terça-feira, fevereiro 25, 2020

Troféu de Oeiras - Ribeira da Lage

No domingo aproveitei novamente para fazer um treino mais a sério em mais uma etapa do Troféu de Oeiras, desta vez na Ribeira da Lage. O objectivo era o mesmo das provas anteriores, fazer um treino intenso de qualidade, e ao mesmo tempo tentar acabar no TOP 10 do meu escalão para ajudar a equipa a pontuar. Não conhecia o percurso, mas toda a gente dizia que era dos mais fáceis das etapas do Troféu de Oeiras, mas o que tenho a dizer pelo que vi até agora, é que não há percursos fáceis, todas as etapas até agora foram duras. Voltei a arrancar na frente da corrida e logo na subida inicial não consegui seguir com o primeiro grupo mas consegui ir logo no grupo perseguidor. Aquele tipo de subidas de média dificuldade favorecem-me, e consegui ir naquele ritmo com algum conforto. Na altura em que apanhamos a subida mais agressiva, junto ao cemitério, o grupo partiu todo e eu fiquei sozinho entre grupos.


Esta não foi uma fase fácil, estava a tentar manter a distância para os perseguidores e não deixar fugir quem ia a minha frente. Já perto dos 5,5 quilómetros de prova, quando passávamos pela ponte por cima da autoestrada, percebi que o meu esforço não me ia levar a lado nenhum, estava a ficar demasiado cansado e com dificuldade a manter o ritmo. Decidi aguardar uns segundos para ser apanhado pelo grupo que vinha atrás de mim, naquela altura já só eram 2 corredores, e então conseguir seguir com eles. Assim fiz, porque aumentei a velocidade e mais confortavelmente na cola deles. Quando apanhámos a descida que nos ia levar quase até à meta houve um esticão, e aí já não consegui seguir, apesar do ritmo bem elevado a rondar os 3m30s/km que estava a impor. Perdi aqueles dois corredores mas aproximei-me de outro que ia a minha frente e na rampa final, num último esforço ainda o consegui ultrapassar. Acabei no 30º lugar da geral e no 4º lugar do meu escalão, um óptimo resultado e um óptimo treino.

domingo, fevereiro 23, 2020

Visions of Atlantis - Lisboa

Após ter visto os Visions of Atlantis no último Vagos, não poderia perder a hipótese de os voltar a ver, mas vamos começar pelo início. Entro no RCA, 10 minutos antes do início dos concertos, e qual é o meu espanto quando uma banda já está a tocar. Começo logo a refilar para mim mesmo porque já é a segunda vez que me acontecia chegar antes da hora aos concertos, e o espetáculo começar antes da hora programada. Para minha surpresa não estavam a tocar os Morlas Memoria, mas sim os nacionais Glasya que têm uma sonoridade muito idêntica aos Morlas Memoria, porreiro, era uma banda que já queria ver há algum tempo por isso se eles eram os substitutos por mim tinham sido uma boa escolha. O espetáculo foi curtíssimo, mas deu para avivar ainda mais a minha curiosidade, por isso ainda vou ouvir com mais atenção o reportório dos Glasya.

Banda seguinte, os Morlas Memoria, afinal não tinham sido substituídos, os Glasya é que tinham tocado inicialmente como extras, como bónus, por isso já não podia refilar do horário. Os Morlas Memoria, eram a banda da noite pela qual tinha as expectativas mais baixas, contudo excederam as expectativas. Foi um belo concerto, a vocalista muito competente, musicalmente agradável, gostei, é uma banda que ainda precisa de amadurecer mas cumpriram bem a sua função.


Chaos Magic eram a banda que se seguia. Após alguns ano de experiência, de ouvir muita música e alguns concertos, começo a conseguir perspectivar o que posso esperar de uma banda. Quando ouvi esta banda antes do concerto pareceu-me que a vocalista tinha muitas 'ajudas' de estúdio, o que se torna impossível de esconder numa actuação ao vivo. Não é que ela seja desafinada, mas tem uma voz pequena, com pouca amplitude e com pouca potência. Têm algumas músicas interessantes, o guitarrista tem uma boa presença em palco e como voz de suporte também é competente. Não será uma banda que irei seguir com muita atenção, mas se voltarem a passar no meu radar pelo menos já conhecerei algo. A seu favor devo dizer que foram uma banda muito acessível para o público, depois da actuação juntaram-se ao público, fartaram-se de tirar fotografias e de interagir com quem se aproximava deles.


Estava na hora da actuação principal da noite, os Visions of Atlantis. Expectativas altas, e nada defraudadas uma actuação fantástica, brilhante. Desde a poderosa e bela voz da Clémentine, ao virtuosismo do Thomas na bateria, ou à energética e magnetizante presença em palco do Michele, foi uma actuação memorável. É uma pena que o RCA estivesse tão vazio, certamente a rondar as 100 pessoas, porque por um preço tão baixo, e um espetáculo tão bom, era merecido um RCA a abarrotar. Esta sem dúvida continuará a ser das bandas que mais me agrada, e se puder voltar a vê-los ao vivo não perderei a oportunidade.


Visions of Atlantis Setlist RCA Club, Lisbon, Portugal, Wanderers Tour 2020

terça-feira, fevereiro 11, 2020

Meia Maratona de Cascais

Este ano a prova quebrou outra tradição, não foi no fim de semana do Carnaval, não havendo o habitual concurso de mascaradas e não havendo o habitual colorido que dá um beleza ímpar a esta prova. Detalhes à parte, e depois do ano passado não ter conseguido participar nesta prova por estar lesionado, este ano voltava com o mesmo desafio, baixar de 1h25m.


