terça-feira, abril 16, 2024

Ida ao pavilhão do Conhecimento

Último fim de semana antes da Clara nascer, a Liliana deveria andar um pouco por forma a preparar o parto que teria de acontecer nos dias seguintes. Com isso em mente tínhamos de arranjar algo para fazer que controladamente, a fizesse andar um pouco.

Tínhamos duas opções em cima da mesa, ir à exposição Bodies ou ir ao pavilhão do Conhecimento. Como o Francisco tinha medo da exposição Bodies, a decisão foi fácil, ir ao pavilhão do Conhecimento. Não me recordo se durante a expo 98 cheguei a ir ao pavilhão do Conhecimento, mas mesmo que tivesse ido já não me lembrava e certamente a exposição não seria a mesma.

A maior parte da exposição estava relacionada com o espaço, logo para o Francisco era complicado perceber a maior parte das coisas. A parte da ciência tentei explicar algumas coisas e com algum sucesso ele conseguiu perceber. A parte do parque ainda deu para o Francisco brincar um pouco mais descontraidamente. Acho que a exposição está mais direccionada para adolescentes e adultos que têm uma maturidade e conhecimento mais consolidado, conseguindo aproveitar muito mais.



segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Fim de semana na Covilhã

Já fazia quase 10 anos que não ia à Covilhã, se bem me recordo a última vez que lá tinha estado tinha sido no Verão de 2014, quando fui às festas do Fundão. Para alguém que não é assim tão amante de neve e prefere o calor, o tempo do fim de semana seguinte ao Carnaval foi espetacular para visitar a serra, um sol primaveril magnífico e com calor ao ponto de andar diversas vezes de t-shirt. De qualquer modo atividades radicais neste momento também estão algo limitadas, a Liliana já estava no 37 semanas de gravidez nessa altura, por isso não dava para fazer muitas atividades fisicamente desgastantes.

Ficámos hospedados na quinta de Sta. Iria que tem um ótimo espaço exterior e graças ao bom tempo conseguimos desfrutar imenso, campo de futebol, mini golf e uma série de animais que podíamos visitar a qualquer altura. Para os miúdos foi perfeito, bom tempo e muito espaço protegido no exterior das habitações. Além disso tinha um pequeno ginásio, mesa de ping-pong, snooker, matraquilhos, ou seja, tudo o que se podia pedir para um fim de semana cheio de diversão. Infelizmente não levei os calções de banho, porque não calculava que estaria tão bom tempo, senão ainda teria aproveitado para dar um mergulho na piscina. Fim de semana para recordar.







segunda-feira, janeiro 29, 2024

Atingir a maioridade

Parece que foi ontem que este blogue foi criado, mas a verdade é que acabou de atingir a maioridade. Sim, fez 18 anos, até já poderia votar, mas política é daqueles temas proibidos por aqui, não me recordo se alguma vez falei sobre política, mas se o fiz foi num tom leve, porque tal como religião e desporto são três coisas que raramente se conseguem debater pois quase sempre o debate acaba em discussão.

Não acredito que hajam muitos blogues por aí com esta longevidade, por isso é algo que me deixa orgulhoso, pode não ser um blog muito visto ou interessante, mas vai resistindo às mudanças, especialmente a um paradigma mais recente onde se transfere o conteúdo de blogues para youtube, instagram, twitter (ou X como lhe queiram chamar), tiktok, etc. É quase como conseguir que o formato livro sobreviva a uma era digital, onde há rádio, televisão, internet, etc, e onde os conteúdos e conhecimentos se conseguem obter de outra forma, onde antigamente só era possível fazer através dos livros.

Se já pensei em parar o blogue? Sim, porque cada post me dá trabalho e me tira tempo para outras coisas, mas luto para continuar o blog pois são as minhas memórias, é o sítio onde registo momentos marcantes da minha vida. Quantas e quantas vezes me socorro do blog para me recordar de pequenos detalhes, de sítios, de acontecimentos. Sei que me tenho atrasado a registar os eventos nos últimos tempos, por exemplo os 18 anos deste blogue foram há 2 dias atrás, no entanto vou continuar a fazer um esforço para o manter vivo. Parabéns pela maioridade.

quinta-feira, janeiro 25, 2024

Troféu de Oeiras - Queluz de Baixo

Quando vi o percurso não me apercebi da alteração que ele tinha em relação à única vez que tinha feito esta etapa. Quando cheguei ao local e reparei que tinham posto uma subida acentuada até à meta, por um lado fiquei chateado porque era uma dificuldade extra, por outro lado dava-me vantagem teórica na chegada à meta.

