sexta-feira, julho 31, 2015

Florença - Cruzeiro

Florença era a paragem que mais me despertava curiosidade, pela história e pela arte, e não fiquei mesmo nada desapontado, das 5 paragens que o cruzeiro fez sem dúvida Florença foi a melhor. O único "senão" desta paragem foi a longa viagem de 150km entre o porto de La Spezia onde o cruzeiro atracou e Florença, 2 horas de viagem de autocarro para cada lado não é nada agradável.


A visita a Florença (ou Firenze em italiano), começou com um pequeno passeio no rio Arno, onde passámos por baixo da Ponte Vecchio, a única ponto que sobreviveu à 2ª guerra mundial. Com uma temperatura de 40ºC, não estava um grande dia para passear a não ser que fosse à sombra, o que vale é que o centro histórico de Florença está todo muito concentrado, não sendo necessário grandes caminhadas para percorrer toda a área, e as ruas são estreitas o que faz com que estejam maioritariamente à sombra dos edifícios.


Depois de passar pela parte de cima da Ponte Vecchio, de ver os típicos cadeados postos pelos namorados presos à ponte, fui para a Piazza della Signoria, para cada lado que olhasse só arte, só esculturas, só edifícios altamente trabalhados. Florença impressiona por isto mesmo, a cada esquina há história, há arte, parece uma cidade perdida no tempo onde tudo o que é artística passou por lá e deixou a sua marca. Nesta praça podemos ver uma série de monumento, estátuas, o Palazzo Vecchio, a fonte de Neptuno, simplesmente impressionante a beleza e quantidade de arte concentrada num só local.

Passagem rápida pela Piazza della Repubblica e a paragem obrigatória no ex-libris de Florença, a Duomo, a belíssima  Catedral de Santa Maria del Fiore, a 5ª maior do Mundo e a maior na altura da sua construção. Construída entre o século XIII e XV um edifício imponente construído em mármore, misturando o branco, verde e rosa. Infelizmente as filas para entrar eram de tal modo grandes que com o pouco tempo que tinha era totalmente impossível de ver por dentro ou sequer de subir à torre Giotto.

Segui em passo apressado para a Basílica de San Lorenzo e Capela Médici que se encontrava com uma exposição de peças em metais preciosos. Tudo isto visitado muito rapidamente, simplesmente espreitando o interior. Passagem pela parte de fora do Palácio Médici Riccardi para mais umas fotos por entre as grades porque não havia tempo para visitar o interior. Já agora aproveito para falar na família Médici, a história de Florença e da família Médici estão intimamente ligadas, a cidade é o que é muito graças a esta família que dominava pelo poder económico visto serem banqueiros, todas estas construções, toda esta arte foi paga na altura pelo banco Médici.

Ao ir em direcção à praça de Santa Croce passei por um edifício com umas belas pinturas no seu exterior, enquanto tirava fotografias veio uma ambulância de onde sai com um paciente e entra dentro do edifício...aquilo era o hospital...até a fachada do hospital parecia um edifício histórico, totalmente integrado na paisagem ao ponto de nem me ter apercebido que era um hospital. A minha visita terminou assim à frente da basílica de Santa Croce, com a sensação de ter visto muita coisa mas ainda mais coisas por ver. Só passei pela parte norte do rio e mesmo isso não consegui entrar dentro de nenhum edifício. Tenho de voltar a Florença numa altura com menos gente por causa das filas, e pelo menos com 3 dias de estadia.

terça-feira, julho 28, 2015

Marselha - Cruzeiro

Marselha foi sem dúvida a paragem que mais me surpreendeu pela positiva, não estudei a cidade e fui agradavelmente surpreendido por uma cidade cheia de história e até certo ponto, muito idêntica a Lisboa, muito transito, uma baixa comercial de linhas rectas, e um monumento no topo da montanha em tudo semelhante a Lisboa. A primeira paragem foi para tirar fotografias à emblemática Château d'If, imortalizada no romance de Alexandre Dumas como a prisão de onde escapou o Conde de Monte Cristo.


