terça-feira, janeiro 31, 2023

Troféu de Oeiras - Valejas

Está de volta o troféu de Oeiras, este ano a primeira prova coincidiu com a primeira prova que tinha feito no troféu de Oeiras já há mais de 3 anos. O grande desafio para esta prova seria o frio, quando saí de casa estavam 4ºC, difícil inclusivamente de respirar. Até começar o aquecimento estava com a ideia de correr com o corta vento, depois de 15 minutos a aquecer decidi, em boa hora, que preferia estar com um bocadinho de frio mas não atrapalhar durante a corrida com calor demais, mesmo assim o termómetro indicava 7ºC quando fui pôr o corta vento ao carro.

A ideia para a corrida era aproveitar o ritmo do Emerson até conseguir e de seguida sofrer até ao final, bom, no fundo era sofrer a prova toda. Os primeiros dois quilómetros ainda achei que estava fácil, mas durante o terceiro quilómetro senti que já não faltava muito para ter de largar a boleia do Emerson. Isso acabou por acontecer na descida íngreme após passar ao pé da meta a primeira vez. 

Ainda o tentei manter em linha de vista, mas o melhor que consegui fazer foi apanhar a boleia de outro corredor que passou por mim. Consegui ir com esse corredor até ao quilómetro 5 e nessa altura ele destacou-se juntamente com outro corredor cerca de 20 metros à minha frente. Nessa altura só pensei em não perder mais lugares e manter aquele lugar até ao final. Quando chegámos à subida final no início do quilómetro 7 vejo que um deles começou a descolar, então dei tudo na subida, como subo relativamente bem para alcançar o corredor que estava a ficar para trás, depois logo se veria na curta descida até à meta. Quase a chegar ao topo apanho aquele que tinha ficado para trás, e ele nem esboça reação para me seguir. Bem, o outro estava 2-3 metros à minha frente, é sempre a descer, não é a minha especialidade, mas era o esforço final. Ainda fui a tempo de o ultrapassar e valeu a pena pois era do meu escalão e ainda consegui melhorar uma posição.

Acabei por ficar em 7º lugar no meu escalão com 30m47s de prova, mesmo assim perdi um pouco mais de 1 minuto para o Emerson que ficou em 5º lugar do meu escalão. Quando comparei com a prova de há 3 anos atrás fiquei surpreendido porque tinha melhorado em mais de 1 minuto, o que achei estranho porque não me sinto mais forte que naquela altura. Depois olhando com cuidado reparei que o percurso foi ligeiramente encurtado em cerca de 500 metros, ou seja realmente não fui tão rápido como era espectável, no entanto foi um bom tempo final.

segunda-feira, janeiro 30, 2023

Beast in Black - Lisboa

Primeira novidade para este concerto, o novo espaço do Lisboa ao Vivo (LAV), por acaso antes de sair de casa, fui ao google maps ver o melhor caminho para o LAV, e nessa altura apercebi-me que o sítio não era o mesmo do pré pandemia. Fui confirmar no bilhete e realmente o local tinha mudado. Ao entrar no armazém senti que estava quase no velho LAV, o espaço era muito idêntico, fui então para a parte de cima para ver o concerto de uma forma mais desafogada. Uma coisa que não gostei no novo espaço foi a acústica, ou então a mesa de som não soube ajustar o som, pelo menos do lado de cima o som estava com muito ruído.

Quando olho para o palco reparo na tela de fundo com logotipo dos Firewind. Como este era o primeiro concerto da tour, e na página nos Beast In Black a informação estava lá mas não muito visível, não tinha conseguido perceber se havia alguma banda de suporte. Foi uma bela surpresa sem dúvida, os Firewind são uma banda com mais de 2 décadas de existencia e apesar de não serem uma banda que move multidões, é uma banda que ouço com alguma frequência, e para mim, foi um óptimo bónus tê-los como banda de abertura. O facto de serem uma banda que foi mudando frequentemente ao longo dos anos, só se mantendo o guitarrista e o baixista pode ser uma das razões que os impediu de terem outro estatuto. Quanto ao concerto vou destacar o guitarrista e o baterista, que grandes 'animais' no bom sentido da palavra, ambos eles atraem a atenção de quem está a ver o concerto, virtuosos e chamativos. Infelizmente o som não era o melhor como já referi, e algumas músicas pareciam distorcidas com um som algo diferente para pior. Boa banda, boas músicas, mau som para abertura.


