segunda-feira, dezembro 17, 2018

S. Silvestre Almada

Foi a primeira vez que participei nesta São Silvestre, e o que posso dizer é que o percurso de Almada me apanhou totalmente desprevenido, ao ponto de achar que é a corrida de estrada mais dura que já fiz, inclusivamente mais dura que a S. Silvestre da Amadora e a Corrida do Fim da Europa. Não existem momentos de plano, talvez o único plano sejam para aí 300-400 metros junto às fragatas dentro do Alfeite, de resto é uma montanha russa constante, um sobe e desce quebra pernas e que torna quase impossível um ritmo constante.

A temperatura estava maravilhosa para correr, mesmo como gosto, assim um pouco frio antes de começar e que fica perfeita depois de 1 minuto a correr. Como a corrida tem um percurso complicado é difícil ter um grupo constante, o que foi acontecendo é que estava no meio de um grupo de uma dezena de corredores, conforme se subia haviam alguns que se distanciavam, claramente eu subo muito melhor do que desço e nessa altura ganhava sempre espaço, enquanto que outros desciam melhor e eu tinha de penar para não perder muito terreno. Outra coisa chata do percurso é que tem muito empedrado, e estando a chover como era o caso ficava muito escorregadio especialmente a descer. Aliás ao entrar para a recta da meta um corredor que seguia a minha frente estatelou-se, outro corredor ajudou-o a levantar e ambos mantivemos as posições ao cortar a meta, por respeito ao que tinha caído.

E aquela subida, já muito perto do final que começava ao pé da rotunda Centro-Sul e ia até ao centro de Almada, é uma prova de sofrimento, não posso dizer que me tenha saído mal pois ainda ultrapassei alguns corredores, mas a nível de tempo final é totalmente arrebatadora, matando qualquer esperança de um bom tempo. Queria fazer 40 minutos de prova, e aos 5 kms ia com 20m20s, o que aparentemente até era bom, mas pelo que tinha visto até ali percebi logo que seria praticamente impossível, estava a uma cota muito inferior ao que estaria a meta, por isso ainda iria perder muito tempo em subidas. O resultado final foi 41m09s, que dada a dureza da prova não foi nada mau, ainda por cima recuperei 8 lugares na segunda parte da prova.



Uma coisa que me apercebi, foi que o sensor do relógio que mede a frequência cardíaca pode ser bom para repouso, mas para provas é uma grande porcaria, sei perfeitamente que andei sempre muito perto do meu limite, e o que o relógio registou foi quase um ritmo cardíaco de treino, por isso só voltarei a fazer uma prova sem a banda cardíaca se me voltar a esquecer dela.

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