sexta-feira, junho 24, 2022

Tróia - Sagres - Dia 1

Após 3 anos, e com a pandemia definitivamente controlada, foi outra vez possível fazer o Tróia-Sagres. Voltámos a repetir a equipa, porque em equipa vencedora não se mexe e lá fomos nós outra vez, eu o Maria, o Fábio e o Tavares. 

Neste primeiro dia praticamente repetimos o percurso que já tínhamos feito há 3 anos atrás. Saímos de Tróia e fomos até à Comporta para a primeira paragens do pequeno almoço. De seguida apanhámos os campos de arrozais até ao Carvalhal e daí até Melides é a parte do percurso que só fazemos alcatrão, nessa altura ainda apanhámos uma chuva forte um pouco chata. Em Melides voltamos então a entrar outra vez nos campos de arrozais. Daí até à Santo André é uma das piores partes do percurso a nível de dificuldade, muita areia solta que dificulta imenso a progressão e levou a algumas quedas parvas sem qualquer consequência. Nessa altura sinto que há algo errado com as solas dos meus sapatos, não podia acreditar, estava-me a acontecer o mesmo que aconteceu há 3 anos atrás, as solas estavam a descolar dos sapatos. Quando chegamos a Santo André uma das solas solta-se totalmente, o que punha em risco o resto da minha viagem, não tinha outros sapatos de encaixe e a única coisa que tinha para calçar eram havaianas. 


Fomos à loja de bicicletas que já nos tinha safado há 3 anos atrás mas estava fechada por ser feriado, a solução passou por ir a um hipermercado, comprar cola de contacto e fita cola preta extra forte. Lá fiz a "operação" aos sapatos, à espera que conseguissem aguentar até achar uma loja de bicicletas, que teoricamente haveria em Vila Nova de Milfontes


A parte da tarde para mim foi um misto de prazer e sofrimento, o caminho é muito bonito nesta parte, agradável, praticamente não apanhamos alcatrão, por outro lado não me sentava numa bicicleta há 8 meses, e numa bicicleta de BTT há 3 anos, por isso já me sentia bastante desconfortável em cima da bicicleta. Depois de passarmos a Barragem de Morgavel, numa zona com areia solta, faço um bocado mais de força com a perna esquerda para conseguir não parar de pedalar e o meu gémeo simplesmente prende com uma câimbra e lá caio eu estatelado no chão. E depois para me levantar...uma câimbra terrível, pés encaixados nos pedais, foi ali uma guerra de mais de 1 minuto só para me levantar. Lá consegui retomar o andamento, cheio de dores no gémeo, mas o que vale é que já estávamos mesmo a chegar a Porto Côvo. Primeiro dia de três concluído, fisicamente mais desgastado do que era suposto, mas era aproveitar para tentar recuperar o corpo para o dia seguinte.



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