terça-feira, dezembro 31, 2019

Retrospectiva 2019

Mais um ano a acabar, mais outro a começar cheio de desafios. Aqui ficam alguns dos momentos mais marcantes de 2019:
  • O começo de ano não foi feliz com uma entorse algo grave que me tirou de combate durante bastante tempo, perdendo algumas provas;
  • Primeira participação no triatlo longo de Setúbal;


E agora é altura de terminar o ano como sempre desde há muitos anos, com a última corrida do ano, a S. Silvestre da Amadora. Seguida pelo que se espera ser uma óptima passagem de ano com os fantáticos.

segunda-feira, dezembro 30, 2019

Noite de Poker

Este fim-de-semana o grupo dos fantásticos juntou-se, para aquela que todos esperam, ser a primeira de muitas noites de jogatana de poker. Já há muitos anos que não jogava poker, e sentia-me bastante destreinado, pelo menos quanto ao cálculo das probabilidades, número de cartas que podiam bater a minha mão. O jogo começou-me particularmente mal, estava já quase a entrar em tilt, durante meia hora a carta mais alta que me saiu foi 9, e a única mão que ganhei nem tive de fazer show down do que tinha. Quando me começou a vir boas mãos, as cartas que saiam depois não casavam com nada, estava mesmo em maré de azar. Estava em último por larga margem.

Até que numa mão aparentemente inofensiva com 5 e 9, consegui aumentar em cerca de 50% o meu stack. Comecei a estar menos pressionado, já tinha fichas suficientes para não ter de arriscar tanto. Até que saíram 2 pessoas da mesa, ( desculpa lá ter-te mandado embora), e ficámos só 3. Neste momento o Ricardo tinha uma stack muito maior, eu e Bruno tínhamos praticamente o mesmo com o que tínhamos começado. Então tomei a decisão de me tornar mais conservador, podia tentar atacar para aumentar as minhas hipóteses se ficasse a jogar one-on-one, ou ser mais conservador e tentar que o Bruno perdesse para eu ficar one-on-one com o Ricardo. 

E foi o que aconteceu o Bruno acabou por perder e eu alcancei o objectivo apesar de estar em grande desvantagem com o Ricardo. Adoro esta fase em que se torna muito mais um confronto pessoal do que de cartas. Estava em grande desvantagem, tinha praticamente 1/5 da stack do Ricardo. Nas primeiras mãos ainda consegui recuperar algumas fichas em pequenas quantidades, depois com um all-in ainda dupliquei a minha stack. Mas com o aumentar das blinds, tive de continuar a arriscar porque estive sempre algo atrás, e num all-in acabei por perder. Tinha 10 e Rei de espadas e fiz all-in em pre-flop, bati contra um Ás e 10. Ainda saíram 2 espadas mas não me safei, teria ficado um jogo muito equilibrado se tenho ganho essa mão. Que venham mais noites, com esta bela companhia, e ainda para mais achei que éramos muito equilibrados, por isso quem ficou em último desta vez pode perfeitamente ficar em primeiro da próxima vez.

terça-feira, dezembro 17, 2019

Ida ao circo

Há uma larga dezena de anos que não ia ao circo, mas agora com um filho pequeno é normal que tenha voltado a ir, para o levar. No domingo passado fui ao circo do Victor Hugo Cardinali, e percebi porque há tanto tempo não ia ao circo. Muitas das actuações não atingiram nem sequer o satisfatório, números mais do que gastos e muito poucas novidades. Irritou-me especialmente a parte do ilusionismo, que mais não foi que um espetáculo de contorcionismo, com muitas assistentes magrinhas e 3 caixas diferentes onde elas se amontoavam lá dentro para caber entre os espaços. Salvou-se a última actuação com a "bola da morte", onde numa esfera de um tamanho diminuto andaram até 4 motas, numa actuação bastante arriscada. A nível de animais já sabia que devido à legislação iria ser muito limitado, onde só actuaram cavalos e camelos, das poucas coisas que o meu filho gostou. Senão for pelo meu filho, talvez daqui a uma dezena de anos volte a ir ao circo.

segunda-feira, dezembro 16, 2019

São Silvestre Almada 2019

No ano passado foi a primeira vez que fiz a São Silvestre de Almada, mas como gostei tanto da passagem por dentro da base naval do Alfeite, decidi este ano repetir a corrida. Infelizmente não reparei antecipadamente no percurso, e este ano a prova não passava dentro do Alfeite, uma pena, contudo a corrida ficou significativamente menos dura. Não esperava fazer grande prova, na noite anterior tinha tido o jantar de natal do trabalho, propício a excessos e não me sentia na minha melhor forma para grandes esforços.

O tempo estava magnífico para correr, ligeiramente fresco mas sem vento e sem chover, perfeito. Arranquei relativamente forte de maneira a conseguir fugir da confusão inicial, e os 2 primeiros quilómetros apesar de ligeiramente a subir foram feitos a bom ritmo, segundo o meu relógio em 7m51s o que é óptimo tendo em consideração que era a subir. Conforme começo a descer tento aumentar ainda mais o ritmo e começo a conseguir ultrapassar corredores, o que não é nada normal eu conseguir fazer em descida. Nessa altura houve outro corredor que veio comigo, o que foi bom para mantermos um ritmo forte, ainda esperei 2 vezes por ele porque sabia que me poderia dar jeito ir com companhia.

Quando cheguei aos 5 quilómetros ia com menos de 19 minutos de prova, excelente, e ao mesmo tempo assustador, apesar dos últimos 3 quilómetros a descer estava muito longe da minha zona de conforto, e tinha a noção que poderia ficar sem "combustível" a qualquer altura, sabia que podia pagar os excessos da noite anterior. Nessa altura ia um pouco mais a frente um atleta a puxar a terceira classificada feminina, era a zona plana do percurso, acelerei um pouco de maneira a conseguir fazer a colagem, rebocando o corredor que já vinha comigo. E ali fiquei a aproveitar a boleia, a recuperar a respiração, mantendo a velocidade e descansando um pouco ao mesmo tempo. Enquanto isso, mais alguns corredores se juntavam a nós, não sei precisar quantos porque não olhei para trás, mas ouvia algumas novas passadas. 

Por volta dos 7 quilómetros o meu companheiro de corrida acelerou, eu fui com ele, e senti que mais alguém continuava atrás de nós. Quando estávamos quase a chegar aos 8 quilómetros de prova a estrada começou a empinar, ai tomei a dianteira e comecei a largar as pessoas que vinham no grupo a pouco e pouco. Devo de admitir que não estava à espera da dureza dos 2 últimos quilómetros, custou-me mesmo muito e o meu ritmo cardíaco nessa altura confirma, ainda por cima ia sozinho e era difícil não ceder à tentação de abrandar um pouco. Um ponto negativo para a organização, o percurso estava mal marcado, e não fossem os espectadores, algumas vezes não saberia qual o lado a tomar nas bifurcações. Na última subida quando só faltava 500 metros parecia que levava o peso do Mundo às minhas costas, não faltasse tão pouco para o final e tinha batido contra o muro. Na recta que dava acesso à meta já em plano passou por mim um atleta que parecia que estava a começar a correr, nem o senti a chegar tal era a velocidade a que vinha. O resultado final para mim foi extraordinário, 39m04s, o que é o meu record em provas de 10 quilómetros, apesar do meu relógio não ter marcado exactamente 10 quilómetros, 5º lugar do meu escalão e 29º lugar na geral em quase 500 atletas que terminaram.

sexta-feira, dezembro 06, 2019

Reencontro do secundário

Passados muitos anos finalmente conseguimos reunir alguns dos colegas do secundário, não éramos muitos, mas foi dado o início de algo que espero que se torne muito maior. Foi engraçado que a preocupação inicial nem foi saber como os outros estavam, o que andavam a fazer, mas sim tentar dinamizar o grupo, criar uma lista das pessoas que faltavam, arranjar os contactos, tentar já marcar a próxima reunião.

