Este ano infelizmente não tenho conseguido participar em muitas provas, o triatlo de Peniche foi o meu primeiro triatlo da época. O objectivo para esta época é só o Iron Man de Barcelona, tenho andado a treinar bem, não muito tempo, mas bem. Por isso todas as outras provas em que estou a participar têm como único propósito verificar em que forma me encontro, ver se estou com boas sensações.
O segmento de natação foi o que me correu pior, muito quezilento, nunca me consegui afastar muito das confusões e foi uma luta constante para o posicionamento, fartei-me de beber água, e senti que andava a fazer uma natação aos esticões sem nunca conseguir manter um ritmo certo. Inclusivamente fui agarrado num pé na viragem das bóias, ao qual respondi com um pontapé para que me largassem, o pessoal do triatlo é tão mais violento que o pessoal das águas abertas. Enquanto não percebermos todos que quanto mais cacetada, puxões e agarrões dermos uns nos outros, pior será para todos nós, porque estaremos todos a perder tempo e a desgastarmos-nos mais. Acabei por fazer 14m17s, não desilude, mas não foi brilhante, devia ter conseguido fazer muito melhor.
A primeira transição também não foi propriamente rápida, perdi alguns segundos a tirar a parte final do fato, contudo saí num bom grupo que isso é que é mais importante. Na subida inicial começou-se logo a formar um grupo de 5-6 elementos e durante a primeira volta trabalhámos muito bem e senti-me sempre bastante confortável dentro do grupo apesar do bom ritmo. Na pequena descida que temos no início de cada volta fui para a frente do grupo e dei um esticão para apanharmos um grupo que ia um pouco mais à frente, não consegui que ninguém viesse comigo mas como me sentia confortável consegui chegar sozinho ao grupo da frente. Nessa altura, quando o terreno inclina ligeiramente pus-me em pé e comecei a ter câimbras no gémeo da perna direita, tentei alongar, mas o ritmo ia demasiado elevado e não estava a conseguir seguir e parar aquela dor incomoda. Comecei a perder contacto com o grupo e aquela volta foi estranha, fiquei entre grupos e mesmo que me esforçasse já não voltava ao grupo da frente. No final da 2ª volta voltei a ser apanhado pelo grupo inicial e ali fiquei até ao final do ciclismo, tentando não abusar de modo a não voltar a ter câimbras na última volta. Acabei o ciclismo com 39m34s, ainda não deu para acabar na primeira metade da tabela no segmento de ciclismo, mas para quem acabava o ciclismo nos últimos 20%, tem sido uma evolução que me deixa bastante contente, além disso foi a primeira vez que senti que ultrapassei mais gente do que fui ultrapassado, por isso a sensação é muito boa, e a média de mais de 33km/h diz que foi um bom segmento.
Esta transição sim já foi feita a minha maneira, sempre a andar, colocar a bicicleta rápido, tirar o capacete rápido e deslizar os pés para dentro dos ténis que tinham os atacadores elásticos. Só não foi feita mais rápido porque costumo aproveitar a transição para correr um pouco mais moderadamente, para assim conseguir respirar e acostumar o corpo que o ciclismo acabou e agora é a corrida.
Saí do parque de transições e comecei logo a correr a fundo, a ultrapassar imensos atletas que até iam a bom ritmo, queria fazer média a baixo de 4m10s/km e no primeiro quilómetro fiz inclusivamente abaixo dos 4 minutos. Estava tão concentrado no meu mundo, que só quando estava a chegar ao final da 1ª volta é que me lembrei que eram 2 voltas. Bem, já estava cansado e se calhar não teria ido tão rápido desde o início se me tivesse lembrado que eram 2 voltas. Agora pouco importava, era tentar seguir ao mesmo ritmo até cortar a meta ou até dar o estoiro. Consegui aguentar e o resultado final foi muito bom para mim, acabei o segmento de atletismo com uma média de 4m04s/km e com o tempo final de prova de 1h16m23s.
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