sexta-feira, setembro 19, 2014

Cifrar em SQL com chave pública

Bem, vou começar pelo pré-requisito de obter uma chave pública para o teste, normalmente a chave pública será fornecido por uma entidade credível, neste exemplo em particular vou gerar a minha própria chave para o teste.
  1. Obter o certificado com o par chave pública/privada
    1. Ir ao IIS e escolher Server Certificates.
    2. Criar um certificado auto assinado (assumir que o nome dado ao certificado é test.pfx).

  2. Ir a linha de comandos e extrair a chave pública do certificado com o comando: sn -p text.pfx test.snk
  3. Registar a chave pública no SQL:
    IF (select count(*) from sys.asymmetric_keys where name = 'testKey') <> 0
    BEGIN
           DROP ASYMMETRIC KEY testKey
    END
    CREATE ASYMMETRIC KEY testKey 
    FROM FILE = N'test.snk'

  4. Usar a chave pública:
    DECLARE @AsymID INT;
    SET @AsymID = ASYMKEY_ID('testKey');
    PRINT ENCRYPTBYASYMKEY(@AsymID, 'Valor a cifrar')
Uma nota final, não averiguei o motivo mas a cifra feita pelo SQL faz byte reverse, se a descifra for feita noutro local que não o SQL isso tem de ser levado em consideração.

segunda-feira, setembro 15, 2014

Aquashow

tinha ido ao Aquashow nas minhas férias de 2006 (bolas já foi há tanto tempo, quase no início aqui do blog), ainda me lembrava do parque, mas desde há 8 anos o Aquashow já foi reformulado tendo novas atracções, e era mais nessa perspectiva que queria ir novamente ao Aquashow.

Dentro das novas atracções, 2 destacam-se para os amantes de adrenalina, o Top Swing e o Air Race. O Top Swing basicamente é um pêndulo gigante, que além disso roda sobre si próprio, foi a primeira atracção que experimentei, e se ao início parecia soft, quando aquilo alcança a velocidade e amplitude máxima dá para chocalhar um bocado. Logo de seguida fui ao Air Race, que é um carrossel, mas que os aviões sobem e descem ao mesmo tempo que rodam sobre si. Se já sai um bocado amassado do Top Swing ao sair do Air Race a única coisa que procurei foi um caixote do lixo porque o meu estômago de donzela estava a provocar refluxos. Só consegui andar uma vez em cada uma destas atracções, o meu estômago não quis colaborar, mas são mega divertidas.


Mas o clímax do parque para mim continua a ser o White Fall, super divertido! Como parque temático o Aquashow é um bom parque, não é grande como por exemplo a Isla Mágica, mas as atracções que tem são muito boas. Como parque aquático para mim está atrás do Slide & Splash, se queremos atracções puramente de água o Slide & Splash é melhor, se queremos atracções mais radicais e coisas que não sejam só aquáticas o Aquashow é melhor.

quinta-feira, setembro 11, 2014

Trilho dos Templários

O ano passado estive para fazer esta prova, mas não consegui conjugar com as restantes provas que já tinha, por isso este ano estava de olho no trilho dos Templários, ainda para mais porque iria dar um belo treino longo para a maratona de Lisboa.

Consegui convencer o Pre a ir comigo porque ele também é adepto deste tipo de provas e lá fomos nós de madrugada em direcção a Tomar. Apesar do dia ter começado chuvoso acabou por se pôr até bom demais, ao início estava bom para correr, fresquinho, mas com o avançar da manhã ficou até bastante calor. O efeito da chuva matinal foi o trilho ter ficado algo enlameado e com algumas poças. Inicialmente ainda estava a tentar manter-me seco, mas quando passámos por um túnel por baixo de uma estrada, no qual passava um ribeiro, pronto esquece, vamos lá ficar com os pés molhadinhos. Devo dizer que andei sempre a conter-me um pouco nas descidas, como tinha torcido o tornozelo no início da semana, e já fiz uma prova com uma entorse, preferi perder alguns segundos e descer com  mais segurança que voltar a torcer o tornozelo e perder minutos, e pior, evitar fazer o resto da prova ainda em mais esforço.

Queria fazer o trilho todo a correr, mas quando cheguei ao quilómetro 10 e me deparo com uma parede na qual até tínhamos cordas para ajudar a subir, esquece vou ter mesmo que andar. Ainda antes disso passámos por uma parte onde tínhamos passado quando fizemos o caminho de Santiago de Compostela, lembrava-me porque foi a primeira subida que tínhamos feito a pé, desta vez fizemos a descer...bem mais fácil.

Até os 15 quilómetros senti-me bastante bem, a partir desse ponto senti que não estava a morrer, mas que já não estava a conseguir impor um ritmo tão vivo, especialmente nos segmentos menos técnicos onde normalmente se consegue andar mais rápido. A partir deste ponto também é onde o percurso fica mais bonito, pelo que me lembro passámos por 2 trilhos demarcados nos quais também aproveitei para desfrutar um pouco da paisagem e como fui algum tempo sozinho as únicas coisas que ouvia eram as minhas passadas e a natureza ao meu redor.