E foi com agrado que vi algumas pessoas chegarem depois do jantar já ter começado, de ler mensagens de pessoas com quem já não contactava há imenso tempo, e a promessa de um reencontro breve agora com mais pessoas. Apesar do rumo muito diferente de vidas que cada um teve, foi muito bom ver que todos tinham conseguido alcançar algo, que tinham sido bem sucedidos, que eram melhores pessoas de quando os tinha conhecido. Deixou-me mesmo muito contente poder voltar a contactar com aqueles amigos deixados há muito no tempo, voltar a reavivar amizades antigas, criar ligações com pessoas que na altura nem eram os nossos amigos mais chegados. Estou com bastantes expectativas para o próximo reencontro, e espero que desta vez sejamos muitos mais.

quarta-feira, novembro 13, 2019

Maratona de Atenas

A mítica, a autêntica, a maratona que saí de Maratona e chega a Atenas, percurso percorrido pelo soldado Fidípides no distante ano de 490 AC, e recriada o mais aproximadamente possível nesta actual Maratona de Atenas. Antes demais tenho de agradecer o convite do Sebastião, para que eu fosse com ele e com o fantástico grupo com que treina a esta prova, e pelo esforço na organização da viagem. Desse grupo fomos 8 os que enfrentaram a maratona e a concluíram com sucesso, 2 deles em estreia absoluta, e outros já com muitos quilómetros nas pernas.


O desnível desta prova é algo anormal para uma maratona de estrada, com duas subidas constantes, uma entre os 8 e os 16 kms e outra bastante extensa entre os 18 e 31 kms. Dali até ao final era uma descida constate, por isso sabia que o segredo desta prova estava em chegar inteiro aos 31 kms para poder aproveitar a descida até à meta. Por outro lado, a parte da prova onde normalmente estamos mais debilitados, o chamado "bater contra o muro", a acontecer, acontecia no início da descida. De qualquer forma e dada a dureza da prova, um bom resultado para mim seria fazer abaixo das 3h40m.

A partida foi algo de espectacular, no estádio de Maratona, com quase 18000 participantes, uma bela moldura humana, que fazia o sangue pulsar mais forte. Dois minutos após começar a correr, começa a cair uma copiosa chuvada em modo dilúvio, durou pouco tempo mas serviu logo para refrescar as ideias. Comecei demasiado rápido para o que queria a rondar os 4m40s/km, não me queria desgastar tanto tão precocemente. Ali por volta dos 4 quilómetros reparei num casal já com alguma idade, ele com lenço à pirata e sem t-shirt, por isso facilmente identificáveis, com um ritmo muito certinho e decidi aproveitar a bolei porque achei que era o ritmo certo para não me entusiasmar muito no início. Aos 10kms passei com cerca de 48m30s, ou seja, estava em cima do meu recorde pessoal da maratona, mas o pior estava prestes a começar por isso nem dei muita importância ao tempo, só queria continuar a correr com as boas sensações que estava a sentir.

Uma coisa que me marcou, foi a passagem pelo local dos terríveis incêndios do último ano, onde morreram quase 100 pessoas. Uma coisa é ver na televisão à distância, outra é estar no local, uma visão desoladora a perder de vista, tudo queimado, casas completamente destruídas para onde olhasse, como se tivesse caído uma bomba naquele local. E uma forte mensagem política dos espectadores da prova naquele local, vestidos de pretos, com bandeiras pretas, a mostrarem ao Mundo que se sentiam abandonadas pelo governo e que precisavam de ajuda.

Voltando à corrida, comecei a sentir um desconforto na minha bexiga, e pela primeira vez numa maratona tive de parar para urinar. Aproveitei estar na descida após os 16 kms de prova, para parar, sabia que ia perder a bolei do casal mas não conseguia aguentar até o final da prova, por isso evitava de estar ali desconfortável, e como estava a descer o recomeçar não seria tão custoso. Mesmo assim fiquei com o casal em linha de vista, apesar das muitas pessoas a correr consegui manter a marcação de modo a ter um ritmo constante. À passagem da meia maratona estava com cerca de 1h44m15s, estava a conseguir manter o ritmo até ali, mas continuava a ser uma altura ainda muito precoce de prova. Entre os 25 e 26 kms de prova foi a altura em que mais sofri, perdi o casal de vista, e senti que começava a perder a frescura, não me sentia mais confortável, pensei que seria o princípio do desfalecimento.

Após esse dois quilómetros consegui recompor-me, apesar de estar a perder tempo, o que era normal para a subida, ia conseguindo minimizar as perdas. No fim da subida sabia que faltava cerca de 11 kms para o final, estava com mais ou menos 2h36m30s de prova, contas rápidas de cabeça, e teria de fazer dali até ao final uma média de 4m50s/km para bater o meu recorde. Não sabia como o meu corpo ia reagir, mas tentei acelerar de modo a estar dentro do tempo necessário. A 8 quilómetros do fim estava com 2h50m30s, tinha recuperado em 3 quilómetros 1 minuto de atraso e só me faltava recuperar mais 30 segundos, foi a primeira vez que senti que podia bater o meu recorde. E continuei a tentar manter o ritmo, como era a descer era mais fácil. 

A 4 quilómetros do fim estava com 3h10m, mesmo em cima da média que precisava, bastava-me fazer a 5min/km até ao final para bater o meu recorde e baixar das tão desejadas 3h30m. Na maratona do Porto cometi o erro de sucumbir ao cansaço, e por pensar que estava dentro do tempo aliviei um bocadinho no final o que fez com que não baixasse das 3h30m, desta vez não ia cometer o mesmo erro. Consegui manter o ritmo e quando faltavam 2 quilómetros para o final, o meu gémeo direito começou a dar-me sinal, do género - "Se apertas mais comigo eu prendo." - sangue frio e concentração até ao final. À entrada do último quilómetro apanhei o senhor daquele casal com quem estava no início, era o último quilómetro e a descer, estava na altura de largar e deixar ali tudo o que tinha e não tinha. 

Entrada triunfante de pulso serrado no estádio Panathenaic e o tempo final de 3h29m02s, na posição 1004, tinha batido o meu recorde, tinha baixado das 3h30m, fazendo a segunda meia maratona ao mesmo ritmo da primeira meia maratona, não quebrei, e num percurso tão exigente bater o meu recorde foi algo que não tinha imaginado antes da prova. A cereja no topo do bolo foi a classificação dos meus companheiros, a nível dos portugueses em prova, e ainda éramos 63, no TOP 10 português, conseguimos colocar 5 representantes.

terça-feira, outubro 29, 2019

Lisboa on Top - 2 etapa

Depois do magnífico resultado da 1ª etapa, sabia que seria difícil de repetir, mas não ia deixar de tentar. O percurso desta prova já me era conhecido, já tinha passado pelos sítios algumas vezes em treino, por isso era como correr em casa. Mesmo assim fiz o reconhecimento do percurso, e a sensação que tive na altura foi, tenho uma pequena subida dura logo ao início, uma zona de plano, e uma subida longa de média intensidade.

