segunda-feira, dezembro 31, 2012

Retrospectiva de 2012

Não sou muito de retrospectivas, mas este ano acho que vale a pena pelo bom ano que foi. A lista está por ordem cronológica e não propriamente por ordem de importância, pois isso seria complicado para mim porque não consigo dizer o que foi mais ou menos importante.
  • Início do projecto Amway
  • Afinal consegui ter férias apesar do apêndice, excelentes dias passados em Armação de Pêra
  • 2ª participação no Survival com a magnífica equipa dos Malfeitores da Passarinha
  • Casamento da minha irmã

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Estágio de Taekwondo 2012

Este ano, mais uma vez participei com muito prazer no estágio de Taekwondo da escola Mais TaeKwonDo. O pessoal é 5 estrelas e sinto-me integrado no grupo como se fosse praticante e treinasse com eles todas as semanas. 

Uma novidade deste ano foi a carrinha da viagem, o Paulo desencantou uma carrinha de 9 lugares para irmos todos juntos o que fez com que a viagem fosse muito mais animada, além disso e como podem ver pela fotografia, a carrinha foi motivo de risota durante toda a viagem.


Este estágio foi bastante diferente do ano anterior, muito menos físico e muito mais em comunhão com a natureza. Paisagens fenomenais no meio dos bosques ao redor do Buçaco, com um tempo enublado que deu um ambiente muito mais épico a toda aquela natureza. Por nossa grande sorte não choveu nada durante toda a tarde, sempre a ameaçar mas tínhamos o S. Pedro do nosso lado desta vez.


Para terminar o estágio na manhã de domingo ainda treinámos algumas defesas pessoais o que para uma pessoa sem experiência nenhuma é sempre mega divertido, e é como ensinar a uma criança a unir as peças de um puzzle, era assim que eu me sentia.

Uma palavra ainda para as apresentações que o Paulo fez sobre a história do Taekwondo, poderia-se dizer que para mim não me interessaria nada, mas bem pelo contrário, para mim foi aprender um pouco com a história dos outros, e como diz o provérbio: "Aprende com o teu passado e serás inteligente, aprende com o passado dos outros e serás sábio".

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Relações Many-to-Many em JPA

Apesar de não serem muito comuns há situações onde é necessário utilizar relações many-to-many. Se a nível da BD existe uma tabela intermédia que promove a relação entre outras duas tabelas, a nível de objectos (classes), apenas vão existir 2 em que cada um delas tem uma lista da outra.

Imaginando que temos uma tabela de federateds e uma tabela de scores, em que um federated tem vários scores mas que um score também pode pertencer a vários federateds quando estes formam uma equipa num determinado evento.

Como se pode ver a nível de BD a tabela federated_score promove a relação entre as duas tabelas que realmente interessam a federated e a scores. Agora a nível de código como fica implementando em JPA:

@Entity
@Table(name = "scores")
public class Score {
[...]
    @ManyToMany
    @JoinTable(name="federated_score",
       joinColumns=@JoinColumn(name="score_id", referencedColumnName="id"),
       inverseJoinColumns=@JoinColumn(name="federation_code", 
       referencedColumnName="federation_code")
    )
    private Collection<Federated> federateds;
[...]
}

@Entity
@Table(name = "federateds")
public class Federated {
[...]
    @ManyToMany
    @JoinTable(name="federated_score",
       joinColumns=@JoinColumn(name="federation_code", referencedColumnName="federation_code"),
       inverseJoinColumns=@JoinColumn(name="score_id",  referencedColumnName="id")
     )
     private Collection<Score> scores;
[...]
}


segunda-feira, dezembro 03, 2012

Power Metal - As minhas 88 eleitas

Os meus amigos mais próximos sabem o meu gosto pelo Power Metal, mas a maior parte deles acha que simplesmente é uma música barulhenta, do 'demo', com arranhadelas nas cordas de uma guitarra e por aí fora...

Por outro lado tenho amigos que me acompanham em alguns concertos e que falamos sobre música, que vão dizer que eu sou um menino, que esta música que compilei é muito levezinha. Mas no fundo estas são as 88 músicas que até agora representam para mim o que é o Power Metal, são as músicas que me acompanham no trabalho, são as músicas que me deixam numa 'boa onda'.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Factura da água

Realmente olhar para uma factura da água com olhos de ver é algo que tem de deixar qualquer um revoltado. Vejamos, a última factura que me chegou para pagar é cerca de 28.5€, desse valor pago 1.88€ referentes a 2 metros cúbicos de consumo de água, todo o valor restante é para taxa de disponibilidade, taxa de saneamento e mais umas quantas taxas de não sei do que, e em cima disto tudo ainda vem o belo do IVA.

Isto é a mesma coisa que irmos a um restaurante e dizerem o custo da sua refeição é 5€, mais 80€ de taxa de estamos abertos para si, mais 20€ de taxa de gorjeta, mais 10€ de taxa de disponibilidade do WC, e no topo disto tudo ainda levas com o IVA.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Subtracção de datas em Java

Para quem vem do C#, e não trabalhava em Java mais a sério já há uns anos, existem coisas que me irritam pela complexidade desnecessária e pouca versatilidade que têm.

Um exemplo disso é a subtracção de datas, algo que em C# faria numa linha aqui tenho de ter meia dúzia de linhas para o fazer. Vejamos uma função que retorna a diferença de anos de uma data qualquer para a data corrente.

public int SubYears(Date data){
                int currentYear = Calendar.getInstance().get(Calendar.YEAR);
                Calendar c = Calendar.getInstance();
                c.setTime(data);
                int yearBirth = c.get(Calendar.YEAR);
               return currentYear - yearBirth;
}

É só a mim ou isto parecem demasiadas 'cambalhotas' para fazer uma coisa tão simples?

segunda-feira, outubro 29, 2012

País por um canudo

Ontem tive a ver a grande reportagem da SIC sobre o desemprego nos licenciados, após quase 2 anos de eu também já ter escrito sobre o assunto, parece que as reportagens continuam a ser sensacionalistas e não tentam analisar devidamente os dados para perceber o porque do desemprego nos licenciados.

Acrescentando ao que eu já escrevi, para mim o desemprego nos licenciados tem fundamentalmente dois culpados, 1º as pessoas que escolhem ir para cursos fáceis que não têm mercado, lei da oferta e da procura (devo frisar que retiro daqui enfermeiros por exemplo, que são obrigados a emigrar apesar da dificuldade do curso e do alto nível de especialização que têm), 2º os nossos governantes, eleitos por nós, que possibilitam a proliferação destes cursos da tanga para depois poderem dizer que as estatísticas indicam que somos um país altamente educado e com formação superior.

Outro factor que começo a notar na minha área, e provavelmente acontece nas outras, é que os novos licenciados quando procuram emprego na área cada vez pedem ordenados mais baixos, achando assim que se tornam mais competitivos. Totalmente errado, e eu sei isso porque na minha empresa sou uma das pessoas responsáveis por fazer entrevistas a novos candidatos, o factor de competitividade só pode ser dado pela excelência do trabalho executado. As empresas de software quando querem trabalho de qualidade duvidosa, a muito baixo custo contratam indianos. Mas depois tem de estar alguém aqui para apagar os fogos, e esse alguém só podem ser os trabalhadores que se quiserem distinguir dos outros pela qualidade do seu trabalho.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Pavia 200

Foi a primeira vez que participei num evento dos Randonneurs e tenho que em primeiro lugar elogiar a simpatia e boa disposição de toda a organização. Quanto à prova em sim, foi dura, muito dura, acho que nunca tinha sofrido numa prova durante tanto tempo, posso dizer que metade da prova foi feita mesmo em piloto automático tentando esquecer as dores e desconforto.

