quarta-feira, novembro 18, 2015

Gamma Ray - Paradise Garage

Há coisas que são como o vinho do Porto, e os Gamma Ray são um desses casos, parece que ficam melhor conforme a idade passa por eles. Estão em tour a festejar os 25 anos, e ontem deram um concerto cheio de energia e de boa música no Paradise Garage. Num público mais envelhecido do que habitual, até me sentia dos mais novos, viam-se muitos carecas e alguns cabelos compridos mas com aquela careca à monge na parte detrás da cabeça, era dia de old school.

Mas vou começar pelo início, pelas bandas suporte, devo confessar que não conhecia nenhuma delas até ao dia anterior ao concerto, e depois de ouvir meia dúzia de música de cada uma delas fiquei logo com a ideia que eram uma excelente escolha, o que se veio a confirmar. Quanto a mim foram uma excelente escolha porque eram homogéneas com os Gamma Ray, com um género e sonoridade muito próximos por isso quem iria ver Gamma Ray também não desgostaria das outras bandas. Lembro-me agora de repente, no mesmo Paradise Garage, quando fui ver Epica que detestei a primeira banda que tocou, lá está, não tinha nada a ver com Epica nem com o meu gosto musical.

A primeira banda foram os britânicos Neonfly, apesar de já existirem desde 2008 pareceram-me ainda uma banda pouco madura, gostei bastante da musicalidade, mas não têm nada de novo, existem bandas com som idêntico mas melhor. Depois o vocalista tem uma voz pequena e o volume do micro estava claramente baixo, o instrumental abafava quase por completo a voz. Fazendo uma análise da actuação, e apesar destes pontos, claramente foi positiva, gostei, e vou seguir com mais atenção os Neonfly daqui para a frente.


De seguida vieram os Serious Black e que grande actuação fizeram. Conseguiram ter uma presença em palco que os Neonfly nunca conseguiram ter, souberam impor o ritmo certo ao concerto, com uma mescla de músicas mais fortes e baladas mais melodiosas, puxando pelo público quando este estava pronto a responder aos reptos. Curiosamente, o primeiro momento que os Serious Black se destacaram foi num pequeno cover, meia dúzia de acordes ao Rock You Like a Hurricane dos míticos Scorpions. Mas para mim o momento mágico do concerto deles foi na música que já esperava antes do concerto, o High and Low, que início de música e que refrão, cheio de energia, cheio de força, e só não foi o momento da noite porque os Gamma Ray tiveram pelo menos 2 momentos de inspiração em que o público respondeu de forma efusiva.


Bem, vamos lá ao prato principal, os Gamma Ray entraram logo para partir a loiça, uma interpretação magnífica do Heaven Can Wait, ganharam logo o público para o resto do concerto, dificilmente podiam começar melhor. Mas o momento da noite foi tirado do fundo do baú com o hino escrito por Kai HansenI Want Out, entrega total da banda e do público numa comunhão quase perfeita e raramente vista. Depois disto foi seguir em velocidade de cruzeiro, logo de seguinda Valley of the Kings, talvez a música que mais goste de Gamma Ray. E energia não faltava, já quase no fim do concerto um medley de cerca de 15 minutos - "Onde estes velhotes vão buscar tanta energia!?" - pensava eu. Para terminar em grande o Send Me a Sign, belo concerto, praticamente 2 horas de Gamma Ray, definitivamente estes "velhos" têm muita energia.


domingo, novembro 15, 2015

Orcy - Motocross

Já foi a semana passada que fui experimentar pela primeira vez motas todo o terreno, mas tenho andado um bocado desleixado e ainda não me tinha apetecido perder 10 minutos a escrever um pouco sobre o assunto. Em primeiro lugar para quem gosta de motas é uma experiência mega, além de irmos andar de motas todo o terreno também recebemos uma pequena formação com alguns conceitos básicos, o que para mim foi fixe porque ter instinto para a coisa é bom mas todos os detalhes ajudam. Mota de todo o terreno parece-me que tem uma condução/dinâmica muito mais parecida com a bicicleta de BTT do que com mota de estrada, pelo menos foi o senti depois de experimentar.

Depois de algumas explicações lá começámos às voltas no circuito oval, primeiras voltas mais devagar mas rapidamente ganho confiança e a mota começa a deslizar a cada curva, a velocidade certamente não era muita mas já dava para sentir aquela sensação de adrenalina quando a curva é toda feita a derrapar com a roda de trás.

