segunda-feira, janeiro 23, 2017

Sabaton - Coliseu do Porto 2017

Depois de há 2 anos atrás ter visto Sabaton pela primeira vez, no Hard Club no Porto, era certo que quando eles voltassem que teria de ver o concerto. Mais uma vez estes meninos decidiram tocar só no Porto, por isso lá fui eu, na companhia do Mário Santos e dos seu irmãos, numa sexta feira ao final da tarde até ao Porto para depois voltarmos a seguir ao concerto.

A primeira banda a actuar foram os Twilight Force. Só os conheci no início da semana quando soube que seriam a primeira banda a actuar no concerto. Mais uma banda sueca (segundo estudos o país das mulheres bonitas, e com ou sem estudo de certeza o país do melhor metal), ao estilo dos Dragon Force, com aquele speed metal como se fosse uma corrida a ver quem consegue tocar mais notas durante uma música. Mas ao contrário dos Dragon Force, o concerto ao vivo é melhor que em album, afinados, sem mandarem pregos a torto e a direito, e uma óptima apresentação em palco. Até aquela voz aguda do vocalista que não gostei muito, ao vivo passava ao lado, porque o geral era bastante bom. É difícil este tipo de bandas ter sucesso, porque tocam para um público alvo pequeno, mas dentro do género gostei muito.



De seguida vieram os Accept, a razão pela qual o Mário foi ver o concerto. A melhor coisa que posso dizer desta banda, que também conheci há pouco tempo graças ao Mário, é que os avozinhos rockão como se tivessem metade da idade que têm. Devia levar uma chapada por não conhecer esta banda, sonoramente muito idênticos a Scorpions, não fossem também alemães. Das coisas que mais gostei de ver nesta banda foi a clara felicidade e prazer que demonstraram durante o concerto, um sorriso enorme do Wolf Hoffmann, era mais do que notório o prazer que lhes estava a dar estar ali a actuar. Outra nota muito positiva foi o palco, estava tão bem arranjado que julguei que já seria o palco para os Sabaton. Espantoso o espectáculo que deu uma banda que é mais velha do que eu, ou seja, quando eu nasci já eles andavam por aí a fazer música da boa.


As duas bandas guest foram muito boas mas quem me fez ir ao Porto foram os Sabaton. Uma nota inicial, só para ficar já aqui o que para mim foi o menos bom do concerto. Há 2 anos uma das coisas que mais gostei no concerto foi o facto de parte da setlist ter sido decidida pelo público durante o concerto, este ano a setlist foi igualzinha aos outros concertos desta digressão, não houve qualquer surpresa. Não sei se a nível de número de pessoas foi muito diferente de há 2 anos, mas talvez pelo Coliseu do Porto ser um espaço maior, e estar para aí a meia casa, dava a ideia de estar menos gente que há 2 anos atrás.

O concerto começou a abrir tal como há 2 anos, com uma das minhas músicas preferidas o Ghost Division. A força desta música levou o concerto logo para um patamar altíssimo, toda a gente a cantar saltar, braços no ar, aplausos, uma óptima interacção entre banda e público. Outro dos momentos altos da noite foi a versão acústica do The Final Solution, absolutamente linda e brilhante, para quem acha que estas bandas são só músicas fortes aqui está um belo exemplo do contrário, um belo momento intimista. Por fim a outra música que tinha curiosidade de ver ao vivo era a Shiroyama, do novo álbum, e por isso nunca a tinha visto ao vivo. O único erro aqui foi não ter sido a última música do concerto, para acabar o concerto em grande estilo. Mais um grande concerto, e sem dúvida esta banda está a tornar-se numa das minhas bandas de eleição. Agora só faltava fazerem um concerto em Lisboa, e já agora senão fosse pedir muito, dedicar uma música a uma batalha ou herói português afinal somos uma das nações mais antigas do Mundo, e quando Sabaton vêm cá são sempre super acarinhados pelo público.

segunda-feira, janeiro 02, 2017

São Silvestre Amadora 2016

Acabar bem o ano é acabar o ano a correr, especialmente a São Silvestre da Amadora. Este ano senti pela primeira vez que tornaram a corrida mais comercial, muito mais gente do que era habitual, muito maior a divulgação, muito maior o marketing. Com isto acho que o nível dos participantes piorou, por norma era uma corrida que havia muita gente a fazer muitos bons tempos, apesar da dureza do percurso, este ano o início foi chato com aquelas pessoas que pouco correm a quererem ir lá para a frente e a estorvar quem quer começar a correr mais rápido logo desde o início.

O percurso voltou a ser idêntico ao que era há 5-6 anos atrás com pequenas variações que tornaram o percurso o mais duro de todas as vezes que fiz esta corrida (e esta já foi a 7ª vez). Apesar de haverem coisas que mudam há outras que ainda bem se mantêm iguais, o apoio do público constante ao longo de toda a prova é impressionante, e é o que essencialmente me leva anos após ano a fazer esta prova.

Ao quilómetro 1.4 o ponto alto da minha carreira de corredor, passei pela Rosa Mota, e ali estava a nossa medalhada olímpica a sorrir depois de eu lhe dizer que já tinha ganho aquela prova só por estar ali a correr ao lado dela. Segui caminho naquele sobe e desce constante, a temperatura que era fria ao início estava agora perfeita para o esforço que estava a fazer.

Depois do Ironman relaxei um pouco os treinos, fazendo só manutenção, já não corria a ritmos tanto intensos durante tanto tempo desde os meus treinos para o Ironman. Se ao início tinha ideia de fazer 42 minutos, o tempo final de 41 minutos deixou-me bastante satisfeito, ainda para mais depois da dureza daquele percurso e de ter estado com ataques de asma durante a semana. O que me impressionou foi novamente a Rosa Mota, ultrapassei-a cedo na corrida mas no final só perdeu 1m30s para mim, ela que tem quase 60 anos e é mulher, fiquei mesmo impressionado. Provavelmente se fosse uma corrida menos acidentada, em que as mulheres geneticamente têm menos capacidade para as subidas, teria sido difícil acabar a esta distância dela, se é que não acabaria junto.