Começando pelo início, e pelo menos agradável, a viagem até Vagos começou logo mal, acho que foi desta que o meu Opel Corsa deu o berro, ali a chegar a Santarém olho para o painel e a temperatura estava no máximo. Paro para arrefecer o motor debaixo daquele sol tórrido das 13 horas no Ribatejo, e passados 10 minutos tento retomar viagem até à próxima estação de serviço para ver o que se passava. Pois é, mas a idade não perdoa, e com os seus quase 20 anos não lhe apeteceu arrancar novamente. Chamar reboque, telefonar à minha irmã para me emprestar o carro dela, levar o carro para a oficina e arrancar novamente já eram 16h, hora que começavam os concertos. Cheguei a Vagos já por volta das 17h30m, só perdi 2 concertos e nenhuma das bandas que perdi tinha sido uma das que queria mesmo ver.
Ia ver os 2 primeiros dias do festival, o primeiro na companhia do meu colega Arthur, o segundo sozinho mas acabei por encontrar uns amigos por lá, como foi o caso do Marco que já não via há alguns anos e foi porreiro rever. No 3º dia gostava de ter visto Hammerfall, mas acho que eles voltarão cá, por isso terei oportunidade no futuro de os ver, e também não me apetecia passar mais um dia a ver concertos sozinho só para ver uma banda.
O primeiro concerto dos que queria ver era o que tinha mais expectativas, os Rhapsody, provavelmente na sua última tour (o nome da tour é farewell tour) não podia perder a oportunidade de ainda ver uma das bandas que mais me ensinou a gostar de metal. Foi sem dúvida um concerto nostálgico, com músicas que oiço desde os tempos que comecei a gostar deste género musical. O vocalista num óptimo português sempre com uma comunicação muito amável com o público, deu um toque extra a um concerto que só por si valeu o bilhete deste dia. Houve uma dada altura que me cheguei a interrogar se era um playback que estava a cantar, mas não, simplesmente o vocalista mudou o registo vocal nessa música, e que grande voz que ele tem parecia o seu compatriota Pavarotti.
De seguida Arch Enemy. Não era uma banda que eu tivesse especial expectativa, nem que goste particularmente do subgénero mas foi um bom concerto. Se há sexyness numa mulher a cantar guturais a Alissa White-Gluz representa-o. Muito melhor do que estava à espera e a música com que abriram o concerto, a The World is Yours do novo album, foi um dos momentos mais interessantes do concerto. Além disso também gostei da actuação do guitarrista Jeff Loomis, pareceu-me bastante bom tecnicamente e com uma boa presença em palco.
Para acabar o primeiro dia, o concerto que mais me desiludiu dentro dos que mais esperava. Não é que tenha sido mau, mas a apresentação dos Therion não foi nada de especial, talvez pela setlist não ser do meu agrado, talvez por já estar demasiado cansado para apreciar o concerto, não sei, mas teria ficado desiludido se tivesse ido para os ver.
No segundo dia fui surpreendido por uma banda portuguesa que não conhecia, os Hills Have Eyes. Não gosto muito daquele american headbang misturado com guturais, mas até funcionam muito bem no final, ao ponto de ter visto o concerto todo com bastante atenção e depois de andar pelo youtube à procura de músicas para conseguir perceber melhor o estilo deles. A mensagem do vocalista foi muito inteligente e concordo profundamente, quem gosta de metal não deve criticar ou assobiar subgéneros que não gosta, se não gosta não ouve mas não precisa de deitar abaixo. Por falar em mensagens não me posso esquecer da última frase do vocalista da banda que tocou antes: "We are Brutality Will Prevail...peace", épico.
A única banda que já tinha visto ao vivo deste festival era os Korpiklaani. Apesar de não perceber pevas do que dizem porque cantam em finlandês, o concerto é sempre uma animação, toda a gente aos saltinhos, a balançar-se de um lado para o outro, a dançar como se trata-se de folclore português, mais uma vez um concerto super divertido. Momento alto da actuação mais uma vez a música Vodka, tal como a primeira vez que os vi. Devo confessar que sou um fã daquele acordeão e especialmente do violino, dão uma sonoridade ímpar.
