terça-feira, dezembro 31, 2013

Retrospectiva de 2013

Visto que no final do ano passado comecei a tradição da retrospectiva do ano que está a acabar, não vou matar essa tradição logo ao segundo ano. Bem aí vai a lista de coisas que me ficaram na memória durante este ano, por ordem cronológica.

  • No final de Janeiro, num dia de temporal fiz o Tróia-Lagos (sim bem sei que não é o tradicional Tróia-Sagres), totalmente a solo e num só dia.
  • Final de Fevereiro a primeira participa num Audace, muito divertido, conhecer pessoas novas, reencontrar antigos amigos, valeu mesmo a pena apesar do sofrimento.
  • Março, primeira experiência em Trail run, fui mesmo apanhado com as calças na mão, não estava minimamente à espera daquela dureza.
  • Ainda em Março experimentei pela primeira vez andar de Segway, não é nada do outro Mundo, mas é giro para experimentar uma vez.
  • Início de Abril e a participação na primeira edição do Comando Challenge, sem dúvida a melhor edição das 3 que já houveram.
  • Final de Abril já pela equipa 3Iron Sports participo pela primeira fez num triatlo olímpico, mais uma vez não estava à espera de tal dureza, doeu imenso acabar...
  • Início de Maio um dos acontecimentos mais importantes deste ano, saí da PDM ao final de 6 anos e fui trabalhar para a Prime IT.
  • Final de Junho e a participação na Remada Musa, esta prova estava entalada na minha garganta porque foi nesta prova que há 2 anos atrás tive a minha única desistência.
  • Em Julho foi a organização do Survival Xperience, foi a primeira vez que tive à frente da organização de uma prova, muito enriquecer, perceber o que custa organizar uma prova, e sentir que a prova é só o culminar de algo muito maior. 
  • Em Agosto foi o fim-de-semana mais louco deste ano, passado em Vale de Urso, e com uma pequena 'voltinha' para subir à Torre de bicicleta.
  • Já no final de Agosto mais uma 'voltinha' de Cascais a Constância, numa daquelas noitadas épicas de ciclismo.
  • Ainda no último fim-de-semana de Agosto a viagem até Madrid para participar no congresso da Amway e conhecer a cidade.
  • Em Setembro primeira vez que baixei dos 45 minutos numa prova de 10km, finalmente os treinos estavam a dar resultado.
  • Ainda em Setembro tive a prova do Discovery Day, talvez a prova que tenha gostado mais de fazer este ano, mega divertido, só foi pena ficarmos no primeiro lugar que não dava prémios, mas mesmo assim significou um óptimo resultado.
  • Outubro, a prova para a qual me preparei ao longo do ano, a minha primeira Maratona...quando penso ainda sinto o sofrimento que foi.
  • Novembro, o post que escrevi neste blog que causou de longe mais impacto até hoje, partilhado inúmeras vezes ao ponto de pessoas que eu não conhecia virem falar comigo, e pessoas que eu conhecia saberem do post por pessoas que eu não conhecia de lado nenhum.
  • Dezembro já há imenso tempo que não ia a um concerto, não é que o tenha sido, mas o espectáculo da Rádio Comercial foi bem divertido.
  • E agora mesmo para finalizar, estou doente desde dia 26 (vá lá salvou-se o natal) e por isso este ano vou quebrar uma tradição, e não vou poder ir correr a prova que mais gosto a São Silvestre da Amadora.
Até para o ano...

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Concerto Rádio Comercial

Apesar de não ser um ouvinte de rádio (ando de mota), tenho ouvido algumas passagem do programa das Manhãs da Rádio Comercial e sem dúvida que há ali muito talento. Ontem no Pavilhão Atlântico ou Meo Arena, como lhe queiram chamar, aproveitando algumas músicas rescritas pelas Manhãs da Rádio Comercial, mais especificamente pelo Vasco Palmeirim, fizeram um concerto, ao qual eu chamaria mais espectáculo.

A primeira parte do espectáculo ficou a cargo da Popota. Uma música foi giro, a segunda já não teve piada nenhuma e a partir daí devo dizer que já estava prestes a cortar os pulsos...foram 20 minutos a contorcer-me na cadeira.

Vamos ao espectáculo em si, eu esperaria algo entre um concerto e um show de standup comedy, o que vim a verificar é que as apresentações caíram mais para o segundo lado, por isso inicialmente comecei por dizer que na minha opinião foi mais um espectáculo que um concerto. Aliás, creio que os próprios protagonistas do espectáculo nunca tiveram a veleidade de querer chamar de verdadeiro concerto, já tenho visto muitos concertos e alguns espectáculos de standup e claramente o que ontem estive a ver um espectáculo de standup, em que por acaso parte dele era cantarolado. 

Já que estamos a falar em cantar devo dizer que fiquei impressionado com algumas prestações dos verdadeiros cantores, Sérgio Rosado dos Anjos nunca tinha ouvido ao vivo, que grande voz, João Só nunca tinha ouvido falar sequer e que grande Artista está ali e por fim ainda Ana Moura que não é preciso dizer nada acerca da sua magnífica voz, com uma interpretação brilhante mostrando versatilidade ao adaptar uma música que inicialmente nada tem a ver com fado.

O momento de standup da noite para mim foi dado pelo Bruno Nogueira, que curiosamente até trabalha para a concorrência da Rádio Comercial, a TSF com o programa "Tubo de Ensaio" a passar à mesma hora que as Manhãs da Comercial. Por falar em standup comedy, devo dizer que estava um bocadinho triste com a diminuta participação do Ricardo Araújo Pereira, mas no final fomos presenteados com a reedição do que para mim foi, o melhor momento da Mixórdia de Temáticas, o sketch das compras no Pingo Doce.

A equipa das Manhãs da Comercial deve estar toda orgulhosa, pois este espectáculo é o culminar de um excelente trabalho que vêm desenvolvendo, que é tão bom que acabou por dar um espectáculo no qual conseguiram esgotar o Pavilhão Atlântico.  

sexta-feira, dezembro 13, 2013

SQL - Variáveis dentro de Views

Tudo começou quando dentro de uma View queria utilizar o resultado de uma query uma dúzia de vezes. Como essa query demorava cerca de 6 segundos a executar, a ideia era armazenar os valores numa variável table e a partir daí utilizar a variável. Problema, não é possível declarar variáveis dentro de Views. Após alguma pesquisa a solução que encontrei consiste em 2 passos:
  1. Criar uma Table-valued function que faz todo o trabalho que a View deveria ter e retorna o resultado que a View tem de devolver.
  2. A View faz bypass do resultado da Table-valued function

CREATE FUNCTION [dbo].[XPTO] ()
RETURNS @result TABLE 
(
 id int,
 field1 nvarchar(50) 
)
BEGIN

   --Todo o código necessário
   --Aqui já é possível declarar variáveis
   RETURN
END
----------------------------------------------
CREATE VIEW [dbo].[MyView]
AS
  SELECT * FROM [dbo].[XPTO]()

segunda-feira, dezembro 09, 2013

1ª Meia Maratona dos Descobrimentos - Resultados

O meu objectivo para esta prova era conseguir fazer um pace de 4m30s/km, o que iría dar um tempo final pouco abaixo da 1h35m. Quando cheguei a Belém nem acreditei bem na temperatura que o termómetro do meu carro assinalava, 4ºC, pensei que o meu velho carro não estava a bater bem. Afinal confirmando noutros termómetros estavam mesmo 4ºC, creio que nunca corri com tanto frio. Encontrei o Pre no início da prova e comentámos que o tempo húmido e frio não ia ajudar especialmente a asmáticos, nenhum de nós estava muito confiante em relação ao tempo final.

A prova começou logo com a subida do Restelo, para quem queria fazer um bom tempo final aquela subida roubava logo alguns segundos importantes, mesmo assim aos 2kms estava com 8m30s por isso não perdi muito tempo, apenas algum desgaste extra.

Conforme nos aproximamos do Terreiro do Paço o tempo abriu um pouco e sentiu-se a temperatura a subir. Aos 10kms estava com 42m30s, estava perfeitamente dentro do tempo e até podia pensar em baixar da 1h30m o que é um tempo de referência para a meia maratona. Quando dei meia volta começo a cruzar-me com diversos amigos, alguns deles que nem sabia que estavam a correr, o que durante algum tempo até deu para esquecer um pouco o sofrimento. 

