A tradição manteve-se e mais uma vez para terminar o ano nada melhor que a São Silvestre da Amadora. A temperatura estava fria como habitual mas sem chuva, ideal para correr, ao fim de 15-20 minutos de aquecimento já conseguia tirar a camisa de mangas compridas e correr com uma simples t-shirt técnica.
O arranque é sempre a mesma confusão, que aumenta de ano para ano conforme o número de pessoas aumenta, e não havendo partida segmentada por tempos é um bocado difícil começar a correr nos primeiros 300 metros, onde se perdem segundos preciosos. Sei que a subida inicial de 2,2km é preponderante para o resto da corrida, tem que haver sempre uma gestão entre esforço e perda de tempo, não acelerar demais para não chegar muito desgastado ao topo mas também não abrandar demais e perder segundos irrecuperáveis.
No topo senti-me bem, estava já a perder 30 segundos para a média de 4min/km, mas era recuperável, alarguei passo na descida e comecei a controlar a respiração. Por volta dos 4km há outro corredor que me pergunta se estou a controlar o tempo. Respondi-lhe com a média que estávamos de 4:05min/km, e ele disse que tinha o objectivo de 4:30/km que ia tentar ir comigo. Nas subidas eu tomava a dianteira, mas depois na recuperação ele foi uma excelente ajuda, a seguir a cada subida ele passava para a frente e não deixava o ritmo morrer, especialmente a seguir à subida dos Comandos que eu exagerei um bocadinho e cheguei lá acima mesmo a morrer.
Ele como não conhecia o percurso ia sempre pedindo indicações, para perceber onde podíamos acelerar ou se ainda tínhamos de poupar alguma coisa. Chegámos ao final juntos com o tempo de chip de 40m30s, o meu segundo melhor tempo na São Silvestre da Amadora e muito graças ao meu parceiro de corrida. Se a corrida não tivesse ligeiramente mais de 10 quilómetros e com um bocadinho mais de treino, teria conseguido baixar da barreira dos 40 minutos novamente, fica para outra ocasião, vamos ver que provas irei fazer em 2018.
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