Arranquei logo na frente com um miúdo de 14 anos que conheci na partida, sim 14 anos, mas da minha altura com um físico impressionante para alguém da sua idade. Na 1ª subida curta e dura ele passou por mim e impôs o ritmo, não fui ao choque porque já me conheço bem e deixei-me ir num ritmo que achei confortável para os 2 kms que ainda faltavam. Quando cheguei ao plano acabei logo por passar para a frente e juntou-se a nós outro corredor. Nessa altura que precisava que alguém impusesse o ritmo fui eu a frente, sabia que o meu calcanhar de Aquiles nesta prova seria essa fase plana, pois é onde não consigo ter tanta potência como os melhores.


Conforme começa a subida continuo a ouvir a respiração e passadas deles atrás de mim, numa curva o miúdo ainda se pôs a meu lado, mas a dada altura começo a sentir que começaram a ficar mais distantes, e depois de uma zona com declive mais acentuado olhei para trás e reparei que me estava a distanciar. Comecei também a ultrapassar corredores que tinham arrancado 10 minutos antes na série anterior à minha, percebi que estava a subir bastante bem apesar de estar com a respiração ao máximo, e de ter dificuldade em perceber se realmente ia rápido ou se devia tentar ainda acelerar um pouco mais. No final cortei a meta em primeiro com 15 segundos de vantagem para o miúdo e pensei que tinha feito um bom resultado. Sim fiz um bom resultado, a verdade é que a minha série até foi das mais lentas, na geral acabei por ficar em 7º lugar, o que não deixa de ser óptimo mas não fiz tão bom resultado como pensei quando cortei a meta em 1º lugar da minha série. Analisando depois o meu percurso no Strava, com outros corredores que ficaram a minha frente nota-se claramente que perdi tempo foi no plano e que apesar de ter ganho muitos segundos na subida não consegui recuperar o que perdi no plano.




segunda-feira, setembro 30, 2019

Trail dos templários

Depois de no dia anterior ter feito uma óptima corrida no Lisboa on Top, estava super confiante para esta prova, apesar do esforço do dia anterior. O objectivo novamente era ficar nos primeiros 10%, o que significava acabar abaixo do 15º lugar, e se me corresse bem quem sabe mesmo o Top 10. Esta já é uma prova com algum nível, inclusivamente o vice-campeão nacional de trail estava presente, por isso seria um belo desafio, e acima de tudo, um belo treino para a maratona de Atenas.

Arranquei bem, vendo agora as coisas, até demasiado bem, fiquei ali por volta da 6ª posição durante os primeiros quilómetros e a correr sozinho. Pouco depois dos 2 quilómetros senti um ardor intenso numa perna, tinha sido picado por algo, provavelmente abelha ou vespa. Fiquei algo apreensivo, apesar de normalmente não fazer reacção intensa a picadas, estava ali com o sangue a bombar a toda a velocidade e em esforço o que poderia potenciar o efeito da picada. Soube uns quilómetros mais a frente que tinham sido vespas e que não tinha sido o único a ser picado.

Ao 6º quilómetro distraí-me e enganei-me no caminho, a minha sorte foi que gritaram por mim e rapidamente voltei ao caminho correcto só sendo ultrapassado por 3 corredores. O último destes corredores foi um senhor que acabou por me acompanhar quase durante toda a prova, umas vezes um na frente outra vez o outro mas quase sempre juntos.

No abastecimento dos 14 kms mais ao menos a meio da prova, estávamos 4 corredores juntos, do 9º ao 12º lugar. Estava tudo a correr bem e era gerir o ritmo. Durante uma subida antes dos 20 kms eu e o senhor que muito me acompanhou, ficámos para trás e continuámos a ajudar-nos. Antes do abastecimento dos 25 kms, tropecei numa pedra e os músculos gémeos agarraram, além de ter ficado com o dedão a doer-me imenso. O senhor mais uma vez ajudou-me, deu-me um pacote de magnésio para eu tentar amenizar as cãibras e disse-lhe para seguir que não estava a aguentar o ritmo.


Quando cheguei ao abastecimento sentia-me totalmente vazio, sem forças nenhumas, estava a pagar também o esforço do dia anterior. Dali até ao final fui ultrapassado praí por 5 corredores, sendo que o último já foi dentro do último quilómetro. Classificação final foi 17º lugar um bocadinho abaixo do que pretendia, mas com um tempo final de 2h50m22s, abaixo das 3h que era também o objectivo. Agora quando vi a classificação por escalões fiquei frustrado, o lugar que perdi no último quilómetro fez com que ficasse em 4º lugar no meu escalão, apenas a 15 segundos do 3º lugar, mais uma vez bati na trave e fiquei com o lugar que ninguém quer. Também ficar no pódio 2 dias seguidos...não querias mais nada Tiago!?!?


domingo, setembro 29, 2019

Lisboa on Top - 1 etapa

Soube desta prova apenas 3-4 dias antes dela acontecer, e acabei-me por inscrever quase por brincadeira porque apesar de curta pareceu-me um belo desafio por ser sempre a subir. Quando cheguei ao local fui fazer o reconhecimento do percurso a trote, e ao chegar à última escadaria apercebi-me que tinha de me conter um bocado durante a parte inicial da subida, porque mesmo a trote, apetecia-me parar e cheguei lá acima ofegante e a suar.

Como só ia partir na 5ª vaga fui ver as vagas iniciais na parte a seguir à primeira escadaria, e o padrão repetia-se, os primeiros no final da primeira escadaria quebravam na subida seguinte. Desta vez comecei a aquecer com alguma antecedência, a prova era curta, intensa e teria de já estar bastante activo quando fosse dada a partida. Um bom resultado para mim seria acabar nos primeiros 10%, apesar de ser uma prova que me favorecia pelas suas características, se acabasse nos 40 primeiros já seria um bom resultado.

Arranquei forte, logo na frente, mas no início da subida não fui ao choque e deixei os primeiros distanciarem-se. Quando terminei a primeira escadaria ia em 5º lugar prai a 10-15 metros do primeiro. Na subida seguinte o padrão repetiu-se, ultrapassei 3 corredores e à entrada da segunda escadaria ia em segundo lugar. Afastei-me do corrimão e consegui ultrapassar a muito custo. Por momentos estive em 1º lugar, mas aqueles instantes que me afastei do corrimão e não o consegui utilizar para auxiliar na subida, do outro lado do corrimão fui ultrapassado por outro corredor que vinha ainda mais detrás. Dali até ao fim já estava no meu limite e só consegui acompanhar naquela dura subida, nem esbocei a ultrapassagem. Tinha acabado em 2º a minha vaga, super contente porque havendo 6 vagas tinha boas hipóteses de ficar no Top 10. Quando dei por isso no final da 6ª vaga tinha ficado em 3º no meu escalão, claro que fiquei super contente. Só não fiquei muito contente quando me apercebi que tinha batido na trave na geral e ficado com o lugar que ninguém quer, o 4º. Tinha perdido o 3º lugar por 1 segundo, e tinha sido contra o corredor que tinha ganho a minha vaga.  Claro que senão fosse ele, eu provavelmente não faria tão bom tempo, porque não era puxado ao meu limite, e assim poderia ser ultrapassado de qualquer modo por corredores de outra vaga, beneficiámos os 2 daquele aperto final. Resultado que não deixa de ser fabuloso, e me deixa super feliz e confiante que os treinos estão a resultar.




