sexta-feira, dezembro 06, 2024

Troféu de Oeiras - Milha de Queijas

Esta foi a primeira vez que fiz este percurso no Troféu de Oeiras, e foi a primeira vez também que fiz uma prova de distância tão curta. Na semana antes da prova fiz um treino em que fiz duas séries com a distância de uma milha para ver mais ou menos quanto tempo demoraria. Na primeira fiz 6m40s e na segunda já com o cansaço acumulado 6m50s. Era um mau tempo mas acreditava que em prova conseguiria fazer menos de 6m30s. Se fizesse abaixo deste tempo já me daria por feliz.

No dia antes da prova comecei a sentir-me mal, totalmente entupido, com dificuldades em respirar e mal disposto, pelo quase não comi no dia antes e na noite antes da prova mal dormi por me custar a respirar. Bem, iria dar o meu melhor, numa distância tão curta é cerrar os dentes e aguentar o sofrimento. Saí ao máximo que consegui, e passado 200 metros consegui estabilizar num ritmo constante. Conforme dou a volta a estrada inclina ligeiramente e foi na altura que me senti pior. Tinha de aguentar as pernas dormentes e o coração a bater descontroladamente. Até ao final foi sofre para não baixar muito o ritmo, na reta da meta ainda fui ultrapassado por outro corredor, mas já ia no meu limite por isso não consegui dar aquele pico final que normalmente dou. Tempo final de 5m56s muito bom, mesmo tendo em consideração que a prova não tinha exatamente a distância da milha mas sim a rondar os 1550m. Mesmo que fosse a distância da milha teria feito à volta de 6m05s-6m10s, o que teria sido bem melhor do que nos treinos. Com uma média de 3m50s/km não foi mau, apesar de ter terminado só no 24º lugar no meu escalão entre 48 corredores, estou no caminho certo para recuperar a minha forma.

quinta-feira, dezembro 05, 2024

Jantar na Plataforma 9 3/4

Não sou de longe um fã da saga do Harry Potter, nem consegui acabar de ver o primeiro filme de tão chato que achei, contudo é só a minha opinião e a verdade é que estou quase contra todo o Mundo. Por exemplo, nem sabia que o nome do restaurante se devia ao nome da plataforma do comboio onde os personagens desta saga apanham o comboio lá para o Mundo dos feiticeiros, espero não estar a cometer nenhum erro pois só vi esta parte do filme.


Vamos esquecer o valor da refeição, que dava para ir jantar a um restaurante estrela Michelin, porque o que na verdade considero que se esteja a pagar seja todo o espetáculo, ir a este restaurante tem de ser encarado como ir a uma casa de fados, vamos comer sim mas ver um espetáculo ao mesmo tempo. Já que estamos a falar da comida, apesar de ser simplesmente rodízio de pizzas, estas são muito boas, e não é preciso estar preocupado em passar fome porque vêm umas 10-12 fatias de pizza diferentes, já não consigo precisar com certeza a quantidade, mas mesmo para pessoas que comam bem é suficiente. Os cocktails também são muito bons e servidos em belas canecas, sendo que alguns ainda trazem fios de esfregão de aço à volta que é incendiado quando chega à mesa.


Falando do espaço, é belíssimo, com imensos detalhes e mesmo para um não fã, achei os detalhes deliciosos como nos transportassem para dentro do filme. Além do espaço ainda têm uma apresentação teatral inicial, a meio da refeição uma atividade para as crianças e o que mais gostei, um mágico que vai passando entre as mesas fazendo pequenos truques mas muito eficazes, ao ponto de não ter a mínima pista de como ele fez alguns. A experiência (sim a palavra experiência é a mais correta de ser aplicada aqui) vale a pena, e acredito que para quem gosta de Harry Potter deve ser um deleite, não tenciono voltar porque é demasiado caro, mas aconselho a ir uma vez para conhecer.

quarta-feira, dezembro 04, 2024

Veneza

Um dos países que mais tinha gostado de visitar foi a Itália. Aproveitando um fim-de-semana prolongado, decidi ir conhecer Veneza, um dos locais mais conhecidos de Itália. Chegado à entrada de Veneza, onde deixa de haver carros e passam só a haver barcos, o meu primeiro choque. Estava à espera do barco-táxi quando vejo um dos condutores de barco a fumar e a mandar a beata para o canal. Então não cuidam do seu ganha pão? A poluir assim gratuitamente a água do canal, não percebem que estão a destruir o que faz com que os turistas visitem Veneza? Bem talvez por isso se via muito pouca fauna, esperava ver muitos mais animais marinho, mas em todos os dias que lá estive em Veneza só vi um bando de patos e umas garças.

Mesmo estando em época baixa havia imenso turismo, ao ponto de ser desagradável andar pelas estreitas ruas e ruelas da cidade. O meu melhor amigo em Veneza foi o google maps, com tanta ruazinha ao início foi bastante complicado manter-me orientado, se nos últimos 2 dias melhorou ao início andava sempre a olhar para o mapa. O problema é que existem 3 pontes principais para atravessar entre ilhas, a Ponte Degli Scarlzi que ficava ao pé do nosso hotel, a Ponte di Rialto e a Ponte Dell Accademia, se falhássemos as pontes quando queríamos atravessar tínhamos de dar uma volta enorme. E normalmente até apontava o google maps para a ponte que queria senão ele dava-me o trajeto mas atravessando o canal de barco, coisa que não queria.

As ruas na sua maioria eram extremamente estreitas e de noite, devido à falta de iluminação, pareciam saídas de um filme de terror. Contudo nunca me senti inseguro, tirando os carteiristas e os esquemas de apostas ilegais de rua, não havia qualquer tipo de criminalidade, além disso haviam sempre pessoas a passar nas ruas e se me quisessem roubar o que levavam? Fraldas, toalhitas, roupa de bebé, fruta, bolachas, papa de bebé...acho que não era algo que fosse muito útil.

Falando de roubos, tudo o que está à venda é um pequeno roubo, os preços são super inflacionados, facilmente coisas básicas como roupa, candeeiros, colares, chegava aos milhares de euros. O café mais barato que bebemos foi 3€, um verdadeiro absurdo. Andar de gondola custava 90€ de dia e 110€ à noite, por uma volta de 30 minutos, por esse preço tinham de me trazer de volta a Portugal atravessando o Mediterrâneo. A única coisa que achei em conta foram os gelados, aqui em Portugal os gelados artesanais italianos são mais caros que em Veneza.