Firewind Setlist Lisboa ao Vivo, Lisbon, Portugal, European Tour 2023

Avançando para os Beast In Black estava com muita expectativa para o concerto, não fosse uma das bandas que mais ouço nos últimos anos, gostando de quase todas as músicas. Talvez por isso tenha ficado um bocadinho desiludido com o concerto, faltou ali qualquer coisa, conexão entre músicas, interacção com o público, harmonia do som, houve ali qualquer coisa que me fez sentir que não foi um grande concerto. Sendo o som dos Beast In Black algo sintetizado era interessante terem um teclista na banda ao invés do som sair já 'fabricado' de um sintetizador, e daría oportunidade para novos arranjos ao vivo. Gosto imenso do género musical, num concerto tem tudo para funcionar bem pois é uma música alegre, dinâmica, diria que até dançante. Mas foi um concerto bem conseguido de qualquer forma, e fico com vontade de ver a evolução da banda pois creio que ao vivo vai ainda melhorar muito. E visto que prometeram voltar com mais regularidade a Portugal, espero que cumpram a promessa e não seja preciso esperar 7-8 anos para os voltar a ver ao vivo.



Beast in Black Setlist Lisboa ao Vivo, Lisbon, Portugal, Dark Connection Tour 2023

terça-feira, janeiro 03, 2023

São Silvestre Amadora 2022

De volta à normalidade, a tradição voltou a ser o que era e a São Silvestre da Amadora foi a minha última prova do ano. A prova deste ano sem dúvida foi especial, começando com a primeira participação do Francisco que correu e muito bem na prova de bambis. Como sempre arrancou rápido, andou ali até meio da prova em 3º lugar, mas depois lá quebrou e acabou ali para o 6º-7º lugar, tem de aprender a controlar o esforço

Mas passando à prova principal, depois da São Silvestre de Lisboa, estava com alguma expectativa para comparar a diferença que a dureza da prova iria produzir no resultado final. Desta vez saí um bocado mais controlado, ao contrário de Lisboa que saí a fundo, desta vez decidi ser um pouco mais conservador e ter um ritmo um pouco mais controlado no início, pelo menos até ao final da primeira subida que termina aos 2,5kms.


No final da subida estava com uma média que me daria abaixo dos 42 minutos finais, e a parte mais dura estava, julguei nessa altura que poderia estar perto do tempo que fiz em Lisboa. E devo de dizer que as sensações nessa altura até eram boas, não estava a sentir-me demasiado desconfortável. A primeira altura que não me senti bem foi a seguir à subida dos comandos, já ao quilómetro 6. Depois da curta mas dura subida não consegui retomar um ritmo alto e fui perdendo alguns segundos importantes. Na última subida da prova no centro da Amadora, onde passamos por cima da linha do comboio voltei a sentir o mesmo, a seguir à subida voltei a ter dificuldade em retomar o ritmo, perdi mais uns segundos a tentar impor o meu bom ritmo. Nessa altura cruzei-me com o Pedro, a Cláudia e a Liliana que vinham em sentido contrário e me deram apoio para o que restava da prova. Dali até ao final também não há muito a saber, são cerca de 2kms sempre a descer e tentar recuperar o máximo de segundos perdidos nas subidas. Ainda tive de fazer um pequeno sprint no final porque outro corredor estava a tentar ultrapassar-me na reta da meta, acabando com 42m07s. Vamos lá ver são só menos 6 segundos que o ano passado, quando considerei um mau tempo, no entanto as sensações foram totalmente diferentes, não estive constantemente em sofrimento e com um bocadinho mais de treino poderia não ter perdido aqueles segundos importantes a seguir às subidas.