quarta-feira, setembro 25, 2013

O fim das séries

Nestes últimos dias terminaram 2 séries que muito apreciei, estou a referir-me ao Burn Notice e ao Dexter. O Burn Notice é uma série descontraída, a única semi-humorista que via, algo entre Macgyver, 007 e Missão Impossível, em que por muito complicada que fosse a situação os protagonistas conseguiam sempre achar uma solução. Já o Dexter para mim é uma série de top, das melhores séries que vi até hoje, com um argumento super diferente e interessante.

Uma das coisas que mais detesto como fã de séries televisivas é o arrastar de uma série só porque ainda é rentável, apesar de perder qualidade e muitas vezes a coerência da história, consigo lembrar-me rapidamente de alguns exemplos: Lost, Supernatural, Fringe, Heroes, entre outros menos flagrantes.

Em relação ao final do Burn Notice, devo dizer que nem me tinha importado que ele vira-se para o 'lado negro', aliás nem sei se realmente seria o lado negro pois tal como a personagem consegui sentir a dúvida e o conflito de tomar aquela decisão porque não era uma decisão de preto ou branco existiam zonas cinzentas. Em todo o caso e depois de tomada essa decisão, gostei do final que arranjaram para a série.

Mudando agora para o Dexter, também acho que estava na hora de matar a série, mais vale acabar no seu melhor que deixar arrastar para o cano. Toda esta temporada foi bem pensada, tendo sido progressivamente preparado o final, preenchendo alguma lacunas na história que ainda subsistiam ao longo das diversas temporadas, terminando de moldar a personalidade da personagem do Dexter e revivendo alguns momentos importantes da série. Se gostei do finalzinho, não, bem sei que é uma série baseada em livros, mas não sendo uma série baseada em factos verídicos acho que poderiam ter feito um final mais 'happy ending', mas é só a minha opinião.

Outra série que está a terminar, faltando um só episódio, é o Breaking Bad, uma das séries que mais gostei até hoje também pelo facto de ter um argumento muito alternativo, estou curioso para ver o final que vão arranjar especialmente porque ainda há muitas lacunas por preencher, muita coisa que tem de acontecer, tudo num só episódio. Gostava que houvesse um 'happy ending' para o Jesse Pinkman, sem dúvida a personagem que mais gosto e a única que tem consciência moral, e ao longo da série pode parecer um contra censo mas apesar de ser desequilibrado e de personalidade inconstante, foi sempre a personagem que conseguiu trazer algum tipo de equilíbrio à personagem do Walter White. Vamos lá ver o que o final nos reserva...

segunda-feira, setembro 23, 2013

Discovery Day

Grande prova, desde já parabéns à organização por conseguir montar uma prova, gratuita (está bem que com fortes patrocinadores por trás, mas podia ter cobrado inscrições e não o fez), e com imensa qualidade. As informações que tínhamos antes da prova eram poucas, mas devido à experiência que tínhamos em outras provas, esta acabou por não fugir muito ao que esperávamos.

Sendo uma prova de equipa também tive uma sorte enorme com a equipa em que estava inserido, o Tiago Neto um dos meus fieis companheiros neste tipo de provas, o Pedro Santos uma das pessoas com mais experiência neste tipo de prova e com o qual integrei uma equipa fantástica à muito pouco tempo quando organizámos o Survival Xperience, e finalmente o Daniel Barradas que só conhecia como adversário em provas deste género mas que se revelou uma muito agradável surpresa.


O Discovery Day consistia em percorrer o centro da cidade de Lisboa, com a orientação de um GPS no qual tinha os pontos marcados e para quem já tem alguma experiência em orientação era uma brincadeira de criança, chegando a esses pontos ler um código de barras. O código de barras podia desbloquear perguntas sobre o Discovery Channel, aqui tenho de tirar o chapéu ao Pedro Santos pela cultura impressionante que tem sobre o Discovery Channel, desbloquear experiências que irei falar mais a frente, dar pontuação extra directa ou simplesmente ser um ponto falso que não dava nada.

