quarta-feira, março 30, 2016

Bounce

No domingo passado o pessoal da Sky fez um raid ao Bounce em Carnaxide ao pé do Alegro. Como tinha feito anos  no dia anterior o Nuno quis oferecer-me como prenda de anos a entrada. Passados 5 minutos de andar aos pulinhos percebi logo que apesar da minha boa preparação física, aquilo ia ser bastante cansativo. Depois de andar nas pistas mais acessíveis fui experimentar outras coisas. A baliza de futebol, maldita altura em que fui fazer pontapés de bicicleta, num deles aterrei de pescoço e fiquei logo meio torto. Depois as tabelas de basket, agora já sei o que os gigantes de 2 metros sentem ao afundar, e finalmente os trampolim olímpicos.

Como era Páscoa, estava escondida um voucher para uma entrada gratuita. O Nuno bem procurou por ela e depois disse-me que já tinha batido todos os sítios excepto os sítios mais altos. Essa parte era ao pé dos trampolim olímpicos. Saltei primeiro para um sítio mais baixo e consegui espreitar a plataforma mais alta, lá estava qualquer coisa que se assemelhava a bombons. Fui para o trampolim que dava acesso a essa plataforma, mas como tenho imenso jeito para saltar em trampolim estive mais de 2-3 minutos até conseguir dar impulsão suficiente e timming perfeito para me conseguir agarrar à plataforma e elevar-me. A verdade é que consegui e lá estava o voucher, nisto vai lá um dos monitores e com 2-3 saltos aterra de pés na plataforma...e não, não era um canguru, era sim mega cromo no trampolim.

A descida também foi gira, tive mesma sensação quando saltei de uma prancha de 10 metros para a piscina, senão fosse por vergonha dava meia volta e apanhava as escadas ou agarrava-me à beira da plataforma e deixava-me cair. Bem lá saltei de pés para o trampolim numa aterragem no mínimo patética onde absorvi toda a impulsão com as costas ficando quase pregado ao trampolim, eu sou mesmo bom.

Como conclusão devo dizer que gostei bastante da experiência, para a próxima tenho é de ir com mais cuidado e menos ímpeto de modo a não me partir todo, o Bounce foi no domingo, é hoje 4ª feira e ainda estou tão ou mais partido do que se tivesse feito uma maratona.

segunda-feira, março 28, 2016

Duatlo da Amadora 2016

Uma prova no meu dia de anos, alguns diriam que sou parvo, eu digo que é uma boa maneira de passar parte do meu dia de anos, a fazer uma das coisas que me deixa mais feliz estar com amigos e desafiar-me fisicamente.

Depois de ter caído de bicicleta há praticamente 1 mês ainda não tinha voltado a andar, por isso o meu objectivo nesta prova era testar-me a ver se a lesão que tinha já estava debelada ou se me limitava de alguma maneira. Pouco antes da prova começar começa a chover copiosamente, se para o segmento de corrida não é problemático, para o segmento de bicicleta ia dificultar muito o percurso.


O segmento de corrida começou bastante rápido com o 1º km a ser feito a rondar os 3m30, nada de anormal mas tinha de encontrar o meu ritmo no resto do segmento, algo mais confortável para aguentar os 5 kms. Mais ou menos por volta do quilómetro 2 o Clélio chegou-se ao pé de mim, o que foi porreiro porque fomos controlando  o ritmo um do outro e numa ajuda também psicológica até ao final do segmento da corrida. No final desacelerei um bocado, para respirar um pouco antes da transição, mas ainda assim conseguimos um ritmo melhor do que 4min/km, foi um bom segmento.


Como já tinha feito no duatlo de Rio Maior, com bons resultados, voltei a decidir não levar sapatos de encaixe, usando os ténis de corrida na bicicleta. O resultado foi uma transição super rápida ultrapassando bastantes atletas, ainda por cima estando o percurso de ciclismo escorregadio, e tendo voltado de uma queda, sentia-me mais confortável não tendo os pés presos aos pedais de encaixe.

O percurso de bicicleta não era o mesmo do ano anterior, dificilmente poderia ser porque eram muito mais bicicletas e o percurso do ano passado era mais curto e as estradas mais estreitas. Mas o percurso deste ano era uma verdadeira porcaria, agravado pelo facto de estar a chover, imensas curvas em cotovelo já de si perigosas, com menos aderência na bicicleta e os travões menos efectivos tornavam cada curva numa roleta russa. Decidi fazer a primeira volta algo conservador para conhecer melhor o percurso e não arriscar nenhuma queda.

Para agravar ainda mais, a organização devia ter dito para levar bicicletas de BTT, porque eram mais buracos que alcatrão, imensas obras com buracos abertos ao longo de toda a estrada tapados com gravilha, e com carris para atravessar...verdade carris? Quem terá tido a brilhante ideia daquele percurso? No meu grupo furaram 2 atletas logo aos primeiros buracos, e como é óbvio numa prova tão curta ninguém leva material para trocar câmaras de ar. Quando estava quase a acabar a 1ª volta também eu furo, era o fim da prova para mim. Algum dia tinha de acontecer, nunca tinha furado numa prova, e para furar ainda bem que foi numa prova de menos dimensão sem grande importância. Ainda tive sorte porque fiquei ao pé da meta e foi só ir até ao carro e ir-me embora, como não tinha material no parque de transição não tive de ficar à espera do final da prova.