Ao chegar a Alcântara o tempo volta a ficar frio e novamente bastante enevoado. Quando faltava 2kms para o fim já me sentia um pouco em quebra, e nessa altura chega ao pé de mim o Emanuel Silva. Durante 500-1000m ainda puxou por mim e tentou que seguisse com ele pois ele tinha o objectivo de chegar abaixo de 1h30m, mas disse-lhe para ir porque não conseguia seguir aquele ritmo. Cheguei ao final com um resultado oficial de 1h31m08s, objectivo mais que cumprido e por muito pouco não consegui desde já baixar de 1h30m, um tempo que há uns meses era algo impensável para mim. Os resultados podem ser vistos aqui.

Dados da minha prova:
  • Tempo final: 1h31m08s
  • Velocidade média: 13,89km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m19s

sábado, dezembro 07, 2013

RIP Nelson Mandela

Não há muito a dizer, o percurso deste HOMEM fala por ele, lutou pelos seus ideais, ajudou que o Mundo fosse um lugar melhor. Se me perguntassem que figura pública gostava de conhecer se pudesse, o único nome que me surgiria seria Nelson Mandela.

Nunca fui à África do Sul, não tenho nenhuma ligação ao país, mas não posso deixar de admirar o HOMEM que fez tanto pelo país como pelo Mundo. Morreu o HOMEM mas o seu legado fica, espero que todos nós consigamos aprender um pouco com ele, pois o Mundo será um sítio bem melhor.


segunda-feira, dezembro 02, 2013

Comandos Challenge 3

Esta foi a 3ª edição do Comandos Challenge, todas elas este ano, o 1º Comandos Challenge foi em Abril e o 2ª Comandos Challenge foi em Junho. Fazendo uma retrospectiva de quem participa em muitas provas, de diversos géneros, acho que o 1º Comandos Challenge foi sem dúvida o melhor, foi o Comandos Challenge dos obstáculos, do treino militar. O 2º Comandos Challenge foi o da água e este foi o da corrida.

Foi divertido sim, mas o valor da inscrição já não representa o verdadeiro valor da prova, na minha opinião é demasiado caro fase ao que me pode oferecer. Este tipo de provas teve o boom este ano, mas não acredito que continue a ter o sucesso que teve até agora, para as pessoas que já participaram não têm nada para oferecer de diferente, por isso ou evoluem ou conseguem cativar pessoas que não foram já a provas idênticas.

Ontem o Comandos Challenge do Jamor para mim nada mais foi que um trail run soft, com alguns (poucos) obstáculos. Um ponto a favor da organização, tiveram a sensatez de colocar água só nos últimos 2-3km, com o frio que estava não me apetecia andar a correr todo encharcado. Ainda bem que levei o colete isotérmico por baixo da t-shirt, depois da água soube mesmo bem.  O espírito de grupo mais uma vez foi fenomenal, adoro participar com este grupo, entre ajuda constante, sempre divertidos com um sorriso nos lábios, de crianças grandes que foram deixadas à solta num parque de diversões.


Fico agora à espera de algo tipo Spartan Race aconteça em Portugal, segundo o que eu ouvi o Comandos Challenge é uma brincadeira de crianças comparado com a Spartan Race, bem cá estarei para ver...

quarta-feira, novembro 20, 2013

Formas de deslocação para o trabalho

Ontem à noite enquanto jantava estive a ler um artigo na Deco Proteste de Outubro (sim estou um bocado desactualizado), com o título de Mobilidade Sustentável. O foco principal do artigo era, qual seria a forma menos poluente de nos deslocarmos para o trabalho e ao mesmo tempo mais económica. Na minha opinião acabam ambos os objectivos por se complementar, e se formos a ver a maior parte das pessoas claro que se preocupa com a poluição, mas não vamos ser hipócritas, a maior parte das pessoas pensa primeiro em poupar algum dinheiro.

Claro que nesta análise temos de contar com alguns condicionalismos, como por exemplo se tiverem filhos e os tiverem de ir por à escola, como se não viverem numa metrópole os transportes públicos escasseiam, entre outros. 

A pé:
Nesta análise esta é a única forma que nunca utilizei, porque nunca tive a felicidade de ter um trabalho assim tão ao pé de casa. Económica, saudável, relaxante, são algumas das vantagens de nos deslocarmos a pé, a maior desvantagem será mesmo o mau tempo.

De bicicleta:
Já o fiz algumas vezes e devo dizer que é espectacular. As vantagens e desvantagens são basicamente as mesmas de ir a pé, com a vantagem adicional de conseguirmos cobrir uma distância maior caso necessário, e ainda pouparmos no ginásio. Mas vamos ser claros esta não é uma opção válida para todas as pessoas, porque muitas pessoas não têm a preparação física para o fazer, porque por exemplo Lisboa é uma cidade extremamente acidentada, ou porque como eu agora teria de fazer 100km de bicicleta por dia. Mesmo assim agora vão aparecendo cada vez mais ciclovias que facilitam a deslocação, diminuindo o perigo de andar no meio do transito. Contudo chegar ao trabalho de bicicleta estando minimamente suado ou sujo é uma arte. A nível de custo podemos contar com a revisão da bicicleta, mas claramente ao fim de um ano estamos a falar de um custo marginal.

De transportes públicos:
Se tivermos uma boa rede de transportes públicos entre casa e o trabalho é uma opção mais que válida. As vantagens é que continua a ser um meio de transporte relativamente barato, podemos tornar o tempo das viagens em tempo útil, lendo ou fazendo algo de interessante e quanto a mim é um meio confortável. As desvantagens são por exemplo as greves constantes, lembro-me a última vez que comprei o passe mais ao menos à 3 anos atrás, nesse mês houve pelo menos 4 greves, mas creio que foram mais, foi um mês e desisti, voltei à mota. O transbordo entre transportes também pode atrasar bastante a viagem especialmente se não tivermos sorte com o tempo de espera entre ligações.

De Mota (125cc):
Este é o meu meio de transporte de eleição desde à 4 anos para cá. A nível de custos é ligeiramente superior aos transportes públicos, mas sem dúvida que tem inúmeras vantagens. No meu caso actual se viesse de transportes demoraria de certeza mais de 2h, teria de apanhar no mínimo 3 transportes, ao contrário demoro 45-50 minutos. Adeus transito, adeus stress, adeus problemas de estacionamento, sem dúvida estas são as grandes vantagens. Se tivermos várias deslocações durante o dia, nada traz mais mobilidade que uma mota, então se for no centro da cidade nada é comparável. A maior desvantagem é mesmo o risco de queda, que aumenta ainda mais com mau tempo. O chuva em si nem é grande problema, nada que um impermeável médio não resolva, o problema é que a condução se torna muito mais difícil. Além disto a mota ainda tem a desvantagem de não ter bagageira, não será algo que seja necessário frequentemente nas deslocações para o trabalho, mas quando for é um ponto negativo da mota.

De carro:
Sem dúvida que a nível de conforto que bate qualquer dos outros, mas será que esse conforto compensa o stress do trânsito, os problemas de estacionamento e o custo muito mais elevado? Claro se tiverem filhos não há muita volta a dar, claro que se nenhuma das opções anteriores servir o único remédio é mesmo a utilização do carro.

Car sharing:
Ainda existe uma 6º opção, a partilha de carro. Quem anda no trânsito nota que no mínimo 90% dos carros leva só uma pessoa, se cada carro levasse 2 pessoas o que isso diminuiria o trânsito e o que simplificaria o estacionamento perto do trabalho? Pessoalmente utilizei esta opção no final de 2006 início de 2007, os custos eram reduzidos para metade porque éramos 2, como a distância não era muito longa e o gasóleo até estava barato, acabava quase por ficar ao mesmo custo que andar de transportes públicos. A grande desvantagem eram os horários, frequentemente um de nós tinha de estar à espera do outro, nos dias em que um de nós não ia logo para casa a seguir ao trabalho também tínhamos de levar 2 carros. Esta solução parece-me ideal especialmente para colegas universitários, que normalmente até fazem trabalhos de grupo juntos, têm as mesmas cadeiras, o que facilita a conciliação de horários.

segunda-feira, novembro 18, 2013

Corrida do Monge

Depois de 2 noites em que a minha asma não me tinha dado muito descanso não estava com muita vontade de ir à corrida do Monge, ou melhor, vontade até tinha mas não me sentia nada confiante. O pior que podia acontecer era acabar a andar, por isso que se dane, lá fui ciente que não estava a 100% mas que ia dar o meu melhor em todo o caso.

