quinta-feira, setembro 22, 2016

Swim Challenge Cascais

Este seria o meu derradeiro teste antes do Ironman, o swim challenge de Cascais. Fundamentalmente queria saber em condições idênticas às do Ironman, distânia de 3,8kms feita com fato isotérmica qual seria o meu tempo, para saber em que bloco de partida irei entrar no Ironman. Após o swim challenge da Aldeia do Mato que me correu super mal, queria mesmo ver como estava a minha forma dentro de água, eu acreditava que acabaria abaixo de 1h15m (para entrar no bloco sub 1h15m no Ironman), mas dado ao meu fraco desempenho na Aldeia do Mato tinha algumas dúvidas.


O percurso consistia em duas voltas em que a transição entre as voltas era feita num pequeno percurso em terra. A primeira volta correu-me bastante bem, consegui quase sempre ir num grupo o que me possibilitava preocupar menos com a navegação e mais com a técnica, ao mesmo tempo que me protegia atrás de outros nadadores. Na transição ia com cerca de 36 minutos, o que daria um tempo final abaixo de 1h15m. 


Na transição desatei a correr e saí a frente do grupo onde ia. Fiquei sozinho e cometi um erro de navegação que me custou uns segundos, em vez de apontar à 3ª bóia, apontei à 4ª, estavam ambas à minha frente mas a 4ª mais à esquerda. Estranhei não ver ninguém, até que me apercebi que todos os nadadores estavam do meu lado direito a uns 20 metros de mim. Perdi algum tempo a voltar a trajectória e quando voltei ali estava eu outra vez no mesmo grupo que tinha deixado para trás, esforço desperdiçado. Até ao fim mantive-me dentro do grupo, o ritmo não era mau, e sabia que no final era muito provavelmente o mais rápido do grupo.


Assim foi, inclusivamente ainda apanhámos alguns nadadores sozinhos, e se à saída da água ainda tinha outro nadador comigo apesar da minha aceleração final, na corrida até à meta não deixei mais ninguém se aproximar. O resultado final foi 1h13m45s (o GPS aparvalhou no final e não marcou o percurso todo), foi bom e dentro do que queria fazer, venha daí o Ironman.

quarta-feira, setembro 14, 2016

Granfondo Aldeias de Xisto

Depois de no dia anterior a prova de 5km a nadar me ter corrido muito mal, esperava nesta prova de bicicleta conseguir ter boas sensações porque é onde anda a incidir o meu treino. E a coisa não podia começar pior, mal acordei apercebi-me que me tinha esquecido do capacete, essencial para poder participar na prova. Ligo para a organização mas não me conseguiam arranjar capacete, disseram-me para tentar comprar na feira da prova. Pediram-me 150€ por um capacete, porque era o topo de gama, que se lixe, não ia dar assim 150€ por um capacete à toa, sem sequer ter analisado as minhas opções. Pedi a diversos grupos/clubes se tinham um capacete extra que me pudessem emprestar e nada. As minhas únicas opções seriam, ou não treinar e ficar horas à espera dos meus colegas, ou fazer o percurso à mesma sabendo que estava desclassificado à partida. A opção foi fazer o treino à mesma, era esse o meu objectivo, não estava ali para ganhar ou fazer uma classificação de TOP na prova, por isso lá fui eu sem capacete, arrancando mesmo no fim do pelotão.


Os primeiros quilómetros foram fáceis sem grandes subidas, ainda com muita energia, lá fui andando na conversa com o Manso num ambiente descontraído, só interrompido por alguém a perguntar onde tinha o meu capacete. No início da primeira subida passei pelo meu colega Gonçalo Sousa, que também irá comigo ao Ironman, continuei com o Manso subida acima a um ritmo constante mas confortável.

No final da subida, no primeiro posto de abastecimento, um elemento da organização pediu-me para remover o dorsal da bicicleta, visto que oficialmente não podia estar na prova por estar sem capacete. Para mim não tinha qualquer importância, só queria que me continuassem a dar abastecimento ao longo da prova, pois não tinha comida e líquidos suficientes para os 166kms. Seguimos novamente juntos, até à descida vertiginosa da barragem, foi um ondulado constante nunca havendo terreno plano. Na descida para a barragem o Manso ficou um pouco para trás e durante a subida não era possível esperar por ele. A subida foi a pior da prova, até chegar aos tambores (senhores a tocar tambores), duríssima, com um pequeno troço menos inclinado pelo meio só para respirar, mas tirando isso a minha desmultiplicação tornou esta subida uma tortura para mim. Depois dos tambores já sabia que a subida continuava porque os meus colegas de clube me tinham dito, por isso já estava psicologicamente preparado, e apesar de difícil (zona vermelha da imagem seguinte), já não sentia  a necessidade de ter uma desmultiplicação mais leve.


