Esta foi a 2ª vez que fui ver Tarja, e também foi a 2ª vez que fui à Aula Magna, e voltei a ter a mesma sensação da primeira vez, é uma sala espectacular, sonoramente soberba mas aqueles cadeirões confortáveis nada têm a ver com este tipo de concertos. Quanto à primeira banda os The Shiver, que posso dizer? Não tenho grande coisa para dizer, não me aqueceram nem arrefeceram, não gostei nem desgostei da música.
A 2ª banda foram os Sinheresy. Reportório muito mais interessante e como banda nota-se que está mais consolidada. Para mim cometeram o erro de tocarem a melhor música logo a abrir o concerto, o que depois acabou por dar a ideia que fizeram sempre um concerto em decrescente, apesar da última música também ser boa. Uma coisa que achei estranha e nunca tinha visto, foi os vocalistas estarem constantemente a sair de palco, 2-3 vezes durante cada música. Normalmente o vocalista sai ao fim de uma meia dúzia de músicas, não diversas vezes durante a mesma música.
Tal como no concerto dos Kamelot, em que trouxeram os Aeverium como banda de suporte, achei que esta banda sofria do mesmo que os Aeverium, a voz masculina era muito melhor que a voz feminina, e para eu achar isso, que prefiro muito mais vozes femininas, é porque a voz masculina era bastante melhor que a feminina. Mas para concluir, achei uma banda interessante, com algumas músicas que ficam no ouvido.
Era a hora do concerto da Tarja. O concerto começou bem com o No Bitter End e o 500 Letters, mas depois teve ali uma sequência de músicas pouco interessantes até à altura do medley dos Nightwish. Apesar de já não ser tão evidente como o primeiro concerto que vi da Tarja, continuo a achar que o reportório dela ainda é curto, 5 músicas seguidas que normalmente não entrariam num concerto se o reportório fosse melhor indica isso mesmo, e acrescentando a isso o facto de ainda ter de recorrer a músicas da altura em que era a vocalista dos Nightwish. O medley foi o ponto de viragem do concerto, a seguir a este foi tocar tudo o que de melhor tem a Tarja como cantora a solo. A parte mais intimista do concerto veio logo de seguida, quando ela e a banda se aproximaram do público, e em acústico tocaram uma série de músicas. Nesta altura comecei a pensar até que ponto a Tarja se quer afastar daquele perfil metaleiro, e que se calhar se fosse portuguesa seria cantora de fado, foi um registo muito mais calmo e melodioso.
A partir daqui e até ao fim a toada foi mais energética, músicas mais fortes, que levantaram o público e meteram muita gente aos saltos. Não posso dizer que foi a parte que gostei mais do concerto, pois o medley dos Nightwish também me agradou bastante, mas foi uma maneira muito boa e forte de acabar o concerto. Outra coisa que indica que o reportório ainda é pequeno foi a música de encerramento do concerto, que por norma é a música mais forte de um artista ou pelo menos é a música do último album que mais fica no ouvido, neste caso a música de encerramento voltou a ser o Until My Last Breath, tal como tinha sido à 3 anos atrás.
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