segunda-feira, maio 06, 2024

1 ano de Global Shares


Deixar a Sky ao final de quase 9 anos foi uma das decisões profissionais mais difíceis que tive. Se na altura foi difícil, agora em retrospective, posso dizer que foi uma decisão acertadíssima que só pecou por tardia. Demorei algum tempo depois de sair da Sky para decidir para onde iria, queria tomar uma decisão correta, mas esse tempo de reflexão mostrou-se sábio, pois a minha escolha da Global Shares até agora não poderia ter sido mais certa.

Na Global Shares voltei a sentir-me feliz com o trabalho que desenvolvo, voltei a sentir-me valorizado, voltei a ter prazer no meu trabalho e voltei a ter uma equipa em que todos se entreajudam para entregar um melhor produto no final. Desde a minha entrada a equipa tem crescido imenso a nível de qualidade de entrega, o que me deixa muito feliz porque sei que tenho tido a minha contribuição para que isso aconteça. A compra da Global Shares pela J.P. Morgan pouco antes de eu entrar trouxe alguma instabilidade a nível de processos e de adaptação, mas as coisas estão agora melhor. Nem tudo é perfeito, como não seria de esperar, mas o balanço é muitíssimo positivo e se as coisas continuarem a correr como estão, vejo-me a trabalhar aqui durante alguns anos.

Troféu de Oeiras - Caxias

Todas as provas do troféu de Oeiras são duras, mas se tivesse de eleger a mais dura provavelmente esta seria a minha escolha. E mesmo assim este ano retiraram a rampa inicial ao lado da federação de triatlo, que era uma brutalidade logo ao começo, contudo a prova continua a ser muito dura. A dureza desta prova está no sítio onde estão os segmentos mais duros da prova, pois até metade da prova temos um pequeno sobe e desce inicial, mas maioritariamente é a descer e muito. A partir do meio da prova praticamente é sempre a subir com rampas duras.

Comecei a corrida a um ritmo desconfortável, nesta altura para mim, mas não era nada de especialmente rápido, inclusivamente acima dos 4min/km. Após começar a descer para Caxias, passa o Sebastião por mim, ainda tentei seguir, mas quando cheguei frente à estação de comboios de Caxias já levava uns 15-20 metros de atraso. Quando começa a primeira subida ainda consegui passar 2-3 corredores, se fosse noutra altura teria passado muito mais, estou mesmo numa forma miserável e para o ano terei de treinar muito mais para as provas do troféu. Após essa subida de mais de 1 quilómetro voltamos a descer para mais uma subida até o local onde partimos. Este último quilómetro sempre a subir foi mau, fiz uma média de quase 5min/km, não consegui mesmo desenvolver o meu ritmo. Tempo final de 32m06s e posição 28º do meu escalão. No final tive a boa surpresa de ter a Liliana e a minha filhota à minha espera. Nem as vi quando a Liliana gritou por mim na recta da meta, pois não estava à espera que elas lá estivessem e ia demasiado cansado para ouvir alguma coisa, no entanto quando as vi no final da prova foi uma ótima surpresa.


sexta-feira, maio 03, 2024

Troféu de Oeiras - Leceia

Que calor, podia ser o título desta prova. Por acaso as provas do troféu de Oeiras têm este problema, as primeiras corridas são um frio terrível (lembro-me de Valejas), muitas vezes com chuva, e quando chega a esta altura do ano é um calor insuportável. Na minha opinião as partidas não deveriam ser sempre às 9h30m, no Inverno deveria ser mais tarde e no Verão, ou perto do Verão, mais cedo.

Quanto à corrida o primeiro quilómetro praticamente sempre a subir feito a um ritmo controlado, mas mesmo assim a falta de treino fez-se sentir. Seguir uma pequena descida para entrar na via rápida. Para mim esta é o segmento de percurso mais feio e chato de se fazer de todas as provas do troféu de Oeiras, mais de 1,5km a correr na via rápida com carros a passar ao lado, numa pequena subida que parece nunca mais acabar. Depois 1 quilómetro a descer e novamente mais de 1 quilómetro a subir. Esta segunda subida foi terrível, um calor insuportável, quando acabei a subida nem sentia forças para atacar o restante da prova que era praticamente a descer e plano. Nessa altura passa o Júlio por mim, bem, aproveitei o ritmo a descer dele para meter um ritmo certo. A descida termina ainda com mais de 1 quilómetro para o final, mas parece que é já ali porque passamos perto da meta para dar uma volta, mas essa volta ainda leva um quilómetro. Nessa altura o Júlio estava a vacilar um bocadinho, como a minha prova já estava mal de qualquer forma esperei por ele, e tentei puxar o máximo por ele que era possível até ao final. Na recta da meta ainda lhe dei um empurrão para ele passar mais uns corredores. O tempo final  miserável, acabando no lugar 25 do meu escalão.