O tempo estava perfeito para correr, um solinho bom a cortar o frio que se fazia sentir, que passado 5 minutos de estar a correr já nem se sentia frio nem calor, perfeito. Sabia que os primeiros 4km seriam sempre a subir, fui a controlar a respiração inicialmente na companhia do Mário Santos um dos meus colegas de equipa, mas ao fim de 2,5km senti que a asma não me estava a afectar por aí além e dei um pequeno esticão para começar a subir uns lugares. Este tipo de subida longa não sei porque mas adapta-se perfeitamente à minha maneira de correr, sinto-me sempre muito bem e vou fazendo ultrapassagens com alguma facilidade, nunca parando de correr.

Começamos a descer e aí já não sou assim tão bom, talvez devido a já me ter lesionado numa descida em trail tento sempre resfriar o meu ímpeto de desatar a correr feito cabra montês. A descida era pouco técnica feita a boa velocidade, contudo com alguma perigosidade devido às raízes, leiras, pedra solta e a própria velocidade que se atingia. 

A última subida já era algo de respeito, ainda comecei por continuar a correr, mas rapidamente desisti da ideia, tinha outros atletas à minha frente que eram difíceis de ultrapassar pela irregularidade do terreno, mas mesmo que não tivesse pouco depois teria de andar porque o terreno era mesmo muito inclinado (mais de 20%), arenoso e extremamente irregular.

Voltamos a descer, aumentei um pouco o ritmo mas continuavam atletas a passar por mim nas descidas, estava muita pedra solta e não me sentia confortável para arriscar mais, decidi continuar a tê-los dentro do possível em linha de vista para ter uma referência. Marca dos 10km, faltava 1,5km de descida, já estávamos em estradão e sabia que até ao final seria sempre a descer em empedrado ou alcatrão. Pensei para mim, isto é o equivalente a uma série que estou acostumado a fazer, são só 1,5km de sofrimento que falta. Nessa altura alarguei o passo a sério e na curta distância que faltava ainda fui buscar 4 atletas que estavam à minha frente acabando a corrida quase em sprint.


Os resultados finais ainda não saíram e não esperei que fossem afixados no final, mas pelo que percebi acabei ali a rondar o 70º lugar, o que não foi nada mau porque estavam inscritos quase 600 atletas, a maior parte deles muito mais habituados a estas andanças do que eu, e mesmo assim fui o 1º do meu clube. Parabéns à organização em todo o caso pelos abastecimentos, era só água mas colocados mesmo nas alturas onde era necessário, o percurso fabuloso, e o saco no final também bem composto, tendo para mais  em consideração que a inscrição era só 7,5€.

Dados da minha prova:
  • Tempo de prova: 1h09m15s
  • Velocidade média 9,96km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 6m01s

sexta-feira, novembro 15, 2013

Novo tipo de escravatura

Este post surge de uma conversa que um amigo meu teve com um CEO de uma empresa para a qual trabalhei. Nessa conversa esse CEO estava a tentar contratar o meu amigo, e acabaram por falar sobre mim, ao qual o CEO acabou por comentar algo do género - "O Tiago era muito bom mas o horário dele era das 9h às 17h...estivesse o que estivesse a arder".

Bem vamos começar pelo início, eu sou daquelas pessoas que gosta de chegar cedo ao trabalho, sempre antes das 9h, mas também gosto de sair cedo pois tenho outras actividades que realmente gosto de fazer, contudo nunca saí antes das 18h, nem houve algum dia que fizesse menos de 8h de trabalho, ou que deixasse alguma coisa a 'arder'.

Já ando nisto à quase uma década e sei o que "a casa gasta", na área de IT está mais ao menos institucionalizado que se trabalha mais de 8h por dia sem que se receba mais por isso, aliás quem tenta respeitar o que está no contracto que são 40h semanais é que é o mau, mas os que fazem mais horas não são bons, são os normais.

Também já fiz muitas horas extras, inclusivamente quando trabalhava para esse CEO houve um mês que trabalhei 30 dias e descansei 1, a fazer muitas horas por dia, a trabalhar noite dentro porque tinha intervenções nocturnas, e qual foi o reconhecimento disso...uma palmadinha nas costas, foi mais ao menos nessa altura que comecei a abrir os olhos.

Outra coisa muito comum na área do IT é chegar-se tarde ao trabalho e ficar a trabalhar até mais tarde, mas aí já não há problema porque se fica a trabalhar até tarde isso é que é importante, porque chegar às 11h e sair as 20h é diferente de entrar às 9h e sair às 18h. E se eu trabalhar 4h e ficar à assobiar para o ar 6h também está tudo bem, interessa é mostrar que se está presente. Sempre achei e continuo a achar que se trabalharmos bem 8h estamos no nosso limite de produtividade a partir daí começamos a demorar muito mais tempo a fazer algo pois já estamos inevitavelmente cansados e com muito menos concentração.

Uma estratégia comum das empresas de IT é contratarem pessoas deslocalizadas, o que é bastante inteligente pois essas pessoas não têm actividades para além do trabalho, então literalmente vivem para o trabalho. E quando dizem que algo está a 'arder' que é preciso fazer um 'esforço extra', vejam bem se as coisas estão mesmo a arder, por experiência não está nada a arder é simplesmente uma maneira de fazer pressão para se trabalhar mais horas. Lembro-me de uma vez ter ficado a trabalhar até bastante mais tarde porque era necessário ter algo pronto porque outra equipa dependia desse trabalho para começar no dia seguinte. O que vim a verificar é que a tal equipa só pegou no que eu fiz uma semana depois, mas era urgente estar pronto no dia seguinte senão tudo ia arder...

Agora eu pergunto aquelas pessoas que fazem horas extras não remuneradas, acham que devem de investir esforço desta maneira? Já vi empresas a fechar e onde fica o esforço dessas horas extras? Em lado nenhum, vão para o olho da rua como os outros. Já vi pessoas a mudar de empresa porque estão descontentes na actual e onde fica o esforço dessas horas extras? Em lado nenhum, pensam que vão receber algum bónus quando saem, só vão receber frases reprovadoras dizendo que estão a tomar a decisão errada em sair.

O que me diz a minha experiência é que se quiserem investir horas extras na componente profissional invistam a evoluírem, a aprenderem, a evitar que se tornem em dinossauros. Até agora só conheço 2 maneiras de ter aumentos de ordenado, 1ª sair para outra empresa, 2ª ter propostas melhor para outra empresa e a actual paga para ficar, mas lá está isto só é possível se continuar a aprender para cada vez ser um profissional mais valioso a nível de conhecimento. Tirando isto os únicos aumentos que se conseguem são migalhas - "Toma lá mais 20€ brutos por mês já que ficas todos os dias a trabalhar até tarde pelo menos num deles vais jantar fora". 

sexta-feira, novembro 01, 2013

Workshop de culinária

Ontem fui a um workshop de culinária no contexto da Prime IT, com os meus colegas de trabalho. Logo assim de entrada posso dizer que foi fenomenal, muito divertido, deu para aprender algumas coisas novas e gozar do momento com os colegas de trabalho.

O workshop foi no Kiss the Cook, dentro da LX Factory, para quem conhece sabe que é um espaço diferente, multi-cultural, ideal para momentos de descontracção. Fomos divididos em diversas equipas cada uma responsável por parte da refeição. Eu fiquei na parte das entradas, apesar de ter ficado de 'castigo' a descascar maçãs que pareciam nunca mais desaparecer, acho que tive sorte na estação em que fiquei, porque de todas as estações creio que a nossa foi a que fez a comida mais elaborada e mais diferente. A minha equipa também se organizou bem, fomos-nos entre ajudando uns aos outros, sempre com um bom espírito de equipa.


Aconselho vivamente às empresas que puderem oferecer este mimo aos seu colaboradores que o façam, pois num simples jantar acabamos por conviver mais com as pessoas mais próximas de nós, ali somos nós que fazemos o jantar, numa equipa na qual não conhecemos bem os outros elementos, e acaba por ser um bom modo de socializar e conhecer pessoas da mesma empresa mas que normalmente não trabalham connosco.

No final cada equipa explica o que fez às outras equipas, no caso da minha equipa até me coube a mim essa tarefa, e a seguir é comer de tudo o que se fez. Gostei imenso, o meu estômago é que nem por isso e hoje ainda está aqui aos saltos, mas valeu a pena...(ena a mosse de chocolate!!!)

segunda-feira, outubro 28, 2013

Corrida Montepio

Para esta corrida tinha como objectivo conseguir fazer 5 quilómetros abaixo dos 20 minutos. Como sempre cheguei à prova quase em cima da hora de começo (mau hábito), o que faz com que tenha sempre de apanhar a 'hora de ponta' na partida. Quando passei a partida já a corrida ia quase com 1m30s, e muita gente à minha frente. Rapidamente fui para o passeio e pus o meu ritmo, literalmente fui 'à morte', era dar o máximo até ao quilómetro 5 e depois provavelmente ir quase a passo. O percurso era excelente, sempre bastante plano, e o calor ainda não se fazia sentir, só nos últimos 2 quilómetros senti mais calor.