Voltando ao assunto da limpeza, ou da falta dela neste caso, as ruas eram sujas, com papeis, plásticos e beatas por todo o lado. Um dos fatores que pode potenciar isso é a falta de caixotes do lixo, houve uma vez que andei com lixo na mão mais de 15 minutos até achar um caixote. A recolha do lixo é feita em pequenos carrinhos, como os limpadores de rua aqui em Portugal, e depois existem barcos lixo, mas a implementação da limpeza não funciona nada bem.

Indo para as partes boas, Veneza, tal como toda a Itália, é cultura, é história, é arte. Visitámos as novas prisões, que estão desativas, e acabámos por ter uma aula de história sobre como se puniam os criminosos ao longo da história. Ficámos a conhecer as bocas de leão, que basicamente eram caras de boca aberta localizadas em algumas paredes, onde se podiam colocar papeis na boca em que se escrevia uma acusação contra alguém. Devido às inúmeras acusações infundadas, as caras foram retiradas sobrando só 4, duas no Pallazo do Ducale e outras duas localizadas noutros pontos da cidade. Aproveitámos e no dia seguinte fomos fazer uma busca pela cidade para encontrar uma dessas caras, e lá estava ela no sítio indicado.

Depois da visita às prisões visitámos o Pallazo do Ducale, que vale imenso a pena a visita. A visita é longa pois há muita coisa para ver, uma grande quantidade de arte e arquitetura, absolutamente fabuloso, imperdível para quem vai a Veneza. As filas de entrada são dissuasoras, mas vale a pena a espera. O bilhete de entrada para o Pallazo do Ducale também dava acesso ao Museo Correr e ao Museo Archeologico, e como é tudo na Piazza San Marco é muito fácil fazer todas estas visitas num só dia. Contrariamente aos preços das restantes coisas, visitar todos estes sítios fica barato, ainda para mais quem for em família e adquirir o bilhete familiar.

E vou acabar com com o que para mim, foi a melhor parte da viagem, a visita a Murano, Burano e Torcello. Para viajar até estas ilhas comprei o passe de 24h para os transportes públicos de Veneza, ou seja, para o barco público, uma espécie de ferry do Tejo. Mais uma vez, apesar de estarmos em época baixa as filas para o barco eram loucas, ao ponto de não conseguirmos entrar no barco e termos de esperar que viesse outro barco. E apesar de estarmos com uma bebé, ali a prioridade é pela carteira, ou seja, se comprar o passe prioritário que é mais caro passo a frente, se não, e apesar de ter uma bebé de 8 meses tinha de esperar como os restantes, parvoíce…

A primeira paragem foi em Murano, a ilha do vidro. Fomos ao Museu do Vidro que vale muito a pena e depois passeamos pelas desafogadas ruas da ilha, indo visitar a fábrica e as inúmeras lojas de vidro. Basicamente o vidro é a economia desta pequena ilha e tudo gira à volta disso. De seguida, voltar a esperar pelo barco que nos levaria até Burano. Esta é a ilha dos bordados e do linho, todas as lojas giram à volta disto. Esta ilha tem a característica de ter as casas pintadas de cores vivas, dando-lhe uma beleza única. Por fim a ida a Torcello, uma pequena ilha agrícola com somente um canal, em que a única rua que existe vai do caís do barco até á Basilica di Santa Maria Assunta. Pequena mas linda e muito diferente de todas as outras ilhas. Na volta para Veneza ainda passámos no Lido, apesar de não termos saído do barco por ser já um pouco tarde, por isso não posso dizer que tenha ficado a conhecer. E porque preferi estas ilhas a Veneza? Beleza natural, limpeza dos espaços, mais espaços verdes, preservação das casas e essencialmente, muitíssimo menos turístico, muito mais fácil de andar de um lado para o outro sem estar sempre a tropeçar noutras pessoas.

Resumindo a viagem, é um local que deve ser visitado uma vez, mas uma vez é suficiente, não faço intenções de voltar a Veneza, conheci e pronto não há nada que me faça querer voltar, pois iria ser mais do mesmo.

terça-feira, dezembro 03, 2024

Visions of Atlantis

Os Visions Of Atlantis são das bandas que mais oiço e até agora gosto de quase tudo o que têm. Felizmente estabilizaram enquanto banda e com ótimos resultados, os últimos álbuns são fantásticos, e a nível de divulgação dos mesmos a prova que estão a fazer um bom trabalho é o facto de os ter ido ver pela 4ª vez sendo que a última tinha sido ainda o ano passado.

A nível de bandas de suporte acho que acertaram, pois foram duas bandas com uma sonoridade idêntica, o que é sempre sensato, pois quem vai ver os concertos vai pelos cabeças de cartaz, e se gosta dos cabeças de cartaz provavelmente vai gostar das bandas de suporte. A primeira não era bem uma banda, era uma vocalista em nome próprio que tocava guitarra e tinha uma banda a tocar para ela, a Seraina Telli. Um estilo muito próprio, diria mesmo excêntrico, com uma excelente voz e atitude em palco, de fácil interação com o público. Tenho curiosidade para ver onde ela irá chegar, se em nome próprio conseguirá ter a sua notabilidade, ou se no futuro se acabará por juntar a uma banda, pois voz e atitude ela tem.
Seraina Telli Setlist RCA Club, Lisbon, Portugal 2024

A segunda banda foram os Illumishade, e nota-se já aqui alguma experiencia e trabalho. Estes suiços têm um enorme potencial, com uma temática diferente dos piratas dos Visions Of Atlantis, mas com uma sonoridade muito idêntica. Gostei da maioria das músicas, a única coisa que tenho a apontar é a ordem da setlist, meterem 2 músicas melancólicas/baladas de seguida mata um bocado o ritmo e a dinâmica do concerto, no entanto isto foi um pequeno detalhe. Acredito que esta banda possa a vir ser mais falada no futuro, têm tudo para o conseguirem fazer, é só continuarem o bom trabalho.


