E foi este ano que este blog comemorou o seu 13º aniversário. Ano de azar? Não me parece, não acredito nisso, é simplesmente um número simbólico. O ano passado consegui voltar a escrever um pouco mais, voltei à tendência de escrever mais, apesar de ainda não ser suficiente. Vamos lá ver se este ano a tendência mantém-se, vontade eu tenho mas tudo depende de tempo e essencialmente de conteúdo interessante. Que venha daí mais um ano...
segunda-feira, janeiro 28, 2019
segunda-feira, janeiro 21, 2019
Dakar 2019
Nos últimos anos tenho escrito sempre qualquer coisa sobre o Dakar, mas este ano estou com muito pouca vontade, este Dakar foi uma desilusão, e se é para ser assim que se volte às origens, que se volte a África (e quem sabe com a partida em Lisboa, bem sei que a origem seria Paris-Granada-Dakar). Este Dakar foi monótono, igual em quase todos os dias, só areia e dunas, sem qualquer tipo de novidade. Não sei o motivo, mas deve ter sido muito forte (dinheiro), para este ano o Dakar não ter saído do Perú, não houve o belo salar, não houve altitude, não houve lama, pronto faltou quase tudo.
Nos carros sem a Peugeot já se esperava uma luta mais aberta, a Toyota tinha tido uma grande evolução no ano passado, os Minis eram os reis antes de aparecer a Peugeot, por isso estas seriam as minhas apostas. Surpreendeu-me a maneira tranquila e quase natural como o Nasser venceu com o seu Toyota, sempre muito inteligente tacticamente, sem nenhum erro grave, soube andar bem e aproveitar os erros e azares alheios. Mais uma vez parece-me que o piloto mais rápido é o Sebastien Loeb, contudo erros e azares vão ano após ano impedindo a vitória do francês.
Nas motas mais um ano do mesmo, tirado a fotocópia dos anos anteriores, ora vejamos. Vitória da KTM, as Hondas abandonam quase todas por problemas mecânicos ou quedas, o Joan Barreda, tal como o Sebastien Loeb, mostra ser o mais rápido mas volta a desistir, na Yamaha o Van Beveren esteve quase lá mas volta a desistir na última etapa. Primeira menção honrosa para o Pablo Quintanilla que foi o único a fazer comichão às KTM até ao último dia, sempre muito inteligente e com a lição muito bem estudada, um plano bem definido a cada dia, e não fosse a queda espectacular no último dia, por ir ao ataque, teria terminado pelo menos em segundo lugar, para mim já foi um herói por ter acabado naquele dia. E por fim os parabéns ao novo Campeão, Toby Price fez todo o Dakar com um escafoide partido, não sei como ele conseguia aguentar com dores todos os impactos que o pulso sofria.
Quanto aos camiões, adivinhem lá quem ganhou? Pois é difícil, foram novamente os Kamaz a esmagar toda a concorrência, com mais uma vitória do Nikolaev. Ainda não foi este ano que os Iveco conseguiram chatear os Kamaz, e tirando o ano passado que estiveram na luta até os últimos dias, os Kamaz parecem totalmente imbatíveis.
quarta-feira, janeiro 02, 2019
S.Silvestre Amadora 2018
Acabar o ano como sempre, e como é bom, porque não? S. Silvestre da Amadora, a corrida de estrada que mais gosto de fazer devido ao magnífico público da Amadora. Esta corrida tem crescido imenso a nível de participantes nos últimos anos, principalmente depois de começar a ter a imagem da HMS, o que tornou a corrida muito mais comercial, muito mais um negócio, que é o que me tem desagradado mais na corrida. E de ano para ano as partidas estão mais confusas, ao ponto de já não fazer qualquer sentido não ter blocos de partida, numa estrada estreita e com quase 1600 pessoas. As partidas estão caóticas, misturar pessoas que fazem 1h ou mais de prova, com pessoas que como eu tentam chegar abaixo dos 40 minutos de prova, é só parvo, estorvam os mais rápidos e incomodam os mais lentos. Vendo os resultados era tão fácil, com blocos sub-45min tínhamos sensivelmente 400 pessoas, sub-55min mais 600 pessoas e o resto que seriam mais 600 pessoas, e melhoraria imenso a confusão inicial.
Quanto à corrida sei que manter o ritmo é impossível, há muita subida e descida, é muito difícil perceber se estamos no ritmo certo para o nosso objectivo. A melhor referência são os 5km que ia com sensivelmente o mesmo tempo do ano passado, quando fiz 40m30s, logo ali sabia que ia ser muito difícil baixar dos 40 minutos. A temida subida dos comandos para mim nem é a parte mais complicada da corrida e passei com alguma tranquilidade passado alguns atletas inclusivamente. Para mim por exemplo custa-me mais manter o ritmo no plano, e foi o que aconteceu a seguir à subida dos comandos, onde senti claramente que não estava a conseguir impor um ritmo suficientemente forte para seguir com os corredores à minha volta. Tentei aproveitar ao máximo aqueles 2 quilómetros finais sempre a descer, pensava que estava mais perto dos 40 minutos do que efectivamente estava e estava a dar tudo por tudo. No final fiz 40min45s, mais 15 segundos que no ano passado, foi um bom tempo de qualquer maneira. Este ano lá para o final, terei outra hipótese de baixar dos 40 minutos, algo que só consegui em 2015, e num percurso que era ligeiramente mais fácil.