domingo, dezembro 27, 2015

Tróia-Sagres 2015

Já passaram 2 semanas do Tróia-Sagres e já me apetece falar sobre o assunto. Devemos aprender com as coisas boas e com más por isso decidi escrever sobre o Tróia-Sagres apesar de não me ter corrido propriamente bem. Esta já era a 4ª vez que ia fazer este percurso, já sabia com o que podia contar a nível de percurso, o que não sabia era a quantidade brutal de pessoas que ia fazer o percurso, nas minhas viagens anteriores nunca tinha ido no dia oficial do Tróia-Sagres

Fui acompanhado pelos meus colegas da equipa de triatlo e desde cedo nos vimos a pedalar dentro de grandes grupos, a viagem fazia-se de modo confortável a nível de cansaço mas sempre algo tensa pelo facto de ir muita gente junta, e pior que isso muita gente que claramente não tinha comportamento correcto para andar em pelotão.


Fizemos a primeira paragem logo a seguir a Porto Covo, sentia-me super bem, só algum desconforto no pescoço mas tudo o resto estava como se tivesse acabado de começar a pedalar. O momento fatídico aconteceu pouco depois de Vila Nova de Mil Fontes, um outro ciclista passa por mim e em vez de manter a trajectória manda-se para cima de mim, bate-me do guiadouro, ainda me equilibrei, mas ele continua a encostar-se e bate com a roda traseira na minha roda dianteira, resultado, um queda  a rondar os 40km/h, em que fui a deslizar pelo alcatrão com o meu lado esquerdo.

Levanto-me, com a ponta dos dedos ensanguentada e olho para a bicicleta, a roda da frende com raios partidos e empenada, as fitas do lado esquerdo desfeitas, o selim raspado e a parte pior, o meu GPS riscado que quase me vinham as lágrimas aos olhos. Ao olhar para o ombro vejo a minha t-shirt da Sky toda rasgada, ai que dor no coração. Com isto tudo os meus colegas que vinham no grupo atrás de mim, o Gonçalo travou a fundo e rasgou o pneu (depois levou o meu pneu já que eu não ia seguir) e o Ricardo foi para a faixa contrária onde ia sendo levado por uma ambulância que vinha em sentido contrário, e o gajo que me mandou ao chão nem parou. 

No meio do azar alguma sorte, a ambulância parou e prestou-me logo auxilio. Depois disso, super frustrado, pontapeei o meu capacete, não podia acabar, tinha o equipamento todo danificado e eu próprio estava todo queimado do lado esquerdo, vá lá não tinha nada partido eram só feridas. Entrei para a carrinha e fui a apoiar os meus colegas até ao final era a única coisa que podia fazer. Acho que não volto a fazer o Tróia-Sagre no dia oficial.

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