ILLUMISHADE Setlist RCA Club, Lisbon, Portugal 2024

E finalmente era hora do concerto dos piratas. Infelizmente o baixista adoeceu e não conseguiu comparecer no concerto, felizmente o concerto não foi cancelado ou adiado. Mesmo sem o baixista (talvez o membro menos carismático da banda e o que a falta menos se nota), o concerto não deveu nada a concertos anteriores que eu vi da banda, ótima dinâmica entre membros da banda, ótima setlist, com as novas músicas de um excelente novo álbum, não esquecendo os clássicos da banda. Em Portugal já têm uma legião de fãs e de pessoas que os seguem, já não são a banda de baixo de cartaz que vi em 2019 em Vagos.


Difícil de destacar alguma música, talvez por gosto próprio destacaria a Clocks, mas é só por gosto próprio porque quase todas as músicas tocadas são excelentes. Assim como a interação da banda com o público, sempre a pedirem apoio, sempre num diálogo com o público, como já tenho dito várias vezes um concerto não é só música é muito mais que isso, e a comunicação com o público é algo que dou muito valor. Podem continuar a vir todos os anos a Portugal, que se a qualidade música se mantiver terão sempre a minha presença no concerto.

Visions of Atlantis Setlist RCA Club, Lisbon, Portugal 2024, Armada

segunda-feira, dezembro 02, 2024

Corrida da Prostata

De volta às provas depois de ter terminado a época do Troféu de Oeiras e de ter estado o Verão praticamente sem correr. O que posso dizer desta prova é que foi um choque de realidade, sabia que não estava em forma, mas muito longe de pensar que estava tão mal, em alguns meses com fraco treino regredi anos na minha capacidade de correr, vamos lá ver quanto tempo demorarei agora a voltar a uma forma aceitável, sim, já nem digo perto da minha melhor forma.


O início de prova foi normal, saí a controlar o ritmo sem ser demasiado ofensivo, e no final do primeiro quilómetro estava com uma média de 4m23s/km, claramente não estava a ir a todo o gás, no entanto não estava com muito gás, pois comecei do nada a sentir uma falta de forças, as pernas a não conseguirem responder e comecei a perder lugares e a diminuir o ritmo gradualmente. Ainda pensei que fosse só uma má fase, mas conforme avançava na prova cada vez me sentia pior, as perdas presas, dificuldades de respirar, as sensações eram péssimas. Passei na meta a primeira vez a meio da prova com um tempo de cerca de 23m30s, não era brilhante mas ainda não envergonhava demais, era o que esperava estando em má forma.

No entanto a segunda volta ao percurso foi um autentico tormento, só me apetecia andar, sentia que não tinha mais forças para continuar, há muito tempo que não me sentia tão mal e impotente numa prova, e numa prova de 10km não me lembro se alguma vez me senti tão mal. A única coisa que me valeu foi a força que a Liliana e a Clara me deram de fora, acho que se viessem a correr ao meu lado não as tinha conseguido acompanhar. Acabei a prova com o tempo de prova de 52m23s e tempo de relógio de 52m01s, não consigo perceber esta diferença visto que comecei o meu relógio quando foi dado o tiro de partida pois estava perto da linha de partida, eram poucas pessoas. O tempo de qualquer forma é péssimo, qualquer coisa superior a 50 minutos é vergonhoso para quem já fez 10km abaixo de 39 minutos. Vamos lá voltar a treinar para conseguir pelo menos os mínimos.

quinta-feira, novembro 14, 2024

Vortix Metal Fest

Este é um novo festival de Verão, e chamou-me a atenção devido a ter os Xandria commo cabeça de cartaz para o segundo dia. Devo dizer que não tomei muita atenção às restantes bandas que tocaram durante a tarde, fui ouvindo mas nada que me despertasse muita atenção. O único concerto que acabei por ver todo com atenção foi dos nacionais Ramp que não conhecia, não foram espetaculares mas foram competentes e tiveram o mérito de me fazer querer saber um bocadinho mais da banda.


Quanto aos Xandria já os tinha visto uma vez ao vivo há muitos anos atrás, com uma composição de banda totalmente diferente, creio que desse concerto só se manteve o guitarrista. É uma banda que conheço à muitos anos e projetava que já tivesse chegado a outro nível, mas muito provavelmente devido à instabilidade de elementos na banda ainda não conseguiu dar o salto. E o factor estabilidade parece comprovar-se, pois  há quase 3 anos que a banda voltou, mantendo-se inalterada desde aí, e o último album e respectiva digressão na minha opinião estão a correr muito bem. Se conseguirem mater-se assim mais 2 álbuns pelo menos creio que podem começar a ser mais reconhecido.

Quanto ao concerto gostei da apresentação, em primeiro lugar uma boa setlist, escolhendo bem as melhores músicas do novo álbum e não deixando de fora os clássicos da banda. Não estavam muitas pessoas a ver o concerto, talvez devido a ser um novo festival, mas o apoio não faltou à banda, todos os pedidos de interação foram bem recebidos pelo público que ajudou a animar o concerto. Gosto muito da nova vocalista, tem uma boa presença em palco, uma ótima voz, e mais uma vez digo, se a banda se conseguir manter unida o reconhecimento chegará tanto para vocalista como para a banda, pois têm muita qualidade musical e uma boa sonoridade.

Xandria Setlist Vortex Metal Festival 2024

sexta-feira, outubro 04, 2024

Ida ao Oceanário

Não tenho total certeza, mas estou fortemente convicto que a única vez que tinha ido ao oceanário foi durante a Expo 98. Por isso estamos a falar de muitos anos sem ir ao oceanário. Vou começar por fazer uma comparação, entre ir ao oceanário ou ao jardim zoológico, acho que compensa muito mais ir ao jardim zoológico, a entrada é pouco mais cara e ao invés de uma atividade que dura 2h-3h, dura um dia inteiro. Percebo que o bilhete seja caro, pois manter todos aqueles ecossistemas e animais deve ser muito dispendioso, contudo o retorno que tenho como visitante, para mim, não se adequa ao preço que pagamos, por isso provavelmente irá passar outra vez umas dezenas de anos até voltar a visitar o oceanário.

