeiras mulheres, o habitual, aos gritos umas com as outras e a chatearem para os homens não estarem junto delas. Comigo é muito simples, eu vou ao meu ritmo, se não quiserem ali estar ou aceleram ou deixam-se ficar para trás, eu não luto por nada, só luto contra mim, não me chateiem com as vossas guerras.
O grupo acabou por se dividir, houve homens que aumentaram o ritmo e consegui seguir com eles até ao alto de Paço d'Arcos, quando eu e outro perdemos o grupo, mas já estávamos mesmo a chegar e foram meros segundos perdidos, na transição ainda acabei por ultrapassar alguns deles. Acabei o ciclismo com praticamente 33 minutos e uma média de mais de 34km/h, espetacular para quem no último ano tinha feito um treino de 20km, a uma média pouco superior a 20km/h e a morrer no final.
Começa a corrida e eu a sentir-me muito bem mesmo, a ultrapassar atletas atrás uns dos outros, estava a uma velocidade totalmente diferente dos demais à minha volta. No retorno lá estava a Liliana para me apoiar e dar-me uma força final para o pouco que restava da prova. O primeiro atleta que passou por mim faltava pouco menos de 1km para o final da prova, nem tentei ir atrás dele, mas consegui mantê-lo a uma distância de uma dezena de metros. Conforme vou a fazer a curva para entrar na reta da meta pensei - vou acabar a corrida sem ser ultrapassado - comecei a sprintar e ainda o consegui voltar a ultrapassa-lo, creio que inclusivamente não era do meu escalão, mas foi só uma questão de poder dizer que não fui ultrapassado por ninguém. Acabei a corrida com pouco mais de 21 minutos, o que não parece uma grande média, e realmente já fiz melhor em anos anteriores, mas não deixa de ser uma boa média, depois de mais de um ano sem fazer triatlo conseguir acabar forte deixou-me muito satisfeito. Tempo final de 1h11m38s, na posição 109 entre 283, claro que fiquei contente.
quarta-feira, maio 03, 2023
Visions of Atlantis - Lisboa
Pela terceira vez fui ver um concerto dos Visions of Atlantis depois de os ter visto em 2019 e 2020, no meu último concerto pré pandemia. O que posso começar por dizer é que sem dúvida se nota evolução, a banda está cada vez melhor, mais consistente e preparada para subir na lista dos cartazes de festivais. Mas vou recuar um pouco, tenho de falar primeiro da banda de suporte os Autumn Bride.
Pela 3ª vez vi os Visions os Atlantis e cada vez estão melhores. Melhor som, melhor reportório, melhor presença em palco. É uma banda que já merecia mais reconhecimento, num palco maior que o RCA, apesar de estar bem composto, não é um espaço muito grande. Adorei o concerto, nem dei pelo tempo passar, valeu cada cêntimo que paguei pelo bilhete, que a bem da verdade, nem foi nada caro.
E se os Autumn Bride a nível de músicos não é nada de especial, os Visions of Atlantis têm um conjunto de músicos muito bons, destacando ainda mais o baterista. Normalmente o baterista é aquele músico que está lá atrás, escondido atrás dos instrumentos e mal se dá por ele, no caso do Thomas Caser, é um animal de palco que está ali, dá espetáculo, a bateria abana por todo o lado, chama a atenção para si, quanto a mim é o coração da banda. Outro factor que para mim é decisivo para o sucesso mais recente da banda, é a estabilidade no que toca a vocalistas. Esta banda andou diversos anos a trocar de vocalistas até que finalmente juntou a Clémentine e o Michele. Esta aliança franco-italiana sem dúvida que elevou a banda para outro nível, a química e harmonia entre eles dá outra qualidade a cada uma das músicas, e isso notasse mais em músicas que inicialmente foram cantadas por outros vocalistas.