segunda-feira, novembro 21, 2016

Badoca Park

Nunca tinha ido ao Badoca Park e devo dizer que estava com alguma expectativa para o visitar. Depois de há uns anos atrás ter ido ao Monte Selvagem, tinha a ideia que o Badoca Park seria melhor, por conversas que já tinha tido com outras pessoas e porque o Badoca Park sempre era mais falado. Se calhar por ter as expectativas algo elevadas acabei por ficar um pouco desiludido, e podendo mesmo dizer que preferi o Monte Selvagem.


A parte do passeio pelo parque de tractor ainda foi a melhor parte, deu para veer várias espécies a uma distância muito reduzida, mas a visita ao parque pode quase reduzir-se a isso. O resto do parque não tem lá grande coisa para fazer, a ilha dos macacos faz com que os primatas fiquem tão longe que é quase preciso binóculos para os ver. O espectáculo das aves também não achei nada de especial, poucas aves, e já vi diversas vezes em sítios diferentes melhores apresentações.


Como conclusão acho que o Monte Selvagem vale mais a pena, especialmente se formos com um grupo de amigos para aproveitar os jogos e insufláveis, pois a nível de animais não há grande diferença. Já no final da visita quando estava a passar num corredor estreito de uma loja dei um pontapé numa pessoa, quando me viro para pedir desculpa reparo que era a Diana Chaves, posso então dizer que eu já dei um pontapé na Diana Chaves, não há muitos homens que possam dizer o mesmo.

terça-feira, novembro 08, 2016

Tarja na Aula Magna - 2016

Esta foi a 2ª vez que fui ver Tarja, e também foi a 2ª vez que fui à Aula Magna, e voltei a ter a mesma sensação da primeira vez, é uma sala espectacular, sonoramente soberba mas aqueles cadeirões confortáveis nada têm a ver com este tipo de concertos. Quanto à primeira banda os The Shiver, que posso dizer? Não tenho grande coisa para dizer, não me aqueceram nem arrefeceram, não gostei nem desgostei da música.


A 2ª banda foram os Sinheresy. Reportório muito mais interessante e como banda nota-se que está mais consolidada. Para mim cometeram o erro de tocarem a melhor música logo a abrir o concerto, o que depois acabou por dar a ideia que fizeram sempre um concerto em decrescente, apesar da última música também ser boa. Uma coisa que achei estranha e nunca tinha visto, foi os vocalistas estarem constantemente a sair de palco, 2-3 vezes durante cada música. Normalmente o vocalista sai ao fim de uma meia dúzia de músicas, não diversas vezes durante a mesma música. 


Tal como no concerto dos Kamelot, em que trouxeram os Aeverium como banda de suporte, achei que esta banda sofria do mesmo que os Aeverium, a voz masculina era muito melhor que a voz feminina, e para eu achar isso, que prefiro muito mais vozes femininas, é porque a voz masculina era bastante melhor que a feminina. Mas para concluir, achei uma banda interessante, com algumas músicas que ficam no ouvido.


Era a hora do concerto da Tarja. O concerto começou bem com  o No Bitter End e o 500 Letters, mas depois teve ali uma sequência de músicas pouco interessantes até à altura do medley dos Nightwish. Apesar de já não ser tão evidente como o primeiro concerto que vi da Tarja, continuo a achar que o reportório dela ainda é curto, 5 músicas seguidas que normalmente não entrariam num concerto se o reportório fosse melhor indica isso mesmo, e acrescentando a isso o facto de ainda ter de recorrer a músicas da altura em que era a vocalista dos Nightwish. O medley foi o ponto de viragem do concerto, a seguir a este foi tocar tudo o que de melhor tem a Tarja como cantora a solo. A parte mais intimista do concerto veio logo de seguida, quando ela e a banda se aproximaram do público, e em acústico tocaram uma série de músicas. Nesta altura comecei a pensar até que ponto a Tarja se quer afastar daquele perfil metaleiro, e que se calhar se fosse portuguesa seria cantora de fado, foi um registo muito mais calmo e melodioso.


A partir daqui e até ao fim a toada foi mais energética, músicas mais fortes, que levantaram o público e meteram muita gente aos saltos. Não posso dizer que foi a parte que gostei mais do concerto, pois o medley dos Nightwish também me agradou bastante, mas foi uma maneira muito boa e forte de acabar o concerto. Outra coisa que indica que o reportório ainda é pequeno foi a música de encerramento do concerto, que por norma é a música mais forte de um artista ou pelo menos é a música do último album que mais fica no ouvido, neste caso a música de encerramento voltou a ser o Until My Last Breath, tal como tinha sido à 3 anos atrás.


Tarja Setlist Aula Magna, Lisbon, Portugal, The Shadow Shows 2016

quarta-feira, novembro 02, 2016

O caminho para o Ironman

Passou exactamente 1 mês do Ironman de Barcelona, esta é uma boa altura para rebobinar e ver como cheguei a este ponto, qual foi o caminho para o Ironman. Este podia ser um daqueles típicos post "De sedentário a Ironman", contudo não é bem assim, não considero que alguma vez tenha sido sedentário, sempre fui uma pessoa minimamente activa. Bem vou começar pelas minhas raízes, pela minha origem, falando somente do meu percurso nas três modalidades que compõem o Ironman.