Dito isto, não nego que gostei da visita, acho impressionante conseguirem controlar aquelas espécies todas de modo a que não se comam umas às outras, pois estamos a falar de diversos tubarões em coabitação direta com outras espécies que são presas naturais. Além disso as lontras marinhas também são muito engraçadas, fazem aquelas manobras dentro de água como se fossem um peixe é magnifica a natureza. Ainda temos os aquários mais pequenos, com pequenas espécies algumas com cores deslumbrantes, outras com aspeto estranho e pouco comum.






quinta-feira, outubro 03, 2024

Milagre Metaleiro 2024

Este é aquele festival de verão que começa a estar na minha agenda anualmente, todos os anos tem conseguido apresentar bandas que eu quero ver ou rever. Este ano não foi exceção, com várias bandas que gostaria de ver, nomeadamente os Kamelot que são uma das bandas que sigo com mais atenção.

No primeiro dia tinha duas bandas que queria ver. Os primeiros foram os Axxis, uma banda que tem quase a minha idade, por isso já andam por cá há muito tempo. É daquelas bandas que oiço algumas músicas de vez em quando, não é daquelas bandas que siga com muita atenção mas gosto da música. Quanto ao concerto muito competente, e percebe-se o à vontade que têm em palco. Poço dizer que fiquei mais fã deles, e se conseguir gostava de os ver novamente ao vivo num concerto um pouco maior. A segunda banda do dia foram, para mim míticos Freedom Call. Míticos porque quando comecei a ouvir power metal, foi desde cedo uma das bandas que comecei a seguir. A única vez que os tinha visto ao vivo tinha sido quase há 7 anos e continuam com a mesma energia. As novas músicas têm claramente a musicalidade que os distingue e que os identifica com facilidade. Continua a ser uma banda de middle card no entanto é uma banda com a qual de identifico e sempre que possível os voltarei a ver.


No segundo dia mais duas bandas que queria ver, os Korpiklaani e os Kamelot. Ambas as bandas já era a terceira vez que as via ao vivo, mas começando pelos Korpiklaani, não é que o concerto tenha sido mau, mas foi a vez que menos gostei, talvez pela setlist, talvez porque comunicaram menos ou simplesmente não deram a energia que nas outras duas atuações deram. Deu para dançar, saltar, divertir-me com uma musicalidade mais de folclore, mas talvez tenha sido a desilusão do festival. Acho que o facto de não cantarem em inglês não ajuda, e se o restante falha essas falhas são mais notadas. Quanto aos Kamelot o que posso dizer é que mega concerto. Todos os concertos de Kamelot são um orgasmo musical, e era daquelas bandas que fazia vários quilómetros só para os ver. Boa música, boa apresentação, boa interação, boa teatralidade.

Último dia a única banda que conhecia alguma coisa eram os Kissin' Dynamite, mas ia para o concerto sem grandes expectativas. O melhor elogio que posso fazer é que a seguir aos Kamelot foi o concerto que mais gostei do festival. Fiquei surpreendido pela positiva, tocaram as músicas que conhecia e mais umas quantas que não tinha ouvido ou pouco tinha ouvido, o que deu uma ótima setlist. Um aspeto muito aos anos 80, com aqueles cabelos e look à Bon Jovi, fizeram-me recuar no tempo tanto em aspeto visual como em musicalidade. Este festival está a crescer imenso, ao ponto de neste momento a ter de escolher prefiro o Milagre Metaleiro ao Vagos Metal Fest, vamos ver o cartaz do próximo ano, contudo se continuar nesta trajetória vai brevemente ser o melhor festival metal do país.

quarta-feira, setembro 04, 2024

Isla Magica

Já faziam muitos anos da única vez que tinha ido à Isla Magica, e o que posso dizer é, muito pouca coisa mudou, não consegui identificar nada de novo, e conseguia por memória saber onde estavam todas as atrações. Sevilha em Agosto é sempre um inferno, que calor, só se estava bem à sombra e nas atrações de água.

Uma coisa me chateou desta vez, o tempo de espera para quase tudo, estava horrível, por exemplo para a montanha russa estive mais de uma hora para entrar. Por falar em montanha russa, o Francisco entre algumas auto dúvidas quis ir experimentar a montanha russa dos adultos. Enquanto estávamos na fila não se calava que não ia desistir, que ia andar de qualquer maneira. Ele passou muito à justa o teste da altura mínima e lá o sentaram e prenderam na cadeira. Nessa altura começa a chorar que estava com medo e queria sair, mas já era tarde demais tinha de enfrentar o medo dele. No final adorou tanto que depois foi repetir mais tarde, venceu o medo. Quanto a mim fiquei logo mal disposto e pronto a vomitar, maldito estômago sensível.

Escusado será dizer que evitei todas as atrações que andavam às voltas, nomeadamente os malditos barris que me tinham feito vomitar da última vez. Ir com a Clara a um parque destes, especialmente com muito calor, é outro desafio. Lá me ia revezando com a Liliana de maneira à Clara estar confortável e ao mesmo tempo nós conseguirmos ir às diversões. 

Por coincidência ainda nos cruzámos com o Tiago Rodrigues, por acaso fomos no mesmo dia e no meio de tanta gente acabámos por nos cruzar. Mas comparando com os nossos parques aquáticos, prefiro os nossos parques. Mesmo em Agosto não estão tão cheios e confusos. E ao mesmo tempo com o calor, é preferível um parque puramente aquático que um parque de diversões.


domingo, agosto 25, 2024

Evil Live

Quando o Jorge me liga a dizer que tem um bilhete a mais para o Evil Live, se eu queria ir com ele, qual poderia ser a minha resposta? Mas claro que sim, ainda por cima o bilhete era para a zona VIP, que poderia pedir mais. O prato principal do dia seriam os Megadeth, encabeçada pelo lendário Dave Mustaine, no entanto antes disso ainda havia muita coisa para ouvir. 

A primeira banda que ouvimos foram os Electric Callboy, que era a banda que o Jorge queria ir ouvir. Adiantando-me um pouco devo dizer que ao final do dia foi também a banda que mais me divertiu. Os Electric Callboy são uma banda peculiar, e normalmente agrada-me a mistura do estilo Metal com outros estilos, e é isso exatamente o que eles fazem, misturam metal com o pop/techno. Toda a atuação foi divertida, desde as letras das músicas, presença em palco, tudo para nos fazer saltar, rir e passar um bom momento. 

