segunda-feira, fevereiro 10, 2025

Fim de semana em Roma

quase 10 anos atrás, quando fiz uma rápida visita a Roma, ficou a promessa a mim mesmo que um dia teria de voltar com mais tempo a esta bela cidade. A promessa foi cumprida no último fim de semana, numa cansativa e excitante visita a uma das cidades com mais história do Mundo. No primeiro dia visita ao Vaticano e à impressionante Capela de São Pedro. Por muitas vezes que se veja não podemos deixar de considerar algo maravilhoso e belíssimo, a magnitude, a arte são de tirar a respiração. 


Como o Castelo de Santo Ângelo era ali mesmo ao lado foi a nossa paragem seguinte. Este castelo ainda não conhecia, e se a nível de arte é muito mais pobre, a nível de arquitetura e estrutural é bastante interessante. Possibilita uma viagem aos tempos medievais, imaginando as batalhas ali travadas e o quão difícil seria invadir tal estrutura. A vista sobre o Vaticano e o Rio Tibre são espetaculares e algo que guardarei na minha memória.

A Fontana Di Trevi fica também relativamente perto mais uma caminhada. Na altura que tinha visitado Roma não me tinha apercebido da beleza deste monumento, pois na altura estava em manutenção e quase completamente vedada. Desta vez pude apreciar a sua beleza em todo o seu esplendor, aquelas lindas esculturas com uma água tão límpida e translúcida que parecia diretamente retirada de uma nascente. O dia já estava longo e era hora de procurar um sítio para comer uma pizza perto do hotel, descansar, porque o dia seguinte seria para acordar cedo.

O programa para o segundo dia era o Coliseu, o Forum Romano e o monte Palatino. Era tudo junto mas a previsão de chuva para a tarde fazia com que tivéssemos de visitar tudo na parte da manhã. Como já tínhamos andado muito no dia anterior, e queríamos chegar cedo, experimentámos a viagem de metro. Em relação a Lisboa as estações são mais velhas e a rede de metro não é muito boa, por acaso há estação ao pé do Coliseu e havia uma estação relativamente perto do hotel onde estávamos, mas se quiséssemos ir mais para o centro a opção teria de ser de autocarro. Pelo que percebi à planos de expansão das linhas de metro mas há ainda muitos sítios inacessíveis, é como imaginar Lisboa onde o metro fosse só ali ao Cais do Sodré, Marquês de Pombal e Santa Apolónia, e no meio destes 3 pontos não houvessem estações de metro. Uma coisa boa é a regularidade dos metros, nunca tivemos mais de 3 minutos à espera.


Chegámos ao Coliseu por volta das 10h mas já só havia entradas disponíveis para as 13h15m. Na altura que vim ao Coliseu recordo-me das imensas filas, provavelmente porque na altura não haviam bilhetes por horários, assim como está agora podem vender um limite de bilhetes para cada horário, o que evita aquelas filas monstruosas. Bem, como só podíamos ir ao Coliseu às 13h15m fomos primeiro ao Monte Palatino e ao Forum Romano


Não sei muito bem porque dividem estes dois locais, pois eles são indivisíveis, a entrada é a mesma para ambos e não há qualquer tipo de barreira a dividi-los, é para parecer que o bilhete dá acesso a 2 sítios diferentes quando na verdade é só a um. Tal como da primeira vez, achei este o local mais interessante de Roma, lindo, histórico, e mais uma vez conseguimos viajar no tempo, e imaginar o que seria viver como um romano naquela pequena cidade. A única coisa muito chata nesta visita foi andar com o carrinho da Clara, aquelas vias romanas estavam adaptadas a carroças mas não a carrinhos de bebé.


