quinta-feira, dezembro 31, 2015

Retrospectiva 2015

Está no fim o 2015 e como se tornou tradição aqui vai a retrospectiva do ano aqui na chafarica do Sousa.
  • Duatlo da Amadora em que consegui ficar entre os 20 primeiros e por equipas contribui para o 3º lugar;
  • Acabei o Triatlo longo de Lisboa com 5h10m batendo claramente o meu objectivo de fazer um triatlo longo em menos de 5h30m;
  • Ajudei a organizar mais um Survival Xperience;
  • Já algum tempo não participava em acções de limpeza subaquática, este ano pela primeira vez participai na Clean up Atlantic;
  • Ao tempo que não ia andar de kart;
  • Julho foi o mês em que fiz pela primeira vez um cruzeiro, grande semana de férias;
  • Fui ao Vagos, primeira vez que fui a um festival de Verão, com o intuito de ver Within Temptation;
  • Fim de semana em Albufeira com a desculpa da despedida de solteiro do João;
  • Mais um passeio na serra da Arrábida, levando agora a equipa da Sky;
  • Decisão de participar no Ironman de Barcelona do ano que vem;
  • Maratona de Lisboa, bati o meu record mas ainda muito longe dos meus objectivos;
  • Visitar a exposição Real Bodies, muito fixe;
  • Adquiri uma bicicleta nova de estrada a pensar no Ironman;
  • Experimentar pela primeira vez conduzir motas todo o terreno;
  • Concerto de Gamma Ray;
  • Mini férias para conhecer a Madeira;
  • Tempo canhão (para mim) na meia maratona dos descobrimentos, um bocado inesperado;
  • Queda de bicicleta no Tróia-Sagres;
  • E para não acabar num registo negativo, consta-me que a cegonha para o ano me vai visitar.
Hoje é dia da já habitual São Silvestre da Amadora, para fechar bem o ano. Até para o ano...

domingo, dezembro 27, 2015

Tróia-Sagres 2015

Já passaram 2 semanas do Tróia-Sagres e já me apetece falar sobre o assunto. Devemos aprender com as coisas boas e com más por isso decidi escrever sobre o Tróia-Sagres apesar de não me ter corrido propriamente bem. Esta já era a 4ª vez que ia fazer este percurso, já sabia com o que podia contar a nível de percurso, o que não sabia era a quantidade brutal de pessoas que ia fazer o percurso, nas minhas viagens anteriores nunca tinha ido no dia oficial do Tróia-Sagres

Fui acompanhado pelos meus colegas da equipa de triatlo e desde cedo nos vimos a pedalar dentro de grandes grupos, a viagem fazia-se de modo confortável a nível de cansaço mas sempre algo tensa pelo facto de ir muita gente junta, e pior que isso muita gente que claramente não tinha comportamento correcto para andar em pelotão.


Fizemos a primeira paragem logo a seguir a Porto Covo, sentia-me super bem, só algum desconforto no pescoço mas tudo o resto estava como se tivesse acabado de começar a pedalar. O momento fatídico aconteceu pouco depois de Vila Nova de Mil Fontes, um outro ciclista passa por mim e em vez de manter a trajectória manda-se para cima de mim, bate-me do guiadouro, ainda me equilibrei, mas ele continua a encostar-se e bate com a roda traseira na minha roda dianteira, resultado, um queda  a rondar os 40km/h, em que fui a deslizar pelo alcatrão com o meu lado esquerdo.

Levanto-me, com a ponta dos dedos ensanguentada e olho para a bicicleta, a roda da frende com raios partidos e empenada, as fitas do lado esquerdo desfeitas, o selim raspado e a parte pior, o meu GPS riscado que quase me vinham as lágrimas aos olhos. Ao olhar para o ombro vejo a minha t-shirt da Sky toda rasgada, ai que dor no coração. Com isto tudo os meus colegas que vinham no grupo atrás de mim, o Gonçalo travou a fundo e rasgou o pneu (depois levou o meu pneu já que eu não ia seguir) e o Ricardo foi para a faixa contrária onde ia sendo levado por uma ambulância que vinha em sentido contrário, e o gajo que me mandou ao chão nem parou. 

No meio do azar alguma sorte, a ambulância parou e prestou-me logo auxilio. Depois disso, super frustrado, pontapeei o meu capacete, não podia acabar, tinha o equipamento todo danificado e eu próprio estava todo queimado do lado esquerdo, vá lá não tinha nada partido eram só feridas. Entrei para a carrinha e fui a apoiar os meus colegas até ao final era a única coisa que podia fazer. Acho que não volto a fazer o Tróia-Sagre no dia oficial.

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Meia Maratona Descobrimentos 2015

Depois de ter participado na 1ª Meia Maratona dos Descobrimentos, há dois anos atrás, e apesar de não achar que o percurso não é propriamente fácil para bater records, como tinha sido nesta meia maratona que tinha feito o meu melhor tempo, decidi ir correr este ano novamente para tentar baixar da 1h30m. Não achava que tivesse feito uma preparação conveniente, estava com o volume ainda da Maratona de Lisboa, mas não me sentia com velocidade consistente para aguentar tanto tempo a um ritmo tão elevado, aliado a isso só tinha treinado uma vez por semana corrida, o último treino que queria fazer 14kms em 1 hora também tinha saído mal, e a minha asma também me andava a chatear um bocado, não sei se devido à humidade se devido a outro factor.

Os 2 primeiros quilómetros desta prova são os mais complicados, subir ao Restelo e recuperar o folgo custou-me estar atrasado mais ou menos 30 segundos. Na descida até Algés fiz um esforço por recuperar esse tempo, e no quilómetro a descer consegui recuperar esses 30 segundos, mas o meu coração rapidamente disparou para as 150bpm, estava desde muito cedo na minha zona de desconforto. Nesta altura tentei apanhar um grupo ou alguém que tivesse o mesmo ritmo para não começar a ter oscilações, o que acabou por acontecer, segui com outro atleta até que por volta do quilómetro 8 apanhámos um grande grupo onde ia a bandeira de 1h30m. Era aguentar pelo menos naquele grupo até ao final. Como me estava a sentir bem, apesar do meu coração continuar a bater muito rápido, quando um grupo saiu eu tentei ir com eles, pensei que como costumo ter quebra a meio da prova ganhava ali algum tempo para quando tivesse a quebra já ir mais à frente, e depois tentaria seguir novamente com o grupo da 1h30m quando me voltassem a apanhar.

À passagem dos 10kms ia com cerca de 41m30s, sabia que nesta altura teria de ir abaixo de 42m, estava com alguma margem mas não era muita não me podia descuidar. Como continuava naquele grupo com um bom ritmo queria continuar ali pelo menos até aos 14kms, e aí se estivesse abaixo de 1h de prova e se me senti-se bem logo saberia se era possível bater o tempo de 1h30m no final. Os 14kms chegaram por volta dos 58 minutos de prova, o ritmo continuava bastante bom e o grupo tinha crescido, por entre algumas breves conversas havia outro atleta, o de dorsal 1203, que me disse que também queria fazer abaixo de 1h30m, para nos ajudarmos. Claro que era boa ideia, nessa altura como me sentia bem decidi dar um pequeno esticão que partiu aquele grupo, seguimos só eu, o 1203 e mais 2 atletas. Dali até ao último abastecimento reboquei o grupo e tentei manter o ritmo vivo, a partir dali fomos-nos revezando, garantido que o ritmo era estável.

