segunda-feira, abril 28, 2014

Triatlo do Estoril 2014

No ano passado o triatlo do Estoril foi o meu baptismo no triatlo e logo num triatlo olímpico, não sabia mesmo ao que ia, sofri imenso ao ponto dessa prova ainda estar no meu top 3 de provas em que mais sofri. Este ano com mais experiência e muito mais treino, queria melhorar o tempo do ano passado, sabia que estava ao meu alcance baixar de 2h50m e se corresse bem talvez até baixar de 2h45m. Ao contrário do ano passado em que as condições climatéricas estavam péssimas, este ano totalmente o oposto, sem vento, com o sol meio encoberto, uma temperatura bem agradável e uma mínima ondulação do mar, todas as condições possíveis para fazer um bom resultado.

Primeiro segmento, a natação, já tinha feito um treino à uma semana atrás naquele sítio e sabia o que me esperava, até à primeira boia ia ter frio e o ritmo cardíaco meio descontrolado, depois era entrar em cruise control o restante tempo. Provavelmente teria sido assim senão tivesse levado com um calcanhar no queixo nos primeiros 100m, onde fiquei quase KO. Até à primeira boia andei ali meio zonzo e na transição da 1º para a 2º abri a trajectória e fiz ali uns valentes metros a mais. Depois disso lá estabilizei e senti que finalmente estava a ter uma natação fluída. No final fiz 28m33s, sensivelmente o mesmo tempo que fiz o ano passado, devia ter feito muito melhor, ligeiramente abaixo dos 27 minutos, mas pronto não iria ser este tempo que comprometeria a minha prova no final.

Transição para a bicicleta feita com tranquilidade e preparar-me mentalmente para o segmento que mais dores de cabeça me dá. Este ano o percurso era mais acessível, podia-se aproveitar as descidas para ganhar embalo para as subidas, ao contrário do ano passado que a seguir de cada descida havia uma curva a 90º onde era necessário travar bastante para depois começar a subir. A primeira volta tive de fazer sozinho, não consegui formar nenhum grupo o que me estava a desgastar, tanto que quando terminei a 1ª volta frente ao casino já estava a ficar meio distraído e passei mesmo por cima de um buraco enorme daquele das tampas de esgoto, por muita sorte não furei, normalmente estes buracos dão sempre direito a furar.


A meio da 2ª volta apanhei um grupo que durou até ao final da 3ª volta nessa altura passou um grupo grande por nós que nos ia dobrar e não consegui acompanhar o grupo. Fiquei para trás com mais um ciclista. Fomos nos ajudando e a meio da 4ª volta conseguimos ir apanhando outros ciclistas até que formámos um grupo de 5 que nos fomos entre ajudando quase até ao final no ciclismo. Não fazia a mínima em quanto tempo de prova ia, ainda me baralhei um bocado a encontrar o meu sítio para por a bicicleta mas tentei ser o mais rápido possível. Nesta altura eu não sabia o tempo total mas acreditava pelas velocidades que tinha feito na bicicleta que tinha feito uma média a rondar os 30km/h o que dava 1h20m na bicicleta. Na verdade tinha feito uma média de 31,85km/h o que dava um tempo de 1h15m21s, ou seja, tinha tirado 20 minutos ao tempo que tinha feito o ano passado.

No conjunto das duas transições também fiz menos 1 minuto, não é significativo, mas pelo menos dá para perceber que melhorei também nesse capítulo. Vamos para a corrida, já não estava em plena capacidade, mas também não estava preste a desfalecer como no ano anterior. Este percurso não parece mas é bastante duro, são 4 voltas de um sobe e desce constante, mudanças de direcção, o que torna difícil manter um ritmo constante.

Ao final da primeira volta olho para o cronómetro na meta e vejo 2h12m, tinha 33 minutos para fazer 7,5kms, não me podia descuidar em nada estava muito apertado. Na 2ª passagem 2h23m, na 3ª passagem 2h34m, estava a fazer passagens a mais ou menos 11 minutos cada 2,5kms, na última volta ainda acelero o ritmo, quando entro na recta da meta estava a passar 2h45m00s...acabei quando o cronómetro marcava 2h45m20s...bolas tinha falhado o meu objectivo por uns míseros 20 segundos.

