sexta-feira, outubro 12, 2012

Survival VII - Prova 3

Depois de termos terminado o Quebra Ossos às 17h estava a contar ter algumas horas de descanso...correcto, o conceito de 'algumas horas' é que não foram tantas como estava à espera e por volta das 22h recebíamos mais uma prova, a prova 3 o Mastermind.

Esta prova começou logo de um modo chato e parvo, andar 4km pela estrada só para chegar ao primeiro marcador...que grande seca ainda por cima com o cansaço acumulado. De seguida um ponto mal marcado pela organização que nos fez andar às voltas durante quase 1h. Com isto tudo já tínhamos gasto mais de 2h numa prova que tinha o tempo máximo de 5h para a concluir. Finalmente encontrámos o ponto, uma casa assombrada onde encontrámos 2 números: um 6 e um 7, não sabíamos mas estes números viriam a ser importantes.

De seguida seguimos até à margem do rio onde 2 de nós tinham de atravessar o rio de kayak para fazer a prova do outro lado. Como estava com algum frio e ainda alguma energia fui eu e o Neto a remar para o outro lado. Do outro lado estavam 2 elementos da organização que só nos diziam password. Eu e o Neto já passados com tudo, pelos pontos mal marcados pela organização, pelo cansaço acumulado, pelo frio (um obrigado a um dos elementos da organização que me emprestou um casaco naquela situação) e depois de tentativas falhadas de acertar na password, dissemos que preferíamos ser penalizados mas voltar para o outro lado para junto da equipa e continuarmos porque estávamos sem imaginação para mais.

Fomos aconselhados a continuar a tentar, o que relutantemente aceitámos. Fartámos-nos de olhar para a porcaria de uma folha que nos tinham dado com a descodificação de código Morse para alfabeto, até que levantei o raio da cabeça do papel e reparei que do outro lado da margem estava uma luz a piscar...bingo era a nossa password a ser transmitida pelos restantes elementos da equipa que tinham ficado na outra margem. Pensando bem agora à posteriori, era óbvio que tinha de ser algo do género, o Survival é um jogo de equipa, não fazia sentido haver uma prova que só 2 elementos da equipa participavam. No fim da prova foi-nos dado o número 9 e mais 2 coordenadas.


Na primeira coordenada encontrámos parte de uma nova coordenada, percebemos logo que a segunda coordenada nos iria dar o que restava da nova coordenada. O problema é que a segunda coordenada estava novamente mal marcada pela organização. Mais um tempão perdido até que um elemento da organização apareceu para esclarecer o problema, neste momento já eram 3h30m e já estávamos totalmente fora de horário, graças aos pontos mal marcados e à nossa insistência em sermos perfeccionistas e irmos exactamente onde estavam os pontos marcados no mapa e só chamar a organização em último caso.

Achado o marcador e a restante parte da coordenada lá fomos para o ponto da nova coordenada. Esta prova tinha uma premissa, tínhamos de ser subtis e não nos podíamos deixar fotografar por elementos da organização que se fizessem passar por sentinelas. Quando chegámos ao ponto da coordenada aí estavam os fotógrafos/sentinelas. Nem nos preocupamos em esconder ou fugir, a frustração e cansaço eram tantos que só queríamos chegar ao último ponto e regressar à tenda. 1001 fotos depois encontrámos um cadeado de 3 dígitos que tínhamos de abrir. Claro que os dígitos 6, 7 e 9 que tínhamos apanhado nas provas anteriores eram a resposta só os tínhamos de ordenar correctamente.


Lá abrimos o cadeado e agora era a longa volta para o campismo, mais uma viagem parva de 6 longos quilómetros sem sentido nenhum entre o ponto da última prova até ao campismo. Nesta altura já o Jorginho estava com os pés cheios de bolhas o que ainda ajudou a atrasar o ritmo. Eram 5h30m e finalmente chegámos ao parque de campismo, cansados e super chateados pelo tempo que perdemos nos pontos mal marcados pela organização. Fica aqui o track GPS desta prova:

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