Ao passarmos os 18kms eu disse algo como - "Vamos abaixo de 1h15m, podemos fazer quase 5min/km até ao final e chegamos abaixo de 1h30m." - ao que o atleta 1203 me disse - "Agora que estamos aqui é para fazer abaixo de 1h28m." - este foi o mote dele para dizer que ia acelerar, e que aceleração jeitosa que deu naquele final. Até aos 20,5kms consegui seguir com ele, íamos quase a 4min/km, até que tive de largar a corda, não aguentava mais, pus o meu ritmo e marquei outros atletas que estavam à minha frente, que estavam progressivamente a perder vantagem para mim. Num último esforço acelerei o passo quase num sprint final e ainda ganhei ali uns lugares. O resultado final deu 1h27m23s, não poderia pedir melhor.

(Aos 18m28s)


Dados da minha prova:
  • Tempo final: 1h27m23s
  • Velocidade média: 14,49km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m07s

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Mini férias na Madeira

Já queria conhecer a ilha da Madeira há alguns anos, ainda não tinha surgido a oportunidade, até que finalmente neste final de Novembro consegui convencer alguns amigos a me seguirem e a irmos todos conhecer a ilha. Antes de irmos fizemos um pequeno estudo dos sítios onde iríamos, falei com alguns amigos meus com raízes madeirenses sobre que sítios deveria visitar, e apesar dos escassos 4 dias que estive na Madeira deu para visitar bastantes sítios.

Ao contrário de quando fui a S. Miguel nos Açores (não me peçam para fazer comparações, toda a gente pede, é como comparar caramelo e mel, ambos são deliciosos e nenhum deles é melhor que o outro) cujo objectivo principal foi fazer mergulho, desta vez o objectivo foi conhecer a ilha através de caminhadas. Não tínhamos decidido quais as caminhadas que iríamos fazer, apenas alguns sítios que queríamos conhecer e tentar conciliar isso com os locais das caminhadas e o cansaço das pessoas menos preparadas.

Chegámos à Madeira por volta das 9h, como ainda era bastante cedo decidimos logo visitar a parte mais oriental da ilha, mais perto do aeroporto. Fomos até ao Caniçal onde tomámos o pequeno almoço, bem, uma sandes de polvo não é bem um pequeno almoço mas estava divinal. Seguimos até ao fim da estrada, até à Ponta de S. Lourenço quando sem querer encontrámos o trilho PR8. Já que ali estávamos toca aproveitar a percorrer o trilho, ainda de sapatos e roupa da viagem, nada confortável para caminhadas. Uma coisa que tenho de referir, e que foi transversal a todos os trilhos, é a sua excelente sinalização e estado de conservação, os trilhos são mesmo uma das jóias da Madeira que são bem preservados e divulgados para fins turísticos, aliás muita gente se via ao longo dos trilhos e poucos eram os portugueses.


Uma paisagem lindíssima, água a cercar uma pequena língua de terra pela qual nós caminhávamos em direcção à ponta mais oriental da ilha. Acho que o trilho apesar de classificado como médio devia de ser difícil, não era assim tão longo, 8kms, mas num constante sobe e desce e algumas vezes com inclinações nada simpáticas e o tipo de terreno nem sempre era muito fácil.

Depois de fazermos o trilho seguimos em direcção a Santana para vermos as típicas casas em paralelepípedo triangular, com telhados de palha, diga-se de passagem que é mesmo a única coisa de interesse em Santana. Antes disso ainda parámos para o almoço, nesta paragem gastronómica comi as duas coisas que tinha como objectivo provar na Madeira, lapas e espetada em pau de louro. Se as lapas valeram a pena a espetada não estava nada de especial, mas o objectivo estava cumprido.

Próxima paragem era S. Vicente para irmos às grutas. Nesta viagem percebi porque a ilha era toda furada por túneis, nesta zona não há túneis e que tortura de viagem foram estas dezenas de quilómetros, curva, contra curva, sobe, desce, estradas com buracos. Ainda parei no Farol de S. Jorge para descansar um bocado e apesar do resto do grupo não ter gostado muito da paragem eu gostei, achei piada conhecer o farol e puder ir até ao topo e perceber que a lâmpada era uma coisa pequena e que a iluminação era feita grandemente à custa de vidros e espelhos. Chegámos a S. Vicente às 18h, quando chegámos às grutas foi-nos informado que a última visita tinha começado às 17h, ficámos um bocado chateados, tínhamos feito uma viagem chata e tínhamos um prospecto que dizia que a última visita começava às 19h, não conseguimos ver as grutas e como ficavam um bocado fora de mão já não lá voltámos para fazermos a visita.

No dia seguinte lá fomos nós monte acima, no Fiat Panda, que na maior parte do tempo tinha de subir em primeira, até ao PR6, a Levada das 25 Fontes. Esta foi a caminhada que menos gostei, mas adorei na mesma, belíssima, super verdejante, deslumbrante. Primeiro foi a passagem por um pequeno túnel de cerca de 300 metros, totalmente escuro, onde se destacava o barulho da água a passar pela levada (e os gritos de uma das raparigas do meu grupo). O trilho era bastante plano e simples, sem nenhuma dificuldade, e ao fim de menos de 5 quilómetros chegámos à cascata que é o ex-líbris desta caminhada. Não podia deixar de ir dentro da água daquela pequena lagoa, acho que nunca entrei em água tão gélida, apesar de só ter entrado até ter água pelas cochas as cãibras rapidamente se apoderaram das solas dos meus pés e desisti de estar dentro de água, mas fui lá dentro, não tive foi a coragem de mergulhar como um dos meus amigos.


À saída da cascata vimos uns caminhantes locais a alimentarem tentilhões, nunca tinha visto tentilhões a deixarem-se alimentar como se fossem pombos. Ao falar com um senhor ele disse-me que se no retorno passássemos pela casa do Rabaçal que os tentilhões naquela zona era mais atrevidos e que às vezes vinham comer mesmo à mão. Para mim era algo totalmente estranho, para mim os tentilhões são dos pássaros mais ariscos e desconfiados que conheço. Então no regresso lá passámos pela casa do Rabaçal, e não é que consegui que o raio dos tentilhões viessem pousar na minha mão e comer uma coisa tão básica como pão.

Acabada a caminhada, não estávamos muito longe do miradouro do cabo Girão, então essa foi a nossa próxima paragem. Infelizmente o tempo estava um bocado fechado e não conseguimos ver o pôr do sol, mas o miradouro não deixa de ser fabuloso, aquele chão em vidro precipitado naquele cume a quase 600 metros de altura, impressionante.


No terceiro dia terceira caminhada, esta era a caminhada que mais queria fazer e não me desiludi, foi a que gostei mais, o PR1.2, a caminhada até ao topo do Pico Ruivo que é o ponto mais alto da Madeira. A subida foi sempre feita sobre um intenso nevoeiro e frio, quase sem visibilidade não conseguimos aproveitar o muito que aquele local tinha para oferecer. Quase a chegar ao topo aí sim, começou-se a ver uma imensidão de locais, uma paisagem de cortar a respiração, simplesmente magnífico. O nevoeiro continuou a não ajudar muito, mas conseguimos nos breves momentos apreciar a magnitude daquele local.