Partida relativamente rápida por ser a descer, apesar de não estar tão à frente como normalmente estou, não deixou de ser uma partida rápida. À passagem do primeiro quilómetro olho para o relógio para ver com que média estava e reparo que não tinha iniciado a gravação, perdi ali o primeiro quilómetro e fiquei na dúvida se estava a ir rápido ou não. Uma das vantagens de ter começado mais atrás é que praticamente não fui ultrapassado durante o percurso e ultrapassei muita gente, o que psicologicamente traz a sensação que estamos a ir bem. Por outro lado temos referências mais lentas para seguir, por isso o estarmos mais rápido tem de ser relativizado, e não ficar ali só a seguir outro atleta, temos de sair da zona de conforto.

Bem mas esta é a etapa do troféu que tem a famigerada subida da fábrica da pólvora. Com 3,8kms apanhamos aquela rampa que só de olhar dói, com inclinações a tocarem os 15%, ou seja, já muita gente não corre simplesmente anda porque é um dispêndio de energia muito grande para uma pequena vantagem que se ganha. Até à rotunda são 400 metros disto mas mesmo depois da rotunda não melhora muito, são outros 400 metros em que a média deve de andar nos 5%. 

No final da subida tinha o coração a sair pela boca, e a lembrar-me que ainda haviam mais duas rampas até ao final. Na primeira consegui ultrapassar alguns atletas que depois de voltaram a ultrapassar na descida. Durante a ligeira descida até ao final tentei manter o contacto pois sabia que tinha a subida final. Quando entrei na subida final aumentei o ritmo e consegui só com isso ultrapassar 2 atletas, quando pensei que ia ter uns últimos metros tranquilo começo a ouvir uns passos e quando olho por cima do ombro esquerdo vejo alguém a aproximar-se, pronto foi sprint até cortar a meta para não deixar que me ultrapassassem. Tempo final de 31m38s para fazer os 7,3kms da prova, média de 4m20s/km e somente o 23º lugar do meu escalão.


Troféu de Oeiras - Valejas

Esta é uma etapa do troféu de Oeiras que me diz muito, pois foi aqui que eu há 4 anos atrás me estriei no troféu. Parece que foi há tanto tempo atrás, antes do COVID, quando eu estava no topo da minha forma, tanto se passou desde lá.

Avançando para a prova em si, que frio terrível que estava naquele dia, 6ºC antes da partida e o que posso dizer em relação ao frio, é que só voltei a sentir a ponta dos dedos quando cheguei a casa e tomei banho de água quente. Ao contrário das outras provas, e porque não estou assim tão em forma, decidi não ir "à morte" logo desde o início, a parte final desta prova é dura e queria guardar alguma energia para o fim. Primeira descida controlada, subida longa para retornar à zona da meta e descida vertiginosa.

 

A partir desse ponto estamos a meio da prova com mais ou menos 3,7kms de prova, agora era começar a dor. Logo ali temos uma curta mas dura parede de 200 metros e depois mais de 1km sempre a subir. Até consegui manter um ritmo decente para uma subida, não posso dizer que tenha tido uma grande quebra. Ligeiríssima descida e depois mais 1,5kms sempre a subir até ao final com aquela dura subida mesmo antes da meta. Ao longo desse percurso consegui manter a minha posição ainda tentei forçar para apanhar quem estava à minha frente na última subida, mas eles não vacilaram muito e eu estava algo distante para os conseguir ir buscar. Acabei com o tempo de 32m52s no vigésimo lugar do meu escalão.

quinta-feira, janeiro 04, 2024

São Silvestre Amadora 2023

Último dia do ano é sinónimo de São Silvestre da Amadora. Depois de no dia anterior ter feito a São Silvestre de Lisboa só tinha um objectivo, fazer esta são silvestre em menos de 45 minutos de modo a garantir o dorsal de sub45 no próximo ano. A minha ideia era não me cansar muito em Lisboa, mas acabou por não acontecer, estava algo cansado e com dores num dos joelhos. Os 2 primeiros quilómetros são os mais duros e consegui fazer uma média melhor que a que necessitava, por isso fiquei ali logo mais ou menos descansado que iria fazer um tempo até melhor do que o que precisava.