Nos últimos quilómetros ainda sofri um bocado, queria acabar a prova com um tempo final abaixo das 3h30m, e como estava a ficar muito no limite do tempo não me podia descuidar, além disso não conhecia o percurso e não sabia quantas subidas ainda havia para me quebrar o ritmo. O percurso é menos duro que outros trail runs que tenho feito, tem subidas muito duras mas são concentradas, a maior parte do trilho consegue-se fazer a correr, sem que o acumulado no total seja tão duro como em outras provas que já fiz.


Uma palavra final para a organização, uma prova espectacular, a repetir sem dúvida, com uma inscrição mais barata que o normal, com óptimos abastecimentos e bastante perto uns dos outros, e com um percurso belíssimo.

Dados da minha prova:

  • Tempo final: 3h26m56s
  • Tempo médio por quilómetro: 7m8s/km
  • Velocidade média: 8,41km/h

quinta-feira, setembro 04, 2014

Problemas no Citius

Para quem já trabalhou nos sistemas informáticos do ministério da justiça os recentes problemas no Citius não são nenhum espanto, o espanto é não terem sido expostos mais cedo. Ainda bem que só trabalhei lá durante breves meses mas deu para perceber que os sistemas estavam presos por arames e fita cola, muitos erros eram cometidos, tanto por culpa dos próprios responsáveis do ministério, como das consultoras que colocavam lá recursos para desenvolver os sistemas informáticos. Alguns erros que eram fáceis de identificar:
  • Projectos mal estimados a nível de tempo o que fazia que para que se terminasse a tempo comprometia-se a qualidade;
  • Pessoas que geriam os projectos que não tinham a mínima qualidade técnica para projectos daquela dimensão, nem queriam pagar para ter pessoas competentes tecnicamente para os apoiarem;
  • Colocação de recursos sem experiência só por serem mais baratos. Atenção que a culpa não é dos recursos, há que dar tempo para as pessoas crescerem profissionalmente, fazendo um paralelismo simples é a mesma coisa que meter 10 jogadores da equipa B na equipa principal, e esperar que a equipa principal continue a render a mesma coisa. Sim podem ser pessoas com potencial de crescimento, mas há que passar pelas dores de crescimento;
  • Depois e muito importante, estamos a falar de sistemas fortemente influenciados por vontades políticas, hoje sai uma lei que altera as regras do jogo, amanhã os sistemas informáticos têm de reflectir essas regras. Os políticos não percebem que para os sistemas mudarem têm as suas implicações e os arquitectos dos sistemas têm de perceber que têm de estar preparados para estas mudanças constantes;
  • Fazer manta de retalhos em cima de sistemas velhos e desactualizados invés de ir a seu tempo criando novos sistemas, promovendo mudanças graduais;
  • Andar a fazer um sistema à pressa sem preocupações com o desempenho e a segurança nunca é boa política, estar a testar sistemas para suportarem 10 utilizadores ao mesmo tempo e depois num cenário real haverem 10.000 utilizadores ao mesmo tempo como é óbvio o sistema vai ser muito mais lento que nos testes iniciais.
Tenho pena é dos informáticos que estão lá a trabalhar, se eles já são espremidos nas situações normais a partir do momento que isto se tornou uma arma política e saiu para a comunicação social, provavelmente nem vão dormir a casa só para resolver estes problemas. 

terça-feira, setembro 02, 2014

Treinos de mar

Durante o mês de Agosto é o meu mês de férias da piscina. Como não ia nadar para a piscina acabei por combinar uma série de treinos com os meus colegas da 3Iron Sports, treinos esses a serem realizados no mar ao final do dia. O normal acabou por ser 2-3 treinos por semana, alguns deles ainda antecedidos por uma breve corrida.

Devo dizer que houveram alguns dias que entrar na água, mesmo com fato de triatlo não foi muito agradável, mas eram só os minutos iniciais, depois acabava por aquecer e era tranquilo. Fiquei bastante contente com o nível de companheirismo e comprometimento dos meus colegas, nunca tive de fazer nenhum treino sozinho, conseguíamos acertar horários que dessem para todos, nunca ninguém era deixado ao abandono dentro de água, verdadeiro espírito de equipa. Além disso quebrei um bocado a monotonia de nadar na piscina e andar de um lado para o outro a 'contar azulejos', nadar no mar é muito mais interessante, temos de estar mais concentrados por causa das trajectórias, temos paisagens diferentes, temos de procurar os nossos colegas, no fundo há sempre qualquer coisa para fazer. Na piscina muitas vezes entro em piloto automático, como é sempre a mesma coisa dou por mim com a mente a divagar noutras coisas, acabo por esquecer o que estou a fazer, qual a distância que já nadei, o que devo fazer a seguir, etc.


Relembro 3 treinos muito interessantes. A saída da marina ir e vir até ao pontão da praia das Moitas, passar ali pelo meio dos barcos já algo longe da costa. A saída de Cascais ir e vir ao pontão do Tamariz onde um de nós por engano seguiu em frente no pontão do Monte Estoril e foi até ao Tamariz, o resultado foi acabar estar a nadar no regresso no meio do mar já bem de noite. Por fim o treino que saímos de S. Pedro e fomos durante meia hora em direcção a Cascais e voltámos, com alguma ondulação chata, foi interessante fazer aquele percurso que normalmente só faço uma vez por ano na remada Musa e já numa fase final da prova, muito cansado sem dar para apreciar o percurso.