quarta-feira, abril 27, 2022

Meia maratona de Cascais 2022

Dois anos depois estava de volta a meia maratona de Cascais. Há 2 anos atrás tinha feito o meu melhor tempo de sempre à meia maratona, desta vez sabia que não estava preparado para correr aquele ritmo por isso o objectivo era fazer abaixo de 1h30m. A ideia seria sair com a bandeira dos 4min/km e tentar aguentar o máximo possível com eles, de preferencia pelo menos até os 10kms de prova. O dia estava impecável, acho que nunca fiz esta prova com este tempo, sem vento, sem frio, sem chuva, normalmente a prova é no carnaval em Fevereiro, por isso é normal que este ano a probabilidade de apanhar bom tempo fosse superior.

Voltando à prova, arranquei com a bandeira dos 4min/km, mas rapidamente a larguei, ao chegar aos 2,5kms percebi que aquele ritmo não era para mim naquele dia, tive de reduzir o ritmo progressivamente até achar um ritmo que me fosse, não confortável, mas tolerável. Isso aconteceu mais ou menos no oitavo quilómetro, consegui nessa altura achar ali um ritmo certo, um pouco abaixo de 4m30s/km, mas estava a ser super desmotivador, parecia que ia parado e toda a gente passava por mim. Só depois dos 10kms de prova, onde ia com 42m47s de prova, é que comecei a estabilizar a minha posição e senti que já não estava a ser ultrapassado e que começava agora eu a ultrapassar alguns corredores. Depois do retorno no Guincho foi quase como entrar em piloto automático, desligar o sensor da dor, por um pé à frente do outro sem baixar o ritmo e seguir até à meta. Um tempo final muito longe daquilo que queria, acabei com 1h33m25s, nada brilhante, cansado, vazio e com sentimento de incapacidade para fazer melhor.



Já é a segunda corrida seguida que falho totalmente um resultado minimamente aceitável, depois da São Silvestre da Amadora. O que me leva à questão, será que nunca mais me conseguirei aproximar dos meus records? É que neste momento estou mesmo muito longe. Será que o treino está assim tão diferente para ter estes resultados tão piores? Não me parece que o treino esteja assim tão pior que justifique estes resultados. Será que o corpo já não quer corresponder? Pois esta é a questão que gostava de saber a resposta, vou ter de esperar as próximas provas para perceber se estes resultados vão tornar-se o meu padrão, ou é apenas uma fase mais negativa.

segunda-feira, abril 25, 2022

1ª corrida da criança

Não é que queira incutir ao Francisco o seguir das minhas pisadas, apenas quero incutir-lhe um estilo de vida saudável. Dito isto e como ele adora correr, e pede-me algumas vezes para ir correr com ele, decidi inscrevê-lo na 1ª corrida da criança de Cascais. Obviamente ficou super contente e motivado, com espectativas que ia ganhar a corrida. Estas crianças pensam que são imbatíveis, ou então a comparação com os amigos dele fazia com que ele pensasse que iria ganhar. A minha primeira tarefa foi mesmo trazê-lo à terra, ele não corre mal, mas não treina regularmente, não tem experiência, por isso ganhar seria só uma miragem, e o facto de não o conseguir poderia deixá-lo frustrado.


Quando chegámos à prova vi logo lá miúdos com equipamentos de clubes, a aquecerem já com uma boa técnica de corrida, por isso voltei a falar com o Francisco que ele só tinha de dar o seu melhor, correr o mais rápido que conseguisse e se divertisse. Lá arrancou ele disparado com os primeiros como se fosse fazer uma corrida de 20 metros e não de 300 metros, um miúdo à frente dele estatelou-se logo no chão, o Francisco salta por cima dele e abranda, assim um bocado baralhado e os primeiros já lá iam. Os primeiros 150 metros eram a subir, e ele já com a língua de fora e eu a correr ao lado dele a dizer-lhe que só faltava um bocadinho. Quando damos a volta começo eu a dizer-lhe que agora era sempre a descer que agora podia dar tudo até à meta. Mas ele coitado já tinha dado tudo na subida, e percebi que ele não parou até ao final porque era a descer, lá chegou ao final todo contente, meio a cambalear, e objectivo cumprido. Ele gostou imenso que era o que me importava, e se formos a ver o ritmo, quase a 5min/km, nada mal para a idade dele.