O pessoal do centro Orcy também foram impecáveis, viram que alguns de nós já estávamos a apanhar o jeito e foram sempre dando pequenas indicações de forma a conseguirmos melhorar, andando mais depressa e ao mesmo tempo mais seguros. Ainda deixei a mota cair duas vezes, a primeira abusei a derrapar e virei a mota no sentido contrário, a segunda mudei de mota e por acaso a segunda agarrava mais ao travar, logo à entrada da primeira curva foge-me a frente e eu saio disparado a correr, vá lá consegui evitar ir ao chão. E na última manga já não era só eu, mas já meia dúzia de nós começámos a ficar mais agressivos, com mais ultrapassagens, mais toques, mais pressão sobre quem estava a frente. Foram 4 horas muito bem passadas e uma óptima experiência.

quinta-feira, novembro 05, 2015

A minha nova burra

Foi há pouco mais de 2 anos quando comecei a fazer triatlo que comprei a minha bicicleta de estrada, na altura não queria gastar muito dinheiro, nem sabia se era uma coisa que iria gostar, por isso comprei uma bicicleta baratinha já usada, que era de um amigo meu. A bicicleta sempre se mostrou fiável, muitos quilómetros fez sem grandes problemas, mas aquilo parece uma uma bigorna, super pesada comparada com outras bicicletas de estrada e pouco eficiente no aproveitar da energia despendida.


Como estava decidido que para o ano queria fazer o Ironman, a prova já é dura só por si, não preciso da complicar ainda mais com uma bicicleta que não optimiza a energia produzida pela pedalada. Falei com o Nuno Santos, uma das pessoas que conheço que mais percebe de bicicletas, e perguntei-lhe segundo os parâmetros que eu pretendia que bicicleta ele me aconselhava. A sugestão dele foi a Merida Reacto 5000, uma bicicleta que tem uma boa relação qualidade preço e que é bastante apropriada para o triatlo.


Comecei a investigar preços, já tinha o mais complicado que era a decisão da marca/modelo a comprar, agora era descobrir o sítio onde o preço fosse mais barato. Acabei por falar no assunto com o André Antunes que me recomendou a Nova Bikes em Torres Novas. Após falar telefonicamente com o Ricardo, que é o simpático dono da Nova Bikes, ficou logo combinado o tamanho do quadro e foi só esperar que a Merida lhe enviasse a bicicleta. Normalmente há o ditado - "Recebes o equivalente ao que pagas." - aqui isso não se aplicou mesmo nada, os preços da Nova Bikes são muito melhores do que em qualquer lugar e a simpatia, disponibilidade e facilidade no atendimento foi do melhor e quando precisar de alguma coisa para as bicicletas, prefiro fazer 300kms e ir a um sítio que tenho confiança. Fui buscar a bicicleta no sábado e ontem finalmente o tempo deu-me uma folgazinha e consegui ir experimentar o bicicleta, às 22h e depois de um rodízio no chinês, que parecia que pedalava mais no meu estômago do que eu pedalava na bicicleta, mas gostei imenso da relação com a minha nova burra.

segunda-feira, novembro 02, 2015

Real Bodies - Cordoaria Nacional

Há uns anos atrás tinha visto a exposição Real Bodies, ou parte desta exposição visto que está em constante mudança. Devo dizer que na altura que vi não tinha a mesma noção que tenho hoje em dia, e não consegui aproveitar do mesmo modo que consegui desfrutar desta vez. Acrescentando a isto fui na companhia de 2 fisioterapeutas e 1 enfermeira, logo todo um Mundo de conhecimento se abriu diante mim.

A entrada foi um bocadinho demorada, à volta de 45 minutos para comprar os bilhetes, mas já vi imagens de filas muito superiores, por isso acho que não me posso queixar. Antes de entrar achei o preço um bocadinho exagerado, depois de ter visto a exposição acho que valeu cada cêntimo que paguei. Acho que para as crianças é um bocadinho pesado, apesar da maior parte das crianças que lá vi estavam super curiosas ou super aborrecidas porque os pais estavam a demorar demais e elas não estavam a achar piada nenhuma.


Gostei especialmente da parte dos embriões/fetos, onde se pode ver toda a evolução ao longo do processo de gestação, e da parte do sistema circulatório, simplesmente impressionante, conseguir ver a quantidade de veias e artérias ao longo de todo o corpo e pensar que o sangue pode demorar apenas 20 segundos a percorrer o corpo, é realmente magnífico o nosso corpo. 

Segundo o site a visita demorará algo a rondar 1h30m, eu posso dizer que demorei quase 3h e a última sala que é a mais conhecida, a dos corpos dos atletas, já foi vista assim um bocado a despachar. Não sei até quando esta exposição estará aberta, segundo o site oficial consegue-se adquirir bilhetes até o dia 31 de Dezembro, mas na ticketline só é possível adquirir até dia 8 de Novembro, o que sei é que aconselho toda a gente a ir ver.