Este dia acabou por ser extremamente curto, com a vergonhosa distância de apenas 45 quilómetros (não sei onde ficaram os mais 10km que inicialmente estavam previstos). Mas comecemos pelo início, o dia começou com um pequeno almoço espetacular, por baixo da casa da Bruna há uma padaria/pastelaria, onde fui comprar pão e merendas acabadinhos de fazer ainda quentinhos.
Apesar de curto este dia viria-se a revelar o segundo dia mais duro até então logo a seguir ao 3º dia de viagem. Logo ao quilómetro 5 o Pre teve o seu furo da praxe, o curioso foi que conforme parámos desatou a chover uma daquelas chuvas tropicais que continuou durante toda a mudança da câmara de ar e parou exactamente na altura que voltámos a pedalar.
Muito sobe e desce até que chegámos a S. João da Madeira. Já tinha essa noção, mas confirmei que as pessoas de S. João da Madeira são extremamente devotas, era feriado e todas as igrejas da cidade estavam cheias até à porta o que fez com que fosse impossível conseguir qualquer carimbo. A saída de S. João da Madeira é dos locais mais mal assinalados da viagem, ou então seguimos o GPS e alguma seta escapou-nos e saímos do caminho durante uma pequena parte do percurso. Ainda passámos por Grijó que infelizmente com a confusão teve de ser uma passagem rápida para fugirmos à confusão do transito.
De seguida chegámos ao Perosinho onde demos com uma das partes mais belas de todo o percurso, uma antiga via romana, rodeada por muros, inserida num parque natural onde predominavam os fetos. Mas como tudo o que é bom existe sempre um senão e esse era a dureza do percurso, grandes subidas feitas naquelas lages grandes e escorregadias.
E de repente já estávamos em Gaia, muito mais cedo do que prevíamos, ainda tentámos ir à Câmara Municipal para carimbar as credenciais, mas como era feriado estávamos com pouca sorte. Passagem pela bela ponte D. Luís e chegada à emblemática Sé do Porto de onde partem a maioria dos peregrinos que faz o caminho português. Aqui conseguimos os 2 carimbos do dia, o da Sé e o da Câmara do Porto que é um dos mais bonitos. Passámos então pela torre dos Clérigos e fomos ter com o nosso anfitrião deste dia, mais uma fez iríamos fazer coutchsurfing. Enquanto esperámos por ele saímos a pé e fomos passear pela zona ribeirinha, tirar umas fotos e comprar umas recordações.
Como estávamos no Porto o nosso jantar não podia ser outro que não uma francezinha, fomos jantar a um dos locais onde se diz que se comem das melhores francezinhas ao Capa Negra II. Por fim demos uma volta de carro pelas margens do Douro e fomos para casa descansar para nos prepararmos para o esforço do dia seguinte.
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