Começo a conversar com os meus colegas de equipa quando me apercebo que o tempo de cronómetro era o tempo das mulheres, que tinham arrancado uns 10 minutos antes dos homens, ou seja, eu tinha feito um tempo que para mim era impensável no início. Na corrida acabei por fazer 44m53, não é brilhante mas é bom dado à dureza do percurso, ao desgaste acumulado e tendo em conta que o ano anterior tinha feito 55 minutos. Este tempo dá uma média de 4m29s/km e uma velocidade de 13,37km/h. O resultado final acabou por ser de 2h33m14s o que para mim foi muito além das minhas melhores expectativas iniciais. Bem agora vou ter de baixar das 2h30m, não sei bem onde tirar mais tempo, mas alguma coisa há-de se arranjar...

terça-feira, abril 22, 2014

Tragic Comic - Come back

Depois de um sábado super desgastante onde o meu corpo só pedia descanso, haviam poucas coisas que me fizessem sair do conforto de casa ao final do dia. Bem mas o regresso dos Tragic Comic, depois de 7 anos desde a última vez que os vi ao vivo, estava marcado para essa noite no Cine Incrível de Almada, já estava com saudades de os ver ao vivo e não podia perder o show.

Mais velhos, mais maduros, mas com a mesma qualidade musical e força de palco que os caracterizava. Estou muito contente pelo regresso, que espero que seja mesmo regresso definitivo, e ainda com mais sucesso que a primeira vez.

Bem sei que Portugal é um país de música pimba (só assim se explica a música que ganhou o festival da canção...ou não), que as bandas que sobrevivem são aquelas que durante os Verões andam a fazer os bailaricos nas terrinhas, mas depois existem imensas bandas com uma qualidade incrível que têm dificuldade em impor-se devido à cultura portuguesa. Um bem haja para o vosso regresso Tragic Comic...


segunda-feira, abril 21, 2014

BES Run Sintra

Depois dos meus problemas físicos do início do ano acabei por não me inscrever nas provas do BES Run. Contudo depois de fazer os exames médicos, e saber que não tinha impedimento nenhum para correr, a Prime IT enviou-me um convite para correr as provas de Sintra e de Lisboa, que eles tratavam das inscrições e eu só tinha de aparecer para ir correr...porreiro claro que alinhava.

Como estamos a uma semana do triatlo do Estoril a minha ideia era ir fazer um treino em prova, não esperava muito mais que isso, gostava de fazer abaixo de 45 minutos mas dada a dureza da prova não era algo que para mim fosse prioritário, simplesmente queria fazer um bom treino.

A prova começou algo lenta, como parti lá mesmo atrás tive de levar com a multidão toda, os 2 primeiros quilómetros quase sempre a descer foram feitos em slalon e em esticões sempre que tinha algum espaço para realmente correr. Após 1-2 curvas de subida já dava para correr quase normalmente, continuava a ultrapassar outros atletas mas já conseguia um rimo muito mais constante. À passagem dos 5kms estava mais ou menos com 25 minutos, nada que me espantasse porque a parte pior já estava e tinha perdido imenso tempo no início, mas por uma questão de honra não queria acabar com mais de 50 minutos.

Perto de dar a volta vejo o Mário uns 100-200 metros à minha frente, motivação extra, tenho de o ir apanhar. Ainda antes dos 7kms consegui chegar ao pé dele e ainda tentei que ele seguisse comigo, mas ele estava bastante cansado e correctamente decidiu ir ao ritmo dele.

Chego à última subida e que subida, já tinha feito de bicicleta mas nunca a correr, aquilo realmente é uma parede ainda por cima em empedrado, foram 500 metros em que quase toda a gente à minha volta ia a andar. Faltava 1,5kms para o fim e agora era a descida perigosa em empedrado, recuperei o folgo e a concentração, e toca a descer em passada longa. Aproveitei também para treinar técnica de descida, geralmente contenho-me um bocado a descer mas como neste caso ainda estava com alguma lucidez e conseguia manter a concentração foi desatar a correr que nem um maluco.

Acabei a prova a rodar os 46 minutos, tempo de chip, e na posição 115 de entre 2123 atletas que terminaram a prova. Acredito que senão tivesse perdido tanto tempo no início facilmente acabaria abaixo dos 45 minutos e no top 100, não deixou de ser um excelente treino com um resultado final bem simpático, agora é recarregar baterias que para o próximo fim-de-semana vai ser bem mais duro.