De seguida fomos até ao Curral das Freiras para lanchar. Na descida até ao Curral das Freiras a luz da reserva acendeu, bem quando lá chegasse abaixo teria de pôr gasolina, pensei eu. Ao chegar ao Curral das Freiras apercebemos-nos que não existe bomba de gasolina, só do outro lado do monte. Não podíamos fazer nada naquele momento então fomos primeiro lanchar. Aqui tenho de referir que comi o melhor bolo do caco da Madeira, muito bem servido e muito saboroso. Barriga cheia, vamos lá até à bomba da gasolina. Aquela subida parecia não acabar até ao topo do monte fui a rezar para que a gasolina não acabasse. Passado o topo relaxei, agora era sempre a descer até à bomba da gasolina.


O último dia foi o dia do típico turista. Depois do checkout do hotel fomos experimentar a descida nos cestos de vimes ou toboggans. Devo dizer que não fiquei nada impressionado, a descida até é feita devagar o que não dá grande estimulo. Bem, foram para aí 5 minutos a descer 2kms para depois demorar 30 minutos a pé a subir a colina. De seguida fomos ao jardim botânico, é giro mas esperava melhor também. Tudo o que é turístico na Madeira paga-se e os preços não são simpáticos, por isso ainda ficou por ver por exemplo o jardim tropical. Como já faltava pouco tempo para entregar o carro fomos até à baixa, junto à marina para uma última paragem na esplanada. Apanhar o avião e chegar a Lisboa quase às 23h. Adorei a Madeira, ainda ficou muita coisa por ver e provavelmente mais tarde ou mais cedo lá voltarei.

quarta-feira, novembro 18, 2015

Gamma Ray - Paradise Garage

Há coisas que são como o vinho do Porto, e os Gamma Ray são um desses casos, parece que ficam melhor conforme a idade passa por eles. Estão em tour a festejar os 25 anos, e ontem deram um concerto cheio de energia e de boa música no Paradise Garage. Num público mais envelhecido do que habitual, até me sentia dos mais novos, viam-se muitos carecas e alguns cabelos compridos mas com aquela careca à monge na parte detrás da cabeça, era dia de old school.

Mas vou começar pelo início, pelas bandas suporte, devo confessar que não conhecia nenhuma delas até ao dia anterior ao concerto, e depois de ouvir meia dúzia de música de cada uma delas fiquei logo com a ideia que eram uma excelente escolha, o que se veio a confirmar. Quanto a mim foram uma excelente escolha porque eram homogéneas com os Gamma Ray, com um género e sonoridade muito próximos por isso quem iria ver Gamma Ray também não desgostaria das outras bandas. Lembro-me agora de repente, no mesmo Paradise Garage, quando fui ver Epica que detestei a primeira banda que tocou, lá está, não tinha nada a ver com Epica nem com o meu gosto musical.

A primeira banda foram os britânicos Neonfly, apesar de já existirem desde 2008 pareceram-me ainda uma banda pouco madura, gostei bastante da musicalidade, mas não têm nada de novo, existem bandas com som idêntico mas melhor. Depois o vocalista tem uma voz pequena e o volume do micro estava claramente baixo, o instrumental abafava quase por completo a voz. Fazendo uma análise da actuação, e apesar destes pontos, claramente foi positiva, gostei, e vou seguir com mais atenção os Neonfly daqui para a frente.


De seguida vieram os Serious Black e que grande actuação fizeram. Conseguiram ter uma presença em palco que os Neonfly nunca conseguiram ter, souberam impor o ritmo certo ao concerto, com uma mescla de músicas mais fortes e baladas mais melodiosas, puxando pelo público quando este estava pronto a responder aos reptos. Curiosamente, o primeiro momento que os Serious Black se destacaram foi num pequeno cover, meia dúzia de acordes ao Rock You Like a Hurricane dos míticos Scorpions. Mas para mim o momento mágico do concerto deles foi na música que já esperava antes do concerto, o High and Low, que início de música e que refrão, cheio de energia, cheio de força, e só não foi o momento da noite porque os Gamma Ray tiveram pelo menos 2 momentos de inspiração em que o público respondeu de forma efusiva.


Bem, vamos lá ao prato principal, os Gamma Ray entraram logo para partir a loiça, uma interpretação magnífica do Heaven Can Wait, ganharam logo o público para o resto do concerto, dificilmente podiam começar melhor. Mas o momento da noite foi tirado do fundo do baú com o hino escrito por Kai HansenI Want Out, entrega total da banda e do público numa comunhão quase perfeita e raramente vista. Depois disto foi seguir em velocidade de cruzeiro, logo de seguinda Valley of the Kings, talvez a música que mais goste de Gamma Ray. E energia não faltava, já quase no fim do concerto um medley de cerca de 15 minutos - "Onde estes velhotes vão buscar tanta energia!?" - pensava eu. Para terminar em grande o Send Me a Sign, belo concerto, praticamente 2 horas de Gamma Ray, definitivamente estes "velhos" têm muita energia.


domingo, novembro 15, 2015

Orcy - Motocross

Já foi a semana passada que fui experimentar pela primeira vez motas todo o terreno, mas tenho andado um bocado desleixado e ainda não me tinha apetecido perder 10 minutos a escrever um pouco sobre o assunto. Em primeiro lugar para quem gosta de motas é uma experiência mega, além de irmos andar de motas todo o terreno também recebemos uma pequena formação com alguns conceitos básicos, o que para mim foi fixe porque ter instinto para a coisa é bom mas todos os detalhes ajudam. Mota de todo o terreno parece-me que tem uma condução/dinâmica muito mais parecida com a bicicleta de BTT do que com mota de estrada, pelo menos foi o senti depois de experimentar.

Depois de algumas explicações lá começámos às voltas no circuito oval, primeiras voltas mais devagar mas rapidamente ganho confiança e a mota começa a deslizar a cada curva, a velocidade certamente não era muita mas já dava para sentir aquela sensação de adrenalina quando a curva é toda feita a derrapar com a roda de trás.

O pessoal do centro Orcy também foram impecáveis, viram que alguns de nós já estávamos a apanhar o jeito e foram sempre dando pequenas indicações de forma a conseguirmos melhorar, andando mais depressa e ao mesmo tempo mais seguros. Ainda deixei a mota cair duas vezes, a primeira abusei a derrapar e virei a mota no sentido contrário, a segunda mudei de mota e por acaso a segunda agarrava mais ao travar, logo à entrada da primeira curva foge-me a frente e eu saio disparado a correr, vá lá consegui evitar ir ao chão. E na última manga já não era só eu, mas já meia dúzia de nós começámos a ficar mais agressivos, com mais ultrapassagens, mais toques, mais pressão sobre quem estava a frente. Foram 4 horas muito bem passadas e uma óptima experiência.

quinta-feira, novembro 05, 2015

A minha nova burra

Foi há pouco mais de 2 anos quando comecei a fazer triatlo que comprei a minha bicicleta de estrada, na altura não queria gastar muito dinheiro, nem sabia se era uma coisa que iria gostar, por isso comprei uma bicicleta baratinha já usada, que era de um amigo meu. A bicicleta sempre se mostrou fiável, muitos quilómetros fez sem grandes problemas, mas aquilo parece uma uma bigorna, super pesada comparada com outras bicicletas de estrada e pouco eficiente no aproveitar da energia despendida.


