terça-feira, junho 28, 2022

Viagem a Londres

Segunda vez este ano a viajar até à bela Londres, definitivamente não me canso, adoro a cidade e há sempre tanta coisa nova para conhecer cada vez que lá vou. Desta vez o ponto alto da viagem foi o offsite que tivémos pela Sky. Início do dia dirigimos-nos para Trafalgar Square, onde iríamos dar início a um género de peddy paper onde o tema seria descobrir um assassino de uma lista de personagens e qual a arma do crime que tería utilizado. Este tipo de jogos é mesmo a minha praia, e tanto eu como o Crujo andámos a manhã inteira a "rebocar" o resto da equipa, apesar de sermos os únicos portugueses e por isso deveríamos saber menos da história da Inglaterra, e deveríamos conhecer pior as rua de Londres, mas nada que não se resolvesse com o nosso amigo Google.


No final conseguimos descobrir todas as pistas e descobrir quem era o assassino e qual a arma do crime. De seguida um almoço rápido no Five Guys e apanhar um autocarro para Gravity Wandsworth. O que me parecia uma boa ideia de início, poder aproveitar a viagem no autocarro e conhecer melhor as ruas de Londres, rapidamente se tornou numa péssima ideia. Estava um calor insuportável, parecia que estávamos no meio do Alentejo em pleno Agosto, o autocarro não tinha ar condicionado, eu suava por todos os poros do meu corpo. E realmente não precisámos de fazer nenhum transbordo, no entanto atravessar Londres em hora de ponta demorou mais de uma hora. E para piorar a coisa a minha bexiga começou a chatear-me. Quando saí do autocarro parecia um deficiente a andar, até chegar à casa de banho no salão de jogos, que alívio!


Estava na hora da diversão, aquele salão de jogos era qualquer coisa de fantástico, 3 andares de pura diversão, arcadas para todos os gostos, máquinas de jogo variadas, pista de karts, mini golf, snooker, bowling...puro prazer. A primeira coisa que fiz foi andar de karts, o meu grupo foi o último a entrar em pista, e eu fui o último do meu grupo, seria uma corrida de apenas 8 minutos, sem aquecimento e sem qualificação, por isso a ordem foi aleatória e eu por azar fiquei no final de todos. O motor dos karts, por ser electrico, era controlado externamente, o que significa que a potência era controlada pelos árbitros de pista. 


A primeira volta foi feita muito devagar, eu tinha o acelerador todo em baixo só à espera que libertassem a potência do motor, mal isso aconteceu saí disparado, logo a forçar ultrapassagens. A pista era muito estreita e curta, ou seja, difícil de ultrapassar e não consegui fazer uma única volta limpa. Senão gostei da pista adorei o motor eléctrico, a reacção em aceleração era fabulosa, era dar um bocado de travão antes da curva, conforme entrava na curva acelerador a fundo e saía disparado da curva. Sim, fui um bocadinho agressivo a nível de condução e dei alguns toques nos outros carros, mas numa pista tão curta e estreita era difícil não o fazer, bastava o carro da frente travar mais cedo do que devia e já lhe estava a dar um toque, numa ultrapassagem fecharem-me a trajectória, ou os simples toques na luta por uma posição. Aos poucos lá consegui chegar ao primeiro lugar, que nem sabia se tinha conseguido, depois de tantas ultrapassagens e dobragens não fazia a mínima em que posição ía.


De seguida o bowling. Comecei de uma forma imparável, as 5 primeiras jogadas ou foram strike ou spare, estava lançadíssimo. Depois o raio do André Martins lembrou-se de filmar as minhas jogadas, só para fazer pressão, resultado, ronda 6 fiz 0 pinos, ronda 7 fiz 3 pinos, lá foi tda a minha pontuação por água abaixo. E depois na última ronda falhei o spare por 1 pino, o que me impediu de ter uma jogada extra e a possibilidade de fazer mais pontos. Acabei com uma pontuação de 113 o que não foi suficiente para ganhar desta vez. Para finalizar fomos jogar um snooker, naquelas mesas estranhas onde não se tira bola quando se falha a jogada, pois bolas postas no buraco não voltam a sair. Ainda deu para mostrar ao André o que distingue os homens dos rapazinhos, ainda por cima com uma mesa de buracos gigantes aquilo foi "limpar rabinhos a bebés", ainda tem de treinar um bocadinho mais para chegar ao nível dos homens. Não fossem as malditas greves dos transportes públicos esta teria sido uma visita muito divertida a Londres.



