Ainda bem que aquelas temperaturas loucas do dia anterior baixaram radicalmente, estava com algum receio daqueles quase 40ºC que estavam às 11h30m do dia anterior, hora da prova. Um dos momentos importantes da prova aconteceu ainda antes dela começar. As mulheres arrancavam 5 minutos antes dos homens, e quando analisava a trajectória que estavam a fazer dentro de água reparei que quando chegavam à primeira bóia eram empurradas pela maré para a direita e que estavam com alguma dificuldade em voltar à trajectória correcta para contornar a bóia.
Logo que arranquei tentei posicionar-me o mais à esquerda possível, aproveitei a corrente que até puxava para fora naquela altura e desalinhei propositadamente com a bóia, o que foi bom porque consegui rapidamente evitar aquele emaranhado de corpos provocado por um pelotão com cerca de 400 elementos. À minha direita ia um grande pelotão e eu mais meia dúzia de gatos pingados a fazermos uma trajectória que parecia ridícula. Quando chego aí a 100 metros da bóia vejo aquela massa de corpos a tentar aproximar-se de mim vinda da direita, e mesmo eu que vinha numa trajectória bem fora com a força da corrente quase que falhava a bóia, foi mega confusão. Nessa altura reparo no Ricardo Costa de cabeça de fora a olhar para todo o lado (como é possível ter encontrado alguém no meio daquela confusão) parei e perguntei-lhe o que se passava. Ele com o cansaço de ter estado a lutar contra a corrente estava desorientado, não encontrava a bóia apesar de estar pertíssimo dela. Tive 30s-60s com ele, a agarrar-lhe o braço e a tentar ajudá-lo a ir na direcção correcta até que passámos a bóia.
Nessa altura fiquei algo chateado com a arbitragem, mas percebo agora a decisão que tiveram, eles deram ordem para as pessoas seguirem mesmo não passando a primeira bóia...sim fiquei prejudicado, mas a integridade dos atletas acima de tudo e com aquela corrente os mais fracos no segmento da natação iam ficar ali o resto do dia a lutar com a corrente até ficarem a boiar de cansaço. Escusado será dizer que com isto entre as duas bóia apanhei com o pelotão todo, inclusivamente com nadadores melhores que eu que se tinha atrasado, foi pior que na saída, não via nada, cacetadas por todo o lado. Bem, foi o segmento de natação mais atribulado que já tive, apesar da minha boa decisão inicial, fiz quase 850 metros (mais 100 metros que a distância oficial) em pouco mais de 14 minutos.
Transição sem grandes problemas e desta vez tinha ideia de me rebentar no ciclismo, devido à minha entorse sabia que não ia conseguir andar ao máximo na corrida, por isso era gastar os cartuchos todos no ciclismo. A ida até Algés para mim foi feita a um ritmo louco, 40-45km/h, o João Santos ainda me tentou ajudar nessa fase a seguir no grupo onde ele ia, mas eu estava totalmente sufocado, descaí, fiquei entre grupos e esperei o próximo que vinha num ritmo mais condizente com o meu.
Na viragem de Algés ainda passei pela frente do grupo durante 1-2kms, e tentei ajudar, acabei por pagar na subida do Alto da Boa Viagem, rebentei e fiquei para traz com mais 3-4 atletas. Fomos trabalhando entre nós, mas não viríamos mais a apanhar aquele grupo. No fim da subida de Paço de Arcos o Sérgio apanha-me, com sacrifício consigo seguir na roda dele. Acabei o ciclismo com uma média de 35,2km/h, é verdade que perdi bastante tempo para alguns dos meus colegas, mas para quem queria fazer 33-35km/h de média foi melhor que o esperado.
Chego ao parque de transições e apesar de ter uma referencia em que sítio estava no parque não encontrava o meu cesto, com o cansaço estava desorientado e apesar do cesto estar mesmo à minha frente não o encontrava...bem foram mais uns 30 segundos perdidos estupidamente.
Na corrida estava com algum receio, tinha treinado na 3ª feira passada ao fim de mais de 1 mês sem correr e tinha tido dores no tornozelo lesionado. A dor estava lá mas menos agressiva, e mesmo não fazendo uma corrida brilhante consegui fazer uma média inferior a 4m30s/km, para quem está meio perneta, sem treinar, e com o cansaço acumulado da prova, nada mau, ainda consegui recuperar algumas posições e acabar com um resultado melhor que no ano anterior, ficando no final com 1h12m04s, a meio da tabela classificativa e a meio dos meus colegas de equipa.
Na viragem de Algés ainda passei pela frente do grupo durante 1-2kms, e tentei ajudar, acabei por pagar na subida do Alto da Boa Viagem, rebentei e fiquei para traz com mais 3-4 atletas. Fomos trabalhando entre nós, mas não viríamos mais a apanhar aquele grupo. No fim da subida de Paço de Arcos o Sérgio apanha-me, com sacrifício consigo seguir na roda dele. Acabei o ciclismo com uma média de 35,2km/h, é verdade que perdi bastante tempo para alguns dos meus colegas, mas para quem queria fazer 33-35km/h de média foi melhor que o esperado.
Na corrida estava com algum receio, tinha treinado na 3ª feira passada ao fim de mais de 1 mês sem correr e tinha tido dores no tornozelo lesionado. A dor estava lá mas menos agressiva, e mesmo não fazendo uma corrida brilhante consegui fazer uma média inferior a 4m30s/km, para quem está meio perneta, sem treinar, e com o cansaço acumulado da prova, nada mau, ainda consegui recuperar algumas posições e acabar com um resultado melhor que no ano anterior, ficando no final com 1h12m04s, a meio da tabela classificativa e a meio dos meus colegas de equipa.
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