sexta-feira, janeiro 02, 2015

S. Silvestre Amadora 2014

A S. Silvestre da Amadora acho que é a prova que eu faço há mais anos, e há-de ser sempre uma prova no meu calendário anual, gosto imenso do ambiente. O ano passado estava de cama por isso não consegui participar, este ano experimentei pela primeira vez o novo percurso, continua bastante duro para uma corrida de estrada, é difícil manter ritmos devido ao constante sobe e desce, mas está mais fácil que no percurso antigo.

Nos 2 dias anteriores à prova fiz uns pequenos treinos que não correram mesmo nada bem, em ambos tive ataques de asma quando treinava as acelerações em rampas, ao ponto de ter quase de parar por não conseguir respirar, por isso a minha confiança para a prova era zero. Como não me sentia bem decidi não arriscar nos primeiros quilómetros como costumo fazer, nada de grandes esticões ao início para ganhar tempo. Disse ao Pre para colar em mim, ele queria fazer abaixo dos 45 minutos (e conseguiu) o que era um bom objectivo para mim, logo era uma boa maneira de controlar o ritmo porque o ritmo do Pre é muito certinho.

Ao final da primeira rotunda olho para trás e deixo de ver o Pre, desacelero um pouco e tento me aperceber onde ele estava mas em mais de 1000 pessoas não estava fácil. Nisto passa o Bruno Martinho por mim, ainda lhe pergunto pelo Pre mas ele também não o tinha visto, decidi então seguir ao ritmo do Bruno.

Ao fim de 3 quilómetros estávamos no ponto mais elevado da corrida, a parte pior tinha terminado e tinha conseguido aguentar o ritmo do Bruno, nessa altura foi quando me senti pior, estava com dificuldades em respirar e o Bruno voltou a dar um esticão como o terreno começava a descer, desliguei o meu sensor de dor, o tentei ir com ele. Aos 4 quilómetros íamos com 17m30s, tendo em consideração que tinha sido quase sempre a subir e eu estar com problemas respiratórios, estar a fazer um ritmo mais rápido que 4m30s/km era bom mas ainda haviam muitos quilómetros para pagar este ritmo. Por volta dos 5,5 quilómetros o Bruno diz-me para seguir, achei estranho porque até ali ele não tinha dado sinal de abrandar, mas lá continuei a minha corrida.

Já não tinha lebre e nesta altura era por minha conta, passei a última rampa sem me desgastar muito guardando alguma coisa para os últimos 3,5 quilómetros. Aos 7 quilómetros ia com 30m10s, tendo em consideração que grande parte do que faltava era a descer, só um grande desfalecimento me impediria de fazer abaixo dos 45 minutos no final. O último quilómetro coincidia com o primeiro, por isso sabia que os últimos 800 metros seriam numa ligeira subida mas que naquela altura poderia fazer estragos. A parte da descida até aos últimos 800 metros controlei um bocado para poupar forças para o sprint final. Logo a seguir a contornar a rotunda que dava início à subida vejo o Bruno a entrar na rotunda, ele apesar de tudo não tinha perdido quase tempo para mim. Estava na altura de começar a bater com os calcanhares no rabo senão ainda era apanhado pelo Bruno. Ainda ultrapassei uma mão de corredores nessa última subida, para acabar com um resultado que não esperava de todo.


Pouco mais de 30 segundos depois chegou o Bruno a quem tenho de agradecer imenso pela ajuda que me deu na primeira metade da corrida, a muito lhe devo o meu tempo final. O Pre acabou por bater em muito o record dele, fez 44m30s, pela primeira vez desceu a barreira dos 45 minutos e logo numa corrida como esta, aqui se prova que o treino regular acaba sempre por trazer resultados. E finalmente o Nuno que há muito estava parado queria fazer abaixo dos 55 minutos e conseguiu 54m40s, todos conseguimos cumprir as nossas metas.

Dados da minha prova:
  • Tempo final: 42m16s
  • Velocidade média: 14,2km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m14s

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