segunda-feira, junho 27, 2022

Tróia - Sagres - Dia 3

Último dia do Tróia-Sagres a começar com um belo pequeno almoço na pousada da Arrifana. O Tavares estava claramente desconfortável com o joelho, mas sempre pensei que com a sua teimosia a bem ou a mal, lá acabaria conosco em Sagres. Uma das piores subidas do dia seria logo nos primeiros quilómetro e com muita dificuldade lá chegou o Tavares ao topo. Quando se juntou a nós declarou que tinha de terminar por ali esta viagem, que já não estava a aguentar mais com dores. 

Acabámos por fazer um desvio até à estrada para ele ser recolhido pelo nosso "carro de apoio", e nesse percurso o Fábio acabou por partir a corrente. Eu e o Maria após algumas turras próprias da situação lá conseguimos resolver o problema colocando um elo rápido e seguimos viagem. Após deixarmos o Tavares voltamos então ao trilho para continuar a nossa viagem. 


Antes de chegarmos à Carrapateira numa descida um pouco perigosa, na qual não me apeteceu arriscar nada visto estarmos mesmo a chegar ao final e não me apetecia mesmo nada cair, deixei-me ficar para trás e no final da descida haviam três estradas, obviamente tinha de escolher a errada pois estava sem GPS. Ainda andei ali um bocado às voltas até que me consegui reunir com eles no caminho correcto. Após a Carrapateira temos um estradão muito interessante de se fazer até chegarmos à praia. Das múltiplas vezes que fiz este estradão, esta pareceu-me que ele era muito mais longo do que das últimas vezes. Não é que estivesse propriamente cansado, o facto é que começava a estar farto de pedalar, começava a entrar naquela fase que já só queria chegar ao fim. Após a praia a última grande dificuldade, uma subida que tinha de parcialmente ser feita à mão de tão dura que era pela inclinação e terreno difícil com regos de água e pedra solta. Mais um esforçozinho e chegada ao alcatrão. A ideia seria ir ainda ao cabo de S. Vicente por trilhos e posteriormente ir até Sagres. A ideia noutra situação até me agradaria, não conheço os trilhos, nunca passei pelo cabo de S. Vicente, mas naquele altura tanto eu como o Fábio já só queríamos era chegar a Sagres, além disso já era tarde pois tínhamos perdido algum tempo com o desvio para ir por o Tavares. Então seguimos por alcatrão até Vila do Bispo, e depois ainda apanhámos uns trilho paralelos à estrada nacional até à entrada de Sagres. Chegada ao forte de Sagres e mais um Tróia-Sagres concluído.



Tróia - Sagres - Dia 2

Após uma noite de sono, o corpo não estava totalmente recuperado, sentia os gémeos doridos e ao toque doíam, sabia que não podia apertar muito com eles senão voltaria a ter câimbras, era gerir o esforço ao longo do dia. A saída de Porto Côvo é muito bonita, mas a progressão é lenta, muitas vezes com a bicicleta às costas ou à mão numa areia completamente solta e funda. Este ano não cometemos o mesmo erro de há três anos, onde fomos pelas dunas desde a Ilha do Pessegueiro até ao Parque de campismo do Sitava o que nos fez perder a manhã toda. Fizemos uns estradões e um bocadinho de alcatrão até chegar a Vila Nova de Milfontes. Fui então procurar a loja de bicicletas, mas mais uma vez estava fechada porque havia uma feira em Vila Nova de Milfontes na qual eles estariam. Ainda fomos até à feira, mas ainda a estavam a montar, por isso nada de material de bicicleta. Bem, os sapatos pareciam estar a aguentar com a fita cola preta, tinha de arriscar seguir caminho, não podíamos perder mais tempo. Nessa altura o Tavares começa a queixar-se do joelho que estava a ter algumas dores, devo dizer que não me preocupei muito, não ter dores em alguma parte do corpo é que seria o anormal. Paragem em Almograve para almoçar e o pneu da frente do Maria em baixo. Incrivelmente desta vez este foi o único furo durante toda a viagem. De seguida a parte que mais gosto do percurso, o trilho entre o Cabo Sardão e o Porto das Barcas, um percurso fácil e lindíssimo, ideal para desfrutar da paisagem e da natureza. 

