Depois de um dia duríssimo este seria o dia da consagração. O dia começou bem cedo, quase com o nascer do sol, era necessário resolver o problema dos 2 pneus furados do Hugo e sair cedo porque hoje não tínhamos margem para nos atrasarmos, havia um comboio à nossa espera em Lagos às 17h20m. Mas como tudo tem de ser difícil para ter alguma piada, passado 1 km de saírmos da Arrifana, o Hugo estava novamente com o pneu de trás m baixo. Desta vez foi culpa nossa, não verificámos devidamente o pneu, e este tinha uma farpa que voltou a furar a camara de ar. Problema resolvido e vamos lá a andar que não nos podemos descuidar com as horas.
A primeira parte da manhã até chegarmos à Carrapateira era maioritariamente estradões, às vezes com alguma pedra mas que possibilitava uma boa média. A única subida mais agressiva foi muito interessante, apesar de intensa era tecnicamente simples, o que possibilitou uma daquelas subidas onde nos preocupamos mais em ter força para vencer a inclinação e menos a preocupação de procurar as melhores trajectórias mais adequadas para ultrapassar os obstáculos. Desgraçado do Hugo estava mesmo em sofrimento, o dia anterior tinha-o deixado em más condições. A única coisa que lhe dava força é que cada vez estava mais próximo de Sagres, do objectivo. A imagem que mais facilmente me lembro é da cenoura à frente do burro para o fazer andar, a cenoura era Sagres e o burro o Hugo (não podia deixar de fazer a piada, podia ser cavalo, mas o burro tem mais piada).
Chegados à Carrapateira aproveitar um bocadinho a bela paisagem, contudo por pouco tempo, porque o Maria não deixava descansar muito, tínhamos de chegar o mais rapidamente possível a Sagres. A seguir pedalar um bocadinho à beira mar pela praia, dar essa experiência, esse prazer a quem nunca o tinha experienciado. Logo de seguida, "a subida" de toda esta viagem. Duríssima a todos os níveis, e só o campeão do Maria a conseguiu fazer toda a pedalar. Mais um estradão até apanhar o alcatrão, uma pequena subida até às eólicas, e uma descida a todo o gás até Vila do Bispo. De Vila do Bispo até Sagres foi a controlar o ritmo para o Hugo aguentar, apesar de estar um vento forte pelas costas, o que levantava outro alerta, na viagem de retorno de Sagres para Vila do Bispo tínhamos de ter em conta este vento. Chegámos ao forte de Sagres por volta das 11h15m, objectivo concluído com distinção.
Foco seguinte, encontrar rapidamente um sítio para almoçar para sair o mais cedo possível para Lagos. Lá conseguimos encontrar um sítio que começasse a servir ao 12h (como é possível mais uma vez os restaurantes abrirem tão tarde). O Maria queria sair às 13h para termos 3h a pedalar e mesmo assim termos 1h de margem para algum problema que pudéssemos ter. Nessa altura o Hugo disse que já não aguentava mais, que o objectivo estava cumprido que era chegar a Sagres, que iría arranjar alternativa para ir para Lagos, o que acabou por ser de táxi. Bem, achei na altura tudo exagerado, achei que o Hugo era capaz de aguentar até Lagos, o quão errado estava, e achei que 3 horas é imenso tempo para fazer os menos de 40 kms até Lagos, pois já tinha feito aquele caminho, e mais uma vez o quão errado estava.
Saímos de Sagres pouco passava das 13h e até Vila do Bispo eu e o Maria pedalámos à frente do Fábio, de modo a protegê-lo do vento frontal. Ao chegar a Vila do Bispo sentia-me super mal disposto, a feijoada de choco do almoço andou ali vai, não vai, para sair cá para fora. Felizmente foi passando apesar de em algumas alturas ainda sentir um desconforto, o pior tinha passado. Chegados a Vila do Bispo pensei que íamos seguir pela estrada nacional, mas o Maria tinha outra ideia, queria seguir a via algarviada de modo a evitar o trânsito da estrada nacional. Pois é, evitámos a estrada nacional, o que não evitámos foi uma montanha russa de subidas e descidas, muito desgastante e com pendentes duríssimas. Sim foi muito mais bonito, sim foi muito mais interessante conhecer aquela parte do Algarve, mas não estava nada a contar com aquilo e por isso digo que o Hugo fez muito bem em não ter ido connosco, e por isso veio a confirmar-se que as 3h que o Maria previa não estavam muito longe da realidade. Quando chegámos por volta das 16h a Lagos estava o Hugo na esplanada à nossa espera. Ainda deu tempo para descansarmos um bocadinho antes de apanhar comboio de volta a casa. Uma bela viagem, em boa companhia, por caminhos espetaculares, acabou e já estou com saudades.
Saímos de Sagres pouco passava das 13h e até Vila do Bispo eu e o Maria pedalámos à frente do Fábio, de modo a protegê-lo do vento frontal. Ao chegar a Vila do Bispo sentia-me super mal disposto, a feijoada de choco do almoço andou ali vai, não vai, para sair cá para fora. Felizmente foi passando apesar de em algumas alturas ainda sentir um desconforto, o pior tinha passado. Chegados a Vila do Bispo pensei que íamos seguir pela estrada nacional, mas o Maria tinha outra ideia, queria seguir a via algarviada de modo a evitar o trânsito da estrada nacional. Pois é, evitámos a estrada nacional, o que não evitámos foi uma montanha russa de subidas e descidas, muito desgastante e com pendentes duríssimas. Sim foi muito mais bonito, sim foi muito mais interessante conhecer aquela parte do Algarve, mas não estava nada a contar com aquilo e por isso digo que o Hugo fez muito bem em não ter ido connosco, e por isso veio a confirmar-se que as 3h que o Maria previa não estavam muito longe da realidade. Quando chegámos por volta das 16h a Lagos estava o Hugo na esplanada à nossa espera. Ainda deu tempo para descansarmos um bocadinho antes de apanhar comboio de volta a casa. Uma bela viagem, em boa companhia, por caminhos espetaculares, acabou e já estou com saudades.