Como estava decidido que para o ano queria fazer o Ironman, a prova já é dura só por si, não preciso da complicar ainda mais com uma bicicleta que não optimiza a energia produzida pela pedalada. Falei com o Nuno Santos, uma das pessoas que conheço que mais percebe de bicicletas, e perguntei-lhe segundo os parâmetros que eu pretendia que bicicleta ele me aconselhava. A sugestão dele foi a Merida Reacto 5000, uma bicicleta que tem uma boa relação qualidade preço e que é bastante apropriada para o triatlo.


Comecei a investigar preços, já tinha o mais complicado que era a decisão da marca/modelo a comprar, agora era descobrir o sítio onde o preço fosse mais barato. Acabei por falar no assunto com o André Antunes que me recomendou a Nova Bikes em Torres Novas. Após falar telefonicamente com o Ricardo, que é o simpático dono da Nova Bikes, ficou logo combinado o tamanho do quadro e foi só esperar que a Merida lhe enviasse a bicicleta. Normalmente há o ditado - "Recebes o equivalente ao que pagas." - aqui isso não se aplicou mesmo nada, os preços da Nova Bikes são muito melhores do que em qualquer lugar e a simpatia, disponibilidade e facilidade no atendimento foi do melhor e quando precisar de alguma coisa para as bicicletas, prefiro fazer 300kms e ir a um sítio que tenho confiança. Fui buscar a bicicleta no sábado e ontem finalmente o tempo deu-me uma folgazinha e consegui ir experimentar o bicicleta, às 22h e depois de um rodízio no chinês, que parecia que pedalava mais no meu estômago do que eu pedalava na bicicleta, mas gostei imenso da relação com a minha nova burra.

segunda-feira, novembro 02, 2015

Real Bodies - Cordoaria Nacional

Há uns anos atrás tinha visto a exposição Real Bodies, ou parte desta exposição visto que está em constante mudança. Devo dizer que na altura que vi não tinha a mesma noção que tenho hoje em dia, e não consegui aproveitar do mesmo modo que consegui desfrutar desta vez. Acrescentando a isto fui na companhia de 2 fisioterapeutas e 1 enfermeira, logo todo um Mundo de conhecimento se abriu diante mim.

A entrada foi um bocadinho demorada, à volta de 45 minutos para comprar os bilhetes, mas já vi imagens de filas muito superiores, por isso acho que não me posso queixar. Antes de entrar achei o preço um bocadinho exagerado, depois de ter visto a exposição acho que valeu cada cêntimo que paguei. Acho que para as crianças é um bocadinho pesado, apesar da maior parte das crianças que lá vi estavam super curiosas ou super aborrecidas porque os pais estavam a demorar demais e elas não estavam a achar piada nenhuma.


Gostei especialmente da parte dos embriões/fetos, onde se pode ver toda a evolução ao longo do processo de gestação, e da parte do sistema circulatório, simplesmente impressionante, conseguir ver a quantidade de veias e artérias ao longo de todo o corpo e pensar que o sangue pode demorar apenas 20 segundos a percorrer o corpo, é realmente magnífico o nosso corpo. 

Segundo o site a visita demorará algo a rondar 1h30m, eu posso dizer que demorei quase 3h e a última sala que é a mais conhecida, a dos corpos dos atletas, já foi vista assim um bocado a despachar. Não sei até quando esta exposição estará aberta, segundo o site oficial consegue-se adquirir bilhetes até o dia 31 de Dezembro, mas na ticketline só é possível adquirir até dia 8 de Novembro, o que sei é que aconselho toda a gente a ir ver.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Maratona de Lisboa 2015

Não estava nada confiante para esta prova, na 2ª feira anterior tinha ido treinar e passados 5kms já os joelhos me estavam a matar, ainda mazelas do triatlo longo de Cascais, fiz 15kms com muito sacrifício e com péssimas sensações. Durante o resto da semana foi descansar e esperar que as dores nos joelhos passassem. Uns dias antes da maratona lembrei-me de usar fitas de kinésio, nunca tinha usado anteriormente e devo dizer que até era algo séptico quando aos seus benefícios. O meu problema nos joelhos tem a ver com a minha passada, que provoca que a rótula mova-se para a parte interior comprimindo um tendão. Logo que coloquei as fitas de kinésio notei que tinha o movimento algo limitado e que a rótula parecia menos móvel, quem sabe não poderia dar resultado.

Depois disto tudo o meu objectivo não podia ser muito mais que tentar acabar. Comecei a corrida calmamente, tentando acima de tudo desfrutar do percurso. A nível de passada a estratégia era fazer passadas curtas e com uma cadência mais elevada de modo a sacrificar o mínimo os joelhos. Logo no primeiro quilómetro encostei no Rui Rodrigues, não o tinha visto na partida mas antes da corrida tínhamos combinado que ele ia fazer só meia maratona e que ia fazer de lebre para mim. Aos 10kms íamos  com 50m27s, estava mais lento 2 minutos que há 2 anos atrás quando fiz a maratona pela primeira vez, mas uma coisa que aprendi é que a maratona se decide nos últimos 10kms e não nos primeiros 10kms.

Por volta dos 15kms o joelho esquerdo parecia querer começar a chatear, desacelerei um pouco durante um bocado e a coisa acabou por não piorar, e com as dores que já tinha nos pés era fácil abstrair-me daquela moinha no joelho. Aos 21.1km passei com 1h47m36s, estava a perder mais de 4 minutos para o tempo de há 2 anos atrás, mas sentia-me muito bem, estava a desfrutar da corrida, da conversa com o Rui, realmente não estava em esforço ou sofrimento. Chegados aos 23kms, ao pé da estação de Algés, o Rui parou o treino dele e lá segui eu sozinho tentando manter o ritmo, era uma altura complicada porque perdi a minha referência.

Quando cheguei ao Cais do Sodré, onde há 2 anos bati na parede, continuava com muito boas sensações, tinha quebrado ligeiramente mas nada de relevante. Aos 32kms já estava quase com o mesmo tempo que em 2013, já só estava 1 minuto atrás, mas as sensações eram totalmente diferentes, no meu pensamento só ia algo como - "Só falta uma banar corrida de 10kms para chegar ao fim.". Passo aos 33kms com 2h53m07, já 6 minutos melhores que há 2 anos, tinha sido nesta altura que eu tinha quebrado de vez, e agora estava a conseguir manter o ritmo.

Quando eu pensava que já não ia bater contra a parede, aí que ela apareceu aos 34kms. Acho que foi um misto de cansaço físico e de desgaste psicológico, digo isto porque para mim um dos erros da organização foi juntar a maratona com a meia maratona a partir de Santa Apolónia, o pessoal da meia maratona parecia que ia a sprintar ao meu lado e que eu ia a andar, psicologicamente fui um bocado abaixo. Já que estou a falar de erros da organização, o primeiro abastecimento sólido foi só aos 23kms, onde estavam com a cabeça? Ainda bem que levei eu barras minhas, numa prova tão longa no mínimo devemos comer a cada 45 minutos.

Estes últimos quilómetros custaram-me mais que toda a restante corrida, o meu objectivo a partir daqui era não começar a andar e conseguir concluir pela primeira vez a maratona sempre a correr. Mesmo assim aos 40kms cheguei com 3h36m14s, cerca de 15 minutos melhor, ia melhorar imenso o meu tempo final da maratona. Conclui a maratona com 3h50m29s, cheguei bem dos joelhos e restantes articulações, sentia-me fraco e com os músculos a vacilar desta vez não consegui melhor por manifesta incapacidade física, tudo o que normalmente me limita por outro tipo de dores mais lesivas não aconteceram, por isso não poderia pedir melhores condições para fazer um bom resultado. Claro que no final estava contente com o resultado, mas não posso negar que estava algo frustrado por ter quebrado já tão perto do fim e ter perdido 5-10min em apenas 8kms. Agora é descansar, objectivos cumpridos para este ano, e desfrutar agora um pouco das últimas provas do ano que vou ter só em Dezembro sem grandes preocupações com resultados.