Quando o relógio marcou os 5kms estava com 21m40s (aos 5kms oficiais de prova estava com 22m08s), se a prova tivesse os 10kms estaria muito perto dos 43 minutos finais, bem sei que a prova tem um pouco mais de 10kms contudo tinha muita margem para gerir até ao final. A subida dos comando foi dura, é sempre dura, mas este ano parece que me custou mais, cheguei ao topo com o coração a saltar fora. Recuperar até à última subida por cima da linha do comboio e tentar impor um ritmo forte até ao final, era o plano. Correu bem até à parte de impor um ritmo forte no final, naquela parte final a descer deveria de ir abaixo dos 4min/km, facilmente, mas só consegui ir a 4m15s/km. Aqui sim perdi algum tempo e foi a parte que não fiquei tão contente com o meu desempenho. No final acabei com 44m23s, cerca de 1 minuto mais do que esperava fazer quando estava aos 5kms, no entanto abaixo dos 45 minutos. Apesar de ter feito pior tempo que no ano passado estou mais contente com o resultado deste ano, porque estava doente com dificuldades a respirar e no dia anterior tinha tido outra corrida de 10kms. Bem este, espero eu, foi o ano em que bati no fundo por isso para o ano tenho de começar a melhor este tempo.


domingo, dezembro 31, 2023

Retrospetiva 2023

Que ano! Se o último ano foi dos anos mais atribulados da minha vida, este posso dizer que foi o ano de regresso a uma nova normalidade. Foi o ano de encerrar assuntos pendentes, de definitivamente virar a página, de fixar um novo rumo, e a minha espectativa é que o próximo ano seja um ano espetacular, pelo menos tudo está a acontecer conforme desejava de uma forma muito natural, e posso desde já adiantar que o clã Sousa irá ter um incremento. Então aqui ficam os momentos mais marcantes de 2023:

E como é tradição acabar hoje o ano com a São Silvestre da Amadora. Foi um ano muito bom, com altos e baixos mas no final tudo se compôs a meu favor. Que venha 2024!

São Silvestre Lisboa

Das experiencias mais gratificantes que já tive, é assim que defino esta prova. Há cerca de uma semana atrás liga-me o Felício e pergunta - "Estás inscrito para a São silvestre de Lisboa? Qual é o teu objectivo?" - ao que respondi - "Vou conter-me porque no dia seguinte tenho a São silvestre da Amadora." - então surgiu a proposta - "Olha não queres levar o Zé que eu não consigo ir?". Obviamente que a minha resposta foi sim, já conhecia o Zé de outra corridas onde o Felício o tinha guiado, e era algo que eu já queria ter experimentado, por isso a minha reposta não poderia ter sido outra.

Durante o aquecimento queria sentia a sensação de empurrar a cadeira de rodas, especialmente a subia a avenida da Liberdade. Durante o aquecimento conheci outro cadeirante através do Zé. Na altura pedi se podia sair ao lado deles visto que não tinha experiência com cadeira de rodas e seria mais fácil se tivesse companhia. Um grupo de corredores rodeou-nos para nos ajudar, entre eles o Maria que ia comigo e disponibilizou-se a não fazer a sua corrida para me ir a abrir caminho.

Dada a partida ao som de Thunderstruck (parecia que estava de volta ao Ironman de Cascais), e esperar 10 minutos para passar a partida pois estávamos mesmo no fim do pelotão. Os primeiros 2 quilómetros foram terríveis, quase impossível de correr, se não fossem o Maria e a Joana (conhecidos agora por equipa Maria Joana) teria sido um pânico e teria atropelado uma dúzia de pessoas, assim só atropelei uma dúzia de vezes o Maria. 


O Zé, também fazia o trabalho bem feito, a gritar constantemente - "Cadeira saiam da frente" - e a gritar comigo - "Mais rápido Tiago!" - ao que eu dizia que não poderia ir, não tinha espaço para passar. Se a maior parte das pessoas quando se apercebia facilitava a passagem e ainda apoiava, mesmo assim ainda houve uns idiotas a refilar que tinham tanto direito de ir a correr como nós, pronto que se pode dizer... 

Quando conseguimos começar a rolar tornou-se bem mais fácil, quase como se não fosse a empurrar uma cadeira de rodas. No Cais do Sodré, já no retorno tive de pedir ao Maria para não apertar mais, tinha de reservar algumas forças para a subida. Aí vinha o empedrado escorregadio e logo de seguida uma pequena inclinação até ao Rossio e logo ali percebi onde estava a grande dificuldade de empurrar uma cadeira, qualquer pequena inclinação era penosa. Passado o empedrado escorregadio do Rossio pensei que talvez o pior já estivesse, mesmo que fosse a subir já não tinha empedrado. Enganei-me, a subida foi uma dor, houve alturas que só olhava para o chão e esperava que o Maria e a Joana me tivessem a abrir caminho para eu não bater em niguém. Tanto que me apeteceu andar mas o Zé gritava - "Força Tiago, és grande, força, mais rápido, tu consegues." - não podia vacilar, com tanto apoio de peso aguentei aquela dura subida. E o Maria sempre a dizer - "Só faltam 200 metros" - eu olhava para o topo para a rotunda do Marquês e respondia - "Sim, sim, 200 metros mais IVA".