Comecemos pelo princípio, eu com a minha bicicleta de BTT com pneus finos pensei que não estava em grande desvantagem em relação aos meus amigos que iam com bicicleta de estrada, tentei sempre manter o ritmo vivo sem me desgastar muito (pensava eu) para não empatar os meus 2 companheiros de viagem. Por volta das duas horas de prova já tínhamos percorrido 60kms do total de 215km, o ritmo era bom, aliás bom demais, o meu objectivo era fazer 20-25km/h. O Pre ao aperceber-se do ritmo demasiado forte até pediu para pararmos um pouco propositadamente para me obrigar a descansar.

Por volta do quilómetro 80 apanhámos a primeira subida mais a sério e aí apercebi-me do meu mau estado, as coxas começaram a ficar cheias de ácido láctico provocando-me dores constantes. Ao chegar a Pavia ainda íamos com uma boa média, cerca de 4h para percorrer 102kms. Em Pavia estive 15 minutos com as pernas para o ar o que aliviou bastante, as dores passaram e os músculos ficaram mais relaxados.


Consegui fazer mais 40 quilómetros sem grandes dores mas elas estavam de volta e ainda faltavam 75 quilómetros para o fim. Cheguei a pensar que não ia conseguir concluir pois a cada pedalada parecia que estavam a prensar as minhas coxas, se não fosse o Pre e o Guilherme aos quais peço desculpa por  os ter atrasado e agradeço a força que me deram, teria muitas dificuldades em concluir e demoraria muito mais tempo.

No final foram pouco mais de 10 horas de tempo gasto, muito perto das minhas melhores expectativas antes de começar a prova. As próximas provas que participar deste tipo, e são todas com distâncias ainda maiores, tenho de reformular a estratégia, arranjar uma bicicleta de estrada ou controlar melhor o ritmo inicial não me deixando ir em loucuras e ingerir mais sais de forma a minimizar os efeitos do ácido láctico. Fica aqui um pequeno vídeo da prova:

sexta-feira, outubro 12, 2012

Survival VII - Prova 4

Passadas 2h30m de nos termos deitado já nos estavam a bater à tenda para uma nova prova. Devo dizer que ponderámos como equipa não fazer a última prova, depois de tudo o que se tinha passado na última prova, aliado ao facto de termos sido a última equipa a chegar ao campismo e haverem equipas que dormiram quase a noite toda e nós nem tivemos o mínimo descanso necessário.

Lá arrumámos tudo à pressa para não falharmos o horário, desmontamos as tendas e tudo para dentro do carro amontoado. Depois de 1h de atraso por parte da organização em relação ao tempo em que tínhamos de ter tudo arrumado, lá nos dirigimos de carro (alguma ideia boa finalmente em vez de irmos a pé durante quilómetros) até ao local da última prova.

Começámos logo por ser penalizados de 2 maneiras, 1º o Jorginho não conseguiu recuperar do esforço das provas anteriores e cheio de bolhas nos pés não nos podia acompanhar na última prova, 2º como tínhamos arrumado tudo à pressa a t-shirt toda suja do Survival, devido a já ter sido usada nas provas anteriores, estava arrumada já juntamente com a roupa suja, logo não podíamos por o 'equipamento oficial', penalização por falta de equipamento. É pá usar a mesma t-shirt suja, molhada e suada durante 3 dias não me parece que seja razoável, mas pronto é a minha opinião...

Esta prova acabou por nos correr na perfeição, como não tínhamos nada a perder decidimos arriscar, tínhamos de passar por 4 pontos, 2 deles distantes e 2 ao pé do final. Fomos primeiro para os distantes e entre eles a decisão foi atalhar com algum risco pelo meio do mato em vez de andarmos pela estrada que era muito mais longe. O risco foi controlado sim, porque estávamos num planalto e tínhamos em linha de vista o ponto seguinte, conseguíamos ver mais ou menos o que nos esperava. Ainda tivemos de passar no meio de arame farpado, cardos, silvas e mato, mas compensou conseguimos ultrapassar 2 equipas neste atalho e cansámos-nos menos.


Em cada um dos pontos tínhamos de fazer uma prova de team building que acabou por nos correr melhor que o esperado, conseguimos ser extremamente rápidos em todas as provas.

Infelizmente o meu GPS morreu já perto do final, mas devemos ter feito cerca de 10km nesta prova, o que pelo meus cálculos devemos ter poupado mais ou menos 1,5-2km com os nossos atalhanços.

Contas finais acabámos por ser extremamente penalizados na prova 3 e apesar da nossa argumentação a organização não nos quis tirar a penalização de tempo a mais, quanto a nós por erros deles e não nosso. A justificação é que todas as equipas foram prejudicadas com os erros, verdade, mas umas foram mais que outras porque demoraram mais tempo a perceber dos erros aos quais eram alheias. Acho que não quiseram tirar a penalização pois mexeria radicalmente na classificação final, mas isso não posso eu dizer...

Detesto vitórias morais e apesar de achar que os Malfeitores da Passarinha estiveram muito bem não me contento com a vitória moral e podem achar que estou a dizer isto por haver um prémio de 500€ para a equipa vencedora, longe disso, aliás até acho que a existência de prémio monetário vai contra a ideologia do Survival, tornando a competição entre equipas menos salutar. A minha sugestão era mesmo que deixasse de existir prémio monetário e que o valor das inscrições baixasse, assim beneficiariam todos e seria mais fácil terem mais inscrições o que significaria mais competitividade e ao mesmo tempo acredito que existiria uma maior camaradagem entre equipas.

Gostei da atitude da organização quando nos despedimos, foram simpáticos e admitiram os erros e fundamentalmente por isso não descarto na totalidade uma nova participação no Survival. Contudo só voltarei a participar com a equipa Malfeitores da Passarinha e acho que nenhum dos outros elementos da equipa tem vontade de voltar a participar devido a estes erros e não terem sido corrigidos como nós achávamos que era justo. Em todo o caso se não participar como equipa, deixo já aqui a minha disponibilidade para ajudar a organização no próximo evento no que eu puder para tentar que estes erros não se repitam. Devo ainda dizer que os erros que achei que o Survival VI teve foram corrigidos neste Survival, por isso tenho esperança que os erros do Survival VII não aconteçam no Survival VIII. Fica aqui um pequeno vídeo da participação dos Malfeitores da Passarinha neste Survival.

Survival VII - Prova 3

Depois de termos terminado o Quebra Ossos às 17h estava a contar ter algumas horas de descanso...correcto, o conceito de 'algumas horas' é que não foram tantas como estava à espera e por volta das 22h recebíamos mais uma prova, a prova 3 o Mastermind.

Esta prova começou logo de um modo chato e parvo, andar 4km pela estrada só para chegar ao primeiro marcador...que grande seca ainda por cima com o cansaço acumulado. De seguida um ponto mal marcado pela organização que nos fez andar às voltas durante quase 1h. Com isto tudo já tínhamos gasto mais de 2h numa prova que tinha o tempo máximo de 5h para a concluir. Finalmente encontrámos o ponto, uma casa assombrada onde encontrámos 2 números: um 6 e um 7, não sabíamos mas estes números viriam a ser importantes.