quinta-feira, maio 02, 2024

Troféu de Oeiras - Leião

Este era dos poucos percursos que ainda não tinha feito antes, por isso ia mesmo ao desconhecido quanto ao percurso. Esta prova foi cerca de 2 semanas depois da Clara nascer, por isso treinos zeros, descanso pouco, era ir só mesmo pelo prazer de correr...e de sofrer! O que melhor me lembro desse dia era a cor alaranjada do céu, era um daqueles dias que aconselhavam a não fazer actividade física devido às poeiras vindas do norte de África. E sim, sentia-se a dificuldade em respirar devido à má qualidade do ar.

A corrida começava com pequenas rampas chatas até 1,5km de prova, depois disso uma longa subida de quase 2 quilómetros, onde normalmente eu faria a diferença, mas não estou em forma e foi sofrer na zona onde costumo ser forte. Depois disso descer e tentar recuperar o folgo, com dificuldades. Repetir as rampas do início seguido de uma dura rampa de 400 metros para finalizar. Sentia-me tão mal que queria parar a todo o momento e foi por uma questão de honra que não o fiz. O último quilómetro foi doloroso e foi só não tentar perder muitos mais lugares. Acabei somente na posição 34 do meu escalão, a minha pior classificação de sempre, com uma média superior a 4m30s/km. Melhores dias virão, este ano já percebi que será mau pela falta de treinos.

2 meses de Clara

Parece que foi ontem que nasceu a mais recente elemento do clã Sousa, mas já foi no dia 6 de Março. Nesse dia nasceu a pequena Clara com 2435g, 45cm, pelas 20h de parto natural. Foi um dia maravilhoso, um parto super relaxado apesar de termos estado todo o dia no São Francisco Xavier. Tenho de dar uma palavra de apreço à equipa que nos seguiu durante aquele dia, médico, enfermeira parteira, anestesista, auxiliares, uma equipa fantástica que tornaram o nascimento da Clara em algo perfeito. Como pai adorei porque pude estar presente e dar uma pequena ajuda em todos os momentos. 

Uma das coisas engraçadas que se passou, e que irá ficar marcada na minha memória, foi a descontração na altura do nascimento. Parecia aquele anúncio da Liga Portugal onde está um casal, em que a mulher está a dar à Luz, e estão a ver um jogo de futebol. Ali foi parecido, na televisão do quarto estava prestes a começar o Manchester City contra o Copenhaga, e eu e o médico a falarmos das equipas e do jogo que estava prestes a começar, enquanto esperávamos que a contração viesse. E nisto uma contração sai a cabeça da Clara, outra contração e ela está cá fora, pareceu tão simples. Ainda há poucos dias a Liliana disse que tinha saudades do dia do parto porque tinha sido tão bom que só tem boas memórias do dia, apesar da ansiedade com que estava no início do dia.


Agora já com quase 2 meses temos a nossa menina linda e saudável. Alguns desafios quanto a dormir, ela é como eu, não gosta de dormir, mas tirando isso tudo espetacular. Às vezes a falta de dormir dá para fazer birras de sono, mas é algo que a temos de rotinar. Normalmente as crianças no carro adormecem logo...a Clara não...a única coisa que até agora parece ser eficaz é correr com ela, ou seja, levar o carinho dela e irmos correr, aí ela adormece logo, por isso os meus últimos treinos de corrida têm sido sempre a empurrar o carrinho. Entretanto é ir desfrutando do momento pois passa rápido.

terça-feira, abril 16, 2024

Ida ao pavilhão do Conhecimento

Último fim de semana antes da Clara nascer, a Liliana deveria andar um pouco por forma a preparar o parto que teria de acontecer nos dias seguintes. Com isso em mente tínhamos de arranjar algo para fazer que controladamente, a fizesse andar um pouco.

Tínhamos duas opções em cima da mesa, ir à exposição Bodies ou ir ao pavilhão do Conhecimento. Como o Francisco tinha medo da exposição Bodies, a decisão foi fácil, ir ao pavilhão do Conhecimento. Não me recordo se durante a expo 98 cheguei a ir ao pavilhão do Conhecimento, mas mesmo que tivesse ido já não me lembrava e certamente a exposição não seria a mesma.