No final desse trilho ainda nos pediram ajuda para desatascar um carro preso na areia, é só parvo levar um carro para aquele local, por todos os motivos, porque só um todo terreno consegue passar algumas das partes em areia e essencialmente, porque é um local com uma natureza única e levar um carro para ali é só para destruir e perturbar. De seguida a montanha russa junto às praias, uma série de curtas descidas e subidas muito acentuadas até que chegamos à zona dos canais. Os canais são espetaculares de se fazerem, apesar de neste ano a vegetação estar muito mais serrada, com muitas silvas a dificultar a passagem e a torná-la mais dolorosa. 

A dificuldade do dia estava reservada para o final, a subida ao castelo de Aljezur, seguida de uma descida e mais uma grande subida para irmos em direcção a Arrifana. O Tavares cada vez se queixava mais do joelho e no final desse dia, levantou logo a bandeira, e disse que se tivesse assim no dia seguinte não iría arrancar conosco para a última etapa. Acabei o dia menos cansado que no anterior, parece que tinha sobrevivido ao pior, e a minha condição física estava a melhorar.


sexta-feira, junho 24, 2022

Tróia - Sagres - Dia 1

Após 3 anos, e com a pandemia definitivamente controlada, foi outra vez possível fazer o Tróia-Sagres. Voltámos a repetir a equipa, porque em equipa vencedora não se mexe e lá fomos nós outra vez, eu o Maria, o Fábio e o Tavares. 

Neste primeiro dia praticamente repetimos o percurso que já tínhamos feito há 3 anos atrás. Saímos de Tróia e fomos até à Comporta para a primeira paragens do pequeno almoço. De seguida apanhámos os campos de arrozais até ao Carvalhal e daí até Melides é a parte do percurso que só fazemos alcatrão, nessa altura ainda apanhámos uma chuva forte um pouco chata. Em Melides voltamos então a entrar outra vez nos campos de arrozais. Daí até à Santo André é uma das piores partes do percurso a nível de dificuldade, muita areia solta que dificulta imenso a progressão e levou a algumas quedas parvas sem qualquer consequência. Nessa altura sinto que há algo errado com as solas dos meus sapatos, não podia acreditar, estava-me a acontecer o mesmo que aconteceu há 3 anos atrás, as solas estavam a descolar dos sapatos. Quando chegamos a Santo André uma das solas solta-se totalmente, o que punha em risco o resto da minha viagem, não tinha outros sapatos de encaixe e a única coisa que tinha para calçar eram havaianas. 


Fomos à loja de bicicletas que já nos tinha safado há 3 anos atrás mas estava fechada por ser feriado, a solução passou por ir a um hipermercado, comprar cola de contacto e fita cola preta extra forte. Lá fiz a "operação" aos sapatos, à espera que conseguissem aguentar até achar uma loja de bicicletas, que teoricamente haveria em Vila Nova de Milfontes


A parte da tarde para mim foi um misto de prazer e sofrimento, o caminho é muito bonito nesta parte, agradável, praticamente não apanhamos alcatrão, por outro lado não me sentava numa bicicleta há 8 meses, e numa bicicleta de BTT há 3 anos, por isso já me sentia bastante desconfortável em cima da bicicleta. Depois de passarmos a Barragem de Morgavel, numa zona com areia solta, faço um bocado mais de força com a perna esquerda para conseguir não parar de pedalar e o meu gémeo simplesmente prende com uma câimbra e lá caio eu estatelado no chão. E depois para me levantar...uma câimbra terrível, pés encaixados nos pedais, foi ali uma guerra de mais de 1 minuto só para me levantar. Lá consegui retomar o andamento, cheio de dores no gémeo, mas o que vale é que já estávamos mesmo a chegar a Porto Côvo. Primeiro dia de três concluído, fisicamente mais desgastado do que era suposto, mas era aproveitar para tentar recuperar o corpo para o dia seguinte.