De seguida seguimos até à margem do rio onde 2 de nós tinham de atravessar o rio de kayak para fazer a prova do outro lado. Como estava com algum frio e ainda alguma energia fui eu e o Neto a remar para o outro lado. Do outro lado estavam 2 elementos da organização que só nos diziam password. Eu e o Neto já passados com tudo, pelos pontos mal marcados pela organização, pelo cansaço acumulado, pelo frio (um obrigado a um dos elementos da organização que me emprestou um casaco naquela situação) e depois de tentativas falhadas de acertar na password, dissemos que preferíamos ser penalizados mas voltar para o outro lado para junto da equipa e continuarmos porque estávamos sem imaginação para mais.

Fomos aconselhados a continuar a tentar, o que relutantemente aceitámos. Fartámos-nos de olhar para a porcaria de uma folha que nos tinham dado com a descodificação de código Morse para alfabeto, até que levantei o raio da cabeça do papel e reparei que do outro lado da margem estava uma luz a piscar...bingo era a nossa password a ser transmitida pelos restantes elementos da equipa que tinham ficado na outra margem. Pensando bem agora à posteriori, era óbvio que tinha de ser algo do género, o Survival é um jogo de equipa, não fazia sentido haver uma prova que só 2 elementos da equipa participavam. No fim da prova foi-nos dado o número 9 e mais 2 coordenadas.


Na primeira coordenada encontrámos parte de uma nova coordenada, percebemos logo que a segunda coordenada nos iria dar o que restava da nova coordenada. O problema é que a segunda coordenada estava novamente mal marcada pela organização. Mais um tempão perdido até que um elemento da organização apareceu para esclarecer o problema, neste momento já eram 3h30m e já estávamos totalmente fora de horário, graças aos pontos mal marcados e à nossa insistência em sermos perfeccionistas e irmos exactamente onde estavam os pontos marcados no mapa e só chamar a organização em último caso.

Achado o marcador e a restante parte da coordenada lá fomos para o ponto da nova coordenada. Esta prova tinha uma premissa, tínhamos de ser subtis e não nos podíamos deixar fotografar por elementos da organização que se fizessem passar por sentinelas. Quando chegámos ao ponto da coordenada aí estavam os fotógrafos/sentinelas. Nem nos preocupamos em esconder ou fugir, a frustração e cansaço eram tantos que só queríamos chegar ao último ponto e regressar à tenda. 1001 fotos depois encontrámos um cadeado de 3 dígitos que tínhamos de abrir. Claro que os dígitos 6, 7 e 9 que tínhamos apanhado nas provas anteriores eram a resposta só os tínhamos de ordenar correctamente.


Lá abrimos o cadeado e agora era a longa volta para o campismo, mais uma viagem parva de 6 longos quilómetros sem sentido nenhum entre o ponto da última prova até ao campismo. Nesta altura já o Jorginho estava com os pés cheios de bolhas o que ainda ajudou a atrasar o ritmo. Eram 5h30m e finalmente chegámos ao parque de campismo, cansados e super chateados pelo tempo que perdemos nos pontos mal marcados pela organização. Fica aqui o track GPS desta prova:

quinta-feira, outubro 11, 2012

Survival VII - Prova 2

Depois da prova 1 ter acabado por volta das 2h de sábado ainda conseguimos umas boas 6 horas de sono até à preparação para a prova de eleição dos Malfeitores da Passarinha, o temível Quebra Ossos. Inicialmente antes de recebermos a prova, o Nuno e o Pedro disseram logo para apostarmos o joker (que duplicava a pontuação no final da prova), os restantes Malfeitores preferiram ver primeiro o mapa para a prova para ver se compensava apostar o joker. Infelizmente esquecemos-nos depois de ver os pontos no mapa de entregar o joker, com a pressa de sair rápido para ir encontrar os pontos.

Este ano a divisão da equipa foi diferente, eu não me encontrava lesionado no joelho como no ano anterior então escolhemos os 3 ciclistas mais fortes para irem para a bicicleta, eu o Pedro e o Neto, ficando o Nuno e o Jorginho os marujos dos kayaks. Havia ainda uma regra extra que era termos de voltar à base entre as 12h-13h e tinha de voltar a equipa toda. A decisão que tomámos fui super acertada, naquelas 2 horas apanhar todos os pontos ao redor da base, estar na base às 12h para depois termos mais tempo até às 17h para irmos encontrar os pontos que estavam mais longe.

Os problemas aconteceram só depois da 2ª passagem pela base, e logo em dois pontos seguidos o que nos deixou por momentos com os nervos à flor da pele. O primeiro ponto não estava no local, alguma pessoa o deve ter removido sem perceber o seu significado, o segundo ponto enganei-me a marcá-lo no mapa e troquei a coordenada de N-S com a de E-W dentro do quadrante, ou seja até estávamos bem perto do ponto (500 metros) mas o facto é que era impossível do encontrar por me ter enganado.


Apesar do tempo que perdemos aqui nestes dois pontos eram 15h30m e só nos faltava ir buscar 1 ponto (tirando os 2 anteriores já falados). Acabámos por decidir não arriscar ir buscar o último ponto porque ainda era algo longe e podíamos com isso chegar fora de tempo à base. Mas acredito que se não fossem os 2 pontos que nos fizeram perder tempo, facilmente os Malfeitores da Passarinha tinham conseguido quebrar o Quebra Ossos na sua totalidade.

Enquanto isso a equipa do kayak tinha feito um trabalho fantástico e além dos pontos que se tinha comprometido a apanhar até tinha ido a terra buscar pontos que teoricamente seriam mais fáceis de alcançar de bicicleta. Foi muito graças a eles que só nos faltou apanhar 1 ponto.

No final a equipa das bicicletas chegou à base por volta das 16h (ainda parámos à sombra de um chaparro para lanchar :-D ) e a equipa dos kayaks por volta das 16h30m, dentro do controlo de tempo e com uma prova quase perfeita. Deixo aqui a gravação do track GPS da equipa das bicicletas.

quarta-feira, outubro 10, 2012

Survival VII - Prova 1

Tal como calculava após a "construção" do espantalho a 1ª prova do Survival foi-nos logo entregue, a prova era os Geoenigmas. A 1ª coisa a fazer era dirigirmos-nos a um ponto no centro de Avis, algo perto do sítio onde eu e o Pedro já tínhamos estado por isso não era nada de complicado.

O objectivo desta prova era ser completa o mais depressa possível, como a pressa é inimiga da perfeição decidimos apesar de andarmos com pequenas correrias de um lado para o outro, quando tivéssemos de procurar marcadores ou resolver enigmas iríamos parar para pensar.

Basicamente a prova consistia em recebermos um mapa com 10 pontos dos quais tínhamos de descobrir 9, voltar ao centro de Avis à base improvisada, e resolver um enigma, e este processo repetiu-se 4 vezes. 

Decidimos por todos que iríamos sempre procurar os 10 pontos por uma questão de segurança pois poderíamos-nos enganar na marcação de algum ponto (o que até se veio a verificar). Quanto aos enigmas conseguimos resolver 3 em 4 o que fez que só uma vez tivéssemos sido penalizados em tempo. O que foi engraçado nos enigmas é que apesar de sermos maioritariamente informáticos cada um conseguiu contribuir com raciocínios diferentes para cada enigma, aliás houve um que se não fosse o Jorguinho eu nunca chegaria lá.