Dados da minha prova:
  • Passagem aos 10km ; tempo = 50m27s ; pace = 5:02/km ; velocidade = 11.89km/h
  • Passagem aos 21.1km ; tempo = 1h47m36s ; pace = 5:08/km ; velocidade = 11.65km/h
  • Passagem aos 30km ; tempo = 2h36m06s ; pace = 5:27/km ; velocidade = 11.01km/h
  • Passagem aos 32km ; tempo = 2h47m27s ; pace = 5:40/km ; velocidade = 10,57km/h
  • Passagem aos 33km ; tempo = 2h53m07s ; pace = 5:40/km ; velocidade = 10.57km/h
  • Passagem aos 36km ; tempo = 3h10m57s ; pace = 5:56/km ; velocidade = 10.09km/h
  • Passagem aos 40km ; tempo = 3h36m14s ; pace = 6:19/km ; velocidade = 9.49km/h
  • Final 42,195km ; tempo final = 3h50m29s ; pace = 6:28/km ; velocidade = 9.26km/h
  • Pace total = 5:26/km
  • Velocidade média total = 10,99km/h

sábado, outubro 10, 2015

Ironman Barcelona 2016

Pronto já está, acabei de me inscrever, o mesmo é dizer que assinei a minha sentença. Não há volta a dar, não há caminho de volta, falta 1 ano para o Ironman de Bacelona, dia 2 de Outubro de 2016 vai ser o grande dia. 

segunda-feira, setembro 28, 2015

Triatlo Longo de Cascais

Finalmente foi possível realizar um triatlo longo em Cascais, acho que é óptimo para o concelho que mais uma vez promoveu o desporto e um modo saudável de vida, como também para enumeros triatletas que vivem na zona de Lisboa e normalmente têm de fazer centenas de quilómetros para participar em triatlos longos. Desde já parabéns há organização por ter conseguido montar um evento desta dimensão e logo no 1º ano com a qualidade que teve, sim há espaço a melhorar, mas foi muito bom (espero que o desafio para a organização seja brevemente realizar um Ironman, fica aqui o meu repto).

Indo para a prova, o segmento de natação foi até bastante pacífico, estava à espera de uma grande confusão por serem muitos atletas mas não, claro que houve uns toques mas nada demais, como a primeira bóia estava algo longe deu para nos espalharmos e diminuir a confusão. Mesmo assim ainda me tocaram no relógio o que fez com que o cronómetro pausasse por isso não registei o segmento todo, mas pelo tempo da organização fiz 34m40s. Uma coisa que não gostei foi da quantidade absurda de barcos no meio do percurso, especialmente na zona em que inicializávamos a 2ª volta porque o espaço entre a bóia e um barco estreitava  muito o sítio por onde podíamos passar.


Quando estava a tirar o fato tive a primeira sensação menos boa, uma cãibra no gémeo direito, lá me sentei e acabei de tirar o fato sentado e logo que peguei na bicicleta tentei alongar, e parece que resultou porque não voltei a sentir cãibras. Uma das poucas coisas positivas deste triatlo foram as transições, melhorei imenso neste aspecto, estou mais rápido, mais tranquilo e tudo parece que é muito mais natural.

As 2 primeiras voltas do ciclismo não tiveram grande história, ainda bem que assim foi, andei numa média superior a 30km/h e tudo corrida bem, sentia-me bem e achei que o tempo final até poderia ser bom. Na rotunda à entrada da 3ª volta tive de entrar numa trajectória interior e com alguma velocidade porque ia a ultrapassar uma ciclista. Quando estou a meio da rotunda apercebo-me que ou me deitava mais ou ia contra as pessoas que estavam a ver do lado de fora da rotunda. Ao deitar-me a bicicleta foge-me debaixo do corpo e vou ao alcatrão, resultado, um cotovelo queimado pelo alcatrão, o guiador torto mas ainda bem que as mudanças não ficaram afectadas e o orgulho ferido. Foi a minha primeira queda na bicicleta de estrada, e foi a primeira vez que os meus país foram ver uma prova, e estatelei-me mesmo à frente deles...acho que não os vou convidar mais para irem ver  as minhas provas.

Como senão bastasse a queda, levantou-se o vento habitual da estrada do Guincho, ainda faltavam 2 voltas e o vento que soprava na direcção Serra-Cascais estava a deixar-me esgotado. Ao mesmo tempo começa a doer-me o joelho direito e ainda me faltava metade da prova, só me apetecia largar a bicicleta. Antes do final da terceira volta ainda tive de parar para fazer a necessidade número 1 senão teria de parar mais tarde porque ainda faltava muito para terminar a prova. Esta foi mesmo a volta do ciclismo que mais me custou e mais acidentada foi.

No início da 4ª volta ainda se soltou a minha bolsa de ferramentas e começou a roçar na roda de trás, mais uma vez tive de parar para colocá-la devidamente. Nesta 4ª volta o vento continuou forte, mas não me senti tão mal e fui gerindo o ritmo até ao final do ciclismo. Acabei com o tempo de 3h10m, nada brilhante mas consegui chegar.


Conforme começo a correr o joelho direito não me deixava em paz, apeteceu-me andar, apeteceu-me parar apeteceu-me desistir, só pensava que daqui a 3 semanas tenho a maratona de Lisboa e podia estar a por em risco a participação. Ao chegar ao cimo do forte ponho mal o pé no chão, metade em cima de um degrau e metade fora e torci o tornozelo...que mais me podia acontecer, não estava mesmo num bom dia. Estava a correr devagar e não estava a conseguir fazer o que normalmente faço, que são muitas ultrapassagens no segmento da corrida, estava a arrastar-me até ao final. 


No início da 2ª volta chega o João Santos ao pé de mim, ainda estive com ele durante 300-400 metros mas aquele não era o meu ritmo e decidi não ir ao choque e continuar ao meu ritmo e fazer o melhor que conseguisse. Esta volta foi difícil para mim, o calor, o cansaço, o joelho nada me estava a ajudar, só os gritos de incentivo que vinham de fora é que ajudavam a suportar o sofrimento. Até faltar 1 volta e meia para o fim fui sempre a perder tempo, nessa altura estava já a mais de 2 minutos do João Santos e não o pensei mais apanhar, mas tinha outro João Santos, o da minha equipa, à minha frente e a perder tempo para mim.