Chegada a hora fomos até ao Coliseu. A estrutura é impressionante, é imaginar construir uma estrutura como um estádio de futebol, com a tecnologia e materiais de há quase 2000 anos atrás. A visita já foi feita com muita chuva, se dentro das galerias isso não era um problema, quando íamos às bancadas a situação já não era nada agradável, ainda para mais com um carrinho de bebé. O resto do dia foi sobre chuva, logo não deu para passear grande coisa. Acabámos por ir jantar ao Hard Rock, um local que comecei a apreciar após ter ido pela primeira vez a um Hard Rock quando fui a Veneza. Gosto daquele ambiente com boa música ambiente, as montras com guitarras, roupas, instrumentos de artistas que aprecio.


Último dia o objetivo era voltar ao Vaticano, e assistir a uma missa dada pelo Papa. Eu não sou religioso nem acredito em entidades divinas, mas para a Liliana e a mãe era algo que as realizaria. Bem, mais uma comparação, ver aquela missa publicitada como sendo dirigida pelo Papa, teria sido para mim o mesmo que ir ver um concerto dos Rolling Stones, e eles tocarem uma música introdutória, depois tocar uma banda de tributo e os Rolling Stones fecharem o concerto com uns refrões. Pois, foi o que aconteceu, o debilitadíssimo Papa disse uma parcas palavras no início e no fim e o resto da missa foi dirigida por outro padre. O que interessa foi que elas adoraram, se fosse eu teria-me sentido enganado com as espectativas defraudadas.

Contudo nem tudo poderia correr bem nesta viagem, tem de haver sempre uma peripécia para apimentar a viagem. Íamos visitar o Museu do Vaticano, e não se percebe bem porquê mas fecha aos domingos, talvez o dia que é mais propício para ter visitas. Mas esta não foi a peripécia, a peripécia foi quando abri a carteira em frente ao Museu do Vaticano e me apercebi que tinha perdido o cartão de Cidadão e a Carta de Condução...PÂNICO... A carta de condução nem era o mais importante, mas sem o Cartão de Cidadão não podia apanhar o voo de volta na madrugada seguinte. Telefonei logo para o Hard Rock que tinha sido o último sítio onde tinha aberto a carteira e nada, os cartões não estavam lá. Voltar apressadamente para o hotel, apesar da esperança ser nula porque não tinha aberto a carteira depois do Hard Rock por isso os cartões não tinham como cair. Enquanto caminhava para o hotel tentei ligar duas vezes para a embaixada portuguesa, mas para piorar a situação era domingo e ninguém atendia.

Chegado ao hotel, revirar o quarto e nada como esperava. A única coisa que podia fazer era ir a uma esquadra e tentar arranjar uma declaração que me possibilitasse apanhar o avião, e mesmo assim era um tiro no escuro. A caminho da esquadra a Liliana pergunta-me onde eu tinha aberto a carteira antes do Hard Rock. Tinha sido num café onde bebemos um chocolate quente enquanto nos abrigávamos da chuva. Era o próximo local a ir após a esquadra, mas a Liliana ligou logo para lá. Eles atenderam e não é que a sorte estava do meu lado, eles disseram logo se procurávamos por uns cartões com o meu nome quando a Liliana perguntou se não tinham visto os cartões. Voltar ao café e recuperar os cartões. Já chegava de aventuras, voltar ao hotel descansar e jantar pois tínhamos de acordar às 3h para ir para o aeroporto e voltar a casa.

quarta-feira, janeiro 29, 2025

Troféu de Oeiras - Queluz de Baixo

No passado fim de semana voltei ao troféu de Oeiras, à etapa de Queluz de Baixo. Esta é uma etapa que já a faço pela terceira vez e já tenho algum conhecimento da mesma. Dureza quase toda concentrada na parte final, com uma das piores subidas do troféu, a subida da fábrica da pólvora.

Tenho continuado a treinar por isso queria fazer um bom tempo, ou seja, algo perto do que normalmente faria. O arranque é sempre rápido nesta prova pois começa numa descida acentuada, mesmo que não consciente é um arranque rápido. Depois tem um falso plano, ligeiramente a subir, aí tentei pôr-me atrás de alguém grande para me poupar, visto que estava algum vento frontal. Voltar a descer bastante e pouco depois dos 4kms de prova começar a subir aquela infernal subida. A pior parte é entre os 4,5kms e os 5,3kms de prova, mesmo muita gente a andar o que não deixa de ser impressionante aquele nível ver pessoas nem a conseguirem fazer um pequeno trote.

