terça-feira, dezembro 16, 2025

Troféu de Oeiras - Cruz Quebrada

Talvez a prova mais fácil do troféu de Oeiras, apesar de não ter conseguido treinar durante a semana estava com otimista para a prova. O início é a parte mais fácil, ligeiramente a descer e plano, muita gente no primeiro quilómetro a impedir um ritmo maior, no entanto estava bem confortável. Na parte plana da marginal consegui ultrapassar alguns corredores e quando entrei na subida do Jamor estava bem, continuei a ultrapassar e o ritmo não tinha descido muito. 

Dar a volta ao parque de estacionamento em plano e a descer, tudo tranquilo, mas quando começo a subir outra vez senti-me sem forças. Aquela ligeira subida deixo-me quase a andar, estávamos com 5km de prova e ainda faltava 1/3 da prova e eu estava sem combustível no tanque. O quilómetro seguinte ainda consegui disfarçar e tentar recuperar porque era maioritariamente a descer, mas a partir dali foi sofrer. Por volta dos 6,5kms passam 2-3 corredores por mim e eu não consegui seguir e fiquei ali no meio de grupos numa posição desconfortável, o foco foi manter a distância para o grupo da frente para ter alguma referência. Descida que dá acesso à reta da meta e ainda acelerei o ritmo, percebi que não vinha ninguém atrás de mim, mas se houvesse alguma quebra à frente tentava aproveitar. Não foi o caso e não consegui ultrapassar mais ninguém, acabei a prova praticamente com o mesmo tempo do ano passado com uma grande diferença, até os 5kms os meus parciais foram sempre melhores, para perder todo o tempo de vantagem nos últimos 2,5kms. Faltou-me um pouco de ritmo e consistência na parte final, mas foi uma boa prova, 23º lugar em 65 corredores.



quinta-feira, dezembro 11, 2025

Grande Prémio de Natal

Nunca tinha feito esta corrida, no entanto o percurso parecia-me idêntico à corrida da Liberdade, por isso teria um percurso relativamente fácil que acabava a descer. O meu objetivo para esta corrida não era pessoal, era ajudar a Liliana a acabar os 10kms abaixo de 1h. Os 2 primeiros quilómetros foram bastante rápidos, bem acima dos 6min/km necessário para fazer a corrida em menos de 1h. Ainda disse à Liliana para não "esticar" muito, mas ela disse que se sentia bem, que estava tranquila. Como era a descer deixei ir aquele ritmo, sempre ganhávamos alguma margem de tempo para as subidas.

E a primeira subida surgiu logo aos 3kms, e era a pior da prova, não muito longa mas dura, e a Liliana começa a andar. Incentivei-a a não parar mas ela andou quase toda a subida, o que levou a que ao final dos 3kms já só tivéssemos 30 segundos de margem, grande parte estava perdida naquela subida.

Até aos 5kms estávamos dentro do tempo, mas a média estava a ser pior dos 6min/km, eu estava a ver toda a margem a ir embora, assim como a energia da Liliana, que não estava a conseguir manter o ritmo. Por volta dos 7kms passa a bandeira dos 6min/km por nós, esforcei-me para que a Liliana não largasse o grupo mas numa das subidas dos túneis ficou irremediavelmente para trás, percebi que a partir dali já não era possível, no entanto, tentei motiva-la ao máximo de modo a perdermos o mínimo possível. Chegámos ao final com o tempo de 1h1m55s, ainda não foi desta, mas eu sei que com treino ela consegue.


quarta-feira, dezembro 10, 2025

Troféu de Oeiras - Milha de Queijas

Primeira prova do troféu de Oeiras é a milha de Queijas e este ano era no dia a seguir à meia maratona dos Descobrimentos. Escusado será dizer que estava moído do dia anterior, mas como era uma milha não havia grande coisa a gerir, era tentar dar o máximo com as dores e bolhas que tinha ganho no dia anterior. Pareceu-me que saí bem, no entanto fui logo passado por um colega de equipa que nem consegui seguir, não queria forçar porque sabia que depois do retorno era ligeiramente a subir e não podia ficar sem combustível. Ainda antes do retorno ultrapassei o meu colega de equipa, mantendo sempre um ritmo constante. Após o retorno foi sofrer um pouco para não quebrar até ao final. Acabei com 5m50s, melhor 6 segundos que o ano passado e ainda por cima a distância este ano era ligeiramente superior. Mesmo desgastado do dia anterior consegui melhor que o ano passado, nada mau.

terça-feira, dezembro 02, 2025

Meia Maratona dos Descobrimentos

Esta era uma prova que me estava entalada, depois dos excelentes tempos nos distantes anos de 2013 e 2015, há dois anos atrás quando fiz a minha última meia maratona o tempo foi miserável e com muitas dificuldades para acabar, tendo inclusivamente andado. Este ano com treino queria vingar-me dessa prova.

