quarta-feira, dezembro 31, 2014

Retrospectiva de 2014

Mais um ano passou e está na altura de rever o que de mais importante se passou ao longo do ano aqui no estaminé.
  • O ano começou como depois acabou com concertos, o concerto da Tarja foi espectacular, a melhor voz que já ouvi ao vivo;
  • E como não podem ser só coisas boas, fui multado a andar de mota na berma, o que culminou no final do ano com 1 mês sem carta;
  • E a minha má fase continuou, depois de andar algum tempo com dores abdominais fui fazer uma colonoscopia onde descobri que tinha um pólipo, nada de muito grave mas a partir de agora tenho de acompanhar este problema;
  • Uma das minhas bandas de referência são os Scorpions, não sei se voltarão a tocar em Portugal, mas este ano consegui ir vê-los;
  • Apesar de alguns problemas físicos que tive este ano, foi o ano dos meus melhores resultados, o que parece um contra-senso. A época de triatlo começou em Alpiarça onde bati o meu record da distância sprint.
  • A seguir veio o triatlo do Estoril onde consegui pulverizar o meu record pessoal na distância olímpica.
  • Apesar de ser curta, a experiência do parapente foi algo engraçada;
  • Nascimento do meu sobrinho;
  • Criação da minha empresa e começar a trabalhar para a Sky, a melhor decisão profissional que tomei até agora (nem que fosse pelos bolos que vão aparecendo por cá e sou obrigado a comer);
  • Voltar a fazer o sempre belo percurso da Arrábida durante a noite é uma tradição que começou no ano de 2013 e continuou este ano;
  • Filmagem do anúncio da Coca-Cola onde ainda deu para conhecer o Futre;
  • Mais um record que não pensava bater tão cedo, surpreendentemente para mim baixei da barreira dos 40 minutos na distância de 10km
  • Mais uma tradição, o fim-de-semana com o pessoal com quem trabalhei na Viatecla, este ano fomos fazer aquaturismo;
  • Pela segunda vez no ano, bati o meu record numa distância sprint no triatlo de Oeiras;
  • A única prova de natação que faz parte do calendário anual é a Remada Musa, adoro o conceito, adoro o espírito da prova;
  • Estava a entrar na fase do ano onde ia ter os meus grandes desafios desportivos, a preparação estava a ser muito boa, com bons resultados, mas fui algo receoso até Caminha para o meu primeiro half ironman, apesar da dureza da prova senti-me bem e foi um óptimo fim-de-semana;
  • Três semanas depois veio a minha primeira ultra maratona, 43,5kms, 7horas, sempre a correr na areia num sofrimento pelo qual nunca tinha passado numa prova;
  • O fim-de-semana em Vale de Urso, ao pé do Fundão, foi outra tradição que começou o ano passado e este ano voltou-se a repetir;
  • Adorei experimentar squash, que desporto mais explosivo, correr e bater na bola como se não houvesse amanhã;
  • Em 2013 não houve, mas voltámos a recuperar as férias de 2012, uma semaninha ao pé de Armação de Pêra deu para recarregar as baterias;
  • Ainda houve o fim-de-semana do aniversário do Nuno, uma quinta alentejana, com o pessoal todo, viva a diversão.
  • Depois voltei a ter problemas físicos, uma pubalgia chata que ainda não passou na totalidade e não me deixou na altura terminar a maratona de Lisboa.
  • Mais uma tradição que voltou este ano, o estágio de Taekwondo;
  • E o ano começou como acabou, concertos, foram três concerto quase seguidos, OneRepublic, Epica e Sabaton;
  • E finalmente hoje para me despedir do ano tenho a S. Silvestre da Amadora ao final da tarde.
Até para o ano...

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Sabaton - Hard Club

Foi uma autentica invasão viking o que se passou no Hard Club no Porto, sim, fui de propósito ao Porto ver um concerto, ainda por cima à mesma hora do Porto-Benfica, e não me arrependi mesmo nada.