Aos 5km ia com 19m19s, missão cumprida pela primeira vez fiz 5kms abaixo dos 20 minutos, baixar o ritmo que tinha o coração na boca. Quando chego ao km 7 olho para o cronómetro e vejo que estou em cima dos 28 minutos, faltavam 3kms, se conseguisse voltar a fazer a média inicial de 4min/km, chegava aos 40 minutos. Bem, fiz das tripas coração e voltei a acelerar o ritmo para tentar algo que nem estava planeado inicialmente, que era fazer os 10 quilómetros em menos de 40 minutos. Nessa altura ia com a 3ª classificada feminina e um colega dela que tentava manter o ritmo vivo, era a corda à qual tinha de me segurar. No final falhei os 40 minutos por meros segundos, mas foi uma óptima indicação que talvez consiga bater os 40 minutos mais brevemente do que esperava. A classificação final pode ser vista aqui.


Dados da minha prova:
  • Tempo de prova: 40m16s
  • Velocidade média: 14,9km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m02s
  • Tempo de passagem aos 5km: 19m19s

terça-feira, outubro 15, 2013

Objectivos desportivos

Há 3 anos atrás quando voltei a correr mais regularmente e comecei a participar em provas tracei uma série de metas que gostava de alcançar. Esses objectivos foram crescendo à medida que comecei também a participar em provas de duatlo, aquatlo e triatlo, neste momento consegui fechar todos os objectivos que até agora tinha traçado:

Neste momento sinto uma satisfação por isso, consegui alcançar todas estas metas, apesar de quase todas elas terem sido este ano, o que significa que o processo de aprendizagem acaba por ser longo e os resultados demoram o seu tempo a aparecer. Após 1 ano 2 objectivos, no 2º ano 4 objectivos e no 3º ano 8 objectivos.

Mas como é óbvio queremos sempre mais, este momento é marcante para mim pois há poucos dias conclui a Maratona pela primeira vez, um objectivo que eu achava que ia demorar mais a alcançar e foi o último da lista a concluir, mas passados estes dias já deu para parar e reflectir um pouco, e traçar novos objectivos.

Objectivos realistas a curto/médio prazo:
  • 5km em menos de 20 minutos
  • Fazer um Half IronMan
  • Triatlo Olímpico em menos de 2h50m
  • Meia Maratona em menos de 1h40m
  • Maratona em menos de 3h40m
  • Fazer um Trail Run de 40km
  • 20km em menos de 1h30m
Objectivos ainda inalcançáveis:
  • 10km em menos de 40 minutos
  • Fazer TOP 10 num Trail Run de 20km
  • Maratona em menos de 3h30m
  • Meia Maratona em menos de 1h30m
  • Triatlo Olímpico em menos de 2h45m
  • Fazer um IronMan
Toca a começar a marcar como alcançados os novos objectivos!

segunda-feira, outubro 07, 2013

1ª Maratona de Lisboa - Rock & Roll

A minha última meta a cortar a nível de objectivos desportivos era acabar uma maratona. No início do ano não estava bem claro para mim se seria este ano que faria a maratona pela 1ª vez, mas com o desenrolar do ano senti-me cada vez melhor, os resultados iam aparecendo nas provas em que participava e quando soube que ia haver uma maratona que partiria de Cascais para acabar no Parque das Nações não tive muitas dúvidas que esta seria a maratona ideal para eu me estrear.

O dia estava solarengo, aliás até um pouco de calor demais para correr, sem vento que é um dos piores inimigos que um corredor pode ter. O meu objectivo principal era acabar, e se pudesse fazer abaixo das 3h30m melhor, então comecei a um ritmo que me permitisse esse tempo, sabia que tinha de fazer 4m50s-5m00s/km para conseguir esse objectivo. É um ritmo que para mim é calmo, vou com uma pulsação bastante baixa e a respiração controlada.

Do quilómetro 3 ao quilómetro 20 tive a companhia no Rui Rodrigues, que é um excelente corredor, muito melhor que eu, e me deu uma ajuda tremenda, fomos a falar descontraidamente o que ajudou a passar o tempo, quase nem dei pela passagem destes primeiros quilómetros.

À passagem pela meia maratona estava com o 1h43m40s, que era uma passagem que me possibilitava pensar em baixar das 3h30m, se mantivesse o ritmo acabaria a rondar as 3h27m. Até aos 26 quilómetros consegui manter o ritmo e sentia-me bem, mas a partir dos 26kms senti-me cansado e a baixar o ritmo. Frente à estação de Alcântara passa por mim o portador da bandeira das 3h30m, era a confirmação que estava a baixar de ritmo. Ao quilómetro 29 começa-me a doer ligeiramente o joelho esquerdo e pouco depois tive a necessidade de andar pela primeira vez.
Daqui até ao fim foi um sofrimento atroz, como nunca tinha sentido em nenhuma prova, nem quando subi à Serra da Estrela, nem no triatlo do Estoril ou no Oh Meu Deus de Vila de Rei que fiz 16kms com um pé torcido. Foi raro o quilómetro que consegui fazer sempre a correr, nem que por breves instantes tinha de andar um pouco, as dores nas pernas eram tantas que não conseguia aguentar a correr e quando andava sentia que não o podia fazer durante muito tempo porque corria o risco de ter mesmo de parar.

Já nos últimos 3 quilómetros vejo a bandeira das 4h a passar por mim, nem queria acreditar no tempo que estava a perder, ainda tentei não me distanciar mas o coração estava descontrolado e as pernas não queriam mais. Acabei com o tempo de 4h02m57s, estou contente por ter acabado mas muito descontente com o tempo final. E se me perguntarem o que podia melhorar, francamente não sei, não sinto que tenha começado rápido demais, simplesmente senti-me totalmente vazio nos últimos 10 quilómetros. Tenho que corrigir este tempo, apesar de só de pensar no sofrimento que é fazer uma maratona, me deixa logo com receio da próxima tentativa.


Dados da minha prova:
  • Passagem aos 10km ; tempo = 48m35s ; pace = 4:52/km ; velocidade = 12,35km/h
  • Passagem aos 21km ; tempo = 1h43m15s ; pace = 4:58/km ; velocidade = 12,07km/h
  • Passagem aos 24km ; tempo = 1h58m30s ; pace = 5:05/km ; velocidade = 11,80km/h
  • Passagem aos 26km ; tempo = 2h09m25s ; pace = 5:28/km ; velocidade = 10,99km/h
  • Passagem aos 30km ; tempo = 2h32m30s ; pace = 5:46/km ; velocidade = 10,40km/h
  • Passagem aos 32km ; tempo = 2h46m20s ; pace = 6:55/km ; velocidade = 8,67km/h
  • Passagem aos 33km ; tempo = 2h59m25s ; pace = 13:05/km ; velocidade = 4,59km/h
  • Passagem aos 36km ; tempo = 3h20m05s ; pace = 6:53/km ; velocidade = 8,71km/h
  • Passagem aos 40km ; tempo = 3h52m00s ; pace = 7:59/km ; velocidade = 7,52km/h
  • Final 42,195km ; tempo final = 4h02m57s ; pace = 4:59/km ; velocidade = 12,03km/h
  • Pace total = 5:45/km
  • Velocidade média total = 10,42km/h

quarta-feira, setembro 25, 2013

O fim das séries

Nestes últimos dias terminaram 2 séries que muito apreciei, estou a referir-me ao Burn Notice e ao Dexter. O Burn Notice é uma série descontraída, a única semi-humorista que via, algo entre Macgyver, 007 e Missão Impossível, em que por muito complicada que fosse a situação os protagonistas conseguiam sempre achar uma solução. Já o Dexter para mim é uma série de top, das melhores séries que vi até hoje, com um argumento super diferente e interessante.

Uma das coisas que mais detesto como fã de séries televisivas é o arrastar de uma série só porque ainda é rentável, apesar de perder qualidade e muitas vezes a coerência da história, consigo lembrar-me rapidamente de alguns exemplos: Lost, Supernatural, Fringe, Heroes, entre outros menos flagrantes.

Em relação ao final do Burn Notice, devo dizer que nem me tinha importado que ele vira-se para o 'lado negro', aliás nem sei se realmente seria o lado negro pois tal como a personagem consegui sentir a dúvida e o conflito de tomar aquela decisão porque não era uma decisão de preto ou branco existiam zonas cinzentas. Em todo o caso e depois de tomada essa decisão, gostei do final que arranjaram para a série.