A movimentação entre pontos podia ser feita como quiséssemos, a pé, de bicicleta, de mota, de carro, de transportes públicos... como quiséssemos. A nossa decisão foi andar a pé, e segundo a minha opinião depois da prova continuo a achar que foi uma boa decisão se todos os elementos da equipa estivem em boa forma física. Mas a minha opinião não é unânime, alguns elementos da minha equipa acharam que a bicicleta também tinha sido boa opção. Acho que nas colinas, no Bairro Alto, em Alfama, nas escadarias, não tinha dado muito jeito a bicicleta, mas é só a minha opinião, garantidamente digo que o importante é ter uma grande mobilidade. Tinha um amigo numa equipa que andava de mota, o Rodrigo Coelho, e mota até tem mobilidade, no entanto eles não nos ganhavam vantagem entre pontos, parar a mota, tirar e por capacete, esperar uns pelos outros, semáforos...

Quanto às experiências, das 10 conseguimos fazer 5, as outras não tivemos tempo apesar de termos todas desbloqueadas. Aqui foi a parte mais chata, porque como haviam muitas equipas, mais do que a organização previa inicialmente, os tempos de espera para realizar as experiências eram ainda consideráveis, o que não nos possibilitou fazer todas as experiências e ainda nos faltou passar por cerca de 10 pontos dos 89 pontos que estavam disponíveis para encontrar.

A experiência de mudar os pneus do carro foi a que nos correu pior, não conseguimos a pontuação máxima e ainda me aleijei num dedo, sem gravidade, mas sujei aquilo tudo de sangue, o Tiago Neto esteve bem, eu acabei por demorar muito a conseguir pôr o 1º pneu no sítio para ele voltar a apertar e foi aí que perdemos os segundos que não nos possibilitaram fazer a pontuação máxima. A experiência do rappel o Pedro Santos é pro naquilo e demorou menos de 5 segundos quando tinha 45 segundos para fazer a descida e obter a pontuação máxima. 

A experiência da comida étnica eu queria ir fazer porque estava com curiosidade, e como os outros 3 elementos da equipa nem a queriam fazer fui eu fazer. Comi pernas de rã (se me dissessem que eram pernas de codorniz para mim era a mesma coisa), crista de galinha, até é saboroso, mioleira de borrego, esta sim não foi nada agradável parecia um bocado de gelatina mal saborosa, um rim gigante não sei de que animal, com um sabor que me era algo indiferente, nem bom, nem mau e finalmente um copinho de sopa de lesmas que apesar do aspecto repugnante nem era nada mau. O mais importante era abstrai-nos do que era a comida e do aspecto, e ter uma mente aberta, se fizéssemos isso até acabávamos por apreciar, aliás quando estava a comer as pernas de rã até as estava a saborear até que a minha equipa me começa a dizer - "Olha que isto tem tempo limite o objectivo é comer rápido...".

Na 4ª experiência, era a experiência do inventor, tínhamos de entrar para um armazém, podíamos levar o que quiséssemos e lá dentro teríamos de fazer algo. Como engenheiros que somos, acabei por ir eu e o Pedro Santos, a prova consistia em construir uma cana de pesca com o pouco material que eles davam e o material que nós tínhamos connosco. Eu reparei que o que nos faltava era a corda no material que eles nos tinham fornecido, rapidamente me lembrei que o meu camelback tinha um elástico que serviria para o efeito. Eu e o Pedro olhámos um para o outro, ele tinha reparado a mesma coisa e perguntou-me - "Consegues arranjar a corda?" - Eu disse que sim e que podíamos começar. Acabámos por construir a cana de pesca rapidíssimo e ainda tivemos o cuidado de fazer um anzol bem feito pois não sabíamos se ainda a teríamos de utilizar para apanhar algum tipo de objecto, mas não era só mesmo fazer a cana.

A última experiência era a do canhão de ar comprimido, em que com um tiro tínhamos de acertar num de 3 alvos, quanto mais longe mais pontos daria. O que eu sugeri era que arriscássemos acertar no que estava mais longe porque acreditava que as pontuações iam ser muito apertadas, e perdido por 100 ou perdido por 1000 era a mesma coisa. Como não tínhamos nenhum especialista e ninguém estava confiante, acabámos por tirar em sorte e foi o Pedro que foi disparar. Ele conseguiu acertar na estrutura que tinha o alvo mais longe, não chegámos a saber se era considerado válido, era uma decisão que no final seria tomada pela organização.