Nessa altura faltavam 7 quilómetros para o final e achei que ainda era possível ir apanhá-lo, decidi aumentar um pouco o ritmo, as pulsações subiram e fui controlando o meus esforço tentando estar o mais próximo possível do limite e esperar que fisicamente o joelho e os músculos não cedessem. Quando fiz o último retorno, a faltar cerca de 2 quilómetros para o fim estava praticamente encostado ao meu colega João Santos, estiquei e fechei o espaço de 5-10 metros entre nós os 2 e segui com ele. Quando estava a chegar ao final do paredão vi o outro João Santos a arrastar-se na rampa de saída do paredão, decidi dar mais um esticãozinho e encostar nele. Como já faltava menos de 1 quilómetro para o final decidi terminar com ele, tentei puxar por ele para não se ir abaixo e ainda ultrapassámos 2 atletas. Fiquei feliz por terminarmos juntos, para quem sofre durante tanto tempo é bom partilhar aquele sentimento de dever cumprido ao lado de um amigo. O resultado não foi bom, mas daqui a 3 semanas tenho já outra batalha, a maratona de Lisboa, espero conseguir melhorar até lá, esta foi a pior meia maratona que fiz, nunca tinha demorado tanto tempo, mas cada prova é uma prova diferente.



domingo, setembro 13, 2015

Arrábida de dia é para meninos

Já foi há uma semana atrás que fiz mais uma vez a caminhada pela serra da Arrábida, com o objectivo de ir ver o pôr do sol ao marco geodésico, e depois fazer a descida já durante a noite. Como tive uma semana muito agitada no trabalho (se calhar foi alguma vingança pela caminhada), não tive cabeça durante a semana para escrever sobre a caminhada, mas mais vale tarde do que nunca.

Desta vez o desafio foi feito aos meus colegas da Sky, por isso digo que a minha semana complicada foi vingança pela dureza da subida que tivemos de fazer. Chegámos a horas ao campismo dos Picheleiros onde começou a nossa caminhada, tudo bem disposto, tudo super motivado e sorridente. E assim foi até chegarmos à parte da subida da cascalheira. Nessa altura a parte inicial da subida era super íngreme, quase escalada, com cascalho  a rolar encosta a baixo, ou seja, quem ia atrás ia a apanhar com as pedras que os primeiros soltavam. Passado 100 metros de subida olho para o GPS e estávamos fora de trilho, praí 20 metros ao lado. O problema é que estávamos em cima de uma laje e já não era possível voltar ao trilho original. Bem, tinha voltado a enganar-me na subida como já tinha feito uma vez, pensei que algumas das pessoas iam desistir mas lá chegámos os 9 ao topo.


Apesar de alguns olhares que me queriam fulminar por ter dito que a subida não era tão dura como tinha realmente sido, a visão esplendorosa daquele pôr do sol pôs um sorriso na cara de toda a gente. Altura para fazer um chouriço assado a ver se alegrava toda a gente, foi uma boa maneira de os subornar, devo dizer que resultou muito bem. Pôr do sol visto, começar a descida e agora ir com mais atenção para não me voltar a enganar-me no caminho.


A descida correu bastante bem, tudo divertido e com a excitação de fazer aqueles trilhos fantásticos na penumbra da noite com as poucas luzes das lanternas. Chegados à junção que ou nos levaria até ao Portinho da Arrábida ou de volta ao Campismo dos Picheleiros perguntei o que queriam fazer. Democraticamente decidimos ir até ao Portinho e fazer a caminhada total. Eu gostei da decisão mas tive novamente receio que o orgulho de alguns os tivesse feito tomar aquela decisão, mas que já estivessem fisicamente cansados.

Chegados ao Portinho, uma horinha a descansar no café, tostas e umas bebidas para revitalizar corpo e alma e prontos a voltar. Desta vez decidiu-se voltar pelo alcatrão e não pelos trilhos para simplificar a tarefa. Pareceu-me bem para não levar mais na cabeça que a caminhada estava a ser muito cansativa. Até ao final foi tudo bastante calmo, conversa descontraída, com o sentimento de missão cumprida. Acho que tirando aquela subida o resto correu bastante bem e alguns até estavam com ideia de voltar a repetir, por isso não deve ter sido assim tão mau.

sexta-feira, agosto 14, 2015

Within Temptation - Vagos

Já tinha sido há quase 4 anos que os Within Temptation tinham vindo a Portugal, da última vez tinha sido no Coliseu e foi um grande concerto. Desta vez, e para minha agradável surpresa, o concerto seria no Vagos Open Air, que para quem conhece é o festival de Metal de Portugal. Já há 2 anos que andava para ir a este festival, mas sou um metaleiro algo contido, e apesar de gostar de algumas bandas que passaram por lá, a maioria nem me agradava, demasiados guturais, demasiado death metal para o meu gosto.

Este ano, com Within Temptation que é das bandas que mais gosto não poderia faltar ao festival, não vou falar das bandas que tocaram naquele dia porque mal as conhecia, apenas digo que houve umas que gostei mais que outras e que acima de tudo, gostei de ver o ambiente que envolvia todos os concertos, a educação, a irmandade de metaleiro que muita gente duvida e que já falei aqui algumas vezes, belíssimo ambiente de convívio.


No final de todos os outros concertos, aí vinham os cabeças de cartaz, os Within Temptation, não sendo uma banda unânime entre o público, que na maioria preferiam sons mais pesados e se interrogavam como podiam os Within Temptation ser cabeças de cartaz. Contudo haviam muitas pessoas como eu que foram ao festival por causa desta banda, e mesmo os que não foram não podem ter saído descontentes com o concerto. Este concerto era a apresentação do novo álbum Hydra, e começou com a música principal "Paradise" que é uma música cantada em parceria com a Tarja Turunen, que foi a melhor voz feminina que já ouvi ao vivo. Infelizmente não se pode ter tudo e as partes da Tarja eram cantadas por ela mas não ao vivo, também não poderia esperar outra coisa.


O concerto continuou a bom ritmo, algumas músicas antigas que até já as tinha ouvido ao vivo, com músicas do Hydra, sendo que algumas delas são parecerias com outros cantores, e nesses casos aí estavam os ecrans com esses cantores, tal e qual como tinha acontecido com a música inicial cantada pela Tarja. Lá mais para o fim do concerto aguardava-me uma das músicas antigas, a música que mais gosto de Within Temptation o "What Have You Done", a segunda vez que a oiço ao vivo e poderiam ser muitas mais.

Houve coisas que gostei mais no concerto do Coliseu, especialmente o som, num ambiente fechado é sempre melhor e a própria banda é mais intimista, mas no que toca a ambiente um festival tem uma moldura de pessoas muito mais poderosa, e sendo um festival só de metal ainda mais isto acontece, nem imagino como será no Wacken, talvez um dia destes dê lá um saltinho para ver como é.

Within Temptation Setlist Vagos Open Air 2015 2015, Hydra World Tour

quarta-feira, agosto 12, 2015

Capri - Cruzeiro

A última paragem do Allure foi em Nápoles. A excursão deste dia seria até à pequena ilha de Capri, sair do cruzeiro e apanhar um barquinho (idêntico a um cacilheiro) e quase 1 hora de viagem até à ilha. Começando pelas pessoas, esta foi a excursão que correu pior, os guias eram uns verdadeiros inúteis, não sabiam o que lhes perguntávamos, eram uns desorganizados e arrogantes mesmo chegando a roçar o mal educado. Grande diferença para as pessoas do norte de Itália que tinham sido sempre super prestáveis e amáveis.

Ao chegarmos à ilha rapidamente nos desmarcámos do grupo, os guias estavam lá para nos sacar dinheiro e por isso não queríamos mais saber das suas indicações. Aliás a mentalidade daquela ilha é pagar por tudo e mais alguma coisa, com e sem motivo. Ir ao WC...paga, ir à praia...paga, sentar na esplanada...paga, miradouro...paga, taxa de consumo só porque sim...paga.

