domingo, junho 22, 2025

Marginal à noite

Estive até à última hora para decidir se ia fazer esta prova ou não. Depois de me ter lesionado na corrida de Santo António passei a semana fazer gelo e a pôr pomada no gémeo esquerdo a tentar recuperar minimamente de modo a conseguir fazer a prova. Acabei por ir à prova mas não ia forçar nada ia só rolar sem forçar o gémeo. Então o objetivo passou ser ajudar a Liliana a conseguir fazer a prova em menos de 50 minutos.

Ao ver a partida ao longe, tive aquela sensação de desânimo, de querer estar a competir na minha melhor forma, de querer estar ali a sofrer a correr ao meu ritmo, a fazer o meu melhor. Mas de todo não o podia fazer, passado menos de 1 quilómetro de prova ao ritmo da Liliana, comecei a sentir uma pequena pressão no gémeo, não podia de todo apertar mais. A Liliana estava a conseguir fazer um bom ritmo, quase sempre abaixo dos 6min/km, por isso se não quebrasse seria relativamente fácil fazer abaixo dos 50 minutos. Como começámos muito atrás tivemos de ultrapassar muitos corredores, é uma das críticas fortes que tenho à organização desta prova, que tem piorado de ano para ano, a prova/estrada não tem capacidade para tantos corredores, são só duas faixas para cada lado que não suportam tantos corredores, aliás durante alguns quilómetros os corredores tiveram de ocupar as 4 faixas e só quando os primeiros corredores começaram a vir no sentido contrário é que deixaram de ocupar as faixas em sentido contrário.

No retorno estávamos com 22m30s, ou seja, estávamos muito abaixo para acabar nos 50 minutos e o desafio passava a ser manter o ritmo para fazer abaixo dos 45 minutos. Na subida de Paço d'Arcos foi a pior fase, a Liliana começou a querer quebrar e tive de motivá-la pois a dificuldade até ao final era só aquela. Quando começámos a descer para a meta percebi que era possível fazer abaixo dos 45 minutos, era só apertar um bocadinho. Num esforço final chegámos à meta com o tempo de 44m53s, ótimo tempo para a Liliana e para mim foi positivo conseguir fazer a prova toda até ao fim, mesmo que tenha sido a um ritmo mais baixo.

quarta-feira, junho 18, 2025

Corrida de Santo António

Desde a corrida da Liberdade que não fazia uma prova de 10kms, e esta seria uma prova importante para mim como teste à minha forma, para saber o quão perto da minha melhor forma eu estava. A particularidade importante desta prova é que são 10kms totalmente planos, sem qualquer subida ou descida, por isso com as características ideais para um teste de forma. Quando me dirijo para a prova a descer o Restelo, por volta das 9h10m, noto ao fundo uma série de corredores já no percurso da prova, verifico rapidamente o horário e a prova tinha começado às 9h, ao invés do que eu julgava que era às 9h30m. O aquecimento foi então mal feito, num ritmo acelerado até à partida. Quando cheguei à partida já tinha saído inclusivamente a caminhada. 


Lá andei eu a acelerar pelo passeio, a saltitar de um lado para outro para conseguir ultrapassar toda aquela massa de gente. Contudo o ritmo não estava nada mal, a rondar os 4min/km e sem sinais de fadiga ou desconforto. Pouco depois dos 3kms sinto uma picada no gémeo esquerdo, o desconforto era evidente, mas como outras queixas que já tive durante outras provas julguei ser passageiro e seria só aguentar o desconforto momentâneo. Passado 1 quilómetro a dor não passava e bem pelo contrário, só piorava. Fui obrigado a descer a velocidade, aumentar o número de passos por minuto, diminuindo assim o impacto quando pousava o pé no chão.

Os últimos 2 quilómetros foram feitos em sofrimento, o coração estava bem e todo o corpo sentia-se bem, exceto a dor aguda no gémeo. Mesmo assim o tempo final de 42m38s é um ótimo tempo, ainda para mais tendo em consideração que só os 3 primeiros quilómetros fiz ao meu melhor ritmo.


Acredito que senão tivesse tido esta lesão teria feito com relativo à vontade um tempo abaixo dos 41 minutos, tendo em consideração o ritmo que tive nos primeiros 3 quilómetros. No final alonguei enquanto esperava pela Liliana, mas a perna cada vez ficou mais presa e a dor aumentou. Ainda fui ao posto médico onde me disseram que pelas minhas queixas era provável ser feito uma pequena rutura do músculo, ou seja, vou ter agora um período em que terei de reduzir a carga de treinos/provas para conseguir recuperar da lesão devidamente. Sei que vou ter de me manter calmo para recuperar bem da lesão, de modo a não piorar e então estender ainda mais tempo de recuperação.

Troféu de Oeiras - Linda a Pastora

Penúltima etapa do troféu de Oeiras, num dia de muito calor, como é hábito das últimas etapas do troféu. O objetivo seria continuar a minha melhoria de tempos e aproximação à minha melhor forma. Esta etapa não favorece muito as minhas características pois acaba a descer, e as minhas melhores características veem-se a subir. O início tem a parte mais dura da prova, sempre a subir e com a  inclinação cada vez mais acentuada. Nesta fase senti-me bem, forte a ultrapassar muitos atletas. A seguir às subidas demoro sempre ali uns segundos a conseguir intensificar a velocidade. 

Por volta dos 2,5kms de prova a última subida, com cerca de 500 metros, a partir desse ponto é praticamente sempre a descer ou plano até à meta. Tentei aumentar a velocidade ao máximo, aproveitando o terreno favorável. Apesar de ter aumentado o ritmo, sinto que em breve conseguirei fazer melhor, ainda me falta um pouco para voltar à minha melhor forma. E isso senti no último quilómetro, onde me senti bastante cansado e sem capacidade de manter ou aumentar o ritmo, dando aquele último esforço para conseguir um melhor tempo no fim. O tempo final de 29m31s já está muito mais próximo do meu melhor (menos 50s) do que o péssimo tempo que fiz no ano passado. Pouco a pouco voltar ao meu melhor.