Sim fiquei chateado por não ter conseguido acabar a prova, mas prefiro que tenha sido assim do que com uma queda, porque também houveram muitas. Por acaso tenho alguma curiosidade de saber quantas pessoas abandonaram por furos ou quedas, mas olhando aos resultados finais acredito que tenha sido muita gente, porque as listagem de quem acabou são pequenas para as pessoas que vi na partida, e além disso não disponibilizaram os resultados intermédios das pessoas que não acabaram o que me cheira que tenha sido muita gente e não foi disponibilizado por esse facto. Bem, como treino até ao momento que abandonei estava a correr muito bem, e isso é o mais importante para mim, agora é voltar a conseguir treinar mais a sério e voltar a recuperar a forma física.

quinta-feira, março 24, 2016

Criopreservação células estaminais

Este tema surgiu agora para mim devido ao facto de em breve me tornar pai. Já tinha ouvido falar umas coisas, já tinha umas ideias, mas nos últimos tempos fiz algumas investigações e falei com algumas pessoas. Falando primeiro de valores, existem variações de cerca de 500€ se se pretender só conservar sangue do cordão umbilical ou sangue e tecido do cordão umbilical. Porquê a diferença? Porque segundo alguns estudos e alguns tratamentos já efectuados as terapêuticas são mais eficazes se combinar os 2 tipos de células, mas há a opção de conservar só as células do sangue.  Continuando a falar de dinheiro, os preços para a conservação total rondam os 1200€-1600€, por um período de 20-25 anos. Existem várias empresas no mercado, com diferentes serviços, diferentes promoções, diferentes técnicas, diferentes locais onde preservam as células alguns até fora de Portugal, por isso resta a cada um de nós investigar e escolher a opção que mais se adapta a cada um.

Agora vamos à parte mais controversa, conseguem mesmo curar ou debelar doenças com a utilização das células estaminais? Sim e não. Sim, porque já existem casos de sucesso comprovados, e são comprovados porque já passaram mais de 5 anos que foram tratados e não houve nenhum retrocesso. Sim, porque apesar de em Portugal ainda estarmos muito atrasados neste campo, podemos recorrer a outros países onde os tratamentos com a utilização das células estaminais estão mais avançados. Sim, porque a investigação está a avançar a uma velocidade galopante, e apesar de agora algumas coisas não serem possíveis muito provavelmente num futuro próximo já serão possíveis. Não, porque muita coisa ainda é teórica, e apesar de na teoria/investigação tudo indicar que é possível, nada comprova que a utilização em casos reais resultará. Não, porque a probabilidade de ter uma doença nos primeiros 25 nos de vida tratável com células estaminais é baixíssima.

No fundo para mim tudo se resumo a uma coisa, acho que 1500€ é um preço baixo a pagar por um seguro de vida que dura 25 anos, o qual espero nunca utilizar e espero estar a deitar dinheiro ao lixo que era sempre bom sinal, mas nunca me perdoaria se um médico se virasse para mim e disse-se - "Por acaso fizeram conservação das células estaminais? Que pena não terem feito, é que provavelmente conseguiríamos curar este problema se tivéssemos acesso a essas células."

segunda-feira, março 14, 2016

Preparação de uma competição

Vou começar por um vídeo que vi a semana passada sobre a preparação do Michael Phelps na tentativa de se apurar para os próximos jogos olímpicos, no Rio de Janeiro. A mensagem forte do vídeo é - "It's what you do in the dark, that puts you in the light" - numa tradução não literária isto significa - O trabalho que desenvolves na sombra é o que vai trazer as luzes dos holofotes até ti - e isto é inteiramente verdade, e quem se prepara para grandes desafios sabe que é assim.


Este vídeo leva-me agora ao ponto onde queria chegar, a minha preparação para o Ironman. Posso dizer que esta é a primeira prova onde vou participar que estou a fazer uma preparação mais cuidada, nem numa maratona ou num half Ironman posso dizer que tenha feito uma preparação muito cuidada, sim tive cuidados mas num período curto antes da prova e com pouco detalhe.

Neste momento, e a 6 meses de distância já comecei a preparar o Ironman, acima de tudo tem sido um bocado stressante o que faz com que a preparação não esteja a ser nada prazerosa. Ter de evitar as lesões e quando elas acontecem a primeira coisa que vem à cabeça é, será que é recuperável a tempo, e que limitações me pode trazer na preparação e durante a prova? Tentar todas as semanas cumprir com um mínimo de horas de treino, conciliar com a vida familiar, com a vida profissional, com os contratempos que surgem, ainda por cima como vou ser pai é mais um tópico que me consume imenso tempo. Por enquanto, a nível de alimentação tenho regras mas não posso dizer que me esteja a limitar-me de comer algo que goste ou a quantidade que quero, mas tento comer saudavelmente. Tudo isto para chegar a um dia e conseguir cumprir com o desafio a que me propus. Nesse dia saberão (espero eu) que consegui atingir o meu objectivo, mas poucos saberão o que isso custou, o trabalho que foi feito na sombra.

segunda-feira, março 07, 2016

1 semana sem treinar

Já não sei há quanto tempo isto não acontecia, mas há mais de uma semana que não consigo treinar. Fez 6ª feira uma semana caí de bicicleta, uma quedazinha da treta, quase parado, tenho aqui a anca ainda toda inchada. Este sábado fui fazer raio-x, como já estava inchado há tanto tempo, mas felizmente está tudo bem é só esperar que o inchaço desapareça. Para além, disso faz hoje uma semana também apanhei uma inflamação no olho, por isso nem piscina pude fazer por causa do cloro. Bem a ver se esta semana consigo voltar pelo menos aos treinos de piscina, começo a ficar tipo drogado a precisar da minha dose.