Final de ano que se preze começa com a magnífica S. Silvestre da Amadora. Este ano voltou a crescer imenso a nível de participantes com mais de 1800 corredores a acabar a prova, e muitos corredores de bom nível, aliás, acho que se comparar com outras provas, esta é a prova que em percentagem acabam mais corredores à minha frente. Desde que a prova é organizada pela HMS tem estado a crescer, não sei se se está a tornar mais comercial, parece-me que sim, mas espero que continue com aquele espírito popular, e com os habitantes da Amadora a fazerem a festa e a darem um apoio ímpar aos corredores. Este ano tivemos uma estreante, a Cláudia correu pela primeira vez os 10km, os meus parabéns por ter concluído a prova com sucesso, e agora o objectivo tem de ser fazer uma meia maratona.
Quanto à prova, o meu objectivo continua a ser baixar dos 40 minutos neste exigente percurso, tenho andado ano após ano perto de o conseguir mas sempre ali pertinho. Estas provas de 10 kms, são bastante complicadas de gerir, temos de andar sempre acima dos 90% do nosso esforço, ou seja, a margem de erro é muito curta entre o andar devagar demais e o andar depressa demais. Mais um ano em que o São Pedro deu trégua, estando um tempo fantástico para correr. Quando saí senti alguma dificuldade a nível das pernas, pareciam que não estavam a responder, tinha passado muito tempo entre o aquecimento e o arranque da prova, e as pernas não estavam a querer sair aquele ritmo. Quando cheguei aos 2kms de prova, já perto do topo mais alto da prova estava com 8m20s, apesar da parte mais dura da prova estar quase a acabar, pareceu-me na altura que já estava a perder muito tempo, e as sensações também não eram as melhores, não me sentia nada solto. Mais tarde, comparando com os resultados dos anos anteriores, nunca tinha feito aquela subida tão rápido.
Aos 5kms estava com 20m20s, estava a perder os mesmos 20 segundos que estava aos 2kms, por um lado era bom que ainda tinha o objectivo dos 40 minutos ao meu alcance, mas por outro não tinha conseguido recuperar nada num terreno que maioritariamente era a descer. A prova foi um sofrimento constante, andei sempre muito perto do meu limite, a subida dos comandos foi uma guerra interna, o coração a querer sair-me pela boca e todo o meu corpo a dizer para eu abrandar. Depois da subida sobre a linha da comboio sabia que tinha de aproveitar a descida, estava a perder cerca de 1 minuto devido à subida dos comandos e a esta subida. Tinha 2,5kms para recuperar 1 minuto, ou seja, teria de andar abaixo dos 3m40s/km, mesmo a descer era pouco provável. Acabei com 40m23s, o meu melhor tempo com este percurso, mas ainda não foi desta que deu, mais uma vez terá de ficar para o ano.
Fazendo uma retrospectiva das últimas 10 edições da S. Silvestre da Amadora, consigo ver uma clara evolução, e ao mesmo tempo uma consistência de resultados nos últimos anos, que provam que mantenho a forma, mas que está a ser extremamente difícil baixar dos 40 minutos de prova.
2010 - 46:07
2011 - 46:43
2012 - 45:35
2013 - Doente
2014 - 42:16 (percurso diferente)
2015 - 39:47 (percurso diferente)
2016 - 41:08
2017 - 40:30
2018 - 40:45
2019 - 40:23
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