Entretanto deixei de ver o Manso, aproveitei para parar e aliviar a bexiga. Como o Manso não aparecia e só faltavam 10kms para o próximo ponto de abastecimento decidi seguir e esperar por ele enquanto estivesse a comer. À saída do posto de abastecimento, aos 88kms na Pampilhosa da Serra, apanhamos um raio de um empedrado mais íngreme, que não contava mesmo nada com aquilo, o Manso descolou de mim e toda a gente à minha volta a desmontar e a subir a pé. Consegui a muito custo não desmontar e ao olhar para trás deixei de ver o Manso. Nessa altura como já estávamos a mais de metade da prova, decidi seguir ao meu ritmo. Fui passando pequenos grupos e ciclistas sozinhos. Por volta dos 100-110kms foi quando me senti pior, estive sozinho muito tempo, não via ninguém para trás e para a frente, não havia pontos de referência. Ao chegar ao posto de abastecimento na Picha (sim é o nome do local) 2 elementos da organização dizem-me - "Há água fresquinha a 200 metros." - esqueceram-se foi de dizer que era num empedrado digno de BTT e a subir bastante, mais uma dorzinha para chegar ao oásis.


A seguir a abastecer continuei sozinho a ultrapassar alguns ciclistas, já com muito calor, mas já me encontrava numa fase que me tinha voltado a sentir melhor fisicamente. Chego ao último ponto de abastecimento, antes da última subida e parei um pouco para comer devidamente para atacar a subida. Esta última subida apesar de longa tinha inclinações mais suaves, idêntica à primeira subida da prova, e é um tipo de subida à qual me adapto muito melhor. Nesta subida cheguei a andar diversas vezes em pedaleira grande, senti-me muito bem mesmo, e ao longo dos 13kms ultrapassei certamente mais de 20 ciclistas. Acabei a prova no topo com 6h35m19s, o que me daria o 243º lugar entre 400 ciclistas, nada mau para mim, que há uns anos atrás andava a fazer provas de poucas dezenas de quilómetros a tentar não ficar nos últimos 10% dos participantes.


Faltava regressar ao ponto inicial da prova, 22kms sempre a descer, acho que nunca tinha descido tantos quilómetros seguidos, ainda deu pelo caminho para ultrapassar um carro. Devo dizer que a meio da descida já estava farto, doía-me os braços, os pulsos e manter a concentração durante tanto tempo é desgastante. Fiz os 166kms em 7h06m42s, dado à imensa dificuldade do percurso e ao facto de me sentir bem durante quase toda a prova e no final, creio que estou preparado para o Ironman, onde o objectivo é fazer os 180kms em menos de 7 horas. Está quase...

segunda-feira, setembro 12, 2016

Swim Challenge Aldeia do Mato

Após uma série de anos sem ir ao Swim Challenge da Aldeia do Mato, este ano como preparação para o Ironman esta era uma prova que era interessante fazer. Já há bastante tempo que não nadava 5kms sem fato isotérmico, só com fato de banho, mas como já não era a primeira vez a fazer a distância não me preocupei grandemente.

Após os primeiros 500 metros percebi logo que não estava com um bom ritmo, tenho treinado pouco a natação, para poder treinar mais ciclismo, e não estava a conseguir seguir com nenhum grupo e rapidamente me vi sozinho sem nenhuma referência. Ao final da primeira volta nem estava assim tão mal para meu espanto, estava com cerca de 48 minutos, o que me dava um tempo final muito parecido com o tempo que tinha feito esta prova pela última vez.