Finalmente chegados ao topo, agora era diversão até à meta e esperar que ninguém se metesse à frente, a cadeira de rodas não tem travões e não é fácil parar com a força de corpo, especialmente com o chão escorregadio. Mesmo assim o tempo final foi abaixo de 1h, era o menos importante mas foi bom. Já fiz muitas provas mas esta será uma que não me irei esquecer. Muito obrigado equipa "Maria Joana" e MUITO OBRIGADO ZÉ.


terça-feira, dezembro 19, 2023

Troféu de Oeiras - Cruz Quebrada

De volta mais uma temporada do troféu de Oeiras, com a primeira prova a ser a Cruz Quebrada. Esta etapa nunca tinha feito por isso não sabia bem o que esperar, não conhecia bem o percurso, só do que tinha visto no mapa. Para aquecimento ainda acompanhei o Sebastião em 4kms de aquecimento, já há algum tempo que não treinávamos juntos por isso também foi bom para pôr as novidades em dia.

Indo para a prova, o objetivo era tentar ir ao máximo durante o tempo que conseguisse, sendo que o máximo neste momento anda ali a rondar os 4min/km. Fiquei surpreendido com a pouca dificuldade da prova, certamente e de longe, a prova mais fácil do troféu de Oeiras. A única real dificuldade está na subida entre as piscinas do Jamor e o estádio, não sendo uma subida curta também não é muito agressiva.


Devo dizer que me senti bem durante a prova, talvez melhor do que esperaria, tirando o fim da subida do Jamor, onde estava ofegante, o resto da prova até consegui controlar muito bem o esforço, respiração e frequência cardíaca. Além disso senti que não quebrei em nenhum momento, não fui ultrapassado por muitos durante a prova e também não ultrapassei muitos depois de estabilizar a posição. No final quando vi a linha de meta ainda tentei acelerar para tentar ganhar mais dois lugares, mas quem estava à minha frente também ainda tinha algum "combustível no tanque" e quando me aproximei aceleraram e não consegui ultrapassar ninguém. Não é que tenha feito uma média brilhante, 4m12s/km não é espetacular, no entanto dada a minha falta de treino e últimos resultados, não foi um mau resultado e as sensações também foram boas. O 25º lugar no meu escalão com 31m32s, mostra o quão forte está este troféu.


quinta-feira, dezembro 14, 2023

Novo meio de transporte para o trabalho

Pois é, uma das vantagens de morar perto de Lisboa é poder ter formas mais alternativas de me deslocar para o trabalho. Os cerca de 10kms que separam a minha casa do meu trabalho são feitos em cerca de 30 minutos com uma trotinete elétrica. Não é espetacular, mas é mais ou menos o mesmo tempo que demoraria se fosse a pé até ao metro e depois a pé do metro para o escritório. É cerca de 10 minutos a mais do que de mota, mas ainda é mais barato que a mota e mais seguro, o único problema são mesmo as pessoas nas ciclovias. Por falar em ciclovias, tenho praticamente ciclovia desde a porta de casa até à porta do trabalho, são apenas umas centenas de metros entre a saída da Buraca e a entrada em Monsanto que não tenho ciclovia, em que tenho de ir no passeio ou estrada.


Uma coisa boa é que facilmente se muda entre o passeio e a estrada, ainda não percebi onde é mais seguro andar, mas por enquanto tenho evitado a estrada exceto em situações pontuais onde não é possível ou não é fácil andar no passeio. A autonomia tendo em consideração a potência máxima da trotinete e as luzes ligadas andará nos 15-18kms, podendo ter mais autonomia, sem tirar partido da velocidade máxima. Já me aconteceu ficar quase sem bateria e a velocidade é cortada radicalmente. Uma coisa que afeta muito a autonomia é o declive, e uma das coisas que mais me chateia é a falta de velocidade nas subidas, a velocidade facilmente desce dos 25km/h para os 15km/h com pequenas subidas. O tempo de carga ronda as 5h para carregar totalmente quando descarregada. No fundo acaba por ser uma maneira mais económica e relaxada para me deslocar para o trabalho, quase como ir a passear até ao trabalho e depois passear de volta a casa ao final do dia.