Florença era a paragem que mais me despertava curiosidade, pela história e pela arte, e não fiquei mesmo nada desapontado, das 5 paragens que o cruzeiro fez sem dúvida Florença foi a melhor. O único "senão" desta paragem foi a longa viagem de 150km entre o porto de La Spezia onde o cruzeiro atracou e Florença, 2 horas de viagem de autocarro para cada lado não é nada agradável.
A visita a Florença (ou Firenze em italiano), começou com um pequeno passeio no rio Arno, onde passámos por baixo da Ponte Vecchio, a única ponto que sobreviveu à 2ª guerra mundial. Com uma temperatura de 40ºC, não estava um grande dia para passear a não ser que fosse à sombra, o que vale é que o centro histórico de Florença está todo muito concentrado, não sendo necessário grandes caminhadas para percorrer toda a área, e as ruas são estreitas o que faz com que estejam maioritariamente à sombra dos edifícios.
Depois de passar pela parte de cima da Ponte Vecchio, de ver os típicos cadeados postos pelos namorados presos à ponte, fui para a Piazza della Signoria, para cada lado que olhasse só arte, só esculturas, só edifícios altamente trabalhados. Florença impressiona por isto mesmo, a cada esquina há história, há arte, parece uma cidade perdida no tempo onde tudo o que é artística passou por lá e deixou a sua marca. Nesta praça podemos ver uma série de monumento, estátuas, o Palazzo Vecchio, a fonte de Neptuno, simplesmente impressionante a beleza e quantidade de arte concentrada num só local.
Passagem rápida pela Piazza della Repubblica e a paragem obrigatória no ex-libris de Florença, a Duomo, a belíssima Catedral de Santa Maria del Fiore, a 5ª maior do Mundo e a maior na altura da sua construção. Construída entre o século XIII e XV um edifício imponente construído em mármore, misturando o branco, verde e rosa. Infelizmente as filas para entrar eram de tal modo grandes que com o pouco tempo que tinha era totalmente impossível de ver por dentro ou sequer de subir à torre Giotto.
Segui em passo apressado para a Basílica de San Lorenzo e Capela Médici que se encontrava com uma exposição de peças em metais preciosos. Tudo isto visitado muito rapidamente, simplesmente espreitando o interior. Passagem pela parte de fora do Palácio Médici Riccardi para mais umas fotos por entre as grades porque não havia tempo para visitar o interior. Já agora aproveito para falar na família Médici, a história de Florença e da família Médici estão intimamente ligadas, a cidade é o que é muito graças a esta família que dominava pelo poder económico visto serem banqueiros, todas estas construções, toda esta arte foi paga na altura pelo banco Médici.
Ao ir em direcção à praça de Santa Croce passei por um edifício com umas belas pinturas no seu exterior, enquanto tirava fotografias veio uma ambulância de onde sai com um paciente e entra dentro do edifício...aquilo era o hospital...até a fachada do hospital parecia um edifício histórico, totalmente integrado na paisagem ao ponto de nem me ter apercebido que era um hospital. A minha visita terminou assim à frente da basílica de Santa Croce, com a sensação de ter visto muita coisa mas ainda mais coisas por ver. Só passei pela parte norte do rio e mesmo isso não consegui entrar dentro de nenhum edifício. Tenho de voltar a Florença numa altura com menos gente por causa das filas, e pelo menos com 3 dias de estadia.