quarta-feira, abril 20, 2022

De volta a Londres

Já há alguns anos que não ía a Londres, e desde o início do covid que não tinha voltado a viajar de avião, por isso foi com enorme agrado que voltei a Londres, mesmo que tenha sido por motivos profissionais. Desta vez acabei por ir só durante a semana, não tendo ficado no fim de semana, de qualquer modo deu ainda para passear um pouco depois do dia de trabalho. As condições de trabalho que temos no centro da Sky são fantásticas, fomos super bem recebidos e é óptimo poder ter contacto presencial com muitas das pessoas com quem falamos regularmente por vídeo chamada. 


Além da Sky ter óptimas condições, também adoro ir a Londres porque gosto da cidade, da sua multiculturalidade, da sua história, da arquitectura, infelizmente na comida estão a anos luz do nosso belo Portugal. Ainda por cima, mais uma vez apanhei óptimo tempo, nem era preciso andar com casaco e só apanhei uns pinguinhos de chuva durante 2 minutos. A única coisa que me irritou foi mesmo na volta para entrar no avião, acho que se fosse ucraniano seria mais fácil de entrar no meu próprio país. Tive de mostrar 3 vezes o passaporte, o certificado covid, o bilhete de avião e uma coisa ridícula que é passenger locator form, que no fundo é um formulário onde dizemos onde vamos ficar em Portugal, mas porquê? Sou cidadão português, com morada em Portugal, para onde eu iria? Ia num avião para Lisboa para depois ir para um resort no Algarve ou iria para minha casa? Não consigo perceber! 

sábado, abril 09, 2022

Team building

Uma das coisas que acho mais importantes no ambiente de trabalho são as pessoas serem mais que simples colegas, não é necessário serem os melhores amigos, mas tem de haver uma relação de amizade, respeito colaboração e entrajuda. Respeitando os outros, devemos sentir-nos à vontade para sermos nós próprios, no fundo passamos muitas vezes mais horas com os nossos colegas/amigos do trabalho do que com a nossa própria família, por isso o ambiente de trabalho quer-se são e prazeroso. Por isso valorizo bastante tudo o que são acções extra trabalho como forma de aproximar os diversos elementos de um grupo de trabalho.

Há cerca de uma semana o departamento para o qual trabalho na Sky promover um dia de team building e o resultado para mim foi óptimo, conheci novas pessoas, estreitei relações com outras, diverti-me, aprendi coisas novas...e cheguei mais cansado a casa do que num dia normal de trabalho! O dia foi dividido em duas actividades da parte da manhã jogo de basquete e à tarde peddy paper por Lisboa. Não posso dizer que goste de jogar basquete, aliás dos desportos colectivos deve ser o que mais me irrita e menos jeito tenho para jogar, até para curling devo ter mais jeito apesar de nunca ter jogado. Mas pronto, lá está, foi divertido, foi cansativo, deu para dar umas boas gargalhadas porque apesar de não ter jeito nenhum e já não jogar há mais de 20 anos, gosto de me rir comigo e com a falta de jeito dos outros. Não há melhor que um pequeno bullying entre colegas para fomentar boas relações, desde que todos entendam os seus limites e os dos outros.

A parte do peddy paper, devo dizer que inicialmente não estava com vontade nenhuma, estava cansado do basquete, estava calor, eu vestido com o casaco quente e pesado da mota e com uma mochila às costas, não me estava mesmo nada a apetecer andar de um lado para o outro. Só há um detalhe no meio disto, eu sou mesmo muito competitivo, e se havia uma competição entre equipas era para dar tudo para ganhar. Mais uma vez diverti-me imenso, apesar de conhecer relativamente bem Lisboa histórica e geograficamente, há sempre novas coisas para aprender, novos detalhes para ver. No final acabámos em 2º lugar, não foi o primeiro, mas demos o nosso melhor.