Mas vamos lá às coisas boas, como ainda não estávamos fartos de barcos, voltámos a apanhar outro barco para dar a volta à ilha. A volta à ilha foi mesmo a melhor parte desta excursão, água belíssima de um azul intenso, passagem pelos farilhões e poder apreciar calmamente a costa da ilha, que diga-se de passagem apesar da sua beleza é essencialmente rochedos e penhascos por isso péssima para quem tem a ideia de ir fazer praia. E mais, não tem areia, só aquelas joguinhas típicas dos nossos rios que são uma tortura para os pés descalços. O mar apesar de lindíssimo é super salgado, nada amigo dos nossos olhos, se aqui em Portugal saio da água por causa do frio, em Capri tinha de sair porque os meus olhos já não aguentavam mais.


Mais um dos exemplos do paga tudo foi esta viagem à volta da ilha, na viagem estava dito que tínhamos passagem pela Grotta Azzura, que é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Capri. Sim tínhamos passagem, mas em letras pequeninas dizia que a entrada na gruta é paga à parte - "Ah a viagem vai passar pelo ponto X...mas a entrada é paga à parte e é tão cara como a viagem!" - é só a mim que isto não faz sentido? Estar 1 hora à espera para entrar numa gruta, pagar 13€/pessoa, e estar 5 minutos lá dentro...não me parece, ainda por cima tendo já visto coisas idênticas quando mergulho.


Acabada a volta de barco à ilha fomos visitar a ilha em si, apanhámos o elevador que nos levaria até à localidade de Capri, 1,8€/pessoa para usar o elevador cuja viagem dura 3m30s, se soubesse tinha ido a pé, pensava que era mais longe, e pelo menos teria dado para conhecer. A vista do topo é fantástica, a ilha é realmente bonita a nível de natureza, é pena estar tão esmagada pelo espírito turístico que torna tudo numa grande confusão de pessoas, de barcos, de mentalidades e da única coisa que importa é que os turistas gastem todo o dinheiro que têm, se é querem sequer mexer um pé. Em suma, gostei de conhecer a ilha mas não será um sítio onde voltarei.

segunda-feira, agosto 03, 2015

Roma - Cruzeiro

Roma, a cidade que já foi o centro do Mundo, a cidade que tem marcas profundas do seu passado e que, tal como Florença, respira a história a cada esquina. Esta sem dúvida foi a excursão mais bem organizada das cinco que fiz, ambos os nossos guias o Paolo e o Vicenzo super simpáticos e sempre disponíveis para esclarecer todas as dúvidas, mostrando bastante conhecimento da história da cidade. Como ir a Roma e não ir ao Vaticano não fazia sentido esta foi a nossa primeira paragem.


Nesta altura enquanto esperávamos para entrar na Basílica, o Paolo começou-nos a falar um pouco de como se inseria o Vaticano dentro de Roma, como eram as relações diplomáticas e quais as regras para entrar dentro do Vaticano. Nisto que um americano sai-se com uma frase que até foi forçada no meio do diálogo que estávamos a ter - "Não deixem é entrar aqui os muçulmanos senão eles vão destruir isto tudo!" - esta afirmação pura de ódio fez-me borbulhar o sangue e tentando ser educado tive de responder, dizendo algo também em inglês como - "É perigoso fazer essa discriminação, há pessoas boas e más em todas as religiões. Se olharmos para os tempos das cruzadas os cristãos também não podiam ser chamados de terroristas?" - mais uns comentários de outras pessoas pelo meio e virei-me para a Ana em português e disse - "É pá estes americanos estão todos formatados da mesma maneira que ideias estúpidas!"

Bem afinal aquela personagem era descendente de portugueses ou já tinha vivido em Portugal, não percebi bem, e como percebeu o que disse veio tentar explica-se. Nessa altura foi quando me apeteceu pregar-lhe um par de chapadas porque além das ideias estúpidas, ainda foram incutidas por osmose, ele nem era americano. A conversa acabou-se por prolongar durante alguns minutos em que se percebia que ambos discordávamos quase por absoluto mas que estávamos a ser diplomatas, em que ele afirmava que eu pensava assim porque nunca Portugal tinha sofrido ataques mas que no máximo em 10 anos íamos ser atacados, e onde eu respondi que nós sempre fomos um país neutro, que não gostamos de nos por em assuntos dos outros países, e que os EUA só se preocupavam em "libertar o povo" das ditaduras em países onde há petróleo.

Quando estávamos à entrada da Basílica o Paolo voltou avisar-nos novamente que não podíamos entrar com os joelhos visíveis, nessa altura eu e um senhor (por acaso também americano) puxámos os nossos calções para baixo para eles taparem os joelhos e eu digo em tom de brincadeira - "Bem, agora com os joelhos tapados e o rabo à mostra já me deixam entrar na basílica" - e ele responde - "Quer dizer ando sempre a dizer aos meus filhos para puxarem as calças para cima e agora sou eu que estou aqui a mostrar o rabo.". Devo dizer que para mim como ateu que sou, todas estas questões  e discussões religiosas me fazem muita confusão. A basílica é realmente imponente, é ainda maior do que imaginava e a quantidade de história que se pode aprender lá dentro é impressionante. De uma riqueza artística impressionante, e graças às explicações no Vicenzo consegui aperceber-me um pouco da grandeza que aquelas paredes continham.


Saído do Vaticano fomos almoçar ao centro de Roma onde comi o melhor gelado até hoje. A seguir uma pequena caminhada onde me apercebi de uma coisa, os condutores italianos ainda são piores que os portugueses, vários acidentes, os carros riscados, com retrovisores pendurados e pior do que isso, passadeiras para eles deve ser um desenho artístico no chão porque estarem lá ou não é a mesma coisa. E não fosse Itália o país das motas, é uma coisa impressionante a quantidade de motas em Roma, pelo menos não é como em Marselha que quando há trânsito as motas vão passar por cima dos passeios.


Passagem pela Fonte Trevi, que infelizmente continua em obras, mas que deve ser belíssima quando está totalmente operacional, e de seguida para o Coliseu. O Coliseu é algo que se me perguntassem eu dizia que era impossível para a época, é uma construção do século I, que demorou apenas cerca de 10 anos a ser construído e que é maior que um estádio de futebol. Só isto dá que pensar, como é que foi possível com os escassos recursos a coisas que dificilmente se podem comparar com maquinaria, terem construído aquela monstruosidade em tão pouco tempo. Felizmente tiveram a brilhante ideia de impedir a sua demolição ao longo dos séculos, sim não está como originalmente era, mas o que sobrou dá bem para ter uma ideia de quão glorioso seria na época.


Por fim visita ao Fórum Romano, aqui senti que tive pouco tempo, sim deu para aprender alguma da sua história, mas não deu para ver com olhos de ver toda aquela zona. Foi um dia muito bem organizado, deu para ver imensa coisa, e como estávamos numa excursão conseguimos evitar aquelas filas gigantes, conseguindo assim aproveitar melhor o escasso tempo.

sexta-feira, julho 31, 2015

Florença - Cruzeiro

Florença era a paragem que mais me despertava curiosidade, pela história e pela arte, e não fiquei mesmo nada desapontado, das 5 paragens que o cruzeiro fez sem dúvida Florença foi a melhor. O único "senão" desta paragem foi a longa viagem de 150km entre o porto de La Spezia onde o cruzeiro atracou e Florença, 2 horas de viagem de autocarro para cada lado não é nada agradável.