De seguida foram os Suicidal Tendencies, que vou admitir não conhecer bem a discografia. Mas durante o concerto uma coisa chamou-me a atenção, a banda é essencialmente composta por elementos com alguma idade, com a exceção do baixista. Mas isto chamou-me a atenção porque o baixista se destacava, que energia, que dinâmica, era ele que dava vida à banda. Fui logo pesquisar quem ele era, e não é que para meu espanto ele é filho do Robert Trujillo, baixista dos Metallica, os genes estão lá todos e quem sabe melhorados, muito boa prestação a levar a banda às costa no que toca a dinâmica. 

Estava na altura dos cabeça de cartaz do dia os Megadeth. Não é que eu seja um mega fã deles, no entanto são uma das bandas lendárias que abriram o caminho a muitas das atuais bandas. E eles sabem o que fazem, uma atuação cheia de musicalidade, de temas míticos, de música muito bem apresentada. Infelizmente nota-se muito os problemas vocais do Dave Mustaine, mas para quem esteve em risco de não voltar a cantar diria que é aproveitar enquanto pode, porque duvido que consiga atuar durante muito tempo. Ficou-me no ouvido a música Symphony of Destruction, que para mim quando me falarem de Megadeth esta é a música que me virá à cabeça. 


Para finalizar a noite outra banda praticamente desconhecida para mim, os Avenged Sevenfold. A única música que conhecia deles era o Hail to the King, que tem uma entrada que gosto bastante, especialmente a parte da guitarra. Foi fixe para conhecer um pouco mais da banda, não seria uma banda que pagasse para ir ver propositadamente mas gostei do espetáculo. Uma coisa aprecio muito nos concertos que vou ver, um concerto não é só música é tudo o que o rodeia também, e no caso dos Avenged Sevenfold gostei da apresentação das luzes e de um detalhe delicioso, as imagens projetadas nos écrans eram transformadas no momento de modo a que os músicos tivessem outra aparência, como hologramas colocados em cima deles.



Apesar de não ter estado presente nenhuma daquelas bandas que eu diga - "Não posso perder este concerto." - acabei por gostar e ter valido muito a pena ir ver os espetáculos. Muito obrigado Jorge pelo convite.

terça-feira, julho 02, 2024

Surf trip

Eu e uma surf trip, alguma coisa aparentemente não está bem, experimentei fazer surf ou bodyboard 2-3 vezes na vida, por isso algo aqui não está a encaixar. Bem, isto foi uma surf trip/despedida de solteiro do João, o primo da Liliana. Os amigos do João e o irmão da Liliana fazem todos surf, e como o João sempre quis fazer uma surf trip, decidiram usar uma coisa como desculpa da outra e fomos fazer uma surf trip como despedida de solteiro do João.


No grupo eu era o único que não fazia surf, mas isso não me ia impedir de me divertir, lá por não saber, não queria dizer que não conseguisse aprender o básico. A primeira noite fomos até à costa da Caparica, arranjámos ali um sítio porreiro isolado junto ao mar onde estacionámos as autocaravanas, onde não incomodávamos ninguém, nem ninguém nos incomodava. De manhã o mar não estava pequeno mas mesmo assim estávamos decididos em ir apanhar umas ondas. Mas antes disso a boa ação do dia, atascaram uma carrinha na areia, numa zona onde nem deviam passar carros, e lá fomos nós, bons samaritanos, ajudar a tirar a carrinha da areia. Sem a nossa ajuda a carrinha não teria saído de lá sem reboque.


O mar estava pequeno mas foi porreiro deu para desfrutar e para apanhar umas ondas com a ajuda da malta. Diziam quando devia de começar a remar, quando vinha uma boa onda e inclusivamente chegaram-me a empurrar para ganhar velocidade e ser mais fácil apanhar a onda.



De seguida um passeio pela Arrábida e ida para Setúbal onde nos esperou um belo lanche/jantar de choco frito. Depois disso queríamos ir "beber um copo" a Lisboa, mas estacionar as caravanas não é tarefa fácil. Então acabámos por deixar as caravanas em Alcântara e fomos até ao Cais do Sodré à Pensão Amor. Por acaso entrámos facilmente porque chegámos cedo e dissémos que era uma despedida de solteiro, mas passado pouco tempo de chegarmos a fila para entrar tornou-se gigante e muita gente não entrou. A Pensão Amor, é um local cheio de história, quase como um museu, uma homenagem ao que era antigamente aquele local, um bar de diversão noturna para adultos. Depois de sairmos da Pensão Amor uma paragem pela Merendeira para o tradicional fim de noite com um caldo verde e pão com chouriço.


Agarrar nas autocaravanas e ir até ao Guincho para fazer surf pela manhã. Chegámos ao Guincho por volta das 5h30m, ainda a tempo de descansar um bocado. Por volta das 10h acordamos e saímos das caravanas para ver onde íamos surfar, quando fomos interpelados por outros dois surfistas. História curta, eles estavam chateados por não terem lugar para estacionar os carros deles então decidiram embirrar com as caravanas que não podiam pernoitar ali. Na verdade não tínhamos pernoitado, tínhamos chegado cedo e dormido umas horas antes de irmos surfar, mas pronto lá passou o bate boca, com um pedido de desculpa de um deles. Só me deixa triste que a malta tenha vindo de Braga para surfar na minha terra e chegam a Cascais e são chateados por um par de donos disto tudo.


Lá entrámos na água e nesse dia já estavam umas ondas mais jeitosas. Por um lado as ondas que apanhei foram mais fortes e foi mais divertido, por outro lado fartei-me de levar porrada para me colocar no sítio certo para apanhar as ondas. Depois estava muito mais gente na água e não me sentia tão a vontade porque com a minha falta de experiencia, quando me punha em cima da prancha na onda não conseguia mudar de direção, acelerar ou travar, por isso era evitar estar muito ao pé dos outros de maneira a não atropelar ninguém. 


Depois de sairmos de dentro de água novamente a boa ação do dia. Se no dia anterior tínhamos tirado um carro da areia, neste dia andamos a empurrar um carro que tinha ficado sem bateria. De seguida uma paragem na telepizza para reabastecer as nossas baterias. Seguimos então para a praia Grande onde iríamos ficar a passar a noite para no dia seguinte voltarmos a surfar. 