Devo dizer que esta prova acabou por se tornar aborrecida pelo facto de ser demasiado repetitiva, 4 vezes a fazer fundamentalmente a mesma coisa. Seria melhor que como haviam 4 mapas e 8 equipas cada mapa ficaria para 2 equipas, o que até evitaria o amontoar de equipas em cada marcador, pois o que acabou muitas vezes por acontecer é que uma equipa tinha o mérito de descobrir o marcador e as outras acabavam-se por aproveitar do facto. Claro que a prova ficaria muito mais curta, mas é tudo uma questão de imaginação para pensar noutras coisas que se pudessem acrescentar à prova para a prolongar. A prova durou mais ou menos desde as 22h de 6ª feira até às 2h de sábado.

Bem sei que não eram permitidos dispositivos de GPS, mas utilizei o meu GPS unicamente para gravar o percurso que faziamos em cada prova, não tirando nenhum partido que pudesse beneficiar as provas dos Malfeitores da Passarinha, quem não quiser acreditar em mim não precisa também não me importo porque tenho a consciência tranquila. Fica aqui o trajecto feito pelos Malfeitores da Passarinha durante esta prova.

terça-feira, outubro 09, 2012

Survival VII - Dia 1

Depois do duro dia anterior, eu e o Pedro só queríamos chegar a Avis o menos "amassados" possível. Saímos de Mora por volta das 9h e queríamos cumprir os 42-45km que separavam Mora de Avis em ritmo de passeio. A parte mais bonita da viagem sem dúvida alguma que foi esta, à saída de Mora, a seguir ao fluviário, há um passadiço panorâmico seguido por um single track que foram o pontos alto da nossa viagem.

O facto de termos feito este percurso de bicicleta teve a vantagem de fazermos um mini reconhecimento de alguns caminhos ao redor de Avis, o que acabou por ser uma pequena vantagem nas provas que viriam dali para a frente.

Ainda passámos por um mini-mercado em Avis para abastecer e de seguida dirigimos-nos para o parque de campismo onde encontrámos logo elementos da organização. Encostámos as bicicletas e fomos comer para o parque de merendas. Como os nossos companheiros de equipa estavam atrasados, tivemos de fazer algum tempo até que eles chegassem com as tendas e as nossas mudas de roupa, aproveitámos então para um mergulho revigorante ao rio.

Por volta das 18h lá eles chegaram finalmente, montar tendas, arrumar coisas, mudar de roupa, comer e preparar para as provas que aí vinham. Por volta das 22h recebemos a 1ª prova, que era uma prova extra. Tínhamos de criar um cântico para a equipa e "fazer" o 6º elemento da equipa...um espantalho. O resultado como é óbvio não poderia ser bom saído ele das metes perturbadas dos Malfeitores da Passarinha.


Seguiriam-se agora as provas a sério e dada a nossa experiência do ano anterior sabíamos que estas estavam para começar dentro de momentos...

segunda-feira, outubro 08, 2012

Survival VII - Dia 0

O Survival é uma competição com um conceito interessante, que é disputado por equipas durante um fim-de-semana, em provas de orientação, raciocínio, espírito de equipa e capacidade física. A minha equipa os "Malfeitores da Passarinha", participava pelo segundo ano com o objectivo de dar o melhor e com a experiência adquirida do ano anterior tentar não repetir os mesmos erros de novatos e conseguir quem sabe ganhar. Apesar da nossa capacidade física e resistência no primeiro ano cometemos imensos erros no que toca a orientação por falta de experiência, este ano os 5 malfeitores estavam de volta: eu (o eléctrico), o Pedro Santos (o esfomeado), o Nuno Silva (o resmungão), o Tiago Neto (o resistente) e o Jorginho (o pêndulo).

Para mim e para o Pedro Santos o Survival VII ia começar mais cedo, decidimos ir até Avis (local do Survival) de bicicleta, onde tínhamos de estar 6ª feira ao final da tarde. A estratégia seria partir na 5ª feira de manhã, aproveitando a Eco Pista que liga o Montijo a Badajoz dormindo de 5ª para 6ª feira em Mora na casa de um amigo o Tiago Coelho.

A tarefa não se avizinhava fácil pois íamos fazer 3 etapas do percurso da Eco Pista num só dia, então a decisão foi estar cedo no Montijo para termos o máximo tempo possível para fazer a viagem que segundo o track iria ser de aproximadamente 155kms. Em dia de greves lá as conseguimos fintar e apanhar o barco para o Montijo que saía do Cais do Sodré às 7:30.

O tempo estava espectacular, sol, sem calor excessivo e mais importante sem vento. O percurso em si não tem nenhuma beleza fora do comum (especialmente para quem já fez o caminho de Santiago e a Costa Vicentina), constituído essencialmente por estradões de areia solta a lembrar a prova de BTT Quinta do Pinhão. Para piorar onde a areia era menos profunda havia lombinhas provocadas pela passagem das rodas dos carros que faziam a bicicleta estar sempre a saltitar perdendo a aderência e sendo desconfortável a vibração, pelo menos a nível de altimetria o percurso não era muito exigente.

Para conseguirmos almoçar foi outra dificuldade, só passávamos por terriólas e encontrar um mini mercado aberto foi uma aventura. Chegámos a Coruche (fim da segunda etapa) por volta das 15:30, já com quase 110kms percorridos, o rabo começava a dar sinais de desconforto em cima do selim. Devo dizer que os últimos 40kms foram feitos um bocado em agonia, estava mal disposto do almoço e até pararmos num café já muito perto do fim onde bebi uma água das pedras a coisa não estava fácil.

Chegámos a Mora já quase de noite onde após um banho fomos jantar uma merecida refeição.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Matiz Pombalina

A Matiz Pombalina é um bar em Santos em que fui assim um bocado por acaso, pois ofereceram-me um leque de experiências em que tinha de escolher uma, sendo que a escolhida foi uma degustação de cocktails no bar Matiz Pombalina.

O ambiente é muito agradável, com uma decoração clássica, cultural e ao mesmo tempo descontraída, com música ambiente que possibilita uma conversação sem ter de elevar o tom da voz. Quanto aos cocktails muito bom mesmo, a degustação é personalizada sendo que os cocktails são feitos com base no gosto das pessoas. Uma palavra ainda para a simpatia e profissionalismo das pessoas que estão à frente do bar.

Apesar de eu ter ido com um voucher, o preço da degustação de 10 cocktails é quase irrisória sendo apenas 10€, onde ainda nos servem pipocas e amendoins sem que tenhamos de pagar mais por isso. É um óptimo espaço para passar 2-3h na companhia de uma boa conversa.

sexta-feira, setembro 28, 2012

Parques Aquáticos - Slide & Splash

O Slide & Splash é o típico parque aquático, descer por tubos e rampas voltar a subir até lá acima e descer outra vez. Ao contrário do Zoomarine é um parque muito pouco focado nos espectáculos, sendo que estes têm durações curtas a rondar os 15 minutos e são muito poucos.


Mais uma vez aconselho a comprar os bilhetes no comércio local, pois os descontos ainda são bastante significativos a rondar os 20%. No entanto é um parque que não tem uma atracção que puxe pela adrenalina ao máximo, tudo é bom mas nada é espectacular. Se analisarmos por exemplo o Aquashow o parque no geral tem menos atracções mas tem 2-3 atracções que o distinguem e que tornam o parque único. Com isto não quero dizer que o Slide & Splash seja pior, contudo para pessoas que procurem algo mais radical não o vão encontrar aqui, mas vão conseguir experimentar um leque maior de actividades. 


segunda-feira, setembro 24, 2012

Parque aquático - Zoomarine

Eu diria que o Zoomarine é um parque aquático muito particular, pois não é o típico parque aquático tipo Isla Magica ou Aquashow, mas também não é um zoo, é algo que se encontra no meio das duas coisas.