A história desta prova poderia ser fácil de resumir, se tudo corresse segundo o plano, bastava seguir com a bandeira dos 4min/km desde o princípio ao fim, e objectivo cumprido. Podia... mas nunca é assim tão simples. Os primeiros quilómetros foram mais ou menos tranquilos, sentia-me bem, facilmente recuperava a minha posição no grupo, mesmo quando algum atleta descolava do grupo eu sentia-me à vontade para me recolocar. Cheguei aos 10kms com 39m38s, na posição 100 da geral, ainda dentro do grupo dos 4min/km, apesar do grupo já estar reduzido a menos de metade, nesta altura éramos para aí 8 elementos. Mas conforme me aproximo do retorno ao quilómetro 12 comecei a sentir-me desconfortável com o ritmo. Conforme fiz o retorno decidi que não conseguia continuar muito mais no grupo e era melhor deixar ir embora e tentar arranjar um ritmo mais confortável. 

Durante 2kms andei um pouco à procura do meu ritmo, a ser ultrapassado por diversos corredores. Até que passa um corredor por mim e consegui seguir ao ritmo dele, senti que tinha de manter aquele ritmo de forma a não perder mais tempo. Foi o melhor que fiz, pouco a pouco comecei a sentir-me melhor, ou não tão mal, comecei novamente a ultrapassar corredores alguns inclusive que estavam comigo no grupo dos 4min/km e que os tinha deixado ir no quilómetro 12. Consegui ir saltando entre grupos que se iam aproximando, conseguindo seguir com os mais rápidos. Ao quilómetro 18 estava com 1h12m30s, já depois da subida antes da casa da Guia, tinha de fazer os restantes 3,1 kms em 12m30s, ou seja fazer praticamente 4min/km até ao final. Tendo em conta que o percurso era praticamente plano e a descer, pensei que ainda tinha hipótese de fazer abaixo de 1h25m. Dei tudo o que tinha e o que não tinha nesses últimos 3 quilómetros, mas na parte do plano não fui suficientemente rápido e mesmo tentando recuperar na descida não deu, fiz o tempo final de 1h25m23s, fiquei a uns míseros 23 segundos do objectivo, na posição 105 da geral. Estou perto, bati o meu record de qualquer maneira, e de certeza que tentarei novamente bater a 1h25s.


sexta-feira, fevereiro 07, 2020

Troféu de Oeiras - Queluz de Baixo

Há várias coisas que tenho gostado neste troféu de Oeiras, e algumas delas nem estava à espera inicialmente. O espírito muito popular, e nada comercial das típicas corridas actuais que me faz recuar à altura que comecei a correr, o nível elevado dos corredores, e o facto de serem corridas curtas que fundamentalmente funcionam como treinos intensos. O meu objectivo desta corrida, além do treino, era acabar no TOP 10 do meu escalão, e ajudar a minha nova equipa, a AM 18 de Maio, a conseguir mais pontos para a classificação por equipas. Na última etapa tinha ficado em 11º lugar do meu escalão, mesmo à porta do TOP 10, desta vez o percurso passava parcialmente no percurso da última etapa, mas tinham-me falado de uma subida ao 4º quilómetro como se fosse o inferno na terra.


Desta vez não fui enganado com a partida, coloquei-me lá perto da frente para evitar a confusão inicial e não ter de andar aos zig zags. A velocidade inicial com que arrancam é qualquer coisa impressionante, a nível de profissionais, o primeiro quilómetro que era ligeiramente a subir fiz a uma média de 3m35s/km, e estava bem longe de acompanhar os grupos iniciais. Depois de uma pequena mas dura subida de 500 metros decidi que tinha de controlar um pouco o ritmo, ainda só tinha feito 2 kms e já estava para morrer. Dalí até ao 4º quilómetro era sempre a descer, nesta altura perdi alguns lugares, mas consegui recuperar um pouco o folgo para a subida que toda a gente falava.

Ao 4º quilómetro o terreno começa a subir mas nada que me fizesse sofrer muito. Quando fazemos uma curva em cotovelo à esquerda e entramos numa subida certamente a rondar os 12%-15% de inclinação, percebi porque falavam tanto da subida. Comecei a trote, mas com muita dificuldade, a passar diversos atletas que tinham começado a andar, a maior parte deles tinham passado por mim na descida. Não se via o topo da subida, parecia interminável, e a inclinação nem por isso aliviava muito, toda a subida era muito dura durante mais de 1 quilómetro. Quando cheguei ao plano, não conseguia impor velocidade, estava tão cansado que as pernas não queriam responder, e voltei a ser ultrapassado por diversos corredores. Durante a pequena subida, que era o final da corrida de Valejas, ainda consegui recuperar alguma coisa, mas depois a descida que nos levava até perto da meta, voltou a ser a mesma coisa, não conseguia acompanhar quem passava por mim. Na subida final ainda consegui recuperar uma posição, e ainda bem porque era um atleta do meu escalão. A média final foi quase de 4m00s/km o que é óptimo olhando para o perfil da corrida, e o 7º lugar do meu escalão, objectivo cumprido e um belo treininho.