O dia começou cedo para mim, apanhei o comboio de Cascais para Lisboa onde tinha combinado encontrar-me no Terreiro do Paço com o Pedro. Por volta das 8h30m saímos do Terreiro do Paço iniciando a nossa aventura até Santiago de Compostela.
Partimos em direcção à Sé de Lisboa, passámos pela confusão da feira da ladra e entre ruas e vielas num pequeno sobe e desce na cidade das 7 colinas lá fomos dar ao Parque das Nações.
No parque das nações fomos interpelados pela primeira vez na viagem por um grupo de ciclistas que curiosamente também ia para Santarém e nos perguntou se estávamos a fazer o caminho para Santiago, eles próprios já tinham feito o caminho. As malas na bicicleta e as conchas de vieira com a cruz vermelha assim nos denunciava.
De seguida apanhámos o single track do Trancão que já tínhamos feito diversas vezes mas que está cada vez em condições piores para conseguir circular com alguma fluidez. Em Alverca tivemos pela primeira vez de por as bicicletas às costas, e que pesadas que estavam, para atravessar a linha do comboio pela ponte superior. De Alhandra a Vila Franca de Xira passámos pelo belo passeio ribeirinho que também já conhecíamos de outras viagens e que é bastante mais agradável que ir na estrada nacional.
A seguir a passarmos a linha de comboio da Azambuja parámos para almoçar num pequeno parque de pic-nic e aproveitei para encher o meu pneu de trás que estava bastante em baixo, nessa altura já desconfiava que provavelmente estaria com um furo lento. Logo a seguir a arrancarmos começou a cair uns chuviscos o que soube mesmo bem visto que estava imenso calor.
Rumámos por entre campos de cultivo numa paisagem bastante bonita até chegarmos junto ao rio Tejo. Esta zona não conhecia de todo mas gostei bastante, pequenas aldeia, protegidas por diques artificiais das cheias do rio, barcos enormes que pensei que não subissem tanto o rio e alguns cavalos de trabalho rural e recreação o que era indicativo da cultura desta zona do país.
Por esta altura já tínhamos feito mais de 70km, este dia seria o mais longo da viagem apesar de ser quase sempre a direito, contudo o rabo já se queixava de tanto tempo em cima do selim. Entrámos num estradão de terra batida que nos iria levar à cidade de Santarém, parecia que nunca mais terminava, Santarém à vista num monte à nossa frente durante imenso tempo e apesar de estarmos a pedalar bem parecia que nunca mais nos aproximávamos.
À chegada a Santarém e depois de quase 90km tínhamos a dificuldade do dia, a subida do vale até à cidade de Santarém, a subida não é assim tão difícil mas depois de tantos quilómetros não foi nada agradável. Em Santarém parámos na Igreja dos Milagres que fica escondida lá no meio das ruelas para carimbar o certificado de Compostela.
Graças à minha irmã já tínhamos uma reserva para a pensão Inácio junto à estação de comboio e onde conseguimos mais um carimbo no certificado. Aqui constatei que estava mesmo com um furo lento pois o pneu estava novamente em baixo e outro contratempo era a mala do alforge que se estava a descoser e que ainda nessa noite teria de a coser senão ia acabar com as malas na mão.
Para acabar o dia subimos até Santarém já a pé e fomos comer um rodizio de pizzas e ver a selecção nacional. De barriguinha cheia voltámos à pensão para o descanso merecido e preparar a etapa do dia seguinte.
Para acabar o dia subimos até Santarém já a pé e fomos comer um rodizio de pizzas e ver a selecção nacional. De barriguinha cheia voltámos à pensão para o descanso merecido e preparar a etapa do dia seguinte.
Boa noite Tiago, estou a planear fazer o caminho de bicicleta mas gostava de te fazer algumas perguntas.
ResponderEliminarPodes-me enviar um mail com o teu contacto?
O meu email é:
miguelsimoesdealmeida@gmail.com
Muito obrigado,
Miguel
Ola Tiago, estou a pensar fazer o caminho mas precisava de algumas dicas.
ResponderEliminarComo posso comunicar contigo?
O meu email é miguelsimoesdealmeida@gmail.com
Obrigado,
Miguel