quinta-feira, dezembro 22, 2011

A lei seca

A conselho do meu amigo Pedro Santos comecei ontem a ver a série Boardwalk Empire. Ao contrário da maior parte das séries que vejo que são de Sci-fi, esta é uma série de cariz histórico com uma forte componente cultural que me agrada bastante. Apesar de só ter visto os 2 primeiros episódios fiquei bastante satisfeito e expectante com os próximos episódios. Mais uma nota, num filme de gangster quem melhor para realizar o primeiro episódio que não o Martin Scorsese?

Esta série fala da época histórica da lei seca, uma lei que como é reconhecida por unanimidade foi um erro histórico. Ao ver a série facilmente fiz um paralelismo com os tempos actuais, e como diz o proverbio, se não aprenderes com a história estás condenado a cometer os mesmos erros, creio que o que se passa hoje no que toca às drogas é igual ao que se passou com o álcool naqueles tempos. Senão vejamos, quais foram as consequências da introdução da lei seca, quem bebia continuou a beber e às vezes até mais porque o fruto proibido é o mais desejado, houve uma abrupta escalada de preços pago pelo consumidor final, traficantes enriqueceram, novas formas de criminalidade e aumento da mesma (referência da série a Al Capone). Aliado a isto ainda podemos dizer que o Estado não beneficia dos impostos destas vendas que agora são ilegais, e sim podem chamar-me de oportunista das desgraças dos outros, mas não é isso exactamente que acontece com o tabaco?

Tudo isto me leva a muitos pontos de interrogação. Será que não seria mesmo melhor legalizar as drogas, pelo menos as leves? Que dizem os estudos da experiência holandesa? Que ficaria prejudicado se as drogas fossem legalizadas?

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Lisboa - Olhalvo de bicicleta

Pela 2ª vez eu e os meus amigos do costume (Nuno, Pedro e Jorge) fomos de casa do Nuno em Lisboa até Olhalvo de bicicleta. Desta vez a ideia seria fazer não pela estrada nacional mas por trilhos o que aumentaria a dificuldade e a distância consideravelmente.

Logo pela manhã quando me levantei percebi que a coisa não ia ser fácil, estava um frio intenso e pelo que tinha visto na meteorologia iam estar nuvens baixas todo o dia. Chego a casa do Nuno por volta das 8h, ainda comemos e por volta das 9h saímos. Um frio terrível ainda para mais para mim que sou super magro o frio afecta-me imenso.


Começámos logo por trilhos, tudo muito molhado, muita lama e muito muito mas mesmo muito frio, não sentia os dedos quer das mãos quer dos pés. Passado 40-50 minutos de estarmos a andar o Nuno reparou que o GPS dele tinha passado de 100% de bateria para cerca de 30%, isto era um problema pois o trilho que tínhamos estava lá marcado e como não conhecíamos o caminho sem GPS ia ser difícil chegarmos a Olhalvo. Provavelmente a bateria tal como eu não se deu bem com o frio e descarregou daquela maneira inesperada.


Lá fomos obrigados a desfiar para a estrada nacional e a irmos por um caminho que já conhecíamos. Visto que o caminho era mais simples a opção para tornar a viagem mais interessante foi tentar manter o ritmo elevado. Apesar de estarmos com bicicletas e pneus de BBT conseguimos manter um ritmo a rondar os 25km/h. 


O tempo manteve-se sempre bastante frio e cada paragem que fazíamos para comer ou para verificar qualquer coisa na bicicleta tornava-se um tormento para arrancar novamente. À chegada a Alenquer comecei a sentir dificuldades em respirar, muita humidade e muito frio o que não favorece nada os asmáticos. Tive de pedir para baixar-mos um pouco o ritmo e aqueles últimos 10km foram feitos mesmo assim a 15-20km/h. à chegada a Olhalvo não sentia mãos nem pés, mal consegui tirar as luvas porque tinha as mãos inchadas do frio. E despir-me para entrar na banheira...outra guerra, não tinha força ou sensibilidade nas mãos para puxar a roupa para fora do corpo, ainda por cima os calções de ciclismo são de licra e ficam justos ao corpo...que filme!

A viagem acabou por ficar um pouco arruinada, a volta que era para ser feita também de bicicleta no domingo acabou por ficar cancelada, quando acordámos no domingo estava a chover e nevoeiro, então decidimos não arriscar.