Nessa noite aproveitámos as caravanas para fazer o jantar e comermos tranquilamente junto ao mar. No dia seguinte acordei cheio de dores de garganta, provavelmente devido ao frio e muito tempo que tinha estado molhado nos dias anteriores. Como o casamento seria no fim de semana seguinte decidi não ir ao mar, de modo a não agravar a situação. Além disso estava muita gente no mar por isso seria arriscar de duas maneiras, não só em poder ficar pior, como também podia acertar em alguém inadvertidamente. Aproveitei a manhã para relaxar, ver o mar e conversar com quem foi saindo do mar. Ao fim das contas, foi um fim de semana espetacular, diferente, onde pude conhecer pessoas novas, onde pude ter experiencias novas, algo que irei relembrar sempre.

sexta-feira, junho 28, 2024

Troféu de Oeiras - Linda a Pastora

Linda a Pastora é sempre a última etapa do Troféu de Oeiras, e o que me vem sempre à cabeça quando penso nesta prova é a interminável subida inicial e o calor. Bem este ano o calor deu um bocadinho de tréguas, o tempo teve enublado até ao início da prova e mesmo que o sol tenha aparecido, não estava o típico calor tórrido que esta prova costuma ter.

Esta foi a única prova deste ano que consegui treinar um pouco antes da prova, por isso queria ver se os treinos, apesar de pouco efetivos, iriam resultar em algo. Arranquei e na subida inicial até me senti bem, fiz a um ritmo confortável mas bom. No final da subida passa o José por mim e disse para o seguir, mas eu respondi que preferia ir ao meu ritmo e não ir ao choque. Nas últimas provas andava a perder 3-4 minutos para ele, por isso não fazia qualquer sentido tentar ir com ele. Depois da subida foi aproveitar o plano e a descida para recuperar o folgo, pois a prova ainda tinha mais uma subida mais curta mas era melhor não gastar tudo. Nessa subida consegui não perder mais lugares, mantive um bom ritmo, a partir dali era praticamente sempre a descer. Não sofri mas perdi alguns lugares naquele longo percuro entre planos e descidas, tenho de melhorar a minha técnica de descida, continua a ser o meu calcanhar de Aquiles. No final ligeiramente ondulado até à meta acabei por estar só no controlo, quem estava a minha frente estava bem e não conseguia recuperar tempo e quem estava atrás de mim também estava longe. Consegui novamente voltar ao TOP 30 do meu escalão, no lugar 26, com o tempo de 31m50s, perdendo menos de 2 minutos para o José por isso estou a melhorar ligeiramente. Para a próxima época há mais.

segunda-feira, junho 24, 2024

Troféu de Oeiras - Estádio Nacional

A prova do Jamor é a única do Troféu de Oeiras que não é estrada, é um corta mato de baixa dificuldade técnica. E curiosamente apesar de ser a única que não é de estrada é a prova mais fácil do troféu pois a altimetria é de longe a mais baixa. A prova é constituída por 2 voltas a um percurso em que perto do final tem uma pequena rampa agressiva de algumas dezenas de metros, mas tirando isso é praticamente sempre a descer e com um falso plano com subidas que quase não se notam.


Nesta prova decidi não ir com tudo no início, devido a não estar em boa forma queria controlar mais o ritmo inicial para não quebrar no final como me tem sempre acontecido. Acabei por fazer uma corrida bastante consistente, não com um ritmo muito elevado mas este ano foi a prova que fiz com melhor média. Longe de desempenhos que tive em anos anteriores é certo, mas dada a minha forma física foi a etapa do troféu que fiz mais consistente, sendo que demorei o mesmo tempo na primeira e na segunda volta por isso não houve nenhuma quebra.


Um das coisas que me deixou mais contente foi a minha ponta final. Parecia o Tiago de antigamente, na recta final quando faltavam 100-200 metros para o final tinha 4 atletas à minha frente a alguns metros de mim, como tinha conseguido fazer uma prova mais consciente da minha actual forma física ainda tinha algum combustível no tanque. Disse para mim mesmo que era para dar tudo até à meta, e consegui ultrapassar os 4 atletas com relativa facilidade ao ponto de nem tentarem me seguir quando passei tal era o meu ritmo. No final tive de me contentar com o 32º lugar no meu escalão com o tempo final de 26m41s, longe, muito longe do meu antigo normal. Contudo as sensações não foram más, acho que com um pouco mais de treino posso voltar a aproximar-me do que era.

quinta-feira, maio 23, 2024

O acidente

Nunca tinha tido um acidente e infelizmente chegou o dia, ainda para mais porque o carro ficou irrecuperável. Tinha ido posto o Francisco à escola e vinha para casa para começar a trabalhar. Na 2ª circular já depois do estádio de Alvalade a chegar à união com o eixo norte-sul, o trânsito deixa o pare e arranca e começa a andar. Olhei para o Waze por breves segundos para ver a que horas chegaria a casa, quando olho para a frente novamente o carro à minha frente tinha travado a fundo e estava parado, nem tive reação para travar, bati a cerca de 50km/h mas foi o suficiente para pôr a frente toda dentro. O outro carro era um SUV, ficou com pouco mais que uns arranhões. Uma distração parva que me custou o carro, ainda consegui levar o carro até casa e chamar o reboque, mas infelizmente o diagnóstico foi irrecuperável, o valor da reparação seria semelhante ao valor comercial do carro.

quarta-feira, maio 22, 2024

Troféu de Oeiras - Outurela

De volta a casa, esta é a corrida da minha equipa no troféu de Oeiras e uma das corridas mais duras do troféu. Primeira coisa a assinalar, 2 anos separam a fotografia seguinte desta fotografia. Sei que há muitas diferenças, mas para mim a principal a assinalar, é que há 2 anos eu e a Liliana nem nos conhecíamos e volvidos 2 anos, estamos juntos e já acrescentámos mais um elemento à família, que veio acompanhar os pais pela primeira vez numa corrida.


Indo à corrida, arranquei ao lado do Sebastião, e logo veria até onde iria com ele, pois a minha forma está muito abaixo da dele atualmente. Fiz a primeira subida com ele mas mal começamos a descer percebo que ir ao choque não seria boa ideia por isso deixei-o ir. Após a subida dos Barronhos ainda com menos de 2kms de prova, estava pronto a "encostar à box", que cansaço. A descida até chegar novamente ao ponto de partida foi para recuperar pois sabia o que me esperava. 