Treino de mar

Não é algo que faça regularmente, mas como o triatlo do Estoril está aí à porta, este fim-de-semana foi altura de fazer um treino de mar. Detesto água fria e nesta altura do ano a água do mar não está lá muito agradável, contudo o fato isotérmico faz maravilhas, os primeiros 2-3 minutos dentro de água custaram mas a partir daí foi nadar sem sequer pensar no frio.

Foi porreiro porque foram imensas pessoas do clube e mesmo de outros clubes, o que deu para fazer um bom treino idêntico a uma partida de prova real e mesmo dentro de água estava sempre perto de outros nadadores. Contudo foi bom fazer uma natação mais relaxada do que é normal, sempre que nadei em mar foi no contexto de uma prova, não sendo uma prova onde o esforço esteja no pico, consegui desfrutar muito mais daquele momento.


domingo, abril 20, 2014

Caminhada na Arrábida

Não sabia, mas parece que é tipo tradição na 6ª feira Santa fazer caminhadas pela Arrábida. Quando o Paulo Correia me desafiou para a caminhada, não podia recusar, da última vez conheci sítios brutais na Arrábida e desta vez iríamos por um trilho diferente. 

O que eu não sabia era que além do nosso grupo, que certamente teria praí 100 pessoas, havia neste dia milhares de pessoas a percorrer a pé a Serra da Arrábida. Então o que inicialmente pareceu-me uma boa ideia e uma bela maneira de relaxar no feriado, rapidamente se tornou num passeio entediante, literalmente com filas de "para-arranca" nos estreitos trilhos, quase tão bom como o transito de Lisboa a um dia de semana em hora de ponta.

O percurso de retorno já foi bem melhor, a volta do Portinho da Arrábida até os Picheleiros, já não apanhámos quase ninguém a maior parte das pessoas fez só a caminhada de manhã e sendo assim o ritmo foi muito mais constante. Para acabar a tradicional passagem pelas tortas de Azeitão para repor as calorias gastas ao longo do dia. Infelizmente o meu GPS ficou sem bateria e só gravou a primeira subida, mas segundo o que me disseram fizemos 15-16kms.

quarta-feira, abril 16, 2014

Rolos para a bicicleta

Para quem costuma treinar bicicleta sabe que o treino outdoor nem sempre é possível, a meteorologia nem sempre é nossa amiga, os nossos horários laborais muitas vezes não o permitem, o que faz com que os treinos de bicicleta acabem sempre por ficar para o fim-de-semana, e se por acaso há um fim-de-semana que não se possa andar é imenso tempo que se fica sem pedalar.

Devido a isto acabei por comprar uns rolos para a bicicleta, uns Tracx Satori Pro. Por acaso o Pre também tem uns iguais, então quando vi este modelo para comprar tive a opinião de alguém que usa frequentemente o que ajudou à minha decisão.

Talvez agora consiga melhorar o meu segmento de ciclismo no triatlo, ou pelo menos trabalhar nesse sentido. Hoje à noite tenho sessão de futebol marcada na televisão e pedalada ao mesmo tempo...

segunda-feira, abril 07, 2014

Bonsai Caragana

Ainda tinha um espacinho no meu parapeito da janela e quando vi a caragana achei que era o bonsai ideal para ocupar aquele espacinho. Como já tinha escrito antigamente adoro bonsais de exterior, acabam por ser mais 'naturais', têm um ciclo de vida mais idêntico a uma árvore. Por exemplo esta é a altura do ano que mais gosto, começam a aparecer as primeiras folhas depois de um período de dormência, está na altura de voltarem a ser árvores verdejantes.
A caragana também pode ser um bonsai de interior, contudo idealmente prefere o exterior. Apesar de ser algo incomum como bonsai, as suas folhas pequenas, fácil moldagem e belas flores amarelas dão-lhe um toque especial, tornando um bonsai bastante interessante. O bonsai que adquiri tem apenas 7 anos por isso vou ter muito tempo para o moldar ao meu gosto, acho que tem uma boa base para começar e isso é o mais importante.
Original da Sibéria e algumas regiões mais frias da China, é uma característica que torna a caragana bastante resistente, aguentando facilmente o Inverno português. Apesar de ser originária de um clima bastante frio também tolera bem o calor, e como a maioria dos bonsais, não gosta de solos muito molhados, devendo neste caso ainda ressaltar mais a velha máxima que um bonsai só se rega quando estiver o solo seco.