Mas a 2ª volta foi dolorosa, sempre a nadar sozinho e pior que isso, comecei a sentir dores no cotovelo esquerdo, com o tendão a ressaltar no osso e a doer-me bastante. A única solução que tive foi encurtar a braçada de modo a não forçar tanto o cotovelo. A partir do último retorno então fui-me mesmo a arrastar, receei mesmo já ser o último, visto ser uma prova com pouca gente mas de bastante qualidade na sua maioria. Não acabei em último mas perto disso, só acabaram 5 nadadores atrás de mim, mas fui o 2º do meu escalão (a história do copo meio cheio e meio vazio), com o tempo final de 1h46m06s. Foi um péssimo tempo, mas não me posso espantar pelo meu treino deficiente na natação, contudo sempre disse se perder 10 minutos na natação e ganhar 1 hora na bicicleta no Ironman para mim foi uma boa opção. Próximo fim de semana tenho a última prova antes do Ironman, 3.8km com fato isotérmico, e aí já terei uma ideia bastante próxima do que irei fazer no Ironman.

sexta-feira, setembro 09, 2016

Nightwish - Coliseu de Lisboa 2016

Finalmente 8 anos depois, os Nightwish voltaram a Portugal. Em 2008 foi um óptimo concerto, com uma setlist com base no que para mim foram os 2 melhores álbuns dos Nightwist, o Once e especialmente o Dark Passion, por isso ia para este concerto com a sensação que não podia ser melhor que há 8 anos atrás.

Começando pela banda de suporte...quem eram eles mesmo?! Percebi que eram portugueses e que provavelmente tocavam juntos à 6-7 anos. Péssima apresentação, venderam-se muito mal, não percebi o nome da banda, o nome dos elementos, etc, além de não aparecerem referidos em nenhum local no site dos Nightwish, nos bilhetes ou na divulgação do concerto. Sei que vou ser contestado pela minha opinião, mas preferia ter uma banda de suporte que não fosse portuguesa, porque sendo portuguesa tenho mais oportunidades de ver se quiser, e trazer uma banda de suporte que realmente acrescentasse algo. Por exemplo em Sabaton trouxeram como guests KorpiklaaniTýr, estes últimos não conhecia e fiquei fã; Epica trouxe DragonForce da 2ª vez que os vi e da 1ª vez trouxeram Xandria e Stream of Passion.


Indo para o concerto de Nightwish, e para acabar com os pontos negativos, que palco tão pobrinho, demasiado simples, cenário básico, sem fumos, sem pirotecnia (em concertos em recintos fechados é pouco usual), achei um pouco desleixado para uma banda do nível dos Nightwish. Olhando para a setlist as 2 músicas que mais me chamavam a atenção era a "Storytime" e a "Last ride of the day". Essas 2 músicas realmente foram as que gostei mais, mas fui agradavelmente surpreendido por algumas das músicas clássicas dos primeiros álbuns que não contava que fossem tocadas.



A nova vocalista a Floor Jansen, que já conhecia de ReVamp e After Forever, parece encaixar bem na banda, gostei da actitude, é mais dinâmica e metaleira que a Anette, quanto a voz não sei se é uma melhoria, mas é só uma opinião polémica. Vamos lá ver por quanto tempo será a vocalista dos Nightwish ou se estes vão começar a ficar conhecidos como um cemitério de vocalistas. E por fim o público, fenomenal, como podem estar 8 anos sem vir a Portugal com um público destes, um ambiente absolutamente fantástico num Coliseu de Lisboa a rebentar pelas costuras. Devo dizer que estou curioso pelo próximo álbum dos Nightwish, é uma banda que mudou muito nos 2 últimos álbuns e gostava de saber qual é a trajectória para o futuro deles, julgava que o Imaginaerum tinha sido um álbum à parte por ser para um filme mas o Endless Forms Most Beautiful foi novamente um álbum estranho, pessoalmente gostava que voltassem mais ao registo antigo, mas próximo do Dark Passion.


Nightwish Setlist Coliseu dos Recreios, Lisbon, Portugal 2016, Endless Forms Most Beautiful

sexta-feira, setembro 02, 2016

Falta 1 mês

Parece que passou a correr, já só falta um mês para o Ironman. Tem sido duro manter um plano de treino consistente, com um recém nascido, com o trabalho, com restrições familiares, mas mesmo assim sinto que estou preparado, que vou conseguir superar este grande desafio. Mentalmente é muito desgastante todos os dias pensar que tenho de treinar, ou que esta semana ainda não treinei o número de horas suficiente, ou que tenho de ter cuidado para não me lesionar, que qualquer dorzinha fora do comum, qualquer desconforto dispara um alerta a dizer que tenho de estar no melhor das minhas capacidades físicas no dia 2 de Outubro. Falta so mais 1 mês de sacrifícios para depois conseguir desfrutar da prova, ainda não tenho a meta à vista mas a linha de partida está mesmo ao virar da esquina.