Há várias coisas que tenho gostado neste troféu de Oeiras, e algumas delas nem estava à espera inicialmente. O espírito muito popular, e nada comercial das típicas corridas actuais que me faz recuar à altura que comecei a correr, o nível elevado dos corredores, e o facto de serem corridas curtas que fundamentalmente funcionam como treinos intensos. O meu objectivo desta corrida, além do treino, era acabar no TOP 10 do meu escalão, e ajudar a minha nova equipa, a AM 18 de Maio, a conseguir mais pontos para a classificação por equipas. Na última etapa tinha ficado em 11º lugar do meu escalão, mesmo à porta do TOP 10, desta vez o percurso passava parcialmente no percurso da última etapa, mas tinham-me falado de uma subida ao 4º quilómetro como se fosse o inferno na terra.
Desta vez não fui enganado com a partida, coloquei-me lá perto da frente para evitar a confusão inicial e não ter de andar aos zig zags. A velocidade inicial com que arrancam é qualquer coisa impressionante, a nível de profissionais, o primeiro quilómetro que era ligeiramente a subir fiz a uma média de 3m35s/km, e estava bem longe de acompanhar os grupos iniciais. Depois de uma pequena mas dura subida de 500 metros decidi que tinha de controlar um pouco o ritmo, ainda só tinha feito 2 kms e já estava para morrer. Dalí até ao 4º quilómetro era sempre a descer, nesta altura perdi alguns lugares, mas consegui recuperar um pouco o folgo para a subida que toda a gente falava.
Ao 4º quilómetro o terreno começa a subir mas nada que me fizesse sofrer muito. Quando fazemos uma curva em cotovelo à esquerda e entramos numa subida certamente a rondar os 12%-15% de inclinação, percebi porque falavam tanto da subida. Comecei a trote, mas com muita dificuldade, a passar diversos atletas que tinham começado a andar, a maior parte deles tinham passado por mim na descida. Não se via o topo da subida, parecia interminável, e a inclinação nem por isso aliviava muito, toda a subida era muito dura durante mais de 1 quilómetro. Quando cheguei ao plano, não conseguia impor velocidade, estava tão cansado que as pernas não queriam responder, e voltei a ser ultrapassado por diversos corredores. Durante a pequena subida, que era o final da corrida de Valejas, ainda consegui recuperar alguma coisa, mas depois a descida que nos levava até perto da meta, voltou a ser a mesma coisa, não conseguia acompanhar quem passava por mim. Na subida final ainda consegui recuperar uma posição, e ainda bem porque era um atleta do meu escalão. A média final foi quase de 4m00s/km o que é óptimo olhando para o perfil da corrida, e o 7º lugar do meu escalão, objectivo cumprido e um belo treininho.
Foi muito fixe tirando aquela subida.
ResponderEliminar