Devo dizer que os espectáculos estão extremamente bem organizados, pois não colidem uns com os outros e além disso dá tempo para nos deslocarmos entre os sítios de cada espectáculo, e ainda dá tempo para ver o restante parque.



O Zoomarine tem uma série de espectáculos que vão desde os animais (golfinhos, leões marinhos, focas, aves de rapina e aves exóticas) até a coisas menos convencionais para um zoo como acrobacias, saltos para a água e o espectacular 4D que é extremamente bem conseguido, por curioso talvez a coisa que mais me impressionou.

Mas se procuram um parque com diversões aquáticas este não é o ideal, tem poucas e não puxão muito pela adrenalina. Acho que a ideia é ter os espectáculos e depois ter algum complemento com as restantes diversões, especialmente porque faz calor e é um modo mais lúdico de nos refrescarmos em vez de um simples mergulho na piscina.


Acabei por ter sorte na altura do ano em que fui, pois nesta altura já não há muita gente então não tive filas de espera para nada. O senão do Zoomarine é o preço excessivo da entrada que tem como preço base 27€, uma sugestão que dou é comprar online ou comprar numa loja nas muitas que vendem bilhetes para os parque aquáticos no Algarve, geralmente nas localidades perto dos parques aquáticos.

quarta-feira, setembro 12, 2012

Ida para o trabalho de bicicleta

Já há algum tempo que o Pedro me andava a desafiar para ir para o trabalho de bicicleta, visto que ele o faz frequentemente podíamos encontrar-nos a meio de caminho e fazer parte do caminho juntos. Ao princípio mostrei alguma renitência devido ao facto de ter de vir pela marginal e de manhã haver imenso trânsito, mas ele lá me conseguiu convencer.

Hoje sai de casa 40 minutos mais cedo com o objectivo de chegar ao trabalho à mesma hora do costume, com uma premissa importante, não queria chegar ao trabalho todo suado, tinha de vir a ritmo moderado. De Cascais até Algés acabei por demorar cerca de 55 minutos a fazer 20km, o que dá uma média até interessante para quem vinha a ritmo de passeio e no meu caso ainda a recuperar a forma devido a ter tirado o apêndice

A partir de Algés fui na amena cavaqueira com o Pedro até chegarmos ao trabalho, num ritmo já bastante descontraído. Se tivesse mantido o ritmo faria no total 1h10m que é o dobro do tempo que faço de mota, mas mesmo assim se não tivesse mota e a alternativa fosse comboio, sem dúvida que começaria a vir todos os dias de bicicleta para o trabalho. Agora quando for para casa não tenho o condicionalismo de não poder suar, a partir de Algés quando deixar o Pedro vai ser 'apertar' até casa. Que bela forma de começar o dia...

terça-feira, setembro 04, 2012

RIP Michael Clarke Duncan

Segundo o New York Times, faleceu Michael Clarke Duncan, um dos actores que mais gostava devido à sua capacidade de representar papeis normalmente contrastantes com a sua imponente imagens.

Um dos filmes que mais me marcou foi o Green Mile, onde Michael representa o papel de um condenado no corredor da morte. A injustiça da sua condenação, a relação que estabelece com os guardas prisionais, a sua compaixão pelos outros condenados, são os pontos mais marcantes do filme. Perdeu-se um grande actor, ficou o seu legado.

segunda-feira, agosto 27, 2012

Ranking UEFA

Este site não é oficial da UEFA mas é o mais completo e actualizado que conheço, tem tudo desde jogos e resultados, regras, pontuação dos países, pontuação dos clubes, todos os que já participaram nas provas da UEFA, etc, sem dúvida é uma mega base de dados sempre actualizada e muito fácil de perceber: http://kassiesa.home.xs4all.nl/bert/uefa/index.html

sábado, agosto 04, 2012

O mau funcionamento dos Centros de Saúde

Se no meu post anterior fartei-me de elogiar o Hospital de Cascais, ontem quando fui mudar o penso ao meu centro de saúde voltei à realidade e ao mau funcionamento do nosso sistema de saúde. Tinha uma carta do hospital para ir ao centro 2 vezes por semana mudar o penso, quando cheguei e pedi para me mudarem o penso disseram-me que só por marcação ao que eu respondi que no hospital me tinham informado que só necessitava de me dirigir ao centro de saúde. A senhora respondeu-me que no placar informativo estava uma folha a notificar que todas as consultas a partir do início do ano tinham de ser com marcação, como é óbvio eu tenho cara de vidente e sem ir ao centro de saúde adivinho que lá no placar está uma folha a dizer que tenho de ter marcação previa.

À tarde voltei ao centro de saúde para mudar então o penso, dirijo-me à recepção para dar entrada com a carta do hospital e a minha folha do serviço nacional de saúde a indicar que sou isento de taxas moderadoras, emitido pelo próprio centro de saúde, e pedem-me dinheiro da consulta. Aparentemente o sistema informático (a culpa é sempre dos informáticos) não estava actualizado e não indicava que eu estava isento, como tinha o papel a comprovar lá actualizaram o sistema.

Apesar de exigirem marcação da consulta, nem assim conseguem atender à hora da marcação e tive quase 1 hora à espera de fazer um simples penso que não demorou mais de 5 minutos. Enquanto esperava assisti ainda a mais duas situações. A primeira um casal de idosos que ia fazer o penso de um senhor que tinha saído no dia anterior do hospital, como não tinha levado uma folha de presença em como tinha estado no hospital obrigaram-no a ir novamente ao hospital pedir a folha e só depois faziam o tratamento. O segundo foi um rapaz que caiu de bicicleta e estava todo esfolado, no centro de saúde disseram-lhe que ali não atendiam urgências, que tinha de ir ao hospital e que lá lhe passariam uma folha para depois voltar ao centro de saúde onde lhe fariam os curativos.

E assim vai o nosso sistema de saúde, burocrático, complicado, que por culpa própria aumenta as filas de espera, e depois ainda dizem que as pessoas entopem os hospitais...como não haviam de entupir se os centros de saúde que deveriam ser o primeiro local de tratamento mandam as pessoas para os hospitais.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Apêndice - A parte mais inútil do corpo

Pois é o meu apêndice não quis ir de férias comigo, no primeiro dia de férias o gajo começou a estrebuchar e tive de lhe dar a 'reforma'. Na segunda-feira ao final da tarde entrei no hospital de Cascais, onde passado 3 horas estava a ser preparado para ir para o bloco operatório.

Tanto quanto sei a operação demorou pouco mais de 1 hora, agora tenho aqui 9 piercings no baixo ventre durante uma semana até que o corte cicatrize. Devo dizer que todos os profissionais do hospital de Cascais foram 5 estrelas e o próprio hospital tem umas condições óptimas para hospital. A parte pior é mesmo o pós operatório, 3 semanas de baixa e 1 mês até poder recomeçar a fazer desporto de forma contida.

segunda-feira, julho 16, 2012

Despedida de solteiro do Nuno

O nosso amigo sapo vai dar o nó e logo eu e o Pre pensámos numa despedida de solteiro mesmo à medida do batráquio. A ideia era rebentar com o nosso amiguinho de maneira a que a despedida fosse inesquecível. Primeira coisa que tratamos foi do uniforme para o noivo e que bonitinho ele ficou apesar de se ter recusado a vestir os belos 'calções' que nós lhe tínhamos arranjado.