Na sexta-feira anterior à prova tive o jantar de empresa e numa conversa descobri que um colega iria também fazer a prova e tinha o mesmo objetivo que eu, terminar abaixo 1h35, ou seja, fazer uma média inferior a 4m30s/km. Combinámos então fazermos a prova juntos para nos entre ajudarmos. A ideia dele seria fazer os 3 primeiros quilómetros a 4m30s e depois baixar para 4m25s. Para mim estava bom, já há 2 anos não fazia uma meia maratona e ser conservador não me pareceu má ideia. Logo no arranque tive de resfriar o meu ímpeto, senão fosse o Danilo a marcar o ritmo eu tinha logo ali pisado o acelerador e não sei que impacto negativo teria mais à frente. A partir dos 3 quilómetros então acelerei um pouco e fui tentando controlar sentia-me bastante bem, mas não queria ter nenhuma quebra.

E assim fomos nós, aquele ritmo certinho. Aos 10kms, pouco depois do Cais do Sodré, estávamos com 44m23s, a margem não era muita, no entanto tínhamos mais de 30 segundos de margem, era só manter o ritmo. Estava a sentir-me mesmo bem, apesar de ter tido um ligeiro episódio de asma nos dias anteriores, a respiração estava controlada, o ritmo cardíaco controlado e sem dores musculares. Estava com aquela sensação que corria facilmente 30kms aquele ritmo, esperava que nenhuma quebra acontecesse entretanto. Fui sempre falando com o Danilo para ir sabendo as sensações dele porque estava a notar algum desconforto na fala ofegante. 

Por essa altura sentia-se um pouco de vento de frente e eu avisei-o para se abrigar atrás de outro corredor e poupar energias. Quase a chegar ao retorno aos 12kms, ele perde uns metros para mim, desacelerei um pouco para ele recolar, mas percebi que ele estava a esticar o elástico e podia partir a qualquer momento. Falei com ele mais um pouco para o motivar e ver se ele seguia comigo, enquanto a minha fala continuava confortável, ele já pouco conseguia falar. O vento estava pelas costas e o ritmo tinha aumentado ligeiramente só por esse facto, o esforço continuava a ser o mesmo.

Já depois de termos passado o Terreiro do Paço, e já quase com 15kms de prova ele disse-me para seguir que tinha de abrandar que já não aguentava mais. Nem disse nada para o forçar a seguir-me porque já estava à espera que acontecesse, e para ele era melhor meter o ritmo dele para não perder muito mais tempo até ao final.

Como me estava a sentir bastante bem acelerei só um pouco, menos 5 segundos ao quilómetro, ainda faltavam 6kms para terminar e a ideia era fazer 3 quilómetros aquele ritmo e depois nos últimos 3 quilómetros dependendo no que ainda tivesse acelerava mais. Três quilómetros a 4m20s e estava na altura de queimar tudo até ao fim. Estava por baixo da ponte 25 de Abril e quase já cheirava a meta, meto um ritmo mais forte ali nos 4m10s-4m15s/km e era dar tudo até ao final. Nessa altura passa o Joel por mim e aproveito a boleia e vou com ele. No entanto ele estava a fazer a 4m/km, e eu não estava confortável por isso passado uns 500 metros tive de o deixar ir e tentar recuperar para o ritmo que estava anteriormente. Até ao final foi tentar dar o meu máximo, sabia que claramente iria acabar abaixo de 1h35m, mas queria fazer o melhor possível. No final o tempo oficial de chip foi 1h33m01s, bem abaixo do meu objetivo e como me senti tão bem acredito que se tivesse arriscado um pouco mais no início podia ter-me aproximado de 1h30m. Fica para a próxima...