segunda-feira, junho 20, 2022

Troféu de Oeiras - Jamor

Esta posso dizer que é a prova mais fácil do troféu de Oeiras, mesmo tendo algum declive a nada se compara com as restantes provas.  A prova já foi há uns dias, mas estando eu de férias não tive muita vontade de escrever sobre o assunto, contudo não queria deixar de registar mais uma prova para memórias futuras.


O nosso pior inimigo foi mesmo o calor, apesar da prova ser cedo pelas 9h30, já estava um calor e um ar abafado que dificultavam muito a respiração. Esta prova acho que é a única que é composta por duas voltas ao mesmo percurso. Na primeira volta arranquei a todo o gás, tentei seguir o mais perto possível dos primeiros, mas aquele percurso mais rolante e a descer favorece pouco as minhas características. Os dois primeiros quilómetros foram feitos demasiado rápidos e quando estava no final da primeira volta percebi que a segunda volta ia ser muito sofrida. E assim foi, não estava a ser ultrapassado mas também não estava a conseguir recuperar lugares, ia seguindo ali a uma distância recuperável de dois atletas à minha frente que ia aumentando um pouco nas descidas e diminuindo um pouco nas subidas. Quando entrei no último plano a 300 metros da meta, comecei a dar tudo o que podia e rapidamente colei aos dois atletas, nessa altura um deles acelerou e consegui ir com ele, para depois o ultrapassar quase em cima da linha da meta. O esforço compensou, ambos os corredores eram do meus escalão e consegui ali no esforço final recuperar 2 lugares acabando no 10º lugar do meu escalão. Objectivo mínimo cumprido, acabar no TOP 10, falta agora a última corrida deste ano para ver se acabo todas no TOP 10.



quinta-feira, junho 09, 2022

Campismo em Vila Nova de Milfontes

De volta a Vila Nova de Milfontes depois de no ano passado termos passado umas óptimas férias. Este ano não foi diferente, a pacatez desta pequena Vila alentejana é ideal para passar férias com os miúdos. O Francisco adora acampar, ainda para mais na companhia dos seus melhores amigos, e dos loucos dos pais, sim estes pais são piores que os filhos, houve uma altura que estávamos na praia, os miúdos sossegados a brincar na areia, e os pais feitos parvinhos a jogar futebol humano e a saltar para dentro da água.



E no geral os miúdos até se portam bastante bem, e muitas vezes basta estar um dos pais para os controlar a todos e que acaba por ser um descanso porque nós próprios conseguimos também aproveitar as férias sem estar sempre com a preocupação de os ter debaixo de olho. 

Ainda atravessámos até à praia do Patacho para ver o destroço do barco Klemens, que já começa a ficar em avançado estado de degradação. Para chegar a esta praia é preciso esperar a maré baixa, mesmo assim ainda apanhei água por cima dos joelhos para la chegar. Tive de levar o Francisco ao colo e foi das vezes que o vi mais apavorado na vida, mal lá chegámos era só chorar baba e ranho, queria ir embora depressa, estava com medo que ficássemos presos na praia, e por muito que o tentasse acalmar e explicar que estávamos em segurança ele estava totalmente em pânico e só acalmou quando retornámos. 


Outra coisa engraçada nos miúdos é que ainda tão novos já se sentem atraídos por salões de jogo, tudo o que eram salões de jogos eles tinham de entrar e mexer em tudo, setas, snooker, matraquilhos, flippers, arcadas... Na última noite ainda fizemos um jogo de snooker com eles e apesar de ter demorado uma eternidade, eles ainda conseguiram por 2 e 3 bolas, sendo que foi o Francisco que fechou o jogo metendo a bola preta. Parece que virou tradição passar uns dias em Vila Nova de Milfontes, sendo assim, até para o ano.