Voltando ao ponto de partida com 3kms de prova era altura daquela longuíssima subida. Custou-me imenso, mas talvez por ter recuperado um bocado, e também estar mais atrasado do que o normal, consegui nesta altura ultrapassar alguns atletas. Quando cheguei ao topo estava mesmo muito cansado. Nessa altura o Júlio chegou ao pé de mim. Fomos indo juntos até chegarmos à ingreme descida antes do JumYard, nessa altura não consegui acompanhar o Júlio, estava cansado e não conseguia imprimir ritmo a descer de uma forma segura, sem sentir que podia cair a qualquer momento. Fui a um ritmo confortável até ao final. Na recta da meta ainda consegui sprintar para ultrapassar quase em cima da linha um atleta, foi a única sensação boa desta corrida, senti-me com aquele pico final forte que conseguia antigamente fazer em todas as corridas. Tempo final de 35m56s, na 35ª posição do meu escalão, o meu pior resultado de sempre, com uma média quase de 5min/km e mais quase 6 minutos que há 1 ano atrás.


Bem, depois da desgraça vamos agora para a parte boa, a corrida da Liliana em forma de corrida de família. Já tínhamos treinado juntos comigo a empurrar o carrinho da Clara, mas esta foi a nossa primeira corrida oficial. Além de nós, ainda tivemos a companhia da Vera e na Inês que também estão a voltar a correr e nos fizeram companhia na maior parte do percurso. A Clara adora andar a correr na cadeirinha e nós adoramos correr com ela, por isso tudo perfeito.

segunda-feira, maio 06, 2024

1 ano de Global Shares


Deixar a Sky ao final de quase 9 anos foi uma das decisões profissionais mais difíceis que tive. Se na altura foi difícil, agora em retrospective, posso dizer que foi uma decisão acertadíssima que só pecou por tardia. Demorei algum tempo depois de sair da Sky para decidir para onde iria, queria tomar uma decisão correta, mas esse tempo de reflexão mostrou-se sábio, pois a minha escolha da Global Shares até agora não poderia ter sido mais certa.

Na Global Shares voltei a sentir-me feliz com o trabalho que desenvolvo, voltei a sentir-me valorizado, voltei a ter prazer no meu trabalho e voltei a ter uma equipa em que todos se entreajudam para entregar um melhor produto no final. Desde a minha entrada a equipa tem crescido imenso a nível de qualidade de entrega, o que me deixa muito feliz porque sei que tenho tido a minha contribuição para que isso aconteça. A compra da Global Shares pela J.P. Morgan pouco antes de eu entrar trouxe alguma instabilidade a nível de processos e de adaptação, mas as coisas estão agora melhor. Nem tudo é perfeito, como não seria de esperar, mas o balanço é muitíssimo positivo e se as coisas continuarem a correr como estão, vejo-me a trabalhar aqui durante alguns anos.

Troféu de Oeiras - Caxias

Todas as provas do troféu de Oeiras são duras, mas se tivesse de eleger a mais dura provavelmente esta seria a minha escolha. E mesmo assim este ano retiraram a rampa inicial ao lado da federação de triatlo, que era uma brutalidade logo ao começo, contudo a prova continua a ser muito dura. A dureza desta prova está no sítio onde estão os segmentos mais duros da prova, pois até metade da prova temos um pequeno sobe e desce inicial, mas maioritariamente é a descer e muito. A partir do meio da prova praticamente é sempre a subir com rampas duras.

Comecei a corrida a um ritmo desconfortável, nesta altura para mim, mas não era nada de especialmente rápido, inclusivamente acima dos 4min/km. Após começar a descer para Caxias, passa o Sebastião por mim, ainda tentei seguir, mas quando cheguei frente à estação de comboios de Caxias já levava uns 15-20 metros de atraso. Quando começa a primeira subida ainda consegui passar 2-3 corredores, se fosse noutra altura teria passado muito mais, estou mesmo numa forma miserável e para o ano terei de treinar muito mais para as provas do troféu. Após essa subida de mais de 1 quilómetro voltamos a descer para mais uma subida até o local onde partimos. Este último quilómetro sempre a subir foi mau, fiz uma média de quase 5min/km, não consegui mesmo desenvolver o meu ritmo. Tempo final de 32m06s e posição 28º do meu escalão. No final tive a boa surpresa de ter a Liliana e a minha filhota à minha espera. Nem as vi quando a Liliana gritou por mim na recta da meta, pois não estava à espera que elas lá estivessem e ia demasiado cansado para ouvir alguma coisa, no entanto quando as vi no final da prova foi uma ótima surpresa.


sexta-feira, maio 03, 2024

Troféu de Oeiras - Leceia

Que calor, podia ser o título desta prova. Por acaso as provas do troféu de Oeiras têm este problema, as primeiras corridas são um frio terrível (lembro-me de Valejas), muitas vezes com chuva, e quando chega a esta altura do ano é um calor insuportável. Na minha opinião as partidas não deveriam ser sempre às 9h30m, no Inverno deveria ser mais tarde e no Verão, ou perto do Verão, mais cedo.

Quanto à corrida o primeiro quilómetro praticamente sempre a subir feito a um ritmo controlado, mas mesmo assim a falta de treino fez-se sentir. Seguir uma pequena descida para entrar na via rápida. Para mim esta é o segmento de percurso mais feio e chato de se fazer de todas as provas do troféu de Oeiras, mais de 1,5km a correr na via rápida com carros a passar ao lado, numa pequena subida que parece nunca mais acabar. Depois 1 quilómetro a descer e novamente mais de 1 quilómetro a subir. Esta segunda subida foi terrível, um calor insuportável, quando acabei a subida nem sentia forças para atacar o restante da prova que era praticamente a descer e plano. Nessa altura passa o Júlio por mim, bem, aproveitei o ritmo a descer dele para meter um ritmo certo. A descida termina ainda com mais de 1 quilómetro para o final, mas parece que é já ali porque passamos perto da meta para dar uma volta, mas essa volta ainda leva um quilómetro. Nessa altura o Júlio estava a vacilar um bocadinho, como a minha prova já estava mal de qualquer forma esperei por ele, e tentei puxar o máximo por ele que era possível até ao final. Na recta da meta ainda lhe dei um empurrão para ele passar mais uns corredores. O tempo final  miserável, acabando no lugar 25 do meu escalão.


quinta-feira, maio 02, 2024

Troféu de Oeiras - Leião

Este era dos poucos percursos que ainda não tinha feito antes, por isso ia mesmo ao desconhecido quanto ao percurso. Esta prova foi cerca de 2 semanas depois da Clara nascer, por isso treinos zeros, descanso pouco, era ir só mesmo pelo prazer de correr...e de sofrer! O que melhor me lembro desse dia era a cor alaranjada do céu, era um daqueles dias que aconselhavam a não fazer actividade física devido às poeiras vindas do norte de África. E sim, sentia-se a dificuldade em respirar devido à má qualidade do ar.