terça-feira, setembro 24, 2019

Lisbon under stars

Este fim-de-semana fui ver o espectáculo "Lisbon Under Stars". Este espectáculo é semelhante e tem o mesmo conceito do espectáculo que fui ver há uns anos do Arco de Luz da rua Augusta, aliás esse foi o primeiro de muitos espectáculos deste género que se começaram a fazer em Portugal. O que gostei mais deste espectáculo nem foram as projecções de luzes, muito bem conseguidas para todos os efeitos, mas sim a parte histórica, em que admito a minha ignorância, por não conhecer. O fio condutor da apresentação é a história das ruínas do convento do Carmo, o porquê da sua construção até ao seu estado actual. Depois de conhecer a história faz-me alguma confusão que nenhum governo, a câmara de Lisboa ou alguém com responsabilidades na área, não leve para a frente a recuperação do convento. Por fim, a única coisa que não gostei foi o preço dos bilhetes, achei demasiado para os 45 minutos da apresentação, além disso estamos a falar de cultura, não se deveria pagar tanto para ter acesso a eventos culturais, depois admiram-se do estado da nossa sociedade, quando a cultura e o conhecimento não é prioridade e não é acessível a toda a população.



segunda-feira, agosto 26, 2019

Milagre Metaleiro 2019

Muito há a dizer sobre este festival, primeiro que não é um festival, são as festas populares de uma terrinha perdida no meio da serra, Pindelo dos Milagres, que por acaso 2 dos dias da festa são dedicados a música metal. Milagre Metaleiro é o nome da festa, muito bem organizada e com muito esforço por parte dos organizadores, privei com alguns deles, sempre simpáticos, amáveis, prestáveis apesar das horas sem dormir e de todo o stress ao longo dos 2 dias de concertos, os quais levam milhares de pessoas à sua pequena localidade.

A primeira particularidade desta festa é que se estão habituados a pagar para ver concertos, esta é uma festa que não se paga entrada, sim não paguei dezenas de euros para ir ouvir música. A única coisa que paguei foi a viagem de autocarro até lá, que ficou bastante mais barato do que se tivesse ido de carro, com o bónus da festa começar mais cedo, porque aquela viagem foi uma festa. As bandas portuguesas que iam actuar e que eram da zona de Lisboa também foram no autocarro, ou seja, logo ali houve uma enorme proximidade entre bandas e espectadores, algo que se alastrou a quase todas as bandas que actuaram no festival, mesmo as bandas internacionais.

A única pessoa que conhecia que ia também a estas festas era o Bruno, que por acaso é baixista dos Gwydion, uma das bandas portuguesas que ia actuar. Outro acaso foi no autocarro os elementos dos Gwydion terem-se sentado praticamente ao meu lado, e apesar de já os ter visto ao vivo, na altura não conhecia o Bruno por isso nem tinha tomado muita atenção e não me recordava deles. E sem querer criou-se logo ali uma empatia e fomos a conversar grande parte da viagem, até que a dada altura me apercebi que eles eram os parceiros do Bruno. Eu não sabia, mas o Bruno e os restantes elementos da bandas só iriam lá ter no dia seguinte, porque na 6ª feira à tarde ainda trabalhavam, sim este é o cenário para praticamente todos os músicos metal em Portugal, quase todos têm a música como hobby.


Chegados já perto da hora do início dos concertos apressei-me a montar a tenda e a ir para o recinto dos concertos. Ainda vi o sound check dos Dynazty que eram o prato forte do dia e a banda que mais queria ver de todas. Antes disso ainda espaço para jantar, mais uma vez parabéns à organização por disponibilizarem uma bela refeição caseira a um preço simpático. Enquanto jantava reparei em algumas bandas estrangeiras que jantavam ali numas mesas ao lado, simpáticas, a tirarem fotos e a falar com quem queria partilhar com eles umas palavras, este é o verdadeiro espírito desta festa.

Devo dizer que gostei de quase todas as bandas que tocaram durante toda a festa, mas como seria uma tarefa demasiado exaustiva vou só aqui destacar as bandas que me levaram à festa, apesar de ter havido bandas óptimas sobre as quais não irei falar.  A primeira são mesmo os Dynazty, que deram o melhor concerto de toda a festa, muito boa música, uma actuação imaculada, bem em palco, bem fora de palco quando no final do concerto espalharam simpatia a tirar fotos (infelizmente a foto que tirei com o vocalista ficou totalmente desfocada) e a assinar autógrafos. Adorei o concerto, espero que voltem a Portugal, porque sem dúvida é das bandas que gostarei de rever.


E o primeiro dia está feito, o segundo dia das festas seria o maior com os concertos a começarem bem perto das tórridas 15h da tarde. Estava tanto calor que nem apetecia sair da sombra, e mesmo assim estava quente. Entre cada concerto ia ao chuveiro molhar a cabeça e tronco, o calor era tanto que a t-shirt secava naquele espaço de 1h entre concertos. A primeira banda que me interessava ver eram os Gwydion. Eu sei que estou condicionado pela amizade que tenho com os elementos da banda, mas para mim foi a melhor actuação nacional e o público pareceu-me aderir como não fizeram com outra  qualquer banda. Uma das coisas que me lembrarei deste concerto é da cara da Marta a partir uma baqueta num prato, estava mesmo a olhar para ela nessa altura e foi de rir a cara dela. Ainda dizia o Kaveira que ela batia devagar na bateria!


A banda que queria ver a seguir foi a desilusão da festa os Frozen Crown. A música nem é má, os instrumentos até estiveram bem, mas aquela vocalista é simplesmente uma carinha bonitinha. Nem tem presença em palco de uma cantora de metal e pior que isso, deve ter sido uma das piores vozes que alguma vez ouvi numa banda profissional. Na música editada já me parecia que lhe faltava alguma "potência", mas não desafinava, agora ao vivo em que a voz não pode ser editada é um terror. Acho que se a banda não se desfizer dela terá os dias contados. No final de tudo ainda de portaram como estrelas, quando saíram de palco, não quiseram interagir com ninguém remetendo o pessoal para a sua banca de merchandising e aí então falariam com as pessoas. Vi que tiveram lá uns minutos, mas não muito tempo, nem falaram com muitas pessoas.

Por fim o nome mais cotado de todo o cartaz os Rhapsody of Fire. Foi esta banda que me fez descobrir esta festa. Vamos a um pouquinho de história, esta formação não é a original dos Rhapsody of Fire, da formação original sobra apenas o teclista o Alex Staropoli. Os génios da formação original eram o guitarrista Luca Turilli e a fantástica voz do Fabio Leoni. Em 2017 eu vi os outros Rhapsody, numa banda que formaram com o mesmo nome e devo dizer que as mesmas músicas tocadas por uns e por outros não têm nada a ver, a actuação que eu vi em 2017 foi muitíssimo superior. Dito isto, não é que esta actuação tenha sido má, bem longe disso, mas não foi memorável nem inesquecível. Também tenho de dizer que ao fim de tantas actuações, horas mal dormidas, cansaço acumulado, já não estava assim com muito espírito para desfrutar ao máximo da actuação deles. Análise final, festa extraordinária, cansativa e divertidíssima, gostava que para o próximo ano tivesse outra vez um bom cartaz para mais uma vez ir a Pindelo dos Milagres.


quinta-feira, agosto 22, 2019

Vagos Metal Fest 2019

Já começa a ser uma tradição anual do mês de Agosto, a ida até à simpática vila de Vagos para o Vagos Metal Fest. Este ano o cartaz trazia 4 bandas que gostava de ouvir. À cabeça os Stratovarius que não podia perder, os Visions os Atlantis que tinha muita curiosidade, os Alestorm que achava que seria uma banda muito divertida de de ver ao vivo e finalmente gostava de rever Týr.

Devido ao alinhamento das bandas, os Týr tocavam num dia, os Alestorm noutro dia e no último dia tocavam os Visions of Atlantis e os Stratovarius. Infelizmente não conseguia despender tantos dias, por isso decidi ir ao último dia, por ser o dia que tocavam as bandas que mais queria ver e conseguia ver 2 bandas das que queria.