Chegado o topo da subida fazer parte do falso plano outra vez mas agora a descer, subida curta de 300 metros mas dura e descer, descer, descer até à reta da meta. Pouco antes da reta da meta a descer sou ultrapassado por dois corredores. 


Mal começa a subida acelero para os tentar apanhar, um deles passei e nem dei hipótese de resposta, o outro acelerou quando me viu a ultrapassar o primeiro e conseguiu resistir, precisava de mais 20 metros a subir para o apanhar. Acabei no 16º lugar do meu escalão com o tempo de 32m01s, pouco mais de 20 segundos a mais que o ano passado, por isso fiquei satisfeito, senti-me bem ao longo de toda a prova, nunca senti que tivesse perto de rebentar, e o tempo final foi praticamente igual ao do ano passado.



segunda-feira, janeiro 27, 2025

E aí vão 19 anos

Feliz aniversário querido blog, sei que te devia dar mais carinho, sei que devia estar mais atento a ti, mas com esta idade já tens capacidade para andar por ti próprio e não dependeres tanto de mim. Isto seria o que diria a um jovem adulto de 19 anos, infelizmente para um blog o carinho e atenção tem de ser constante pois ele é uma extensão de nós próprios.

Continuo a atrasar um pouco a publicação dos meus posts, no entanto tenho conseguido estar de pedra e cal e continuo a não deixar cair o blog. Primeiro porque me dá prazer escrever e mais importante que isso tudo dá-me muito prazer recordar, e o que escrevo aqui são as minhas memórias, as minhas vivências. E enquanto sentir isto este blog continuará bem vivo a contar a Minha Visão do Mundo.

quarta-feira, janeiro 08, 2025

São Silvestre da Amadora

Mais um ano e a tradição cumpriu-se, última prova do ano é sinónimo de São Silvestre da Amadora. O objetivo para este ano era simplesmente conseguir fazer abaixo de 45min, de modo a ser elegível para a caixa sub45 nas próximas provas de 10kms. Apesar de andar a treinar mais regularmente no último mês, a última prova que tinha feito de 10km tinha sido uma desgraça, onde tinha demorado mais de 50 minutos, por isso a minha confiança estava moderada.

Saí a um ritmo forte mas confortável e ao fim do primeiro quilómetro estava com 4m10s, tendo em consideração que metade da subida estava feita, o tempo era ótimo. Segundo quilómetro a 4min36s e a subida estava toda feita, apesar do segundo quilómetro ter sido bem mais lento a subida também é mais agressiva e eu sentia-me bem, era apertar agora na parte mais fácil. Cheguei a meio da prova com cerca de 21m50s, faltando só uma parte dura, a subida dos comando, tinha uma boa margem para acabar abaixo dos 45min.

A subida dos comandos foi feita a um ritmo bom para a sua dureza, ultrapassando vários corredores. O meu maior pecado nesta prova foi a seguir à subida dos comandos, naquele percurso que é até ligeiramente a descer até ao centro da Amadora quando se apanha a subida da linha do comboio, nunca consegui impor um ritmo forte e sofri para não ser ultrapassado por mais corredores. Aquele 7º quilómetro deveria ter sido feito quase a 4min/km e demorei 4m27s, aqui perdi alguns segundos pouco justificáveis.

Após a subida do comboio, voltei a conseguir manter um bom ritmo até ao final, quase sempre a descer e consegui soltar-me e ir a um bom ritmo até ao final. No final ainda forcei um bocadinho de modo a acabar abaixo dos 44min. Esta prova comprovou que estou a conseguir melhorar o meu ritmo apesar de só ter voltado a treinar melhor há pouco tempo, mas acredito que ainda vou conseguir melhorar bastante. Se algum dia vou voltar a fazer os 10km abaixo dos 40min, acho difícil, ou pelo menos requererá muito mais treino, mas ainda tenho muito para melhorar.