A primeira prova do dia foi acordá-lo às 4 da manhã, no meio de muita rabugice e asneiras conseguimos arrastá-lo até à costa da Caparica onde agarrámos nas bicicletas e já com a companhia do Diogo fomos a pedalar até Sesimbra

A prova seguinte foi o coasteering. Para quem não conhece é uma actividade que consiste em percorrer a linha da costa fazendo várias actividades, rappel, escalada, slide, nadar e mais importante saltos para a água. Devo dizer que é uma actividade que se pode tornar complicada, é aconselhável alguma boa forma física e a parte da escalada para atingir pontos de salto para a água nem sempre era simples, apesar de ter alguns conceitos de escalada.


Depois de um almoço volante a derradeira prova física, à duas semanas atrás tinha atravessado a serra da Arrábida de noite começando no parque de campismo dos Picheleiro, passando pelo Formosinho e acabando no Portinho da Arrábida, e que melhor maneira de rebentar um bocadinho mais com o Nuno.


O percurso também não é nada simples com uma altimetria bem lixada. A primeira parte é sempre a subir até ao Formosinho num terreno em algumas partes cheio de cascalho onde andamos um passo para a frente e escorregamos 2 para trás. A segunda parte eu já não me lembrava bem porque fiz o percurso de noite e apesar de ser sempre a descer é complicada porque é no meio de vegetação muito serrada e ainda temos umas mini falésias onde temos de fazer pequenas escaladas para descer.


Chegámos ao Portinho da Arrábida já era final da tarde, estava na altura de retemperar as forças com um belo jantar. A opção foi o restaurante Figueiredo na Caparica, um restaurante que todos adoramos. Não é bem um restaurante é mais uma tasca em que nós ainda não estamos sentados já estão a aparecer petiscos por todo lado em cima da mesa, fabuloso...com a cereja no topo do bolo e ter as paredes forradas a cascóis, posteres e notícias de jornal do Benfica. Espero que o Nuno tenha gostado tanto como eu porque para mim esta foi uma despedida de solteiro memorável.

quinta-feira, julho 05, 2012

The Intouchables

Não sou de todo um fã do cinema francês mas tenho de dar o braço a torcer porque o filme The Intouchables, Amigos Improváveis título em português que por acaso desta vez é muito mais feliz que o título original, foi dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.

À medida que vou vendo o filme a imagem que me vem à cabeça é a das duas máscara do teatro grego, porque o filme é uma flutuação de sentimentos entre o trágico e a comédia muito bem contrabalançado. Não me vou adiantar mais quanto a detalhes pois teria de revelar partes do filme e este é um filme que sem dúvida merece ser visto, desfrutando de cada cena e imprevisto.

sexta-feira, junho 29, 2012

Santiago de Compostela - Conclusões

Este é o meu último post da sequência de posts que descreveram a preparação e a viagem em si até Santiago de Compostela, e espero que sirvam de ajuda para as próximas pessoas que queiram fazer o Caminho Português de Santiago de Compostela.

A viagem de retorno correu às mil maravilhas, descansámos durante a viagem fazendo só paragens para comer e ir à casa de banho. Sou um fã do comboio mas a viagem de autocarro foi uma boa opção. Quanto às bicicletas também maravilha, deixámos as bicicletas no posto de autocarros 2ª feira ao início da tarde, nós chegámos a casa 3ª feira à noite e as bicicletas chegaram a casa na 4ª feira à tarde (dia de feriado).

Ordenar etapas por dureza (decrescente): 8ª, 3ª, 9ª, 10ª, 6ª, 2ª, 7ª, 1ª, 5ª e 4ª
Ordenar etapas por velocidade média (crescente): 8ª, 3ª, 6ª, 9ª, 10ª, 7ª, 5ª, 2ª, 4ª e 1ª

Número de quilómetros: 642.4km
Tempo a pedalar: 48h29m56s
Velocidade média em andamento: 13.25km/h
Ganho total de altimetria: 9191m

Zonas mais duras (decrescente):
  • Serra da Labruja
  • Tomar - Alvaiázere
  • Chegada a Pontevedra
  • Atalaia - Tomar
  • Perosinho - Vila Nova de Gaia
  • Saída de Alvaiázere
  • Chegada a Oliveira de Azemeis
  • Chegada a Santiago de Compostela
  • Chegada a Santarém
Zonas mais bonitas:
  • Ponte de Lima - Valença do Minho
  • Perosinho - Vila Nova de Gaia
  • Chegada e saída de Pontevedra
Zonas mais feias:
  • Zona industrial a seguir a Tuy
  • Estrada nacional a seguir a Coimbra 
Custo da viagem:
  • Transportes: 85€
  • Dormidas: 62€
  • Comida: +/- 100€

Agora que consegui concluir este objectivo tenho de começar a pensar numa nova meta a atingir, algumas ideias já estão na calha mas ainda nada em definitivo. Para saberem mais informações e uma visão diferente da viagem aconselho a ver o blog do Pedro, o meu braço direito nesta aventura. E acabo com uma frase que compreendi depois de fazer o caminho - "Tu não percorres o caminho, o caminho é que passa por ti."

quinta-feira, junho 28, 2012

Dia 10: Pontevedra - Santiago de Compostela

E quase sem darmos por isso estávamos no último dia da nossa aventura, faltava só chegar a Santiago de Compostela. O dia estava bem escuro e a chover bastante, aliás este foi o dia pior no que toca a chuva, passámos o dia inteiro a tomar uns valentes banhos. À saída de Pontevedra entrámos nuns trilhos por dentro da floresta que talvez seja o sítio mais bonito a nível de paisagem, contando só o lado espanhol.

Como era o último dia não estava com muitas intenções de fazer poupanças de energias, mesmo em trilhos estreitos estávamos a circular acima dos 20km/h. A uma dada altura vejo um pássaro a esvoaçar no meio do caminho e a saltitar sempre em frente às bicicletas. Era uma cria de pega, ainda não sabia voar, então agarrei nela e voltei a pô-la no sítio onde a encontrámos inicialmente, provavelmente era perto do ninho dela e tentei escolher um sítio onde ela se pudesse esconder.


Chegámos a Padrón e faltava já menos de 20 quilómetros para Compostela, agora já nem uma avaria nos podia deter de cumprir o nosso objectivo. Nesta altura começam a surgir as grandes subidas do dia e devo dizer que me estava a sentir extremamente cansado, abusei no ritmo no início e estava a pagar agora. Mesmo assim quando estávamos a 10 quilómetros do fim e já com algumas subidas a média era superior a 14km/h. 
 

A chegada a Compostela sempre a subir foi uma verdadeira tortura final para mim, mas finalmente chegámos frente à capela....YEEEEEE...missão cumprida. Passo seguinte era descobrir onde conseguir o último carimbo e obter a Compostela que é um género de um diploma que comprova que fomos em peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela.


Próximos passos: conseguir transporte para o dia seguinte, arranjar albergue e comer. Para o primeiro passo tínhamos a alternativa comboio e autocarro, optámos por autocarro por não ter transbordos e ser mais rápido e confortável. Na opção comboio podíamos transportar as bicicletas com algumas restrições e arriscávamos ficar presos num dos transbordos (por não nos deixarem transportar as bicicletas) e se ficássemos presos o dia seguinte era de greve dos comboios, por isso acabávamos por ter 3 dias de viagem se alguma coisa corresse mal. Por isso a opção foi autocarro onde pagámos 50€. As bicicletas por sua vez eram transportadas pela Seur e iam transportá-las até à porta de nossa casa, por este serviço pagámos 35€.