Voltámos ao Terreiro do Paço com quase 17,5 km nas pernas, mas muito contentes porque nos divertimos à grande e funcionámos super bem como equipa. No Terreiro do Paço ainda tivemos direito a bifanas, pasteis de natas e bebida diversa, o que mais uma vez para uma prova gratuita é de louvar. Fizemos o nosso melhor sim, mas com o conhecimento que obtivemos mudaríamos alguns pequenos detalhes que provavelmente nos possibilitariam fazer um pouco melhor. Também fiquei contente por ver amigos que já não via a algum tempo como a Liliana Correia, o Rodrigo Coelho, o Nuno Marques, o Jorge Graça ou o Rodrigo Chagas. Ainda não há resultados oficiais publicados, mas segundo o que aporei conseguimos o 5º ou 6º lugar entre mais de 220 equipas, o que foi um resultado muito bom apesar de ter ficado o amargo de boca de termos ficado à porta dos prémios. Para a próxima lá estaremos outra vez...

terça-feira, setembro 17, 2013

Corrida do Tejo

Tinha apontado a corrida do Tejo para finalmente conseguir numa prova baixar dos 45 minutos aos 10km, objectivo que já perseguia há 2 anos. Até à última semana antes da prova andava a fazer tempos bastante interessantes, quase todos os treinos que fazia estava a um ritmo (pace) que me permitia pensar que iria com algum sofrimento mas também com alguma certeza baixar desse tempo. Mas na última semana antes da prova tudo mudou, tive ataques de asma como já não tinha a alguns anos, em diversos dias, não consegui dormir bem e até tive de abortar um treino a meio que não estava a conseguir respirar, ponderei inclusive na 6ª feira antes da prova não a ir fazer.

Bem lá fui, sem muitas esperanças, com a ideia de começar a um ritmo forte que me permitisse baixar dos 45 minutos e quando desse o 'estoiro' paciência, pelo menos tentava fazer o máximo de tempo possível  a um ritmo de menos de 4m30s por quilómetro (ritmo de 10km a 45 minutos). 

Por volta do 1,5km passei pelo corredor que marcava o ritmo de sub-45, é o corredor que normalmente chegaria poucos segundos antes dos 45 minutos, por isso estava relativamente bem. Aos 2 km passei com 8 minutos, ou seja, estava a fazer 1 minuto melhor do que precisava, mas ainda não estava entusiasmado, estava com facilidades a respirar sim, mas podia acontecer-me como o último treino que deixei de conseguir respirar de um momento para o outro.

O teste de fogo era agora a subida para o Alto da Boa Viagem, se chegasse lá acima bem podia ser que houvesse esperança. E não é que fiz aquele quilómetro onde estava a subida a 4m18s, estava espantado e começava a acreditar. Aos 5 km passei com um tempo perto dos 20m30s, um dos melhores tempos que já fiz aos 5 km, continuava a sentir-me bem e estava com uma vantagem óptima para conseguir o meu objectivo.

Continuei a tentar puxar ao meu máximo e quando cheguei a Oeiras, já ao 8º km estava com mais ou menos 33 minutos, o que significava que até podia arrastar-me a um ritmo de 6min/km até à meta que conseguia cumprir o meu objectivo. Consegui cortar a meta com um tempo oficial de 41m38s, contentíssimo comigo, pois nunca pensei conseguir alcançar tal tempo, só queria baixar dos 45 minutos e baixar com uma margem tão grande que nem consigo perceber até agora como consegui manter aquele ritmo durante toda a prova.


Agora que consegui alcançar o objectivo que estava mais difícil de alcançar, daqui a umas semanas vou ter outro desafio, fazer pela primeira vez a maratona, vai ser uma experiência totalmente nova que tenho de continuar a treinar mas com outro tipo de treino mais adaptado a uma distância tão longa. Objectivo principal é mesmo acabar e se conseguisse com um tempo abaixo de 3h30m então isso seria a cereja no topo do bolo.

Dados da minha prova:

  • Tempo de prova: 41m38s
  • Velocidade média: 14,41 km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m10s
  • Tempo à passagem dos 5km: 20m24s

segunda-feira, setembro 16, 2013

Swim Challenge Cascais

O ano passado infelizmente não consegui participar na 1ª edição do Swim Challenge de Cascais, pois tinha sido operado ao meu apêndice há muito pouco tempo e ainda estava em recuperação, mas este ano não podia faltar a uma prova que é organizada pelo meu clube.