O que posso dizer do concerto dos Visions of Atlantis é que foi curto, soube a pouco. Apesar de ser uma banda já com alguns anos, o que acho é que devido a algumas indefinições, a constantes saídas e entradas de elementos, a banda ainda não se conseguiu afirmar devidamente. Isto levou a que fosse das bandas com menos tempo de actuação, sendo das primeiras bandas do dia a tocarem, ainda longe dos cabeça de cartaz. Para primeira vez que tocaram em Portugal foi um óptimo cartão de visita, fantástica actuação que espero que se repita brevemente com mais tempo de actuação.


Se os Visions of Atlantis tocaram pela primeira vez em Portugal, os Stratovarius já não tocavam por cá há 16 anos, e já nem esperava conseguir vê-los ao vivo. E como cabeças de cartaz tivemos um belo concerto, com uma setlist que me agradou imenso e com um tempo de actuação que já nos deixa satisfeitos. Achava que seria difícil ultrapassarem a satisfação que me deu o concerto dos Visions of Atlantis, mas os Stratovarius puxaram dos galões e mostraram que apesar da idade estão aí para as curvas. Músicas clássicas do panorama metal não faltaram ao concerto, Eagleheart, Shine in the Dark, Destiny, Black Diamon, Forever, The Kiss of Judas, Hunting High and Low e a música que mais gosto dos Stratovarius e que está na minha playlist de melhores músicas, a Unbreakable. Não sei se os voltarei a ver ao vivo, mas consegui ver uma vez, numa actuação que ficará na minha memória como dos melhores concertos que vi.


Stratovarius Setlist Vagos Metal Fest 2019 2019

quarta-feira, agosto 21, 2019

Viseu - Parque do Fontelo

A minha passagem por Viseu ficou marcada pela visita ao Parque do Fontelo. Já tinha ouvido falar do parque mas nunca o tinha visitado, o que me deveria encher de vergonha. O parque do Fontelo é o coração e o pulmão de Viseu, ocupa uma área muito considerável do centro da cidade, e foi o que mais me impressionou na cidade. O parque é belíssimo, super agradável, cheio de pavões por todo o lado, árvores com centenas de anos, um sem número de coisas para desfrutar.


terça-feira, agosto 20, 2019

Viseu - Feira de São Mateus

Aproveitei uns dias que passei por Viseu, para visitar a tão aclamada Feira de São Mateus. Realmente aquilo é enorme, palco para concertos, feira de diversões, muitas barraquinhas para comer e beber, exposições...Para os miúdos, e graúdos também, há imensas diversões como uma espécie de feira popular onde se pode gastar dinheiro, sim os miúdos não se calam com os olhos esbugalhados e fixados em tantas luzes, carrinhos, aviões e música por todo o lado.

Outra coisa que para mim é surpreendente é que a feira dura mais de 1 mês, as festas de Verão ali são mesmo intermináveis. E já agora eu não sou um daqueles fãs incondicionais de farturas, mas as farturas Oliveira são qualquer coisa, quem puder passar por lá é aproveitar. Obrigado e Teresa por terem sido os anfitriões desta visita.


sábado, agosto 17, 2019

Portugal dos Pequenitos

Acho que a única vez que tinha ido ao Portugal dos Pequenitos foi quando tinha a idade do Francisco, por isso foi certamente há mais de 30 anos. Aproveitei as férias para levar o Francisco a conhecer o Portugal dos Pequenitos e ainda por cima consegui que ele fosse na companhia do seu melhor amigo. Que posso dizer além de ter sido a loucura total, divertiram-se tanto que eu já dizia que eles tinham alarme incluído, que só tínhamos de seguir os risos e gritos deles para saber onde estavam. No meio de tantas crianças os terríveis notavam-se à distância. Achei especial piada numa torre no parque de diversões, eles foram lá para cima e não deixavam nenhum miúdo entrar lá em cima, inclusivamente miúdos maiores eles punham-se à entrada e não deixavam passar, os terríveis reclamaram aquele território para eles.


domingo, julho 21, 2019

Teatro de final de ano do Francisco

Os pais voltaram à escola, desta vez não foram as crianças a representar mas sim os pais. Inicialmente eu nem integrava o conjunto de actores da peça, mas ao longo dos ensaios começaram a faltar pessoas e eu como estava presente para cuidar do Francisco, acabei por ser "obrigado" a entrar no elenco do teatro. Devo dizer que ao princípio nem estava assim tão entusiasmado, pensei que iría ter imenso trabalho e que não tinha disponibilidade para dar um contributo que acrescentasse valor. Comecei a ficar mais convencido quando fiquei com o papel do mau da peça, era um papel curto que não precisava de memorizar muitas falas, sim tenho problemas de memória, e era um papel com uma dinâmica intensa em que podia hiperbolizar a intrepretação.

No decorrer dos ensaio acabei por me divertir imenso, os ensaios não eram simplesmente ensaios, eram convívios entre os os pais e no final disto tudo é o que levo de melhor, um novo grupo de verdadeiros amigos que agora se junta, não só por causa dos filhos, para brincarem uns com os outros, mas porque nós próprios também nos damos muito bem e passamos momentos muito divertidos. 

terça-feira, junho 25, 2019

Tróia - Sagres - Dia 3

Depois de um dia duríssimo este seria o dia da consagração. O dia começou bem cedo, quase com o nascer do sol, era necessário resolver o problema dos 2 pneus furados do Hugo e sair cedo porque hoje não tínhamos margem para nos atrasarmos, havia um comboio à nossa espera em Lagos às 17h20m. Mas como tudo tem de ser difícil para ter alguma piada, passado 1 km de saírmos da Arrifana, o Hugo estava novamente com o pneu de trás m baixo. Desta vez foi culpa nossa, não verificámos devidamente o pneu, e este tinha uma farpa que voltou a furar a camara de ar. Problema resolvido e vamos lá a andar que não nos podemos descuidar com as horas.

 

A primeira parte da manhã até chegarmos à Carrapateira era maioritariamente estradões, às vezes com alguma pedra mas que possibilitava uma boa média. A única subida mais agressiva foi muito interessante, apesar de intensa era tecnicamente simples, o que possibilitou uma daquelas subidas onde nos preocupamos mais em ter força para vencer a inclinação e menos a preocupação de procurar as melhores trajectórias mais adequadas para ultrapassar os obstáculos. Desgraçado do Hugo estava mesmo em sofrimento, o dia anterior tinha-o deixado em más condições. A única coisa que lhe dava força é que cada vez estava mais próximo de Sagres, do objectivo. A imagem que mais facilmente me lembro é da cenoura à frente do burro para o fazer andar, a cenoura era Sagres e o burro o Hugo (não podia deixar de fazer a piada, podia ser cavalo, mas o burro tem mais piada).

Chegados à Carrapateira aproveitar um bocadinho a bela paisagem, contudo por pouco tempo, porque o Maria não deixava descansar muito, tínhamos de chegar o mais rapidamente possível a Sagres. A seguir pedalar um bocadinho à beira mar pela praia, dar essa experiência, esse prazer a quem nunca o tinha experienciado. Logo de seguida, "a subida" de toda esta viagem. Duríssima a todos os níveis, e só o campeão do Maria a conseguiu fazer toda a pedalar. Mais um estradão até apanhar o alcatrão, uma pequena subida até às eólicas, e uma descida a todo o gás até Vila do Bispo. De Vila do Bispo até Sagres foi a controlar o ritmo para o Hugo aguentar, apesar de estar um vento forte pelas costas, o que levantava outro alerta, na viagem de retorno de Sagres para Vila do Bispo tínhamos de ter em conta este vento. Chegámos ao forte de Sagres por volta das 11h15m, objectivo concluído com distinção.
Foco seguinte, encontrar rapidamente um sítio para almoçar para sair o mais cedo possível para Lagos. Lá conseguimos encontrar um sítio que começasse a servir ao 12h (como é possível mais uma vez os restaurantes abrirem tão tarde). O Maria queria sair às 13h para termos 3h a pedalar e mesmo assim termos 1h de margem para algum problema que pudéssemos ter. Nessa altura o Hugo disse que já não aguentava mais, que o objectivo estava cumprido que era chegar a Sagres, que iría arranjar alternativa para ir para Lagos, o que acabou por ser de táxi. Bem, achei na altura tudo exagerado, achei que o Hugo era capaz de aguentar até Lagos, o quão errado estava, e achei que 3 horas é imenso tempo para fazer os menos de 40 kms até Lagos, pois já tinha feito aquele caminho, e mais uma vez o quão errado estava.