O ponto de paragem seguinte foi o monumento no topo da montanha, Notre Dame de la Garde. Uma catedral fantástica que se ergue no topo do monte sobre Marselha, vista de qualquer lado e com uma vista espectacular sobre a cidade. O caminho até lá chegar a cima é que foi algo tortuoso, estradas estreitas, em obras, em hora de ponta, se tivesse feito a pé teria sido mais rápido, ainda por cima tendo trilhos marcados até ao topo. Lá de cima ainda era possível ver o Vélodrome com um design moderno facilmente identificável no meio da cidade. Esta catedral é sem dúvida um dos pontos imperdíveis de quem vai a Marselha


Voltámos a descer para a baixa onde tivemos algum tempo para passear. Neste momento quase que parecia que estava no Survival, tinha uma série de pontos que podia visitar e tempo limitado, tinha de decidir o melhor trajecto e que pontos iria visitar. O primeiro sítio que escolhemos foi o Mémorial de la Marseillaise, infelizmente estava fechado para remodelação por isso batemos com o nariz na porta. Seguimos em direcção a um museu que estava assinalado no mapa que tínhamos, mas afinal não era um museu, já tinha sido, mas agora era o Conservatoire National de région - Pierre Barbizet

Para contraria a minha ideia que os franceses são antipáticos, todas as pessoas a que pedi informações foram super simpáticas, só falam francês sim, mas tentam ajudar como podem. E aqui no Conservatório houve um simpático senhor que nos mostrou as esculturas que estavam dentro do edifício e simpaticamente ainda nos explicou a história por detrás das obras e os seus autores. O meu francês é muito fraco mas mesmo assim o senhor esforçou-se em explicar tudo, e conseguiu, apesar de eu ter falado pouco consegui apanhar a informação relevante. No final ainda nos convidou para assistir a um concerto que ia ter lugar ao final da tarde, infelizmente nessa altura já estaria de volta ao cruzeiro por isso não seria possível.


Seguimos em direcção à Préfecture des Bouches-du-Rhône. No caminho passámos por uma espécie de mercado de rua onde havia bancas de comida por todo o lado, as lojas tinham bancas do lado de fora, cheiros intensos a caril, peixe, carne, fruta... O edifício da prefeitura estava fechado mas a praça em frente e a fachada fizeram valer a pena a caminhada. Estava na hora de regressar ao cruzeiro, com muita coisa por ver e com vontade de voltar porque tenho a sensação que muita coisa ficou por ver e conhecer.


segunda-feira, julho 27, 2015

Palma de Maiorca - Cruzeiro

A primeira paragem do Allure of the Seas foi na ilha de Maiorca. Já foi há 15 anos que tinha estado em Palma de Maiorca, numa fase diferente, por um motivo diferente, e os únicos sítios por onde voltei a passar e que me recordava deles foram o Tito's e o Pacha. Não é que Maiorca tenha muito para ver além das praias e das discotecas, mas consegui descobrir um pouquinho mais da ilha que me permite dizer que afinal não é só praias e discotecas.

Uma primeira palavra para o nosso guia, acho que foi o primeiro espanhol que vi a tentar falar e comunicar algumas palavras em português apesar de não saber português, além disso conseguia perceber-nos a falar em português, tal e qual como nós conseguimos perceber os espanhóis quando eles falam em espanhol.


Há 15 anos atrás passei mesmo à frente da Catedral de Palma e como é possível que não tenha me apercebido de tal monumento? A catedral do estilo gótico tem a particularidade de ter sido construída a partir de uma mesquita, mantendo alguns traços da mesma nas zonas mais antigas. Frente à catedral a residência oficial da coroa espanhola, mais um edifício belíssimo e facilmente notável de tudo o que está ao redor, e mais uma vez não tinha dado por ele na minha primeira visita a Maiorca.


Estando em Espanha nada mais tradicional que visitar a única praça de touros de Maiorca, na qual é realizada apenas uma corrida de touros todos os anos. Por fim a visita a Palma terminou no exterior do Castelo Bellver, num dos topos mais altos da parte sul da ilha, gostava de ter estado no interior mas já não havia tempo para mais.


domingo, julho 26, 2015

Allure of the Seas

Estou de volta a casa depois de uma semana memorável a bordo do Allure of the Seas, no percurso Western Mediterranean Cruise. Para os meus amigos que diziam que cruzeiros é coisas para velhos a única coisa que posso dizer é - experimentem - depois então voltamos a falar. Sim tem velhos, mas também tem crianças, tem pretos, tem chineses, tem pessoas de cadeira de rodas, tem muçulmanos, tem pessoas bonitas, tem pessoas feias, tem pessoas super interessantes, tem idiotas arrogantes, tem de tudo. Por acaso uma das coisas que me surpreendeu foi não haver nenhum padrão, é muito multi-cultural, há muita cultura diferente para assimilar.

