Marselha foi sem dúvida a paragem que mais me surpreendeu pela positiva, não estudei a cidade e fui agradavelmente surpreendido por uma cidade cheia de história e até certo ponto, muito idêntica a Lisboa, muito transito, uma baixa comercial de linhas rectas, e um monumento no topo da montanha em tudo semelhante a Lisboa. A primeira paragem foi para tirar fotografias à emblemática Château d'If, imortalizada no romance de Alexandre Dumas como a prisão de onde escapou o Conde de Monte Cristo.
O ponto de paragem seguinte foi o monumento no topo da montanha, Notre Dame de la Garde. Uma catedral fantástica que se ergue no topo do monte sobre Marselha, vista de qualquer lado e com uma vista espectacular sobre a cidade. O caminho até lá chegar a cima é que foi algo tortuoso, estradas estreitas, em obras, em hora de ponta, se tivesse feito a pé teria sido mais rápido, ainda por cima tendo trilhos marcados até ao topo. Lá de cima ainda era possível ver o Vélodrome com um design moderno facilmente identificável no meio da cidade. Esta catedral é sem dúvida um dos pontos imperdíveis de quem vai a Marselha.
Voltámos a descer para a baixa onde tivemos algum tempo para passear. Neste momento quase que parecia que estava no Survival, tinha uma série de pontos que podia visitar e tempo limitado, tinha de decidir o melhor trajecto e que pontos iria visitar. O primeiro sítio que escolhemos foi o Mémorial de la Marseillaise, infelizmente estava fechado para remodelação por isso batemos com o nariz na porta. Seguimos em direcção a um museu que estava assinalado no mapa que tínhamos, mas afinal não era um museu, já tinha sido, mas agora era o Conservatoire National de région - Pierre Barbizet.
Para contraria a minha ideia que os franceses são antipáticos, todas as pessoas a que pedi informações foram super simpáticas, só falam francês sim, mas tentam ajudar como podem. E aqui no Conservatório houve um simpático senhor que nos mostrou as esculturas que estavam dentro do edifício e simpaticamente ainda nos explicou a história por detrás das obras e os seus autores. O meu francês é muito fraco mas mesmo assim o senhor esforçou-se em explicar tudo, e conseguiu, apesar de eu ter falado pouco consegui apanhar a informação relevante. No final ainda nos convidou para assistir a um concerto que ia ter lugar ao final da tarde, infelizmente nessa altura já estaria de volta ao cruzeiro por isso não seria possível.
Seguimos em direcção à Préfecture des Bouches-du-Rhône. No caminho passámos por uma espécie de mercado de rua onde havia bancas de comida por todo o lado, as lojas tinham bancas do lado de fora, cheiros intensos a caril, peixe, carne, fruta... O edifício da prefeitura estava fechado mas a praça em frente e a fachada fizeram valer a pena a caminhada. Estava na hora de regressar ao cruzeiro, com muita coisa por ver e com vontade de voltar porque tenho a sensação que muita coisa ficou por ver e conhecer.
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