A maior parte da exposição estava relacionada com o espaço, logo para o Francisco era complicado perceber a maior parte das coisas. A parte da ciência tentei explicar algumas coisas e com algum sucesso ele conseguiu perceber. A parte do parque ainda deu para o Francisco brincar um pouco mais descontraidamente. Acho que a exposição está mais direccionada para adolescentes e adultos que têm uma maturidade e conhecimento mais consolidado, conseguindo aproveitar muito mais.



segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Fim de semana na Covilhã

Já fazia quase 10 anos que não ia à Covilhã, se bem me recordo a última vez que lá tinha estado tinha sido no Verão de 2014, quando fui às festas do Fundão. Para alguém que não é assim tão amante de neve e prefere o calor, o tempo do fim de semana seguinte ao Carnaval foi espetacular para visitar a serra, um sol primaveril magnífico e com calor ao ponto de andar diversas vezes de t-shirt. De qualquer modo atividades radicais neste momento também estão algo limitadas, a Liliana já estava no 37 semanas de gravidez nessa altura, por isso não dava para fazer muitas atividades fisicamente desgastantes.

Ficámos hospedados na quinta de Sta. Iria que tem um ótimo espaço exterior e graças ao bom tempo conseguimos desfrutar imenso, campo de futebol, mini golf e uma série de animais que podíamos visitar a qualquer altura. Para os miúdos foi perfeito, bom tempo e muito espaço protegido no exterior das habitações. Além disso tinha um pequeno ginásio, mesa de ping-pong, snooker, matraquilhos, ou seja, tudo o que se podia pedir para um fim de semana cheio de diversão. Infelizmente não levei os calções de banho, porque não calculava que estaria tão bom tempo, senão ainda teria aproveitado para dar um mergulho na piscina. Fim de semana para recordar.







segunda-feira, janeiro 29, 2024

Atingir a maioridade

Parece que foi ontem que este blogue foi criado, mas a verdade é que acabou de atingir a maioridade. Sim, fez 18 anos, até já poderia votar, mas política é daqueles temas proibidos por aqui, não me recordo se alguma vez falei sobre política, mas se o fiz foi num tom leve, porque tal como religião e desporto são três coisas que raramente se conseguem debater pois quase sempre o debate acaba em discussão.

Não acredito que hajam muitos blogues por aí com esta longevidade, por isso é algo que me deixa orgulhoso, pode não ser um blog muito visto ou interessante, mas vai resistindo às mudanças, especialmente a um paradigma mais recente onde se transfere o conteúdo de blogues para youtube, instagram, twitter (ou X como lhe queiram chamar), tiktok, etc. É quase como conseguir que o formato livro sobreviva a uma era digital, onde há rádio, televisão, internet, etc, e onde os conteúdos e conhecimentos se conseguem obter de outra forma, onde antigamente só era possível fazer através dos livros.

Se já pensei em parar o blogue? Sim, porque cada post me dá trabalho e me tira tempo para outras coisas, mas luto para continuar o blog pois são as minhas memórias, é o sítio onde registo momentos marcantes da minha vida. Quantas e quantas vezes me socorro do blog para me recordar de pequenos detalhes, de sítios, de acontecimentos. Sei que me tenho atrasado a registar os eventos nos últimos tempos, por exemplo os 18 anos deste blogue foram há 2 dias atrás, no entanto vou continuar a fazer um esforço para o manter vivo. Parabéns pela maioridade.

quinta-feira, janeiro 25, 2024

Troféu de Oeiras - Queluz de Baixo

Quando vi o percurso não me apercebi da alteração que ele tinha em relação à única vez que tinha feito esta etapa. Quando cheguei ao local e reparei que tinham posto uma subida acentuada até à meta, por um lado fiquei chateado porque era uma dificuldade extra, por outro lado dava-me vantagem teórica na chegada à meta.

Partida relativamente rápida por ser a descer, apesar de não estar tão à frente como normalmente estou, não deixou de ser uma partida rápida. À passagem do primeiro quilómetro olho para o relógio para ver com que média estava e reparo que não tinha iniciado a gravação, perdi ali o primeiro quilómetro e fiquei na dúvida se estava a ir rápido ou não. Uma das vantagens de ter começado mais atrás é que praticamente não fui ultrapassado durante o percurso e ultrapassei muita gente, o que psicologicamente traz a sensação que estamos a ir bem. Por outro lado temos referências mais lentas para seguir, por isso o estarmos mais rápido tem de ser relativizado, e não ficar ali só a seguir outro atleta, temos de sair da zona de conforto.