A visita a Florença (ou Firenze em italiano), começou com um pequeno passeio no rio Arno, onde passámos por baixo da Ponte Vecchio, a única ponto que sobreviveu à 2ª guerra mundial. Com uma temperatura de 40ºC, não estava um grande dia para passear a não ser que fosse à sombra, o que vale é que o centro histórico de Florença está todo muito concentrado, não sendo necessário grandes caminhadas para percorrer toda a área, e as ruas são estreitas o que faz com que estejam maioritariamente à sombra dos edifícios.


Depois de passar pela parte de cima da Ponte Vecchio, de ver os típicos cadeados postos pelos namorados presos à ponte, fui para a Piazza della Signoria, para cada lado que olhasse só arte, só esculturas, só edifícios altamente trabalhados. Florença impressiona por isto mesmo, a cada esquina há história, há arte, parece uma cidade perdida no tempo onde tudo o que é artística passou por lá e deixou a sua marca. Nesta praça podemos ver uma série de monumento, estátuas, o Palazzo Vecchio, a fonte de Neptuno, simplesmente impressionante a beleza e quantidade de arte concentrada num só local.

Passagem rápida pela Piazza della Repubblica e a paragem obrigatória no ex-libris de Florença, a Duomo, a belíssima  Catedral de Santa Maria del Fiore, a 5ª maior do Mundo e a maior na altura da sua construção. Construída entre o século XIII e XV um edifício imponente construído em mármore, misturando o branco, verde e rosa. Infelizmente as filas para entrar eram de tal modo grandes que com o pouco tempo que tinha era totalmente impossível de ver por dentro ou sequer de subir à torre Giotto.

Segui em passo apressado para a Basílica de San Lorenzo e Capela Médici que se encontrava com uma exposição de peças em metais preciosos. Tudo isto visitado muito rapidamente, simplesmente espreitando o interior. Passagem pela parte de fora do Palácio Médici Riccardi para mais umas fotos por entre as grades porque não havia tempo para visitar o interior. Já agora aproveito para falar na família Médici, a história de Florença e da família Médici estão intimamente ligadas, a cidade é o que é muito graças a esta família que dominava pelo poder económico visto serem banqueiros, todas estas construções, toda esta arte foi paga na altura pelo banco Médici.

Ao ir em direcção à praça de Santa Croce passei por um edifício com umas belas pinturas no seu exterior, enquanto tirava fotografias veio uma ambulância de onde sai com um paciente e entra dentro do edifício...aquilo era o hospital...até a fachada do hospital parecia um edifício histórico, totalmente integrado na paisagem ao ponto de nem me ter apercebido que era um hospital. A minha visita terminou assim à frente da basílica de Santa Croce, com a sensação de ter visto muita coisa mas ainda mais coisas por ver. Só passei pela parte norte do rio e mesmo isso não consegui entrar dentro de nenhum edifício. Tenho de voltar a Florença numa altura com menos gente por causa das filas, e pelo menos com 3 dias de estadia.

terça-feira, julho 28, 2015

Marselha - Cruzeiro

Marselha foi sem dúvida a paragem que mais me surpreendeu pela positiva, não estudei a cidade e fui agradavelmente surpreendido por uma cidade cheia de história e até certo ponto, muito idêntica a Lisboa, muito transito, uma baixa comercial de linhas rectas, e um monumento no topo da montanha em tudo semelhante a Lisboa. A primeira paragem foi para tirar fotografias à emblemática Château d'If, imortalizada no romance de Alexandre Dumas como a prisão de onde escapou o Conde de Monte Cristo.


O ponto de paragem seguinte foi o monumento no topo da montanha, Notre Dame de la Garde. Uma catedral fantástica que se ergue no topo do monte sobre Marselha, vista de qualquer lado e com uma vista espectacular sobre a cidade. O caminho até lá chegar a cima é que foi algo tortuoso, estradas estreitas, em obras, em hora de ponta, se tivesse feito a pé teria sido mais rápido, ainda por cima tendo trilhos marcados até ao topo. Lá de cima ainda era possível ver o Vélodrome com um design moderno facilmente identificável no meio da cidade. Esta catedral é sem dúvida um dos pontos imperdíveis de quem vai a Marselha


Voltámos a descer para a baixa onde tivemos algum tempo para passear. Neste momento quase que parecia que estava no Survival, tinha uma série de pontos que podia visitar e tempo limitado, tinha de decidir o melhor trajecto e que pontos iria visitar. O primeiro sítio que escolhemos foi o Mémorial de la Marseillaise, infelizmente estava fechado para remodelação por isso batemos com o nariz na porta. Seguimos em direcção a um museu que estava assinalado no mapa que tínhamos, mas afinal não era um museu, já tinha sido, mas agora era o Conservatoire National de région - Pierre Barbizet

Para contraria a minha ideia que os franceses são antipáticos, todas as pessoas a que pedi informações foram super simpáticas, só falam francês sim, mas tentam ajudar como podem. E aqui no Conservatório houve um simpático senhor que nos mostrou as esculturas que estavam dentro do edifício e simpaticamente ainda nos explicou a história por detrás das obras e os seus autores. O meu francês é muito fraco mas mesmo assim o senhor esforçou-se em explicar tudo, e conseguiu, apesar de eu ter falado pouco consegui apanhar a informação relevante. No final ainda nos convidou para assistir a um concerto que ia ter lugar ao final da tarde, infelizmente nessa altura já estaria de volta ao cruzeiro por isso não seria possível.


Seguimos em direcção à Préfecture des Bouches-du-Rhône. No caminho passámos por uma espécie de mercado de rua onde havia bancas de comida por todo o lado, as lojas tinham bancas do lado de fora, cheiros intensos a caril, peixe, carne, fruta... O edifício da prefeitura estava fechado mas a praça em frente e a fachada fizeram valer a pena a caminhada. Estava na hora de regressar ao cruzeiro, com muita coisa por ver e com vontade de voltar porque tenho a sensação que muita coisa ficou por ver e conhecer.


segunda-feira, julho 27, 2015

Palma de Maiorca - Cruzeiro

A primeira paragem do Allure of the Seas foi na ilha de Maiorca. Já foi há 15 anos que tinha estado em Palma de Maiorca, numa fase diferente, por um motivo diferente, e os únicos sítios por onde voltei a passar e que me recordava deles foram o Tito's e o Pacha. Não é que Maiorca tenha muito para ver além das praias e das discotecas, mas consegui descobrir um pouquinho mais da ilha que me permite dizer que afinal não é só praias e discotecas.

Uma primeira palavra para o nosso guia, acho que foi o primeiro espanhol que vi a tentar falar e comunicar algumas palavras em português apesar de não saber português, além disso conseguia perceber-nos a falar em português, tal e qual como nós conseguimos perceber os espanhóis quando eles falam em espanhol.


Há 15 anos atrás passei mesmo à frente da Catedral de Palma e como é possível que não tenha me apercebido de tal monumento? A catedral do estilo gótico tem a particularidade de ter sido construída a partir de uma mesquita, mantendo alguns traços da mesma nas zonas mais antigas. Frente à catedral a residência oficial da coroa espanhola, mais um edifício belíssimo e facilmente notável de tudo o que está ao redor, e mais uma vez não tinha dado por ele na minha primeira visita a Maiorca.


Estando em Espanha nada mais tradicional que visitar a única praça de touros de Maiorca, na qual é realizada apenas uma corrida de touros todos os anos. Por fim a visita a Palma terminou no exterior do Castelo Bellver, num dos topos mais altos da parte sul da ilha, gostava de ter estado no interior mas já não havia tempo para mais.