Quanto ao albergue para pernoitar acabámos por fazer uma má escolha, fomos para o Seminário Inferior como era um albergue oficial, muito bonito por fora sim mas sem condições nenhumas por dentro, parecia um curral para cavalos que nem água quente para o banho tinha, o único albergue que entrei que tinha mau aspecto. Para além disso a dormida custou 12€, por esse preço teria dormido num sítio bem melhor.

Finalmente procurar comida, estávamos cheios de fome não tínhamos almoçado e já estávamos a meio da tarde. Devo dizer que não sou esquisito em relação a comida, mas os espanhóis confecionam muito mal a comida, acabámos por ir ao Burger King e foi a melhor decisão que tomámos neste dia, não sou fã de fast food mas dentro do que havia foi a melhor solução e a que me soube melhor.

Altura de palmilhar Santiago, acabámos por fazer mais de 12km a pé de um lado para o outro, percorrer a zona histórica, comprar as lembranças, comprar comida para o dia seguinte e escolher o restaurante para o jantar. Tanta escolha do restaurante acabou por dar merda, segunda má escolha do dia, comemos mal nem terminei o que tinha no prato e não foi assim tão barato. Altura de voltar para o albergue e descansar para a chatice da viagem do dia seguinte.

quarta-feira, junho 27, 2012

Dia 9: Rubiães - Pontevedra

Apesar das muitas pessoas a dormirem na camarata consegui uma boa noite de sono (abençoados tampões para os ouvidos). A chuva do dia anterior não nos tinha abandonado, e apesar de termos retardado ao máximo a nossa saída não podíamos esperar mais, ainda por cima íamos entrar em Espanha e perder 1 hora com a mudança de fuso horário, por isso saímos mesmo a chover.

Um início complicado com muitas subidas e algum empedrado e lama. Em compensação este foi dos locais mais belos que passámos e isso começava a ser o dominante, quanto mais duro o caminho mais belo ele era.


Paragem em Valença do Minho para o pequeno almoço visto que na remota Rubiães não havia nenhum sítio para tomarmos o pequeno almoço. Aproveitámos a paragem para um carimbo no local do pequeno almoço. E rapidamente estávamos a chegar à ponte internacional, até já belo Portugal e hola nuestros hermanos.


A passagem por Tuy já foi feita na companhia de imensos peregrinos a pé sempre com o típico cumprimento do peregrino de Santiago de Compostela - "Bon camino". À saída de Tuy entrámos nos bosques, passámos do chão empedrado para muita lama com a chuva que nos acompanhou intermitentemente durante todo o dia.

Antes de chegar a Porriño a parte mais feia de todo o caminho a passagem pela zona industrial. E mesmo dentro de Porriño o ambiente não é muito famoso, no ar sempre um cheiro fétido, fiquei muito mal impressionado com esta parte do caminho, pouco cuidada, tags grafitadas nas paredes, vandalismo na sinalização do caminho. A única coisa bonita que vi foi uma avenida pedestre que passámos e que tinha no chão tapetes de pétalas bastante originais, mas que devia de ser próprio de alguma festa desta época do ano.

Conseguimos um carimbo no albergue de Porriño onde parámos para almoçar. Nesta altura o Pre estava com problemas nos alforges, estavam a romper-se outra vez, o que nos safou foram os imperdibles.

Nesta altura a chuva deu algum descanso, mas o estrago estava há muito feito, lama e mais lama até chegarmos a Redondela. Em Redondela conseguimos mais um carimbo no albergue. E é então que a chuva que tinha parado voltou em grande, quando saio de dentro do albergue estava o Pre resguardado tipo cão abandonado com uma chuvada daquelas. O que se seguiu foi uma sucessão de subidas difíceis e descidas bastante íngremes, que nos estavam a deixar extremamente esgotados, de lembrar que este dia estava a ser o 2º dia mais longo de toda a viagem e iría acabar com cerca de 70km.


Quase à chegada a Pontevedra uma subida num caminho de cabras onde as pedras do chão estavam desgastadas pela erosão das águas das chuvas, quase que parecia o leito de um rio, mais uma vez arrastar a bicicleta à mão, até estava com medo de uma reedição do dia anterior.

Passámos ainda pela capela de Sta. Maria com o seu famoso carimbo self service e aí estávamos nós no albergue de Pontevedra, e o último carimbo do dia no albergue. Mais uma vez cansados e molhados até aos ossos, queríamos era um banho de água quente e descanso.

Para o jantar queríamos algo típico a paella então fomos a um bar/restaurante mesmo frente ao albergue. Curiosamente o dono era português e aconselhou-nos antes o menu peregrino. Em Espanha não tinha ideia, mas os menus normalmente são constituídos por: prato de entrada (às vezes maior que o principal), prato principal, sobremesa e bebida. Fomos para o albergue onde ainda conseguimos ver um bocado do Espanha-Itália numa sala que se assemelhava a um mini-cinema, ver os espanhóis a praguejar é tão lindo! Tempo ainda para voltar a coser os alforges do Pre e era altura para o descanso dos guerreiros.

terça-feira, junho 26, 2012

Dia 8: Barcelos - Rubiães

E heis que chegou o dia mais temido, o dia que iríamos atravessar a serra da Labruja e que todas as pessoas diziam que era a parte mais complicada de todo o caminho de Santiago. Começámos o dia mais uma vez numa padaria/pastelaria à espera que o pão e as merendas acabassem de ser feitos para os comermos ainda quentinhos.

O dia estava bastante cinzento sempre com a ameaça constante de ir cair uma tempestade. Ao fim de 30 minutos o meu pneu estava vazio, paragem para o encher e para tirar o casaco que já tínhamos feito umas subidazinhas e estávamos a ficar com calor. Voltámos a rolar e passados 10 minutos lá estava o pneu em baixo novamente, bem paragem para trocar a câmara de ar (mais uma vez íamos ficar sem câmaras de ar suplentes) e comer qualquer coisa.

Passagem pelo albergue de Tamel São Pedro, como não estava ninguém na recepção agarrei no carimbo que estava por detrás do balcão e carimbei os certificados. De manhã devo dizer que tive a sensação de estar quase sempre a descer, achei fácil o percurso. Até que chegámos a Ponte de Lima, carimbo na pousada da juventude e no posto de turismo.


Paragem para o almoço ainda cheios de energia e moral, o dia estava a ser bem mais fácil do que pensávamos. Voltamos a pedalar e heis que aparece a chuva que tanto nos tinha ameaçado durante a manhã, e a partir daqui seria o restante dia numa chuva constante. Voltamos a vestir os casacos até aquecer novamente, o que não demorou muito, logo à saída de Ponte de Lima um trilho cheio de lama (refinado com a chuva), locomoção difícil, muitas vezes à mão.


E sem darmos por isso estamos com uma placa a indicar a Labruja a temível serra estava à nossa frente. Ao princípio ainda mandei umas bocas - "O pessoal que diz que esta é a fase mais difícil do percurso é porque começa no Porto e não atravessa aquela terrível serra a seguir a Tomar." - mas o caminho acabaria por me trair e realmente o início da subida é transponível mas quando se chega a meio...não há fotografias ou vídeos que demonstrem a dureza da subida.