Bem mas esta é a etapa do troféu que tem a famigerada subida da fábrica da pólvora. Com 3,8kms apanhamos aquela rampa que só de olhar dói, com inclinações a tocarem os 15%, ou seja, já muita gente não corre simplesmente anda porque é um dispêndio de energia muito grande para uma pequena vantagem que se ganha. Até à rotunda são 400 metros disto mas mesmo depois da rotunda não melhora muito, são outros 400 metros em que a média deve de andar nos 5%. 

No final da subida tinha o coração a sair pela boca, e a lembrar-me que ainda haviam mais duas rampas até ao final. Na primeira consegui ultrapassar alguns atletas que depois de voltaram a ultrapassar na descida. Durante a ligeira descida até ao final tentei manter o contacto pois sabia que tinha a subida final. Quando entrei na subida final aumentei o ritmo e consegui só com isso ultrapassar 2 atletas, quando pensei que ia ter uns últimos metros tranquilo começo a ouvir uns passos e quando olho por cima do ombro esquerdo vejo alguém a aproximar-se, pronto foi sprint até cortar a meta para não deixar que me ultrapassassem. Tempo final de 31m38s para fazer os 7,3kms da prova, média de 4m20s/km e somente o 23º lugar do meu escalão.


Troféu de Oeiras - Valejas

Esta é uma etapa do troféu de Oeiras que me diz muito, pois foi aqui que eu há 4 anos atrás me estriei no troféu. Parece que foi há tanto tempo atrás, antes do COVID, quando eu estava no topo da minha forma, tanto se passou desde lá.

Avançando para a prova em si, que frio terrível que estava naquele dia, 6ºC antes da partida e o que posso dizer em relação ao frio, é que só voltei a sentir a ponta dos dedos quando cheguei a casa e tomei banho de água quente. Ao contrário das outras provas, e porque não estou assim tão em forma, decidi não ir "à morte" logo desde o início, a parte final desta prova é dura e queria guardar alguma energia para o fim. Primeira descida controlada, subida longa para retornar à zona da meta e descida vertiginosa.

 

A partir desse ponto estamos a meio da prova com mais ou menos 3,7kms de prova, agora era começar a dor. Logo ali temos uma curta mas dura parede de 200 metros e depois mais de 1km sempre a subir. Até consegui manter um ritmo decente para uma subida, não posso dizer que tenha tido uma grande quebra. Ligeiríssima descida e depois mais 1,5kms sempre a subir até ao final com aquela dura subida mesmo antes da meta. Ao longo desse percurso consegui manter a minha posição ainda tentei forçar para apanhar quem estava à minha frente na última subida, mas eles não vacilaram muito e eu estava algo distante para os conseguir ir buscar. Acabei com o tempo de 32m52s no vigésimo lugar do meu escalão.

quinta-feira, janeiro 04, 2024

São Silvestre Amadora 2023

Último dia do ano é sinónimo de São Silvestre da Amadora. Depois de no dia anterior ter feito a São Silvestre de Lisboa só tinha um objectivo, fazer esta são silvestre em menos de 45 minutos de modo a garantir o dorsal de sub45 no próximo ano. A minha ideia era não me cansar muito em Lisboa, mas acabou por não acontecer, estava algo cansado e com dores num dos joelhos. Os 2 primeiros quilómetros são os mais duros e consegui fazer uma média melhor que a que necessitava, por isso fiquei ali logo mais ou menos descansado que iria fazer um tempo até melhor do que o que precisava.

Quando o relógio marcou os 5kms estava com 21m40s (aos 5kms oficiais de prova estava com 22m08s), se a prova tivesse os 10kms estaria muito perto dos 43 minutos finais, bem sei que a prova tem um pouco mais de 10kms contudo tinha muita margem para gerir até ao final. A subida dos comando foi dura, é sempre dura, mas este ano parece que me custou mais, cheguei ao topo com o coração a saltar fora. Recuperar até à última subida por cima da linha do comboio e tentar impor um ritmo forte até ao final, era o plano. Correu bem até à parte de impor um ritmo forte no final, naquela parte final a descer deveria de ir abaixo dos 4min/km, facilmente, mas só consegui ir a 4m15s/km. Aqui sim perdi algum tempo e foi a parte que não fiquei tão contente com o meu desempenho. No final acabei com 44m23s, cerca de 1 minuto mais do que esperava fazer quando estava aos 5kms, no entanto abaixo dos 45 minutos. Apesar de ter feito pior tempo que no ano passado estou mais contente com o resultado deste ano, porque estava doente com dificuldades a respirar e no dia anterior tinha tido outra corrida de 10kms. Bem este, espero eu, foi o ano em que bati no fundo por isso para o ano tenho de começar a melhor este tempo.