A primeira banda a entrar em acção foram o Týr, ouvi a primeira vez quando soube que guests os Sabaton traziam, se aos primeiros acordes não me entusiasmei depois de ouvir algumas músicas achei que seria uma banda interessante. O concerto foi muito bom, gostei bastante e se voltarem cá, seja como guests ou como cabeças de cartaz vou tentar ir ver outra vez. Uma sonoridade bem nórdica a lembrar aqueles filmes épicos da época dos vikings, não fosse a banda oriunda das ilhas Faroé.



Seguiram-se os peculiares Korpiklaani com a sua sonoridade folk sustentada no acordeão e no violino. Era uma banda que já conhecia antes e que para mim tem um grande handicap, o facto de cantar quase todas as músicas em finlandês o que torna um bocado impossível acompanhar as músicas enquanto actuam. Tudo o resto é porreiro, aliás esta era uma banda que em algumas músicas até os levaria a tocar lá na terra da minha avó, uma música mais tradicional e bem disposta que deixou muita gente de sorriso nos lábios, a tal ponto que ainda deu para ensaiar o comboio (como se tivessem a tocar o "Apita o Comboio") pelo meio da sala praticamente esgotada. Se fazia questão de voltar a ouvir Týr, sim, se fazia questão de voltar a ouvir Korpiklaani, não, foi giro, gostei mas não é uma banda que tenha uma sonoridade que me entusiasme por aí além.



E estava na hora dos Sabaton. Tenho de começar por dizer que se eu tocasse  numa banda queria tocar todos os dias no Porto, não me lembro de ver ambiente tão caloroso para uma banda, e provavelmente este foi o concerto que vi em que houve uma melhor simbiose entre banda e público. A banda puxava pelo público, o público puxava pela banda, entre cada música o público a gritar em uníssono - "Sabaton...Sabaton...Sabaton" - como o vocalista disse em bom português, depois de perguntar a alguém do público, de arrepiar.



E pela primeira vez vi uma coisa, o alinhamento tinha algumas músicas definidas mas outras era o público que escolhia, tipo discos escolhidos, o vocalista perguntava entre a um leque de músicas qual seria a seguinte, e o público é que decidia a música seguinte. Momento alto da noite, o público começa a cantarolar do nada o "Swedish Pagans", o vocalista de boca aberta começa na brincadeira a dizer que aquela música não estava no alinhamento e por isso não a iam tocar, depois algumas brincandeiras entre os membros da banda aí veio o "Swedish Pagans".Gostava de ter o vídeo do concerto inteiro porque foi realmente épico, o chão a abanar com os saltos, a forte música bélica mas ao mesmo tempo muito agradável ao ouvido, um ambiente verdadeiramente fantástico.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Epica - Paradise Garage

Tenho de começar por dizer que Epica merecia um espaço bem maior que o Paradise Garage, apesar do excelente ambiente que aquele espaço proporciona, é ridiculamente pequeno para uma banda como Epica, reforçada ainda por cima com os guests de luxo como os DragonForce, que só por eles mereceriam um espaço maior que o Paradise Garage.

A primeira banda a actuar foram os Dagoba, não conhecia, ouvi só 1-2 músicas antes do concerto e não perdi nada, puro barulho indiscriminado, só serviram mesmo para aquecer o público com a boa presença de palco e não há muito mais a dizer.

De seguida DragonForce, estava bastante curioso para os ver ao vivo, aliás como já tinha visto Epica ao vivo este seria mesmo o prato principal para mim porque era a novidade. Sabia que não poderia esperar a 'pureza' musical das músicas que eles tocam nos álbuns, pois aquelas guitarradas são simplesmente insanas. Gostava mais do vocalista original, não sou muito de fazer comparações entre ex-elementos das bandas, mas neste caso acho que foi um decréscimo acentuado.

