sexta-feira, julho 08, 2022

Visita a Sociedade Central de Cerveja

Graças a um amigo que conseguiu um contacto na Sociedade Central de Cerveja (SCC), a minha equipa da Sky foi visitar as instalações da SCC. Não sou um consumidor ávido de cerveja, nem percebo assim tanto do seu processo de produção, no entanto para mim foi bastante interessante e educativo perceber como a cerveja chega às mãos do consumidor final. Desde o processo de maltagem, fermentação, embalamento, tudo para mim foi uma aprendizagem e de algum modo, fiquei impressionado com a magnitude da operação.

Entre as diferentes bebidas que a SCC disponibiliza, cervejas várias, cidras, águas, etc, saem daquela fábrica mais de 1 milhão de litros diários. São processados diariamente 180 toneladas de cevada, são números gigantescos para satisfazer a demanda do público. A primeira parte da visita foi mesmo vermos o processo de maltagem dos cereais, desde o ponto em que chegam, processo de maltar os cereais e então serem armazenados para depois serem fermentados para produzir os diferentes tipos de cervejas. Tudo controlado ao milímetro, para que entre lotes se consiga uma consistência de sabor.

O processo de fermentação foi o menos abordado, não sei se por segredo empresarial, mas foi aquele que menos foi explicado e mal vimos parte do processo. Antes de passarmos ao processo de embalamento ainda ficámos a conhecer um pouco da história da SCC e todas as suas mudanças ao longo dos anos. A parte final foi o processo de embalamento, garrafas, latas, grades, rotulos, caricas, e tudo o que é necessário para ter o produto final pronto a entregar ao consumidor. No final ainda tivémos a hipótese de degustar quase todo o tipo de bebidas disponibilizada pela SCC, digo degustar mas quem quisesse podia facilmente "encher a cara", porque não tivemos grandes restrições, eu pessoalmente tentei provar 2-3 golinhos de todas para tentar perceber o que mais me agradava. E serviram-nos uma cerveja que só servem na fábrica, cerveja Sagres mas acabada de por na garrafa e sem passar pelo processo de pasteurização, para lhe dar uma validade maior para ser consumida. E não é que a cerveja Sagres assim até é boa, senão soubesse não diria que estava a beber Sagres, um sabor completamente  diferente. Foi uma manhã muito bem passada, mesmo para alguém que não é um conhecedor nato de cerveja.




quinta-feira, julho 07, 2022

VOA - Sabaton, Epica, e restantes

Primeira vez no novo VOA, não no Vagos Open Air mas no Heavy Rock Festival, nem percebo porque se chama VOA, não faz qualquer sentido. Quando soube que Sabaton viriam ao VOA, mesmo sem saber o cartaz do restante dia, não poderia perder mais uma actuação da banda que actualmente mais gosto. Esta sería a 3ª vez que veria Sabaton e se das outras vezes fui ao Porto de propósito para ver os concertos, desta vez não poderia mesmo perder a oportunidade.

A primeira banda a actuar foram os canadianos Deadly Apples, não os conhecia, nunca tinha ouvido falar deles e para ser sincero também não me deixaram saudades. São daquelas bandas que nem são carne nem peixe, tanto pareciam muitas vezes que tinham uma sonoridade perto do new metal como do nada na mesma música saltavam para o dead metal, uma verdadeira confusão. O que me ficará na memória será o vocalista a mandar constantemente o suporte do microfone ao chão e os assistentes a correrem pelo palco, como baratas tontas, para o voltar por direito.

A segunda banda a actuar foram os The Raven Age, não os conhecia também, mas ao contrário dos Deadly Apples tinham uma sonoridade bem definida e até algo interessante. Os espetáculo foi bom o que deu para esquecer um pouco o calor tórrido que se fazia sentir, ao ponto de me fazer suar por cada poro do meu corpo. Vou tentar saber mais informações sobre esta banda, tentar ouvir mais músicas, não me parece que seja uma banda que irá ouvir frequentemente mas não desgostei da sonoridade e do feeling que transmitem.


The Raven Age Setlist VOA Heavy Rock Festival 2022 2022

Avançando para a primeira banda que já conhecia e tinha já ouvido algumas coisas os Me And That Man. Estava bastante curioso para perceber como seria uma actuação de uma banda com uma sonoridade extremamente característica, algo que se poderia chamar de Western Spaguetti Metal ou Blues Metal. Provavelmente foi a banda com menos adesão do público, devido a terem uma musicalidade com sons menos fortes, houve muitas pessoas a saírem de ao pé do palco durante a sua actuação. Eu gostei da actuação, foi uma boa banda de conhecer ao vivo.


