Já há alguns anos que não participava numa limpeza subaquática, lembro-me que na altura que tirei o meu primeiro curso de mergulho foi uma das estratégias que utilizei para conseguir ganhar mais experiência e fazer mais mergulhos (sem gastar dinheiro).
Há pessoas que não o gostam de fazer, mas no meu caso considero que simplesmente é um tipo de mergulho diferente, com objectivos diferentes, é porreiro andar a percorrer o fundo com o objectivo de recolher coisas que não deveriam lá estar, de arranjar estratagemas para as soltar de onde estiverem presas, de conseguir trazer à superfície algo que é mais pesado e que nos puxa para baixo.
Ontem o Clean Up the Atlantic acabou por ser um modo muito agradável de passar a manhã, mergulhar e ao mesmo tempo estar a fazer algo de benéfico por um espaço natural que é tão belo e que me diz tanto, afinal de contas vivo em Cascais desde que nasci e esta é uma zona que frequento regularmente, basta dizer que no dia anterior tinha feito um treino de mar com a minha equipa de triatlo a passar exactamente no mesmo sítio.
Uma coisa que me chateia neste caso, e sim vai contra as regras primárias do mergulho, é de ser obrigado a andar com um buddy, a visibilidade já é pouca e quando se mexe no fundo torna-se impossível de ver alguma coisa tirando o nosso próprio nariz. Com isto acaba-se por perder mais tempo à procura do buddy que realmente a fazer o que interessa e torna-se é um foco de stress desnecessário, vamos lá ver, a profundidade máxima a que fui não chegou aos 4 metros...
Como resultado final da minha parte recolhi: 1 comando da PS, 1 bola, 1 boneca, 1 garrafa, 1 mangueira, várias latas, vários plásticos e vários ferros.
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