Quando tinha 4-5 anos a minha mãe pôs-me na natação e nos poucos meses que lá andei se calhar aproveita-se 1 mês, andava constantemente constipado e faltava imenso, acabei por nem aprender a nadar. Por volta dessa altura já andava de bicicleta lá pelo bairro, com a minha velhinha BMX de amortecedor central, a saltar rampas e a esfolar joelhos. Quando entrei para a preparatória do Monte Estoril, aos 10 anos, fiz a minha primeira corrida, e logo com um 1º lugar. Apesar de ao logo da minha juventude ter conseguido diversos pódios, esta foi a única vez que ganhei uma corrida.

Aos 12 anos voltei à natação, agora devido ao meu problema de asma o médico aconselhou a minha mãe a que eu praticasse natação. Com algum custo lá aprendi a nadar, durante 2 anos estive no tanque dos bombeiros dos Estoris, até que aos 14 anos passei para a piscina de 25 metros da Alapraia, piscina que ainda hoje frequento. A minha primeira memória da minha primeira bicicleta de mudanças remonta aos meus 16 anos, foi uma bicicleta que alguém me ofereceu por já ser velha, era uma bicicleta de montanha toda em ferro. Lembro-me da primeira volta que dei fora do bairro, "aventurei-me" na serra de Sintra com o Tiago Neto e o Alex, em que metade do tempo eles estiveram à minha espera porque eu fazia as subidas quase todas à mão...que vergonha.

Aos 18 anos entro na universidade, e a minha história é igual à da maioria, deixei de fazer qualquer tipo de exercício, excepto a natação por motivos médicos, senão provavelmente tinha-me tornado no sedentário. Quando aos 21 anos voltei a fazer uma corrida, a mini maratona de Portugal, na qual atravessei a ponte Vasco da Gama, e demorei mais de 48 minutos a fazer 8kms e senti-me mesmo mal, é que me apercebi que só a natação não chegava, apesar de já ser um nadador mediano isso não me servia de nada na corrida, e o bom corredor que era na minha juventude agora nem sombra dele existia. No final da universidade, quando já estava a entregar o projecto final, a 10 de Setembro de 2006 participei na primeira edição do Lisboa Bike Tour, neste evento era-nos dada uma bicicleta, apesar de ser um chaço não era tão chaço como a minha antiga bicicleta, então passou a ser a minha bicicleta principal. Com ela acabei por dar imensas voltas pela Serra de Sintra, e por estranho que pareça nem teve assim tantas avarias como seria de esperar, agora não me ajudava nada nas subidas, sempre fui dos piores nos grupos com quem ia andar e a bicicleta ainda ajudava mais a que fosse dos piores.

Entretanto passara-se alguns anos, continuei a treinar natação, uma ou outra corridinha ao final do dia, fazia algum ginásio (pouco), futebol, bicicleta BTT, e outros desportos ocasionalmente (polo aquático, hóquei aquático, etc). E a partir de 2010, já com 28 anos, é que posso dizer que efectivamente começou a minha caminhada para o Ironman, não é que na altura pensasse sequer em fazer um Ironman, estava muito longe disso mas o meu treino mais regrado começou a partir daí.

  • Setembro de 2011 - A primeira meia maratona
  • Janeiro de 2012 - Primeiro duatlo na companhia dos meus grandes amigos Nuno Silva e Pedro Santos. Nestes primeiros tempos muitas vezes meus companheiros de treino, aliás o Pedro começou também a fazer triatlo comigo.
  • Abril de 2012 - Primeira prova de BTT, a distância mais curta do maratona BTT Sintra
  • Junho de 2012 - Uma das coisas mais marcantes que fiz até hoje, o caminho de Santiago de Compostela a partir de Lisboa, de bicicleta e mais uma vez na companhia do meu camarada destas andanças o Pedro
  • Outubro de 2012 - Participação no Randonneurs, que até hoje é a minha distancia máxima feita num dia de bicicleta
  • Janeiro de 2013 - Tróia-Lagos a solo, na bicicleta de BTT com pneus de estrada, feito num só dia
  • Março de 2013 - O primeiro trail run
  • Abril de 2013 - Primeiro triatlo. Distância olímpica, nem tinha equipamento que me foi emprestado pelo Nuno Felício (fato de triatlo e fato isotérmico) e bicicleta emprestada pelo Zé Correia
  • Agosto de 2013 - Depois de ter comprado uma bicicleta de estrada em 2ª mão subi pela primeira vez à Torre a tentar seguir o Tiago Neto
  • Outubro de 2015 - Inscrição no Ironman de Barcelona 2016
  • Novembro de 2015 - Comprar a minha bicicleta de estrada a pensar no Ironman e em fazer triatlo mais regularmente. Obrigado ao Nuno Santos pela ajuda na escolha da bicicleta.
  • Dezembro de 2015 - Baixei de 1h30m na meia maratona
  • Dezembro de 2015 - Queda no Tróia-Sagres
  • Junho de 2016 - Óptimo teste no triatlo de Oeiras onde pulverizei o meu antigo record do triatlo sprint

Resumindo um pouco, 2010-2011 comecei a correr e a andar frequentemente de bicicleta BTT, 2012 introdução do duatlo, 2013 começar a fazer triatlo, bicicleta de estrada e a primeira maratona, 2014 primeiro half Ironman, 2015-2016 maturação e consistência, e finalmente a acabar 2016 fazer o Ironman. Comecei tarde mas ainda fui a tempo. Quanto ao próximo desafio ainda não sei, depois do Ironman parece que cheguei ao cume da minha montanha, vamos ver como será daqui para a frente.