Mudando agora para o Dexter, também acho que estava na hora de matar a série, mais vale acabar no seu melhor que deixar arrastar para o cano. Toda esta temporada foi bem pensada, tendo sido progressivamente preparado o final, preenchendo alguma lacunas na história que ainda subsistiam ao longo das diversas temporadas, terminando de moldar a personalidade da personagem do Dexter e revivendo alguns momentos importantes da série. Se gostei do finalzinho, não, bem sei que é uma série baseada em livros, mas não sendo uma série baseada em factos verídicos acho que poderiam ter feito um final mais 'happy ending', mas é só a minha opinião.

Outra série que está a terminar, faltando um só episódio, é o Breaking Bad, uma das séries que mais gostei até hoje também pelo facto de ter um argumento muito alternativo, estou curioso para ver o final que vão arranjar especialmente porque ainda há muitas lacunas por preencher, muita coisa que tem de acontecer, tudo num só episódio. Gostava que houvesse um 'happy ending' para o Jesse Pinkman, sem dúvida a personagem que mais gosto e a única que tem consciência moral, e ao longo da série pode parecer um contra censo mas apesar de ser desequilibrado e de personalidade inconstante, foi sempre a personagem que conseguiu trazer algum tipo de equilíbrio à personagem do Walter White. Vamos lá ver o que o final nos reserva...

segunda-feira, setembro 23, 2013

Discovery Day

Grande prova, desde já parabéns à organização por conseguir montar uma prova, gratuita (está bem que com fortes patrocinadores por trás, mas podia ter cobrado inscrições e não o fez), e com imensa qualidade. As informações que tínhamos antes da prova eram poucas, mas devido à experiência que tínhamos em outras provas, esta acabou por não fugir muito ao que esperávamos.

Sendo uma prova de equipa também tive uma sorte enorme com a equipa em que estava inserido, o Tiago Neto um dos meus fieis companheiros neste tipo de provas, o Pedro Santos uma das pessoas com mais experiência neste tipo de prova e com o qual integrei uma equipa fantástica à muito pouco tempo quando organizámos o Survival Xperience, e finalmente o Daniel Barradas que só conhecia como adversário em provas deste género mas que se revelou uma muito agradável surpresa.


O Discovery Day consistia em percorrer o centro da cidade de Lisboa, com a orientação de um GPS no qual tinha os pontos marcados e para quem já tem alguma experiência em orientação era uma brincadeira de criança, chegando a esses pontos ler um código de barras. O código de barras podia desbloquear perguntas sobre o Discovery Channel, aqui tenho de tirar o chapéu ao Pedro Santos pela cultura impressionante que tem sobre o Discovery Channel, desbloquear experiências que irei falar mais a frente, dar pontuação extra directa ou simplesmente ser um ponto falso que não dava nada.

A movimentação entre pontos podia ser feita como quiséssemos, a pé, de bicicleta, de mota, de carro, de transportes públicos... como quiséssemos. A nossa decisão foi andar a pé, e segundo a minha opinião depois da prova continuo a achar que foi uma boa decisão se todos os elementos da equipa estivem em boa forma física. Mas a minha opinião não é unânime, alguns elementos da minha equipa acharam que a bicicleta também tinha sido boa opção. Acho que nas colinas, no Bairro Alto, em Alfama, nas escadarias, não tinha dado muito jeito a bicicleta, mas é só a minha opinião, garantidamente digo que o importante é ter uma grande mobilidade. Tinha um amigo numa equipa que andava de mota, o Rodrigo Coelho, e mota até tem mobilidade, no entanto eles não nos ganhavam vantagem entre pontos, parar a mota, tirar e por capacete, esperar uns pelos outros, semáforos...

Quanto às experiências, das 10 conseguimos fazer 5, as outras não tivemos tempo apesar de termos todas desbloqueadas. Aqui foi a parte mais chata, porque como haviam muitas equipas, mais do que a organização previa inicialmente, os tempos de espera para realizar as experiências eram ainda consideráveis, o que não nos possibilitou fazer todas as experiências e ainda nos faltou passar por cerca de 10 pontos dos 89 pontos que estavam disponíveis para encontrar.

A experiência de mudar os pneus do carro foi a que nos correu pior, não conseguimos a pontuação máxima e ainda me aleijei num dedo, sem gravidade, mas sujei aquilo tudo de sangue, o Tiago Neto esteve bem, eu acabei por demorar muito a conseguir pôr o 1º pneu no sítio para ele voltar a apertar e foi aí que perdemos os segundos que não nos possibilitaram fazer a pontuação máxima. A experiência do rappel o Pedro Santos é pro naquilo e demorou menos de 5 segundos quando tinha 45 segundos para fazer a descida e obter a pontuação máxima. 

A experiência da comida étnica eu queria ir fazer porque estava com curiosidade, e como os outros 3 elementos da equipa nem a queriam fazer fui eu fazer. Comi pernas de rã (se me dissessem que eram pernas de codorniz para mim era a mesma coisa), crista de galinha, até é saboroso, mioleira de borrego, esta sim não foi nada agradável parecia um bocado de gelatina mal saborosa, um rim gigante não sei de que animal, com um sabor que me era algo indiferente, nem bom, nem mau e finalmente um copinho de sopa de lesmas que apesar do aspecto repugnante nem era nada mau. O mais importante era abstrai-nos do que era a comida e do aspecto, e ter uma mente aberta, se fizéssemos isso até acabávamos por apreciar, aliás quando estava a comer as pernas de rã até as estava a saborear até que a minha equipa me começa a dizer - "Olha que isto tem tempo limite o objectivo é comer rápido...".

Na 4ª experiência, era a experiência do inventor, tínhamos de entrar para um armazém, podíamos levar o que quiséssemos e lá dentro teríamos de fazer algo. Como engenheiros que somos, acabei por ir eu e o Pedro Santos, a prova consistia em construir uma cana de pesca com o pouco material que eles davam e o material que nós tínhamos connosco. Eu reparei que o que nos faltava era a corda no material que eles nos tinham fornecido, rapidamente me lembrei que o meu camelback tinha um elástico que serviria para o efeito. Eu e o Pedro olhámos um para o outro, ele tinha reparado a mesma coisa e perguntou-me - "Consegues arranjar a corda?" - Eu disse que sim e que podíamos começar. Acabámos por construir a cana de pesca rapidíssimo e ainda tivemos o cuidado de fazer um anzol bem feito pois não sabíamos se ainda a teríamos de utilizar para apanhar algum tipo de objecto, mas não era só mesmo fazer a cana.

A última experiência era a do canhão de ar comprimido, em que com um tiro tínhamos de acertar num de 3 alvos, quanto mais longe mais pontos daria. O que eu sugeri era que arriscássemos acertar no que estava mais longe porque acreditava que as pontuações iam ser muito apertadas, e perdido por 100 ou perdido por 1000 era a mesma coisa. Como não tínhamos nenhum especialista e ninguém estava confiante, acabámos por tirar em sorte e foi o Pedro que foi disparar. Ele conseguiu acertar na estrutura que tinha o alvo mais longe, não chegámos a saber se era considerado válido, era uma decisão que no final seria tomada pela organização.

Voltámos ao Terreiro do Paço com quase 17,5 km nas pernas, mas muito contentes porque nos divertimos à grande e funcionámos super bem como equipa. No Terreiro do Paço ainda tivemos direito a bifanas, pasteis de natas e bebida diversa, o que mais uma vez para uma prova gratuita é de louvar. Fizemos o nosso melhor sim, mas com o conhecimento que obtivemos mudaríamos alguns pequenos detalhes que provavelmente nos possibilitariam fazer um pouco melhor. Também fiquei contente por ver amigos que já não via a algum tempo como a Liliana Correia, o Rodrigo Coelho, o Nuno Marques, o Jorge Graça ou o Rodrigo Chagas. Ainda não há resultados oficiais publicados, mas segundo o que aporei conseguimos o 5º ou 6º lugar entre mais de 220 equipas, o que foi um resultado muito bom apesar de ter ficado o amargo de boca de termos ficado à porta dos prémios. Para a próxima lá estaremos outra vez...

terça-feira, setembro 17, 2013

Corrida do Tejo

Tinha apontado a corrida do Tejo para finalmente conseguir numa prova baixar dos 45 minutos aos 10km, objectivo que já perseguia há 2 anos. Até à última semana antes da prova andava a fazer tempos bastante interessantes, quase todos os treinos que fazia estava a um ritmo (pace) que me permitia pensar que iria com algum sofrimento mas também com alguma certeza baixar desse tempo. Mas na última semana antes da prova tudo mudou, tive ataques de asma como já não tinha a alguns anos, em diversos dias, não consegui dormir bem e até tive de abortar um treino a meio que não estava a conseguir respirar, ponderei inclusive na 6ª feira antes da prova não a ir fazer.