Saímos de Sagres pouco passava das 13h e até Vila do Bispo eu e o Maria pedalámos à frente do Fábio, de modo a protegê-lo do vento frontal. Ao chegar a Vila do Bispo sentia-me super mal disposto, a feijoada de choco do almoço andou ali vai, não vai, para sair cá para fora. Felizmente foi passando apesar de em algumas alturas ainda sentir um desconforto, o pior tinha passado. Chegados a Vila do Bispo pensei que íamos seguir pela estrada nacional, mas o Maria tinha outra ideia, queria seguir a via algarviada de modo a evitar o trânsito da estrada nacional. Pois é, evitámos a estrada nacional, o que não evitámos foi uma montanha russa de subidas e descidas, muito desgastante e com pendentes duríssimas. Sim foi muito mais bonito, sim foi muito mais interessante conhecer aquela parte do Algarve, mas não estava nada a contar com aquilo e por isso digo que o Hugo fez muito bem em não ter ido connosco, e por isso veio a confirmar-se que as 3h que o Maria previa não estavam muito longe da realidade. Quando chegámos por volta das 16h a Lagos estava o Hugo na esplanada à nossa espera. Ainda deu tempo para descansarmos um bocadinho antes de apanhar comboio de volta a casa. Uma bela viagem, em boa companhia, por caminhos espetaculares, acabou e já estou com saudades.

quinta-feira, junho 20, 2019

Tróia - Sagres - Dia 2

A etapa do segundo dia, apesar de não ser a maior a nível de distância, seria aquela que era mais complicada devido à altimetria, e não sabia eu, a nível de dificuldade do terreno. Começámos um bocadinho mais tarde do que eu queria, estivemos à espera que o café abrisse às 8h30m para comer o pequeno almoço. Se calhar sou eu que estou mal habituado, mas não me cabe na cabeça que um café abra tão tarde. Em conversa, nessa altura sugeri que nesse dia almoçassemos na Zambujeira do Mar que era mais ou menos a meio do percurso que nos levaria à Arrifana, ou se a coisa estivesse a correr mal, num restaurante que conhecia em Almograve.


A etapa começou de maneira agradável junto às arribas frente à Ilha do Pessegueiro, nem sempre era fácil transpôr os obstáculos e o terreno arenoso, mas a beleza da paisagem fazia esquecer o esforço. Sim os primeiros 5 kms foram feitos de um modo lento, mas o pior estava para vir, os segundos 5 kms todas as vezes que fiz o Tróia-Sagres fiz pela praia, à beira mar, porque apanhei sempre a maré vazia. Desta vez a maré estava cheia e tivémos de subir para as dunas, e passámos mal, quase 1h30m para fazer 5 míseros quilómetros, quase sempre a arrastar a bicicleta pela areia pois o terreno de ciclável não tinha nada. Uma das imagens fortes desta viagem foi o Hugo aos murros no guiadouro, a vociferar, totalmente frustrado e cansado. Esta seria a única coisa que teria mudado em todo o percurso, nesta zona ou se consegue ir pela praia com a maré vazia ou o melhor é ir até ao alcatrão e evitar as dunas.

Chegámos a Vila Nova de Mil Fontes por volta do meio dia e ainda nem tínhamos feito 20kms, antevia-se um dia muito complicado, mais ainda do que tinha prespectivado inicialmente. Sugeri que seguissemos caminho apesar de já ser meio dia porque se tudo corresse normalmente estaríamos em Almograve passado 1 hora e almoçávamos por lá. Assim foi, chegados a Almograve procurei o restaurante que conhecia, lembrava-me que era junto a uma rotunda, que tinha ideia que ficava no caminho, mas não encontrei. Então fomos comer ao Snack Bar Sol e Mar, que revelou-se uma excelente escolha, comida boa, sobremesa gigante e preço pequeno. Seguindo viagem, logo de seguida percebi porque não encontrei o restaurante. Na verdade não estavamos ainda em Almograve, estavamos na Longueira, e quando cheguei a Almograve percebi o meu erro.


Estavamos a chegar à parte do percurso que mais gosto, a ligação entre o Cabo Sardão e a Zambujeira do Mar. Quando chegámos à Zambujeira do Mar já eram 16h30m e ainda faltavam mais de 45 kms, devo confessar que estava a ficar um pouco apreensivo. Seguimos em direcção a Brejão, num percurso que nunca tinha feito e me tinha sido indicado pelo Borja. Nessa altura cruzámos-nos por um casar já com alguma idade que também viajava de bicicleta. Demorámos algum tempo a conseguir ultrapassá-los e só o fizemos durante uma descida, eu pensei - "Bolas, estão mesmo em forma, a dar aqui um baile aos putos!" - depois de uma subida um pouco ingreme fiquei à espera do pessoal e nisto lá vêm os velhotes outra vez, tinham ultrapassado o resto do grupo, quase que fiquei de boca aberta. Nisto quando passam por mim oiço um barulhino de um motor, olho para o quadro e vejo a bateria, pronto isso explicava muita coisa.

Quando chegamos a Brejão reparo que o Hugo está no limites das forças, com uma péssima cara e comecei a pensar que se calhar não íamos conseguir chegar à Arrifana. Mais de 35 kms para o fim e já eram 17h30m, se calhar devia mesmo ter levado luzes, algo que nunca pensei acontecer antes de começar esta viagem. O percurso que se seguiu ainda bem que era super simples e belo, o que deu para o Hugo recuperar. Começámos a seguir sempre pelos canais de água até chegarmos a Odeceixe.


Chegados à ponte de Odeceixe perguntei se queriam seguir pela estrada nacional que tinha um percurso mais curto, mas a inclinação era muito superior, ou seguir o trajecto inicial que era ir em direcção à praia de Odeceixe, cujo o percurso era mais longo mas a inclinação era substancialmente inferior. A decisão foi seguir em direcção à praia. Apesar da inclinação ser inferior ela estava lá e o Hugo sofreu para chegar lá acima. Confesso que nesta altura já não estava a desfrutar muito do dia, estava mais procupado com o Hugo e com o sacrifício que ele estava a fazer. Sei muito bem o que é estar no estado em que ele estava, e a força mental que é necessária para continuar a seguir em frente. São estas alturas em que estamos fisicamente mais debilitados que acabamos por perder a concentração, o que pode levar a erros e a quedas. De qualquer maneira eu conhecia a topologia do terreno até Aljezur e sabia que o pior já tinha passado e que a partir dali era sempre a descer.