Me and That Man Setlist VOA Heavy Rock Festival 2022 2022

Depois destas bandas estava na hora dos pesos pesados, aquelas bandas que normalmente seriam cabeças de cartaz na maior parte dos festivais, e que já têm um grande passado e reportório. Os Epica foram os primeiros a entrar em palco. Esta foi a última banda a ser confirmada no cartaz, já muito perto da data do festival, e apesar de já ter visto Epica duas vezes, fiquei bastante satisfeito por poder ver uma terceira vez. Com os Epica é sempre um misto de sentimentos, se adoro a composição musical, a bela voz da ainda mais bela Simone Simons, não consigo deixar de detestar os guturais do Mark Jansen, a música deles seria tão mais épica se fossem retirados os guturais. De qualquer modo, brilhante concerto, que me irá ficar na memória o crowd surfing que o sempre espetacular Coen Janssen, fez mesmo à minha frente enquanto tocava com o teu piano portátil.



Epica Setlist VOA Heavy Rock Festival 2022, Omega Tour 2022

A banda seguinte foram os Rise Against. Devo de admitir que aquele tipo de som não é o que mais aprecio, aquele american ie ie ie, ia ia ia, em que o final de cada frase é feito em grito, não me agrada muito, ainda por cima todas as músicas são muito idênticas. Conhecia mal as músicas e não fiquei fã, como com a maior parte das bandas norte americanas. Contudo tenho de admitir que deram um bom espetáculo, o público aderiu muito bem, e aparentemente têm uma boa base de fãs portugueses.


Rise Against Setlist VOA Heavy Rock Festival 2022 2022, Nowhere Generation

E finalmente os aguardados Sabaton, mais uma vez a começarem o concerto com a minha música preferida, Ghost Division, a agitarem e a energizar logo o público. Das outras vezes que os vi foi em recintos fechados, e não sei se foi por isso, mas desta vez o espectáculo pirotécnico foi muito melhor, eu estava praí a 30 metros do palco e sentia o calor dos lança chamas, imagino em palco o que eles sentiam. Achei que desta vez a banda foi um pouco menos comunicativa com o público, não é que tenha tido uma má interacção ou que tenha comunicado pouco, mas deixaram-me mal habituado das últimas vezes onde inclusivamente pediam ao público que escolhesse a música seguinte. Acho que a setlist não foi muito feliz, a primeira parte do concerto não mudaria nada mas a segunda parte acho que morreu um bocadinho e para mim faltaram algumas músicas que cairiam muito melhor como: 82nd All The Way, The Unkillable Soldier, Seven Pillars Of Wisdom, Fields of Verdum ou Shiroyama. De qualquer forma, concerto espetacular, ambiente fantástico, valeu cada cêntimo que paguei para ir ver, e sempre que vierem actuar por terras lusitanas sem dúvida que lá estarei.


Sabaton Setlist VOA Heavy Rock Festival 2022 2022

segunda-feira, julho 04, 2022

Troféu de Oeiras - Linda a Pastora

Já se passou uma semana da última prova do troféu de Oeiras, normalmente já teria registrado por aqui o acontecimento, mas mais vale tarde que nunca. A noite antes desta corrida não foi propriamente fácil, dormi mal, tive uma pequena crise de asma por isso fui algo receoso para a prova. A corrida começa com um curto falso plano a subir seguido pela dificuldade da prova, uma subida de 1,5kms em alguns pontos algo dura. Nesta fase da prova dei tudo aquilo que tinha para conseguir manter a cabeça da corrida em linha de vista, esforcei-me um pouco mais do que o que devia, tenho de admitir.


Quando cheguei ao topo da subida o pior da prova a nível de altimetria estava passado, mas o pior a nível de sofrimento estava agora a começar, queria manter o ritmo e não estava a conseguir, demasiado ofegante, e começava a ser ultrapassado por muita gente. Nesta fase foi sofrimento, senti que tive de baixar o ritmo e conter-me para conseguir recuperar o folego. Pouco a pouco lá fui conseguindo estabilizar e começando a sentir-me melhor, fazendo alguma cedência a nível da intensidade. Quando estava com 5,5kms de prova apanhei uma pequena descida, onde vejo um grupo e 4-5 atletas a cerca de 20 metros à minha frente. Nessa altura até me sentia bem, e apesar de não ser um grande descedor, decidi aumentar o ritmo para tentar apanhar aquele grupo. Tenho de admitir que até para meu espanto, com alguma facilidade em 500 metros apanhei e ultrapassei esse grupo. Mentalmente estava uma besta, sentia-me forte, tanto foi que ainda fui apanhar mais 2 atletas que iam isolados à minha frente, ganhei 10-15 metros de distância para eles e depois foi gerir até ao final. Apenas o 13º lugar no meu escalão não foi satisfatório, mas o ritmo final de 4m02s/km foi até bastante bom, o pessoal do meu escalão é que é muito forte. Esta foi a última prova do ano, no entanto, para a próxima época cá estarei novamente, e com muito orgulho a representar esta magnífica associação/clube que já me deu muito mais do que aquilo que eu poderia imaginar ou desejar.