Como no fim-de-semana anterior já tinha feito o Challenge da Aldeia do Mato, no dia seguinte tinha a Corrida do Tejo que pretendia fazer um bom tempo, tinha passado a semana doente e tinha treinado mal, esta prova era só para tentar "ligar a máquina" novamente e fazer um treino a pensar no dia seguinte.

Mas antes da prova da milha ainda se passou muita coisa, como era o meu clube a organizar o Nuno Felício pediu-me a ajuda em algumas partes logísticas. Cheguei cedo à praia para preparar a câmara que ia esta a filmar o dia todo a praia (sim já há vídeo mas ainda não o posso disponibilizar antes de estar no site oficial), ajudar na montagem das tendas, preparar o parque de transições ,ir buscar os kayaks, etc.

Durante a manhã decorreu o Aquatlo, onde estive junto à meta e parque de transições a fazer os controlos dos atletas, passando depois para o secretariado que foi um stress, não tenho muita vontade de voltar a repetir a experiência. A acreditação de atletas é uma confusão pegada, com muitas reclamações e algumas com razão, por isso é algo que não voltem a contar comigo, pelo menos nos moldes que esta foi feita.

Quanto à prova em si, a água estava fria, o que para mim significa gelada, o facto de ser magro não ajuda nada a resistir ao frio. Fiz a prova a um ritmo calmo, mais para rolar que outra coisa. Quando já estava na 2ª volta e me faltaria para aí 700-800 metros comecei a ter cãibras na perna direita, provavelmente devido ao frio, baixar o ritmo e tentar que o músculo 'soltasse' sem grande sucesso. Quando passo pela penúltima bóia, mais ou menos a 300 metros do fim a perna esquerda também prende - "Olha para isto, está bonito está!" - pensei eu. Controlar até ao fim, ainda fui obrigado a fazer um pequeno sprint em cima da meta que estava a ser pressionado por outro nadador que me tentava ultrapassar. Quando tentei levantar-me e por-me em pé parecia um bêbedo, com as pernas ainda presas não me aguentava bem em pé era só cambalear, que figura...

Os resultados já estão disponíveis, e logo que os vídeos também estejam coloco aqui.

segunda-feira, setembro 09, 2013

Swim Challenge - Aldeia do Mato

O Swim Challenge da Aldeia do Mato já uma prova tradicional no meu calendário, mais que não fosse porque é uma prova organizada pelos meus colegas, além disso é uma das provas mais importantes da temporada nacional de águas abertas.

Este ano pela primeira vez decidi tentar a distância de 5km, que fazendo a transposição para provas de corridas, é mais ou menos o equivalente a uma meia maratona. Normalmente faço as distâncias abaixo de 2km e só em treinos é que faço distâncias maiores, mas raramente chego aos 5km. A prova consistia em 2 voltas a um percurso em que a primeira parte de cada volta era feita contra o vento e corrente.

Tinha como objectivo pelo menos na primeira volta conseguir ir atrás de alguém na primeira parte do percurso para estar protegido contra a corrente. Tive sorte e logo desde o início entrei num grupeto de 5 elementos onde tentei ir sempre protegido da corrente, nunca passando pela frente. A ideia de ir num grupeto também me garantia que o barco vassoura não me viria rebocar, pois estava a contar ser dos últimos e o barco podia começar a querer recolher-me.

Quando começámos a nadar a favor da corrente reparei que havia um nadador a cerca de 100 metros do nosso grupo, ainda pensei sair para a frente do grupo e tentar descolar para apanhar quem estava a frente, mas como ainda faltava muita prova e não estou habituado a distâncias grandes decidi continuar protegido no grupo. Havia 2 nadadores no grupo de toca amarela que estavam a puxar mais (apercebi-me no final que era os 2 meus colegas de clube), eu tentava controlar quem ia à frente mantendo-me sempre que possível na 2ª posição. Os outros 2 elementos do grupo um deles estava mais ou menos a fazer o mesmo que eu, tentava ir na cola do 1º, e muitas vezes nos acotovelávamos a tentar estar nos pés do 1º, e o 5º elemento ficou sempre na cauda, pareceu-me sempre que tinha dificuldades em seguir-nos.