Bem lá fui, sem muitas esperanças, com a ideia de começar a um ritmo forte que me permitisse baixar dos 45 minutos e quando desse o 'estoiro' paciência, pelo menos tentava fazer o máximo de tempo possível  a um ritmo de menos de 4m30s por quilómetro (ritmo de 10km a 45 minutos). 

Por volta do 1,5km passei pelo corredor que marcava o ritmo de sub-45, é o corredor que normalmente chegaria poucos segundos antes dos 45 minutos, por isso estava relativamente bem. Aos 2 km passei com 8 minutos, ou seja, estava a fazer 1 minuto melhor do que precisava, mas ainda não estava entusiasmado, estava com facilidades a respirar sim, mas podia acontecer-me como o último treino que deixei de conseguir respirar de um momento para o outro.

O teste de fogo era agora a subida para o Alto da Boa Viagem, se chegasse lá acima bem podia ser que houvesse esperança. E não é que fiz aquele quilómetro onde estava a subida a 4m18s, estava espantado e começava a acreditar. Aos 5 km passei com um tempo perto dos 20m30s, um dos melhores tempos que já fiz aos 5 km, continuava a sentir-me bem e estava com uma vantagem óptima para conseguir o meu objectivo.

Continuei a tentar puxar ao meu máximo e quando cheguei a Oeiras, já ao 8º km estava com mais ou menos 33 minutos, o que significava que até podia arrastar-me a um ritmo de 6min/km até à meta que conseguia cumprir o meu objectivo. Consegui cortar a meta com um tempo oficial de 41m38s, contentíssimo comigo, pois nunca pensei conseguir alcançar tal tempo, só queria baixar dos 45 minutos e baixar com uma margem tão grande que nem consigo perceber até agora como consegui manter aquele ritmo durante toda a prova.


Agora que consegui alcançar o objectivo que estava mais difícil de alcançar, daqui a umas semanas vou ter outro desafio, fazer pela primeira vez a maratona, vai ser uma experiência totalmente nova que tenho de continuar a treinar mas com outro tipo de treino mais adaptado a uma distância tão longa. Objectivo principal é mesmo acabar e se conseguisse com um tempo abaixo de 3h30m então isso seria a cereja no topo do bolo.

Dados da minha prova:

  • Tempo de prova: 41m38s
  • Velocidade média: 14,41 km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m10s
  • Tempo à passagem dos 5km: 20m24s

segunda-feira, setembro 16, 2013

Swim Challenge Cascais

O ano passado infelizmente não consegui participar na 1ª edição do Swim Challenge de Cascais, pois tinha sido operado ao meu apêndice há muito pouco tempo e ainda estava em recuperação, mas este ano não podia faltar a uma prova que é organizada pelo meu clube.

Como no fim-de-semana anterior já tinha feito o Challenge da Aldeia do Mato, no dia seguinte tinha a Corrida do Tejo que pretendia fazer um bom tempo, tinha passado a semana doente e tinha treinado mal, esta prova era só para tentar "ligar a máquina" novamente e fazer um treino a pensar no dia seguinte.

Mas antes da prova da milha ainda se passou muita coisa, como era o meu clube a organizar o Nuno Felício pediu-me a ajuda em algumas partes logísticas. Cheguei cedo à praia para preparar a câmara que ia esta a filmar o dia todo a praia (sim já há vídeo mas ainda não o posso disponibilizar antes de estar no site oficial), ajudar na montagem das tendas, preparar o parque de transições ,ir buscar os kayaks, etc.

Durante a manhã decorreu o Aquatlo, onde estive junto à meta e parque de transições a fazer os controlos dos atletas, passando depois para o secretariado que foi um stress, não tenho muita vontade de voltar a repetir a experiência. A acreditação de atletas é uma confusão pegada, com muitas reclamações e algumas com razão, por isso é algo que não voltem a contar comigo, pelo menos nos moldes que esta foi feita.

Quanto à prova em si, a água estava fria, o que para mim significa gelada, o facto de ser magro não ajuda nada a resistir ao frio. Fiz a prova a um ritmo calmo, mais para rolar que outra coisa. Quando já estava na 2ª volta e me faltaria para aí 700-800 metros comecei a ter cãibras na perna direita, provavelmente devido ao frio, baixar o ritmo e tentar que o músculo 'soltasse' sem grande sucesso. Quando passo pela penúltima bóia, mais ou menos a 300 metros do fim a perna esquerda também prende - "Olha para isto, está bonito está!" - pensei eu. Controlar até ao fim, ainda fui obrigado a fazer um pequeno sprint em cima da meta que estava a ser pressionado por outro nadador que me tentava ultrapassar. Quando tentei levantar-me e por-me em pé parecia um bêbedo, com as pernas ainda presas não me aguentava bem em pé era só cambalear, que figura...

Os resultados já estão disponíveis, e logo que os vídeos também estejam coloco aqui.

segunda-feira, setembro 09, 2013

Swim Challenge - Aldeia do Mato

O Swim Challenge da Aldeia do Mato já uma prova tradicional no meu calendário, mais que não fosse porque é uma prova organizada pelos meus colegas, além disso é uma das provas mais importantes da temporada nacional de águas abertas.

Este ano pela primeira vez decidi tentar a distância de 5km, que fazendo a transposição para provas de corridas, é mais ou menos o equivalente a uma meia maratona. Normalmente faço as distâncias abaixo de 2km e só em treinos é que faço distâncias maiores, mas raramente chego aos 5km. A prova consistia em 2 voltas a um percurso em que a primeira parte de cada volta era feita contra o vento e corrente.

Tinha como objectivo pelo menos na primeira volta conseguir ir atrás de alguém na primeira parte do percurso para estar protegido contra a corrente. Tive sorte e logo desde o início entrei num grupeto de 5 elementos onde tentei ir sempre protegido da corrente, nunca passando pela frente. A ideia de ir num grupeto também me garantia que o barco vassoura não me viria rebocar, pois estava a contar ser dos últimos e o barco podia começar a querer recolher-me.

Quando começámos a nadar a favor da corrente reparei que havia um nadador a cerca de 100 metros do nosso grupo, ainda pensei sair para a frente do grupo e tentar descolar para apanhar quem estava a frente, mas como ainda faltava muita prova e não estou habituado a distâncias grandes decidi continuar protegido no grupo. Havia 2 nadadores no grupo de toca amarela que estavam a puxar mais (apercebi-me no final que era os 2 meus colegas de clube), eu tentava controlar quem ia à frente mantendo-me sempre que possível na 2ª posição. Os outros 2 elementos do grupo um deles estava mais ou menos a fazer o mesmo que eu, tentava ir na cola do 1º, e muitas vezes nos acotovelávamos a tentar estar nos pés do 1º, e o 5º elemento ficou sempre na cauda, pareceu-me sempre que tinha dificuldades em seguir-nos.

Acabada a 1ª volta ainda todos juntos, sentia-me bem fisicamente, apenas havia alguma tensão para não deixar ninguém sair do grupo. Quando começamos a apanhar a corrente contra, o nadador que se estava a conter tal como eu, acelera algo forte mas abre um pouco a trajectória, não estando a fazer uma linha muito recta até à bóia que devia estar a cerca de 1km (esta parte era sempre contra a corrente). Ali tive de tomar uma decisão ou continuar atrás de alguém que fizesse uma trajectória mais correcta ou ir atrás dele. Acabei por tomar uma má decisão não fui atrás dele, e ninguém do grupo, apesar de estarmos numa melhor trajectória estava a um ritmo forte o suficiente para o ir apanhar. Nessa altura tive de tomar a decisão de ser eu a fechar o espaço que já estava em mais de 10 metros, o que me custou um bocado. Esta aceleração fez com que o grupo partisse, o elemento que parecia em dificuldades ficou para trás assim como um dos meus colegas de equipa, ficámos só 3 elementos.