A corrida começava com pequenas rampas chatas até 1,5km de prova, depois disso uma longa subida de quase 2 quilómetros, onde normalmente eu faria a diferença, mas não estou em forma e foi sofrer na zona onde costumo ser forte. Depois disso descer e tentar recuperar o folgo, com dificuldades. Repetir as rampas do início seguido de uma dura rampa de 400 metros para finalizar. Sentia-me tão mal que queria parar a todo o momento e foi por uma questão de honra que não o fiz. O último quilómetro foi doloroso e foi só não tentar perder muitos mais lugares. Acabei somente na posição 34 do meu escalão, a minha pior classificação de sempre, com uma média superior a 4m30s/km. Melhores dias virão, este ano já percebi que será mau pela falta de treinos.

2 meses de Clara

Parece que foi ontem que nasceu a mais recente elemento do clã Sousa, mas já foi no dia 6 de Março. Nesse dia nasceu a pequena Clara com 2435g, 45cm, pelas 20h de parto natural. Foi um dia maravilhoso, um parto super relaxado apesar de termos estado todo o dia no São Francisco Xavier. Tenho de dar uma palavra de apreço à equipa que nos seguiu durante aquele dia, médico, enfermeira parteira, anestesista, auxiliares, uma equipa fantástica que tornaram o nascimento da Clara em algo perfeito. Como pai adorei porque pude estar presente e dar uma pequena ajuda em todos os momentos. 

Uma das coisas engraçadas que se passou, e que irá ficar marcada na minha memória, foi a descontração na altura do nascimento. Parecia aquele anúncio da Liga Portugal onde está um casal, em que a mulher está a dar à Luz, e estão a ver um jogo de futebol. Ali foi parecido, na televisão do quarto estava prestes a começar o Manchester City contra o Copenhaga, e eu e o médico a falarmos das equipas e do jogo que estava prestes a começar, enquanto esperávamos que a contração viesse. E nisto uma contração sai a cabeça da Clara, outra contração e ela está cá fora, pareceu tão simples. Ainda há poucos dias a Liliana disse que tinha saudades do dia do parto porque tinha sido tão bom que só tem boas memórias do dia, apesar da ansiedade com que estava no início do dia.


Agora já com quase 2 meses temos a nossa menina linda e saudável. Alguns desafios quanto a dormir, ela é como eu, não gosta de dormir, mas tirando isso tudo espetacular. Às vezes a falta de dormir dá para fazer birras de sono, mas é algo que a temos de rotinar. Normalmente as crianças no carro adormecem logo...a Clara não...a única coisa que até agora parece ser eficaz é correr com ela, ou seja, levar o carinho dela e irmos correr, aí ela adormece logo, por isso os meus últimos treinos de corrida têm sido sempre a empurrar o carrinho. Entretanto é ir desfrutando do momento pois passa rápido.

terça-feira, abril 16, 2024

Ida ao pavilhão do Conhecimento

Último fim de semana antes da Clara nascer, a Liliana deveria andar um pouco por forma a preparar o parto que teria de acontecer nos dias seguintes. Com isso em mente tínhamos de arranjar algo para fazer que controladamente, a fizesse andar um pouco.

Tínhamos duas opções em cima da mesa, ir à exposição Bodies ou ir ao pavilhão do Conhecimento. Como o Francisco tinha medo da exposição Bodies, a decisão foi fácil, ir ao pavilhão do Conhecimento. Não me recordo se durante a expo 98 cheguei a ir ao pavilhão do Conhecimento, mas mesmo que tivesse ido já não me lembrava e certamente a exposição não seria a mesma.

A maior parte da exposição estava relacionada com o espaço, logo para o Francisco era complicado perceber a maior parte das coisas. A parte da ciência tentei explicar algumas coisas e com algum sucesso ele conseguiu perceber. A parte do parque ainda deu para o Francisco brincar um pouco mais descontraidamente. Acho que a exposição está mais direccionada para adolescentes e adultos que têm uma maturidade e conhecimento mais consolidado, conseguindo aproveitar muito mais.



segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Fim de semana na Covilhã

Já fazia quase 10 anos que não ia à Covilhã, se bem me recordo a última vez que lá tinha estado tinha sido no Verão de 2014, quando fui às festas do Fundão. Para alguém que não é assim tão amante de neve e prefere o calor, o tempo do fim de semana seguinte ao Carnaval foi espetacular para visitar a serra, um sol primaveril magnífico e com calor ao ponto de andar diversas vezes de t-shirt. De qualquer modo atividades radicais neste momento também estão algo limitadas, a Liliana já estava no 37 semanas de gravidez nessa altura, por isso não dava para fazer muitas atividades fisicamente desgastantes.

Ficámos hospedados na quinta de Sta. Iria que tem um ótimo espaço exterior e graças ao bom tempo conseguimos desfrutar imenso, campo de futebol, mini golf e uma série de animais que podíamos visitar a qualquer altura. Para os miúdos foi perfeito, bom tempo e muito espaço protegido no exterior das habitações. Além disso tinha um pequeno ginásio, mesa de ping-pong, snooker, matraquilhos, ou seja, tudo o que se podia pedir para um fim de semana cheio de diversão. Infelizmente não levei os calções de banho, porque não calculava que estaria tão bom tempo, senão ainda teria aproveitado para dar um mergulho na piscina. Fim de semana para recordar.