Acabada a 1ª volta ainda todos juntos, sentia-me bem fisicamente, apenas havia alguma tensão para não deixar ninguém sair do grupo. Quando começamos a apanhar a corrente contra, o nadador que se estava a conter tal como eu, acelera algo forte mas abre um pouco a trajectória, não estando a fazer uma linha muito recta até à bóia que devia estar a cerca de 1km (esta parte era sempre contra a corrente). Ali tive de tomar uma decisão ou continuar atrás de alguém que fizesse uma trajectória mais correcta ou ir atrás dele. Acabei por tomar uma má decisão não fui atrás dele, e ninguém do grupo, apesar de estarmos numa melhor trajectória estava a um ritmo forte o suficiente para o ir apanhar. Nessa altura tive de tomar a decisão de ser eu a fechar o espaço que já estava em mais de 10 metros, o que me custou um bocado. Esta aceleração fez com que o grupo partisse, o elemento que parecia em dificuldades ficou para trás assim como um dos meus colegas de equipa, ficámos só 3 elementos.

Faltava agora a parte a favor da corrente, ainda ponderei passar para a frente e tentar destacar-me pois sentia-me bem, mas a decisão mais inteligente era deixar quem estava a frente continuar a puxar e desgastar-se, o meu outro colega de equipa também já tinha puxado imenso no princípio por isso também não deveria estar nas melhor condições, além disso eu tenho uma capacidade razoável de sprint por isso se chegássemos em conjunto eu teria toda a vantagem. Apesar de alguns esticões, consegui manter-me sempre em 2º até à última bóia, faltavam 100 metros para o final, tinha agora de ser eu, mal passo a bóia ponho-me lado a lado e acelero sem mais olhar para trás e tentando manter sempre uma trajectória a direito para a meta, não me queria descuidar e fazer uma trajectória menos direita que num curto espaço podia-me fazer perder segundos preciosos. Quando faltavam 5-10 metros para o final olhei por cima do ombro pela primeira vez, tranquilo eles estavam longe podia cortar a meta calmamente. Acabei com 1h36m32s, abaixo de 1h40m que era o meu objectivo inicial.

Tive algum receio no início que a prova fosse chata, pois já nadei mais de 1 hora sozinho e é aborrecido, mas o facto de ter ido num grupo que tinha de estar com atenção constante para não deixar ninguém fugir, fez com que a prova fosse emotiva para mim. Dos 54 nadadores que começaram a prova acabei no lugar 40, pode parecer mau, mas para mim foi muito bom pois estavam em prova alguns dos melhores nadadores nacionais, olímpicos inclusive, que treinam muito mais que eu e dedicam-se à natação como único desporto. Todos os resultados podem ser vistos aqui

quinta-feira, setembro 05, 2013

Interpass - A burla

Há uma semana atrás fui contactado pela Interpass a informarem-me que tinha ganho um voucher, que só o tinha de ir levantar a um hotel. Não tinha concorrido a nada, ao que me disseram que era uma forma de publicitarem e darem a conhecer a empresa e que demoraria só 15 minutos a levantar o voucher. Graças a ser empresário Amway tenho alguma formação em marketing e como comercial e detectei ali logo más practicas e as verdadeiras intenções.

Lá fui ao hotel para simplesmente levantar o voucher. Como esperava lá me estavam a tentar vender algo, e durante 1 hora ainda os deixei gastar o latim deles, fazendo sempre perguntas incómodas, e pondo armadilhas no meu discurso de forma a perceber se mentiam ou não, e mais uma vez tudo o que não é eticamente aceite na Amway era utilizado pelos representantes da Interpass como forma de me tentarem enganar. Percebo perfeitamente que pessoas com menos conhecimentos das estratégias comerciais cedam à lavagem cerebral que é feita, porque eles são realmente agressivos. Quando se aperceberam que estava ali só para receber o voucher e que estava só a gastar o tempo deles, o discurso de mel passou a arrogância e agressividade...deixaram cair a máscara.