De seguida ainda tocaram os Soulfly, confesso que não sabia nada desta banda apesar de serem os cabeça de cartaz do dia e haver conversas por todo o lado sobre a grande expectativa de os ver. Mal começaram a tocar percebi porque nunca tinham passado no meu radar, lá está quem não gosta de um subgénero não precisa de dizer mal, por isso decidi afastar-me da confusão e do barulho e fui-me deitar para o relvado, e tentar aliviar a dor de costas que já tinha a algum tempo e me estava a matar. Vi o concerto pelos ecrans e foi o suficiente. Aguentar este concerto foi duro, Vagos tem uma particularidade climática, de dia só se consegue estar à sombra temperaturas a rondar os 40º, assim que cai a noite temperaturas de 10º, esta espectacular amplitude de temperatura é extremamente desagradável quando os concertos começam às 16h e acabam lá para as 3h.
A espera valeu a pena, não estava assim muito confiante no concerto de Powerwolf porque não tinha gostado muito dos concertos que tinha visto no youtube, mas ainda bem que me enganei. A banda que mais gostava deste festival deu para mim o melhor concerto do festival. Sempre muito comunicativos com o público, tocaram as melhores músicas, deram show, foi mesmo muito bom. Gostei bastante do teclas, geralmente são dos músicos que se dá menos por eles, mas neste caso era tão ou mais importante que o vocalista no que toca a interacção e animação com o público. Uma nota final, foi a primeira vez que não vi encores, percebo que seja importante manter o horário dos concertos, mas nem as bandas principais fazerem encores, é um bocado redutor, ainda para mais quando em alguns casos até houve bastante tempo para desmontar e montar o palco para a banda seguinte. Fim dos concertos, 2h30m da manhã era horas de voltar a casa, umas centenas de quilómetros a conduzir depois de muito cansaço não foi pêra fácil.
De seguida ainda tocaram os Soulfly, confesso que não sabia nada desta banda apesar de serem os cabeça de cartaz do dia e haver conversas por todo o lado sobre a grande expectativa de os ver. Mal começaram a tocar percebi porque nunca tinham passado no meu radar, lá está quem não gosta de um subgénero não precisa de dizer mal, por isso decidi afastar-me da confusão e do barulho e fui-me deitar para o relvado, e tentar aliviar a dor de costas que já tinha a algum tempo e me estava a matar. Vi o concerto pelos ecrans e foi o suficiente. Aguentar este concerto foi duro, Vagos tem uma particularidade climática, de dia só se consegue estar à sombra temperaturas a rondar os 40º, assim que cai a noite temperaturas de 10º, esta espectacular amplitude de temperatura é extremamente desagradável quando os concertos começam às 16h e acabam lá para as 3h.
A espera valeu a pena, não estava assim muito confiante no concerto de Powerwolf porque não tinha gostado muito dos concertos que tinha visto no youtube, mas ainda bem que me enganei. A banda que mais gostava deste festival deu para mim o melhor concerto do festival. Sempre muito comunicativos com o público, tocaram as melhores músicas, deram show, foi mesmo muito bom. Gostei bastante do teclas, geralmente são dos músicos que se dá menos por eles, mas neste caso era tão ou mais importante que o vocalista no que toca a interacção e animação com o público. Uma nota final, foi a primeira vez que não vi encores, percebo que seja importante manter o horário dos concertos, mas nem as bandas principais fazerem encores, é um bocado redutor, ainda para mais quando em alguns casos até houve bastante tempo para desmontar e montar o palco para a banda seguinte. Fim dos concertos, 2h30m da manhã era horas de voltar a casa, umas centenas de quilómetros a conduzir depois de muito cansaço não foi pêra fácil.
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