terça-feira, junho 19, 2012

Dia 5: Curia - Oliveira de Azeméis

O dia começou fresco e pela primeira vez tivemos a aparição da nossa amiga chuva, apesar de durar muito pouco tempo. No dia anterior tínhamos andado a passear pelo jardim central e como gostámos tanto, começámos a nossa viagem por uma passagem pelo parque para tirar mais umas fotos e fazer mais uns vídeos.

Ao fim de 10km já o calor apertava pois a chuva foi de pouca dura, altura de tirar os casacos. Os quilómetros seguintes foram basicamente uma passagem por aldeolas e estradas muito pouco movimentadas. Até que chegámos a uma ponte que estava bloqueada com tijolos, o que pensámos - "Ah isto é para os carros não passarem." - passamos as bicicletas por cima do muro e espanto nosso quando estamos a meio da ponte reparamos que ela tinha colapsado!


 Lá fomos dar a volta para passarmos por cima da ponte principal, onde encontrei um peregrino belga que no meu mau francês lá percebi que ele estava a fazer o caminho no sentido inverso e nos deu indicações para retomar o caminho a seguir à ponte caída.

Este poderia ser apelidado de "dia dos carris", frequentemente tínhamos de passar passagens de nível e andar praticamente em cima de carris em linhas de comboio desactivas. 


Em Albergaria-A-Velha conseguimos o primeiro carimbo do dia na Santa Casa da Misericórdia. Aqui foi engraçado porque uma das senhoras virou-se para mim e disse algo como - "É pá mas vocês estão totalmente fora do caminho, não?" - A verdade é lhe pedi para olhar pela janela e reparar numa seta amarela que estava do lado de fora que indicava o caminho, ela nem sabia do significado da seta.

Parámos entretanto para um pic-nic num eucaliptal à saída de Albergaria-A-Velha, enquanto nós almoçávamos as melgas também estavam a ter um manjar com o nosso sangue, por isso deve ter sido o almoço mais rápido que tivemos.

No Pinheiro da Bemposta parámos na igreja para tentar mais um carimbo, quando pelo 2º dia seguinte dou com um velório, mas que raio de sorte...Acabámos por conseguir o carimbo no centro paroquial que era do outro lado da rua.

A chegada a Oliveira de Azeméis lembrou-me a chegada a Santarém uma subida que nunca mais acabava e com uma inclinação nada simpática para um final de dia. Passagem pela Câmara Municipal e mais um carimbo. Neste dia íamos fazer coutchsurfing, mas como a Bruna que era a nossa anfitriã ainda estava a trabalhar aconselhou-nos a visitar o jardim La Salette e em boa hora o fez pois foi dos sítios mais bonitos que visitámos durante a nossa viagem. Uma coisa que realmente me fez chatear comigo próprio e reconheci isso durante esta viagem, é haverem tantos sítios incríveis no nosso país e apesar de ter visitado já grande parte do país, não o visitei na verdadeira ascensão da palavra.


Depois de nos encontrarmos com a Bruna decidimos que íamos jantar fora, para não termos o trabalho de cozinhar em casa e limpar as coisas e assim teríamos mais tempo para estarmos descontraídos. Fomos jantar uma pizzas feitas a lenha no restaurante Feitoria dos Sentidos, um lugar extremamente agradável. Voltamos a casa e o Pre como estava bastante cansado foi-se logo deitar, eu ainda fiquei na conversa durante mais um bocado. Fiquei surpreendido com a Bruna pois ela conhecia mais coisas do nosso país (ela é brasileira), que a maior parte das pessoas e até sabia imensa coisa sobre o caminho de Santiago.

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