A cada música eram solos e solos de guitarra, masturbação guitarrista no seu máximo...até que houve uma quebra da electricidade e como o Herman Li disse - "Mas nós tocamos guitarra eléctrica, a falta de electricidade nem é um problema!" - bem, mas eles como banda experiente que são lá tiraram o coelho da cartola, o gajo que mais fica na sombra na banda, o baterista, começa a sacar um solo de bateria naqueles minutos que corrigiam o problema da falta de electricidade, muito bom nunca deixando o público 'morrer'. E para finalizar nada mais, nada menos que "Through the Fire and Flames", deixo aqui o vídeo que filmei, o som não é o melhor mas dá para ter uma ideia do que estes meninos são capazes de fazer ao vivo.


E estava na altura dos Epica depois de os ter visto há 2 anos atrás no Incrível Almadense já sabia mais ou menos o que esperar, mas eles surpreenderam-me, gostei muito mais deste concerto, mais energéticos, mais comunicativos e um excelente alinhamento. Apenas umas 4 músicas estavam repetidas entre os 2 concertos, por isso foi bom ouvi-los pela 2ª vez.

Mas esta era a noite dos solos de bateria, a meio do concerto o Ariën van Weesenbeek dirige-se ao público num português muito aceitável (com certeza as frases estavam ensaiadas) o que o deixou logo com o público na 'mão', e a seguir a isso vai para a bateria pois estava na altura de um brilhante solo. A seguir a isso ainda veio o que para mim foi o momento alto da noite com o Unchain Utopia, talvez a música que mais goste de Epica, se tivesse sido a última música do concerto teria sido o encerramento com chave de ouro.

segunda-feira, novembro 24, 2014

Concerto OneRepublic

Para começar não confundir One Direction com OneRepublic, só veria um concerto de One Direction depois de ter cortados os pulsos e me ter esvaído em sangue. Devo dizer que ia para o concerto com expectativas moderadas, apesar de considerar uma boa banda o género musical não é bem que normalmente vejo em concertos. Depois do concerto só tenho a dizer - "Que concerto FENOMENAL!".


Dificilmente poderia pedir melhor concerto, estes OneRepublic só confirmaram a impressão que tinha deles serem uma grande banda, bons musicalmente, instrumentalmente, na composição e talvez a melhor voz masculina que já ouvi ao vivo. Ainda para mais fiquei com a ideia que são uma manda extremamente versátil a nível de estilo, acredito que se eles tocassem música clássica seriam igualmente bons, assim como se tocassem new metal.


Como nota final, e devido a ter ido ao concerto, não consegui ir à prova Klodinke Lisboa, apesar de estar inscrito. Além de me ir divertir de certeza, porque adoro este tipo de provas, o facto é que a equipa pela qual eu ia participar ganhou a prova no meio de centenas de equipas. Vou pensar que se eu tivesse participado teria induzido a equipa numa decisão incorrecta que não os deixaria ganhar a prova, assim não se torna tão frustrante não ter ido à prova. Aliás, já é a segunda prova este ano que não consigo ir e a equipa pela qual iria acaba por ganhar...começo aqui a ver um padrão, eu sou o elo mais fraco e quando pedir substituição candidatem-se porque a equipa vai ganhar! Mas não posso deixar de ficar contente pelo Pedro, os meus parabéns e não te esqueças de mim para o ano que vem quando for para fazer a equipa.

quinta-feira, novembro 20, 2014

Diferença de mentalidade

Esta semana ando muito blogueiro, deve ser pelas condições climatéricas depressivas e por isso venho para aqui descarregar o meu mau feitio acumulado. Depois de já ter escrito algumas coisas sobre a mentalidade das empresas de TI portuguesas, e estando agora a trabalhar para uma empresa britânica, hoje fui agradavelmente surpreendido por uma situação, e para provar que não sei só dizer mal aqui vai a situação que se passou.