Depois disso fui investigar a Interpass ao que descobri um role de reclamações interminável (link 1, link 2, link 3, link 4, link 5), e pelo que percebi pelos relatos de outras pessoas, nem vou conseguir utilizar o voucher pois vão dizer que nunca há disponibilidade para as datas que eu pedir, também não estou  nada preocupado.

E para quem cai no conto do vigário e assina contracto com eles a coisa pode ficar complicada, nos primeiros 14 dias ainda pode revogar o contracto por carta registada com aviso de recepção, a partir dessa altura tem um contracto vitalício e para o revogar é uma carga de trabalhos, não percebo como a nossa legislação permite este tipo de contractos e de prácticas, são nestas alturas que fico triste por constactar que ainda nos aproximamos de uma República das Bananas. Contudo para quem assinou o contracto e quer rescindir o contracto com a Interpass encontrei alguns relatos que o conseguiram fazer com sucesso (relato 1, relato 2), sim há luz ao fundo do túnel.

Outra coisa que não percebo é como entidades que eu tenho como credíveis, exemplo: Santander Totta, Allianz, PT, entre outras, se associam com este tipo de empresas que são tudo menos credíveis, e no caso de não terem parcerias com a Interpass, como parece que acontece muitas vezes, como não processam a Interpass por utilizarem  indevidamente o seu nome. Nota final, se ouvirem falar de Interpass é fugir para bem longe porque dali não pode vir nada de bom.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Rota do Carapau

No sábado passado fui desafiado pelo João Manso, para ir com um grupo fazer a Rota do Carapau, devo dizer que estive até à última hora a pensar se ia ou não, na 6ª feira à noite tinha um jantar com uns amigos e no sábado tinha de acordar às 6h. Lá enxotei a preguiça e acabei por ir até Santa Cruz, que era onde começava e acabava a volta de bicicleta.

É com grande agrado que vejo o Manso a dar estas voltas de bicicleta, foi à mais ou menos 1 ano atrás que ele foi andar de bicicleta pela primeira vez, e tendo sido um dos padrinhos do baptismo dele nunca pensei que ele pudesse e tivesse força de vontade para evoluir tão rápido.

A parte da manhã foi percorrida sempre a baixo ritmo, o percurso também não dava para muito mais, muita areia, muitos trilhos onde tínhamos de andar com a bicicleta às costas (coisa que não é nada do meu agrado), e quando no final de uma subida pensava, agora é que vai ser curtir a descida...não, a descida era técnica e era para descer à mão ou muito devagar e com cuidado. Ainda caí 2 vezes nos primeiros 15km e tive mais umas ameaças, já há algum tempo que não fazia BTT e senti-me enferrujado ao início. Os travões de trás praticamente não travavam, eu sabia que tinha de ir a revisão mas não consegui, e a descer só com travões da frente era praticamente éguas a toda a hora. Ainda baixei o selim, para colocar o centro de gravidade mais baixo e perto da roda de trás o que ajudou um pouco, mas mesmo assim não me sentia nada seguro.

A chegada a Peniche foi o que mais me agradou, percorrer os estradões junto às falésias lembrou-me muito as minhas viagens para o algarve. Almoçámos no Baleal e a seguir ao almoço, já num grupo mais reduzido, começámos então a andar a uma boa velocidade, a primeira hora deve ter sido feita a uma média a rondar os 25km/h. Nessa altura o Manso acabou por ficar para trás seguindo logo pela estrada nacional. Até à zona do Vimeiro ainda segui pelo trajecto projectado inicialmente, mas depois de 2 descidas técnicas em que ia voltando a cair e tive de passar algumas zonas desmontado, decidi também apanhar a estrada nacional nos últimos quilómetros. Cheguei a Santa Cruz já eram 17:15 e mesmo assim fui o primeiro a chegar graças ao corte de 8-10km que fiz no percurso.


A volta foi boa, mas pessoalmente não gosto de fazer voltas tão grande que sejam técnicas, não consigo por um lado aproveitar a beleza das paisagens porque estou sempre preocupado que ainda faltam imensos quilómetros para acabar e por outro lado a viagem demora imenso tempo. O que gosto são de voltas grandes mas mais rolantes que sejam um bom teste físico, ou então aproveitar uma manhã para fazer uma volta mais técnica e aproveitar a beleza da natureza.