Faltava agora a parte a favor da corrente, ainda ponderei passar para a frente e tentar destacar-me pois sentia-me bem, mas a decisão mais inteligente era deixar quem estava a frente continuar a puxar e desgastar-se, o meu outro colega de equipa também já tinha puxado imenso no princípio por isso também não deveria estar nas melhor condições, além disso eu tenho uma capacidade razoável de sprint por isso se chegássemos em conjunto eu teria toda a vantagem. Apesar de alguns esticões, consegui manter-me sempre em 2º até à última bóia, faltavam 100 metros para o final, tinha agora de ser eu, mal passo a bóia ponho-me lado a lado e acelero sem mais olhar para trás e tentando manter sempre uma trajectória a direito para a meta, não me queria descuidar e fazer uma trajectória menos direita que num curto espaço podia-me fazer perder segundos preciosos. Quando faltavam 5-10 metros para o final olhei por cima do ombro pela primeira vez, tranquilo eles estavam longe podia cortar a meta calmamente. Acabei com 1h36m32s, abaixo de 1h40m que era o meu objectivo inicial.

Tive algum receio no início que a prova fosse chata, pois já nadei mais de 1 hora sozinho e é aborrecido, mas o facto de ter ido num grupo que tinha de estar com atenção constante para não deixar ninguém fugir, fez com que a prova fosse emotiva para mim. Dos 54 nadadores que começaram a prova acabei no lugar 40, pode parecer mau, mas para mim foi muito bom pois estavam em prova alguns dos melhores nadadores nacionais, olímpicos inclusive, que treinam muito mais que eu e dedicam-se à natação como único desporto. Todos os resultados podem ser vistos aqui

quinta-feira, setembro 05, 2013

Interpass - A burla

Há uma semana atrás fui contactado pela Interpass a informarem-me que tinha ganho um voucher, que só o tinha de ir levantar a um hotel. Não tinha concorrido a nada, ao que me disseram que era uma forma de publicitarem e darem a conhecer a empresa e que demoraria só 15 minutos a levantar o voucher. Graças a ser empresário Amway tenho alguma formação em marketing e como comercial e detectei ali logo más practicas e as verdadeiras intenções.

Lá fui ao hotel para simplesmente levantar o voucher. Como esperava lá me estavam a tentar vender algo, e durante 1 hora ainda os deixei gastar o latim deles, fazendo sempre perguntas incómodas, e pondo armadilhas no meu discurso de forma a perceber se mentiam ou não, e mais uma vez tudo o que não é eticamente aceite na Amway era utilizado pelos representantes da Interpass como forma de me tentarem enganar. Percebo perfeitamente que pessoas com menos conhecimentos das estratégias comerciais cedam à lavagem cerebral que é feita, porque eles são realmente agressivos. Quando se aperceberam que estava ali só para receber o voucher e que estava só a gastar o tempo deles, o discurso de mel passou a arrogância e agressividade...deixaram cair a máscara.

Depois disso fui investigar a Interpass ao que descobri um role de reclamações interminável (link 1, link 2, link 3, link 4, link 5), e pelo que percebi pelos relatos de outras pessoas, nem vou conseguir utilizar o voucher pois vão dizer que nunca há disponibilidade para as datas que eu pedir, também não estou  nada preocupado.

E para quem cai no conto do vigário e assina contracto com eles a coisa pode ficar complicada, nos primeiros 14 dias ainda pode revogar o contracto por carta registada com aviso de recepção, a partir dessa altura tem um contracto vitalício e para o revogar é uma carga de trabalhos, não percebo como a nossa legislação permite este tipo de contractos e de prácticas, são nestas alturas que fico triste por constactar que ainda nos aproximamos de uma República das Bananas. Contudo para quem assinou o contracto e quer rescindir o contracto com a Interpass encontrei alguns relatos que o conseguiram fazer com sucesso (relato 1, relato 2), sim há luz ao fundo do túnel.

Outra coisa que não percebo é como entidades que eu tenho como credíveis, exemplo: Santander Totta, Allianz, PT, entre outras, se associam com este tipo de empresas que são tudo menos credíveis, e no caso de não terem parcerias com a Interpass, como parece que acontece muitas vezes, como não processam a Interpass por utilizarem  indevidamente o seu nome. Nota final, se ouvirem falar de Interpass é fugir para bem longe porque dali não pode vir nada de bom.

quarta-feira, setembro 04, 2013

Rota do Carapau

No sábado passado fui desafiado pelo João Manso, para ir com um grupo fazer a Rota do Carapau, devo dizer que estive até à última hora a pensar se ia ou não, na 6ª feira à noite tinha um jantar com uns amigos e no sábado tinha de acordar às 6h. Lá enxotei a preguiça e acabei por ir até Santa Cruz, que era onde começava e acabava a volta de bicicleta.

É com grande agrado que vejo o Manso a dar estas voltas de bicicleta, foi à mais ou menos 1 ano atrás que ele foi andar de bicicleta pela primeira vez, e tendo sido um dos padrinhos do baptismo dele nunca pensei que ele pudesse e tivesse força de vontade para evoluir tão rápido.

A parte da manhã foi percorrida sempre a baixo ritmo, o percurso também não dava para muito mais, muita areia, muitos trilhos onde tínhamos de andar com a bicicleta às costas (coisa que não é nada do meu agrado), e quando no final de uma subida pensava, agora é que vai ser curtir a descida...não, a descida era técnica e era para descer à mão ou muito devagar e com cuidado. Ainda caí 2 vezes nos primeiros 15km e tive mais umas ameaças, já há algum tempo que não fazia BTT e senti-me enferrujado ao início. Os travões de trás praticamente não travavam, eu sabia que tinha de ir a revisão mas não consegui, e a descer só com travões da frente era praticamente éguas a toda a hora. Ainda baixei o selim, para colocar o centro de gravidade mais baixo e perto da roda de trás o que ajudou um pouco, mas mesmo assim não me sentia nada seguro.

A chegada a Peniche foi o que mais me agradou, percorrer os estradões junto às falésias lembrou-me muito as minhas viagens para o algarve. Almoçámos no Baleal e a seguir ao almoço, já num grupo mais reduzido, começámos então a andar a uma boa velocidade, a primeira hora deve ter sido feita a uma média a rondar os 25km/h. Nessa altura o Manso acabou por ficar para trás seguindo logo pela estrada nacional. Até à zona do Vimeiro ainda segui pelo trajecto projectado inicialmente, mas depois de 2 descidas técnicas em que ia voltando a cair e tive de passar algumas zonas desmontado, decidi também apanhar a estrada nacional nos últimos quilómetros. Cheguei a Santa Cruz já eram 17:15 e mesmo assim fui o primeiro a chegar graças ao corte de 8-10km que fiz no percurso.


A volta foi boa, mas pessoalmente não gosto de fazer voltas tão grande que sejam técnicas, não consigo por um lado aproveitar a beleza das paisagens porque estou sempre preocupado que ainda faltam imensos quilómetros para acabar e por outro lado a viagem demora imenso tempo. O que gosto são de voltas grandes mas mais rolantes que sejam um bom teste físico, ou então aproveitar uma manhã para fazer uma volta mais técnica e aproveitar a beleza da natureza.

sexta-feira, agosto 30, 2013

Configurações do SQL Management Studio

Existem 2 coisas que costumo alterar nas configurações base do SQL Management Studio, ambas para me simplificarem a vida, mas é importante saber também as consequências que trazem.

A primeira alteração tem a ver com uma mensagem de erro que aparece com alguma frequência: "Saving changes is not permitted. The changes you have made require the following tables to be dropped and re-created. You have either made changes to a table that can't be re-created or enabled the optin Prevent saving changes that require the table to be re-created."

Uma maneira de contornar este erro é exactamente como diz a mensagem desactivar a opção de Prevent saving changes. Para fazer isso basta ir a Tools->Options...->Designers->Tables and Database Designers, e dentro deste menu desactivar a opção Prevent saving changes that require table re-creation. Se desactivar esta opção é ideal quando estamos na fase de estruturação da base de dados, a desenhar as tabelas e relações para a nossa aplicação, temos de ter consciência das suas implicações. Ao desactivar esta opção as tabelas vão ser recreadas sem que haja nenhum aviso ou alerta, e se elas tiverem dados estes vão-se perder.

A segunda alteração nem sempre a faço, só quando estou mais calão e não me apetece fazer updates através de statements e prefiro fazer alterações visualmente no designer, trata-se da opção Edit Top 200 Rows. Imaginemos que tenho uma tabela com 2000 registos e quero editar alguns deles, então o que me dava jeito era ter Edit Top 2000 Rows. Para fazer isso é necessário alterar a configuração  Tools->Options...->SQL Server Object Explorer->Commands, e colocar, por exemplo o valor 2000, na opção Value for Edit Top Rows command. No caso de se querer editar todas as linhas, colocar o valor 0, e aí independentemente do número de tuplos que a tabela tenha será possível editar todos. É preciso também saber que quanto mas linhas tiverem a opção de serem editadas pior será o desempenho e maior carga estaremos a fazer na máquina.


segunda-feira, agosto 26, 2013

Fim de semana em Madrid

Este fim-de-semana fiz uma viagem relâmpago a Madrid com dois objectivos, primeiro ir ao congresso da Amway no Hotel Auditorium e segundo aproveitando a viagem conhecer um pouco Madrid.