Realmente até Aljezur foi seguir novamente os canais num percurso super simples, sem qualquer dificuldade e algumas descidas super divertidas, mas que não podiam ser encaradas com displicência porque tinham alguma perigosidade. Chegados a Aljezur somos presenteados com uma subida imponente até ao Castelo de Aljezur. Como íamos dormir à Arrifana ainda tínhamos de subir mais do que esperava, não conhecia essa parte do trajecto porque sempre tinha ficado a dormir em Aljezur e nunca tinha passado pela Arrifana. Para dificultar as coisas o Hugo estava com 2 furos lentos o que nos obrigava a ir parando para pôr algum ar nos pneus. Já era tarde e estavamos a menos de 10 kms da Arrifana, por isso não queríamos estar a perder tempo e energia a mudar os 2 pneus. Ainda sugeri ao Hugo que eu e o Maria o empurrássemos até ao final mas ele quase a rosnar rejeitou a ajuda. Chegámos à Pousada da Juventude da Arrifana já passava das 20h30m. Nota 20 para as pessoas da pousada, super simpáticas e ajudaram em tudo o que podiam, inclusivamente disponibilizaram a cozinha para nós na manhã seguinte, pois íamos sair antes da hora do pequeno almoço. 

O último desafio do dia foi encontrar um sítio para jantar, todos os restaurantes fechavam às 21h...21h...verdade? Ainda por cima numa altura do ano onde já há imensos turistas e pessoas de férias, não percebo, cafés a abrir às 8h30m, restaurantes a fechar às 21h, há pessoas que nem querem trabalhar para o próprio negócio. Eu e o Fábio, como já tínhamos tomado banho nem esperámos pelo Hugo e o Maria, e fomos à procura de um sítio para jantar. Depois de termos batido com o nariz na porta no restaurante Brisamar, por já ter a cozinha encerrada, fomos até Sea You Surf Café, e em boa hora o fizemos. Apesar de já ser quase 22h, que era a hora que a cozinha encerrava, disponibilizaram-se logo, arranjaram uma mesa e deixaram-nos à vontade. Ainda por cima a comida era bastante boa, e foi uma óptima maneira de terminar um dia complicadíssimo.

quarta-feira, junho 19, 2019

Tróia - Sagres - Dia 1

Já há alguns anos que não fazia a viagem de Tróia a Sagres em BTT, e nada o fazia prever que voltaria a fazer até há pouco tempo. Tudo começou quando estava a acampar em Porto Côvo com o Maria e o Fábio, e numa conversa comentei que o caminho de Tróia a Sagres passava ali. Ora o Fábio disse logo que gostaria de fazer, mas na altura não levei muito a sério, pensei que era um daqueles "gostava de fazer um dia". Bem, quando cheguei ao trabalho, no primeiro dia depois dessas férias já eles os dois estavam a fazer planos para a viagem, ao qual o Hugo também já se tinha juntado. 

Ora no curto espaço de um mês o Fábio e o Hugo esforçaram-se para se prepararem fisicamente para esta viagem, com a grande ajuda do Maria, inclusivamente o Hugo comprou uma bicicleta para conseguir fazer a viagem. Quanto a mim, estive quase todo o mês no "estaleiro" com uma infecção pulmunar que não me deixava fazer nada, pois qualquer mínino esforço me deixava ofegante. A minha tarefa acabou por ser definir o percurso visto ser o único do grupo que já tinha feito a viagem em BTT. Como das vezes anteriores ainda tinha feito grandes trajectos em alcatrão, especialmente no primeiro dia, queria algumas alternativas para "fugir" ao alcatrão. Para conseguir alguma ajuda falei com o Borja, o nosso colega galego que também tem muita experiência em viagens em BTT, e que me deu alguma dicas onde podia passar. Ora o percurso final acabou por ser um misto de sítios onde eu já tinha passado, onde ele já tinha passado, e algumas ligações que não conhecia de todo nem tinha a certeza se eram ultrapassáveis.


O dia da viagem chegou num instante, e não podia ter começado melhor. Estacionámos os carros na estação de comboio do Pinhal Novo e íamos de comboio até Setúbal para apanhar o primeiro ferry da manhã. Quando está a chegar o comboio o Maria diz - "Esqueci-me do telemóvel no carro, vou lá buscá-lo e vou a pedalar até Setúbal". Eu inicialmente até tinha a ideia de fazer isso, mas com mais tempo de margem, não tão em cima da hora do ferry. Nós os 3 fomos de comboio e depois calmamente até ao ferry e esperamos pelo Maria. Lá chegou ele 5 minutos antes do ferry, lavado em suor, mais ofegante que em qualquer outra altura durante toda a viagem.

O tempo estava impecável, sol, com pouco calor e um ligeiro ventinho pelas costas. Na Comporta entrámos pelos arrozais, um trajecto que nunca tinha feito e que é muito porreiro. Garças, cegonhas, uma beleza e tranquilidade natural foi tudo o que encontrei nesta zona. Nisto toca o telefone do Maria, era da creche do puto dele e era necessário ir buscar o miúdo. Como é óbvio, era impossível ele ir buscar o miúdo, então lá teve a fazer inúmeros telefonemas para resolver a situação. Saímos dos arrozais, entramos no Carvalhal e já quando estamos à saída do Carvalhal, numa rotunda, oiço um chiar atrás de mim, olho por cima do ombro, e vejo o Hugo a estatelar-se e o Maria a passar por cima da bicicleta dele. Felizmente foi só um susto e um pneu rebentado. Retomamos a marcha e passado 1 quilómetro novamente o pneu em baixo. Vimos onde era o furo, e desconfiámos que a fita ressequida da jante podia estar a furar a camara de ar. Improvisámos uma fita por cima dessa e aparentemente resolvemos o problema.


Como íamos pelo alcatrão estavamos a tentar voltar a um trilho. Na zona da Galé ainda tentámos apanhar outro caminho, mas era uma zona de areia demasiado fofa e alta então desistimos da ideia. Só a seguir a Melides é que conseguimos voltar a sair do alcatrão. Mais uma zona de arrozais, seguida pela parte mais complicada do dia, muita areia que tornava a deslocação extremamente complicada. Chegados a Vila Nova de Santo André era hora de almoço. O sítio escolhido para almoçar foi a Pizzaria Vera Itália, o local que escolho sempre nesta viagem para o primeiro dia, pizzas em forno de lenha, nunca desiludiu. A seguir ao almoço procurámos uma loja de bicicletas, precisávamos de camaras de ar e o Fábio tinha um prato empenado, a seguir a Vila Nova de Santo André dificilmente encontraríamos uma loja de bicicletas. Fomos ao Stand Coelho, onde fomos muito bem atendidos e simpaticamente resolveram o problema do prato empenado do Fábio de modo a retomarmos viagem o mais rapidamente possível.

Apesar de já serem 16h30m quando saímos de Vila Nova de Santo André estávamos tranquilos, já só faltavam cerca de 30 quilómetros e não tínhamos uma hora obrigatória de chegada. Apanhámos logo um pequeno trajecto em areia, mas foi curtinho e o último do dia. Até ao final do dia passámos por diversas herdades até chegar à Barragem de Morgavel. Dalí até Porto Covô foi uns instantinho. O Fábio e o Hugo estavam de parabéns, pela primeira vez tinham feito mais de 100 kms em um dia, aliás o máximo do Hugo era 40 kms. Para compensar o bom almoço, ao jantar levámos um barrete, fomos jantar ao Hortela da Ribeira, preços caros e qualidade insuficiente, bastava ir ver à internet informações sobre o restaurante que facilmente percebíamos a pouca qualidade que tinha. Hora de descansar que o dia seguinte seria o mais complicado da viagem.