Esta é uma subida que inclusivamente é dificílima de se fazer a pé por pessoas jovens, quase que sentia que estava a escalar uma montanha cheia de rochas escorregadias, com os SPDs calçados e a içar uma bicicleta com algumas dezenas de quilos. Foi a parte mais dura de todo o caminho de Santiago sem dúvida, e percebi porque os locais a chamam de Serra do Inferno.

Chegados ao topo descidas complicadíssimas, e o Pre sem travões, se eu ainda me desenrascava a descer montado o Pre devido à falha de travões nos troços mais técnicos era obrigado a descer a pé. Finalmente chegámos ao albergue de Rubiães, cansados, molhados e cheios de lama por todo o lado. Mais um carimbo aqui no albergue. Devo dizer que as condições do albergue me surpreenderam, assim como todos os albergues que já havia entrado, todos com muito bom aspecto.

Banho tomado e roupa mudada vamos ao trabalho, afinar os travões do Pre, tirar a maior parte da lama das transmissões, correntes e suspensões e voltar a lubrificar dentro do possível. Depois disso fomos até ao restaurante Bom Retiro, onde petiscamos uns pregos, aguardamos um pouco para o jantar com menu de peregrino e a ver a selecção.

segunda-feira, junho 25, 2012

Vialonga - Castelo de Bode

Há ideias parvas...e há ideias muito parvas! Então qual foi a ideia destes idiotas, temos canoagem em Castelo de Bode sábado às 10h da manhã, e que tal irmos até Castelo de Bode de bicicleta! Das palavras aos actos quando as pessoas não são muito boas da cabeça, a tal linha que as divide é muito ténue, quase inexistente.

Acordei 6ª feira por volta das 7 horas, pus a bicicleta no carro e lá fui para o trabalho. Às 18:30 saí do trabalho, apanhei o Paulo Correia em Sete Rios e fomos ter com o João Faneca a casa dele perto de Vialonga. Como íamos passar a noite a pedalar tínhamos de ir atestar primeiro. Fomos lá a um restaurante onde o 4º elemento da viagem se juntou a nós, o Pedro Almeida, e comemos tudo o que tínhamos direito; caracóis, moelas, pica pau, presunto, queijo, broa, choco grelhados, etc.

De volta a casa últimos preparativos com as luzes e malas a levar e por volta da 1 hora da manhã puséssemo-nos à estrada. Meia hora passada e 10km percorridos e heis que a minha corrente parte, depois de 650km de Santiago de Compostela, da prova do fim-de-semana anterior a corrente tinha de partir após uns míseros 10km. O Faneca que já tem alguma experiência no assunto lá fez uma união em 2 tempos com um elo rápido e siga viagem. A minha corrente partiu provavelmente porque estava com um problema nas mudanças que elas saltavam de vez em quando sem eu fazer nada, a partir daqui tive de ter cuidado o resto da viagem, não forçando muito a corrente pois tinha medo que voltasse a partir.

Até o quilómetro 40 apanhámos imenso vento de frente, como sou bastante leve abriguei-me um pouco atrás dos meus colegas (AKA: Para-vento). Ao quilómetro 40 a  primeira paragem numa rulote de bifanas para reatestar. Quase a chegar ao quilómetro 60 o 2º percalço da noite o Faneca conseguiu furar mesmo numa viagem feita só em alcatrão.

Por volta do quilómetro 70 à saída de Almeirim, parámos para assar um chouricinho e retemperar forças. Quando arrancámos novamente por volta das 5:30 da manhã estava um frio terrível, foi a única altura que senti mesmo frio, o meu termómetro marcava perto dos 10ºC. Já de dia por volta das 8h começa-me a dar um sono brutal, já estava acordado à mais de 24 horas, tive de pedir para parar num café para beber um café e comer um pastel de nata. Toca a andar que se faz tarde, faltavam fazer 30km em menos de 2 horas, para chegarmos a horas.

Devo dizer que me senti extremamente bem, em tom de brincadeira ainda lancei para o ar - "Então e se a seguir à canoagem voltássemos a pedalar para Lisboa?" - Claro que fui fulminado só com o olhar, o Paulo Correia e o Pedro Almeida nesta altura já estavam um pouco em perda. À chegada a Constância encontrámos um ciclista super simpático com uma bicicleta de estrada que se ofereceu para nos indicar o caminho até Castelo de Bode. Ainda nos acompanhou quase durante meia hora e mais importante, na pior subida do dia que em 3km subimos em altitude 130 metros.

Finalmente chegámos a Castelo de Bode eram para aí 10h05m. Meia missão cumprida...agora só faltava pagaiar até o Castelo de Almourol (cerca de 15km em que eu estive numa canoa singular por isso não me podia encostar e esperar que alguém remasse por mim), matámos as pernas agora era a vez dos braços e ombros...e nunca mais era de noite para voltar a dormir!


sexta-feira, junho 22, 2012

Dia 7: Porto - Barcelos

Este foi dos dias que saímos mais tarde pois tivemos de esperar que o nosso anfitrião acordasse, acabámos por tomar um pequeno almoço rápido e mesmo assim saímos já eram quase 10h. Os primeiros quilómetros foram algo complicados até sairmos do Porto pois quase todo o caminho está em cima de estradas com sentidos proibidos, e se para quem faz o caminho a pé não há problema para quem o faz de bicicleta é uma complicação extra, na estrada estreita carros, no passeio estreito pessoas.


Depois desta parte mais chata começámos a apanhar empedrados para ser assim quase todo o dia, à excepção de alguns trilhos curtos em terra batida e com um pouco de lama em pouca zonas. Neste dia tivemos algumas dificuldades em conseguir carimbos especialmente na primeira parte do dia, parecia que toda a gente tinha feito ponte com o feriado do dia anterior e estava tudo fechado. O primeiro carimbo que conseguimos foi já num centro de saúde perto da Póvoa do Varzim.

Neste dia senti-me um pouco desgastado talvez pelo esforço do dia anterior, o percurso pareceu-me fácil apesar da altimetria no final dizer que não foi assim tão fácil, mas senti-me com falta de força e fui a gerir o esforço todo o dia sendo que o Pedro neste dia passou mais tempo à minha frente a puxar e eu mais a seguir no ritmo dele.


Em São Pedro de Rates passámos pelo primeiro albergue da viagem e conseguimos mais um carimbo. Aqui em São Pedro de Rates tivemos azar e passámos à hora de almoço, todos os sítios onde podíamos passar para carimbar, Museu, Igreja e Santa Casa da Misericórdia estavam fechados.

Este dia foi um bocado chato no que toca ao almoço, não passámos por nenhum sítio onde conseguíssemos comprar algo para almoçar e por isso a nossa "refeição" acabou por ser barras de cereais e geles energéticos.

Depois de tantas dificuldades dificuldades a arranjar carimbos no início do dia, conseguimos mais 2 mesmo no final do dia, na junta de freguesia do Carvalhal quase a chegar a Barcelos e já no posto de turismo de Barcelos.

 
Eu não sabia, apesar de calcular, mas este seria o último dia mais descansado que tivemos, a partir daqui iriam ser todos os dias extremamente duros. Chegados a Barcelos ainda estivemos à espera da nossa anfitriã para o que seria o último dia de coutchsurfing, aproveitámos para passear pelo centro histórico que é bastante interessante e acabámos por nos sentar na praça central a ver o europeu num ecrã gigante que tinham montado para transmitir os jogos.