Quanto ao congresso foi espectacular, aprendi uma série de coisas novas, de pessoas com muito sucesso no negócio da Amway, que de certeza me serão úteis para poder evoluir o meu negócio. Sem dúvida que é um evento grandioso, o grand slam anual para a península ibérica, que só estando presente para perceber toda a dimensão do projecto Amway.


Apesar do evento da Amway ser extenuante, consegui arranjar 3 horas em cada dia para conhecer Madrid, e apesar de parecer pouco tempo, com alguma disciplina e orientação dá para ver muita coisa. A linha de metro é imensa e funciona muito bem, e para quem está habituado ao metro de Lisboa não é nada surpreendente. Evitar os taxis, são bastante caros apesar de me ter sido dito que Madrid é das províncias onde os taxis são mais baratos, que se formos para Barcelona, Bilbao ou Pamplona então são muito mais caros.


Uma coisa boa em Madrid é que apesar dos transportes e comidas serem mais caros, a entrada em museus ou edifícios de interesse turístico é muitas vezes gratuita e quando não o é, por norma é bastante mais barato que em Portugal. Toda a parte da cidade que visitei tem uma grande beleza arquitectónica, passeando pelas ruas conseguem-se ver vários estilos arquitectónicos, misturando um estilo moderno com um estilo clássico. Outra coisa boa é que apesar de Madrid ser uma cidade enorme, existem uma série de pontos de interesse concentrados em poucos quilómetros, logo facilmente e em pouco tempo se consegue percorrer vários locais.

No sábado consegui percorrer: Gran Vía (uma avenida tipicamente comercial), Plaza de España, Monumento a Cervantes, Templo de Debod (infelizmente só por fora, a entrada era gratuita e estava imensa gente para entrar, e com o calor e falta de tempo decidi que não valia a pena estar à espera para ver um templo aparentemente pequeno), Jardines Sabatini, Teatro Real (por fora não pareceu nada extraordinário), exterior do Palacio Real, Catedral de la Almudela (com umas portas belíssimas e com uma estátua do papa João Paulo II), Plaza de la Villa, Plaza Mayor, Palacio Santa Cruz e a Puerta del Sol (apesar de não ser nada do outro mundo é o símbolo da cidade). 

Já no domingo fui para a parte oriental: Fuente de Cibeles, exterior do Palacio de Cibeles, Museo Naval (já estava fechado à hora que passei), Fuente de Neptuno, Museu Nacional del Prado (só este museu levaria meio dia a visitar devidamente, estive 1 hora no interior e tive a sensação que só aproveitei 20% do que as exposições me podiam dar), Iglesia de Los Jerónimos, Puerta de Alcalá e o fabuloso Parque del Retiro, tendo no seu interior uma série de monumentos destacando o Palacio de Cristal, o Palacio de Velázquez (com uma exposição muito alternativa) e o espectacular Monumento Alfonso XII.


Foi um fim-de-semana a alta rotação sim, mas é algo que estou a pensar em repetir por outros destinos europeus, se formos a ver bem é uma viagem que me fica mais barata do que se for ao Gerês e demoro menos tempo para grande parte da Europa que demoro quando vou para o Algarve.

quinta-feira, agosto 22, 2013

Cascais-Constância de bicicleta

Quando me convidaram para ir fazer canoagem a Constância, lembrei-me logo da viagem nocturna de bicicleta que tinha feito à cerca de 1 ano de Vialonga a Castelo de Bode. Devo dizer que gosto imenso de andar de bicicleta à noite, logo, não podia perder esta oportunidade e desafiei o Tiago Neto e o Pre. Infelizmente o Neto não quis ir, então reeditei a dupla de sucesso com o Pre que já tinha feito a viagem a Santiago de Compostela.

Apesar de andar com muitos amigos de bicicleta, e de gostar de andar com todos, tenho de admitir que o meu gémeo na bicicleta é o Pre, é a pessoa com quem gosto mais de fazer viagens de bicicleta, tem um ritmo muito similar ao meu e acaba sempre por haver uma ajuda mutua ao longo de todo o percurso, não sentido que sou um estorvo para ele, nem que ele é um empecilho para mim.

A viagem começou com muito trânsito à 1 da manhã (como se pode ver no vídeo)! Junto ao Jamor apanhei o Pre e daí até ao parque das nações ainda apanhámos alguns carros, era a noite de 6ª para sábado e isso explica algo. A primeira paragem foi em Vila Franca, desde a saída que apanhámos uma nortada forte, que nos acompanharia de um modo cansativo durante toda a a viagem e que nos cansou mais do que qualquer outra coisa.

A seguir a passarmos a ponte foram mais de 20km num breu total, só as luzes da bicicleta se viam. Já em Salvaterra de Magos parámos numa rulote, onde a nossa fome era tanta, ou ali é o local onde se fazem as melhores bifanas que já comi. Ao sairmos de Almeirim depois da 3ª paragem começa o dia a nascer, a luz do sol soube bem mas ao mesmo tempo parecia que estava a provocar sono, não era para menos tínhamos pedalado a noite toda.

Daí até ao fim tenho de admitir que não estava muito confortável, já não conseguia ignorar as dores no rabo, e as dorsais voltavam a doer-me provavelmente ainda não restabelecidas do esforço que foi subir a Serra da Estrela. Chegámos a Constância por volta das 8:30, tínhamos 1:30 para tomar o pequeno almoço e prepararmos-nos para uma manhã de canoagem, onde teríamos de remar cerca de 10km. Foi uma viagem muito boa, tudo correu bem e foi divertido, tirando a parte do vento frontal bastante chato, mas é para repetir hajam malucos para me acompanhar.

terça-feira, agosto 20, 2013

Create e Update utilizando Integration Services

Uma funcionalidade comum quando se utilizam os Integration Services é a copia de informação de uma tabela para outra. Acontece que o habitual é existir algo que me controle a importação de informação (tabela auxiliar, coluna da tabela a importar, contador, identity, etc), e que me permita saber a partir de que linha preciso retomar a importação pois as anteriores já foram importadas.

Agora existe um problema, como vou lidar com as linhas que já importei previamente, mas que têm valores modificados na tabela de origem? A resolução tradicional para este problema, e que pode ser encontrada em vários posts é a seguinte:
Vamos obter as linhas da tabela base, fazemos um lookup para verificar se a tabela destino já contem a linha, e decidimos então se a linha é para inserir ou para actualizar. Isto acaba por não ser muito penalizador se estivermos a falar de 10.000, 20.000, 50.000 ou até 100.000 linhas, o problema é quando começamos a falar de centenas de milhares de linhas ou mais. 

Enquanto que o processo de inserção funciona com bulks, ou seja, são inseridos blocos de linhas, no caso da caixa marcada a vermelho na imagem anterior as actualizações, estas são feitas uma a uma, o que permitirá inserir valores a rondar as 500-600 linhas por minuto. Já se começa a perceber o problema desta solução, então o objectivo é eliminar o update e substitui-lo por algo diferente.

Então cheguei à solução seguinte, que tem um desempenho muito, mas muito superior:

A alteração principal é a utilização de uma tabela auxiliar que é exactamente igual à tabela principal e agora o processo é extremamente simples.
1) Copiar todas as linhas sejam novas, sejam para actualizar, para a tabela auxiliar
2) Eliminar todas as linhas da tabela principal (utilizando as suas keys), que iriam ser alvo de actualizações
3) Copiar todas as linhas da tabela auxiliar para a tabela principal
4) Apagar todas as linhas da tabela auxiliar, deixando-a pronta para uma nova execução.

quinta-feira, agosto 15, 2013

Arco de Luz

Devo dizer que não estava com muita vontade de ir ver os espectáculo Arco de Luz, que consiste numa projecção de luzes sobre o Arco da Rua Augusta e respectivas arcadas. Isto foi o que me disseram, mas o espectáculo é muito mais que uma simples projecção de luzes, e acabei por gostar tanto que o vi por uma segunda vez. 

Até dia 18 o Arco de Luz repete-se pelas 21:30, 22:30 e 23:30 e quem puder ir é algo que vale muito a pena. O espectáculo conta a história do Arco da Rua Augusta, das personagens que o constituem e consequentemente de parte da história de Portugal. Deixo aqui um vídeo de passagens do espectáculo.