quinta-feira, junho 06, 2019

Mais uma vez, dia da criança em Cascais

Tal como no ano passado acabámos por passar o dia da criança em Cascais a aproveitar todas as actividades gratuitas que estavam disponíveis para as crianças. E como no ano passado estava tudo extremamente bem organizado, e não eram umas simples actividadezinhas para distraír o pessoal. Como o Francisco já é uma ano mais velho, já consegue aproveitar muito mais coisas, e se para o ano voltar a haver, como eu espero, ainda aproveitará mais. Andou de burro, fez o seu batido pedalando numa bicicleta, fez plasticina, andou no percurso de obstáculos, foi para o palco dançar com o Panda, foi aos insufláveis, foi dentro da ambulância ligar a sirene, etc. E não fez mais coisas porque ainda não tinha idade para isso, porque ainda havia escalada, rappel, jogos tradicionais, um género de carrinhos de choque e insufláveis gigantes que até a mim me apetecia ir lá para dentro andar aos pulos. Uma manhã muito bem passada, que até poderia ter sido alongada, não fosse o extremo calor que estava.

quinta-feira, maio 30, 2019

Mergulho em Sesimbra

Infelizmente não tenho mergulhado muito nos últimos tempos, há mais de 1 ano que não mergulhava. Este domingo fui finalmente mergulhar, o local foi o baleeiro perto de Sesimbra, apanhei umas condições óptimas para a realidade das nossas águas. Quase 1 hora debaixo de água deu para matar saudades, fiquei um pouco mais doente do que já estava, mas isso é outra história que não interessa agora. Quero voltar a mergulhar com mais frequencia pois é algo que realmente gosto de fazer, e apesar de já não mergulhar há bastante tempo, senti-me extremamente adaptado, com uma óptima flutuabilidade e acima de tudo, a conseguir desfrutar do mergulho.


terça-feira, maio 07, 2019

Campismo Porto Côvo

Já há alguns anos que não acampava, pelo menos desde que o Francisco nasceu, e era uma experiência que gostava de lhe proporcionar. Em conversa com alguns amigos surgiu este tema, e como eles também queriam levar os filhos a acampar, logo começámos a planear uns diazinhos de campismo para ver como corria com os miúdos.

Delegámos no Maria, por ser escoteiro e conhecer mais parques de campismo que nós, a escolha do parque de campismo, que acabou por ser o de Porto Côvo. O parque é dos melhores onde já estive, está bem que haviam algumas condicionantes, o facto de ser época baixa e ter pouca pessoas, o facto de ser um parque maioritariamente de roulotes e o facto de termos ido em dias de semana. Mas fiquei bastante agradado com o parque, a limpeza das casas de banho e bom cheiro, urinóis e lavatórios para crianças, trocadouros (sim agora como pai de uma criança tenho estas preocupações e reparo nestes detalhes), churrasqueiras que podemos utilizar, um terreno óptimo para prender as estacas da tenda, sombras não haviam muitas porque tinham podado as árvores mas acredito que o normal seja haverem sombras, muito boa nota para o parque.

O Francisco adorou o campismo, para adormecer à tarde é que não era fácil pelo calor e luminosidade, mas é algo que tenho de resolver, visto que ele gostou imenso de acampar e a minha velha tenda está a pedir a reforma, estou a pensar numa nova melhorzinha tendo em conta esses factores. Já à noite dormia que nem um anzinho, resultado das correrias diárias com os filhos do Fábio e do Maria, chegáva à noite totalmente estoirado. Pela primeira vez pedi electricidade em campismo, é logo uma experiência totalmente diferente e que torna tudo muito mais fácil, não ter de ir para a casa de banho carregar os telemóveis, poder ter um mini frigorífico, ter luz, pequenas coisas que descomplicam a experiência de acampar. Foram 4 dia impecáveis.


quarta-feira, maio 01, 2019

Jardim zoológico

Esta ida ao Jardim zoológico teve algo de especial, o facto de ser a primeira vez que o Francisco foi ao zoo. O Francisco como é óbvio adorou, não si porquê andou o dia inteiro a falar dos crocodilos, antes e depois de termos visto os aligatores, se calhar é por causa do boneco do crocodilo do canal Panda.

E por falar em panda, o jardim zoológico já não tem pandas, já não tem lobos, já não tem dragões de Komodo, não conseguimos ver chitas, mal conseguimos ver os leões e os elefantes, pois toda aquela zona estava em remodelações. Não chegámos a estar 6 horas no jardim zoológico e passámos por todos os sítios, não me lembro de ir ao jardim zoológico e conseguir ver tudo tão calmamente, ainda por cima com uma criança, o que significa que o zoo está mesmo fraquinho. Até o espectáculo dos golfinhos achei super básico, já nem têm focas e leões marinhos no espetáculo.

Fundamentalmnte o jardim zoológico quase que se resume a primatas e aves, salvou-se o espectáculo das aves e o reptilário que é sempre o local que mais gosto de visitar. Valeu pela felicidade na cara do Francisco. E ainda conseguimos apanhar as tartarugas numa daquelas situações tão populares em vídeos do youtube com tartarugas.


sábado, abril 27, 2019

Battle Beast - Lisboa

O mais correcto para o título nem devia ser Battle Beast, mas sim Battle Beast mais Arion. Qualquer uma das duas bandas me faria ir ver o concerto, ainda por cima com as setlist que vinham apresentando nesta tour. Infelizmente perdi as 3 primeiras músicas do concerto dos Arion, até cheguei meia hora mais cedo e espanto quando entro no Lisboa Ao Vivo, a banda já estava a tocar, e como eu, muita gente deve ter sido apanhada desprevenida pois a banda estava a tocar para uma dúzia de pessoas. Nunca tal me tinha acontecido, uma falta de respeito total por parte dos organizadores que meteu a banda a tocar meia hora antes da hora indicada, e se já fiquei chateado por ter perdido 3 músicas muito mais teria ficado se tivesse perdido todo o concerto.


Gostei à brava do concerto especialmente das duas últimas músicas o Unforgivable e o At the Break of Dawn. No intervalo entre concertos acabei por estar uns minutos à conversa com o vocalista, o Lassi Vääränen, super simpático e que ficou surpreendido quando lhe disse que tinham começado a tocar antes da hora, e que ele próprio iria falar com o organizador. Foi uma pena porque muita gente perdeu o concerto e a própria banda teve pouquissímas pessoas a ver o concerto. Ainda elogiou o tempo e a gastronomia portuguesa (engraçado que todas as bandas falam das mesmas coisas sobre Portugal), eu desejei-lhe sorte para o futuro e que voltassem novamente a Portugal.

Hora dos Battle Beast, que concerto brilhante, desde a poderosa voz da Noora Louhimo à simpatia e alegria do Eero Sipilä (mais uma vez é o padrão, na maioria das bandas o baixista é o que interage mais com o público e o que chama as atenções da festa para si). Uma nota para a fatiota e caracterização da Noora, bem sei que é uma das imagens de marca da banda, mas é que salta à vista pela positiva, muito bem conseguido. Sem dúvida que esta é daquelas bandas que quando voltar a Portugal estarei lá a ver, da última vez que cá vieram não tinha ido, arrependi-me, e agora depois de os ver ao vivo ainda me arrependo mais.

Não percebo é como uma banda com esta qualidade só tem uma centena de pessoas a vê-los, e que da primeira vez tinham estado cerca de 20 pessoas, segundo eles, depois a malta aqui neste cantinho à beira mar plantado admira-se que as bandas venham a Espanha, e dêem meia volta sem passar por Portugal. Tenho de destacar as músicas Straight to the Heart, Out of Control e Eden, qualquer uma delas meteram o pessoal a saltar e aos berros, poderosas e melódicas como se quer. Uma bela noite de música.



Battle Beast Setlist Lisboa ao Vivo, Lisbon, Portugal 2019, No More Hollywood Endings