Se tivesse de definir um cruzeiro seria, "Resourt de luxo no qual cada vez que acordas tens à tua porta um sítio diferente para visitar". Às vezes até me parecia algo criminoso o luxo, todos os recursos e mordomias que tinha à disposição, com tantos problemas e carências que o Mundo tem, aquele era um mundinho à parte em que fui um privilegiado durante uma semana de o poder desfrutar. E os fabulosos espectáculos diários que pude assistir, excelentes cantores, dançarinos, músicos, acrobatas, atletas, que a cada show montavam uma experiência única. Certamente irei repetir a experiência e voltarei a fazer outro cruzeiro.

Mas nem tudo são maravilhas, 1 semana parece que me fez regredir 1 ano na minha forma física, comer da maneira que andei a comer só podia dar nisto. No último dia de cruzeiro fui correr para a pista de tartan, há muito tempo que não me custava tanto fazer 10 kms a correr, senti-me pesado, lento, demasiado em esforço para a velocidade que estava a conseguir manter.

Das paragens que o cruzeiro fez e cidades que visitei ainda hei-de de falar mais em detalhe em posts futuros, porque há muita coisa para falar para ser só num único post. Além dos sítios que conheci, o que fica de muito importante são as pessoas que conheci e o prazer que tive de aprender e de ouvir as experiências de vida dessas pessoas.


segunda-feira, julho 13, 2015

Bessone Bastos 2015

Foi a 1ª vez que fiz a travessia Bessone Bastos, nos últimos anos não tenho conseguido ir mas deste ano não passou. Ao contrário de alguns anos anteriores, ontem estava um mar espetacular, um dia bonito sem ondulação, a única coisa era a água que estava gelada, ainda bem que levei fato porque senão parece-me que não tinha coragem sequer de começar.


Conforme comecei percebi que o ritmo estava bastante rápido, ao olhar para o relógio até pensei que havia algum engano no GPS tal estava a ser a média a que estava a nadar. Ao olhar para os nadadores à minha esquerda ainda me apercebi que estavam a andar mais rápido, encostei-me o mais à esquerda possível, saído mais para fora de pé, e passando o mais rente possível às bóias. Parecia que tinha apanhado a autoestrada, a corrente era tão forte que quase não era preciso dar aos braços. Acabei os 2,4kms (segundo o meu GPS não cheguei aos 2,5kms que a prova deveria ter) com 29 minutos!!! Obrigadinho querida corrente, estou desconfiado que se a prova fosse no sentido contrário que ainda hoje estava lá a remar contra a corrente.


quinta-feira, julho 09, 2015

E se os 3 grandes fossem restaurantes de luxo?

Olhando para a pré-época até agora, consigo fazer uma analogia do que se está  a passar com alguns restaurantes, vamos lá ver.

Restaurante da Luz - O master chef quis mudar de ares e a gerência contratou um novo chef. Este novo chef apesar de ter construído uma boa reputação em restaurantes de média gama, nunca precisou de mostrar que era genial, quem comia as suas refeições ficava satisfeito porque não esperava a excelência. Agora é diferente, no restaurante da Luz o nível é altíssimo e exigente, será que está preparado para mostrar o que é preciso? Em relação à matéria prima para os cozinhados ela é basicamente a mesma que era anteriormente, pode não ser a melhor, mas é muito boa.

Restaurante do Dragão - É o único restaurante que o chef se manteve do ano passado, a continuidade da aposta num chef estrangeiro. No ano anterior não mostrou ter a arte suficiente para tornar o restaurante do Dragão no melhor do país, mas será que aprendeu a lição e este ano vai evitar os erros que provocaram algumas refeições de má qualidade? A matéria prima que tinha o ano passado era a melhor do país, e apesar de este ano ter perdido grande parte dessa matéria prima, parece que está novamente a arranjar matéria prima diferente mas de igual categoria, será capaz de repensar as refeições adaptando-as à nova matéria prima?

Restaurante de Alvalade - Apesar de ter um dos mais promissores chef nacionais decidiu ir buscar o master chef ao melhor restaurante nacional do ano anterior. Agora que tem o melhor cozinheiro nacional acredita que é possível tornar-se o melhor restaurante nacional. Mas o melhor cozinheiro do mundo precisa de matéria prima. Num restaurante que o ano passado tinha a pior matéria prima dos candidatos a número 1, será que este ano consegue melhorar a matéria prima? E será que o melhor chef nacional mesmo não tendo a melhor matéria prima consegue servir constantemente as refeições que agradem aos clientes?