Temos cá no escritório um visitante britânico, que veio cá durante uns dias no âmbito do projecto, e hoje a primeira coisa que disse para um colega meu foi algo do género - "Passa-se alguma coisa? Ontem quando saí ainda ficas-te, hoje chego já estás cá, passa-se algum problema?" - devo de admitir que ainda fico um bocado perplexo e espantado pela positiva com este discurso, vindo ele de uma pessoa hierarquicamente superior.

Agora, e porque tenho de dar a minha garfada, vou especular o que diria a mesma pessoa com a mentalidade portuguesa - "Então ontem acabas-te de resolver o problema critico que tinhas? Eu só pude chegar agora porque tive assuntos importantes a tratar agora de manhã, mas espero que já tenhas fechado todos os assuntos pendentes porque é urgente isto estar pronto!" (sim, não foi inocente a utilização das palavra "critico", "importante" e "urgente" no mesmo raciocínio, algo comum como forma de exercer pressão psicológica).

quarta-feira, novembro 19, 2014

Qual a nutrição correcta para um atleta?

Esta é uma pergunta demasiado aberta, muitas variáveis há que ter em consideração, idade, sexo, tipo de actividade, tempo da actividade, temperatura, etc. Como alguém que pratica desporto e em provas com alguma regularidade já sentia falta de ter uma opinião mais profissional sobre o assunto, não é que a troca de experiências entre atletas não seja uma boa fonte de informação, mas às vezes pode-se tornar contraditória devido à multiplicidade de variáveis a considerar.

Este último fim de semana a 3Iron Sports/AHBE promoveu uma pequena formação com a nutricionista Solange Fernandes, apesar de ter sido curta foi bastante enriquecedora. Focada não só na nutrição no pré, durante e pós treino, mas também um pouco no dia-a-dia de um atleta que quer estar preparado para conseguir fazer provas de fundo. Fundamentalmente nós somos o que comemos, por isso na minha opinião uma boa nutrição pode ajudar tanto a ter uma boa performance como um bom plano de treinos. Deixo aqui os slides da formação, espero que sejam uma boa fonte de informação para outras pessoas como foram para mim.

segunda-feira, novembro 17, 2014

30 dias sem carta

-"Então a quanto foste apanhado? A que velocidade ias?" - São estas as perguntas que me fazem, mas não, pelo menos que fosse isso, que fosse uma multa a sério, na verdade ainda tem a ver com a multa que apanhei em Janeiro por...andar na berma de mota!!!

Isto é mesmo o cumulo do ridículo, 30 dias sem carta por isto, quando conheço pessoas que já foram apanhadas 2 vezes em excesso de velocidade e só pagaram a multa. Mas sim, eu sou um vil infractor do nosso exemplarmente bem escrito código da estrada, por isso estou justamente impedido de conduzir por um mês devido a um muito grave acto ilícito. 

Bem pelo menos não preciso de carta para conduzir bicicleta, acho que esta apreensão de carta foi encomendada pelo clube para me obrigar a treinar mais.

segunda-feira, novembro 10, 2014

Estágio Mais Taekwondo 2014

Já começa a ser um dos pontos altos do ano o estágio de Taekwondo, foi a 3ª vez que fui nos últimos 4 anos e se ao longo dos anos o grupo tem mudado, a verdade é que a simpatia e o companheirismo para com o 'gajo de fora', o 'wanna be', o 'membro honorário' continua a mesma e sempre que vou sinto-me como se fizesse parte do grupo como qualquer outra pessoa.

Este ano o estágio foi perto da Figueira da Foz, na serra da Boa Viagem, mais uma vez se vem comprovar que não é preciso ir para muito longe para conhecer locais belíssimos e que o nosso país, com todos os defeitos que tem, é um lugar maravilhoso para se viver.


O dia de sábado foi passado num sobe e desce constante dentro da serra, com pequenas provas e jogos que me fizeram lembrar o Survival, não tivesse o Paulo participado no Survival Xperience. A única coisa mais chata foi a chuva constante, se tornava o caminho mais interessante, o desafio era maior e a colaboração para passar algumas partes tornava-se obrigatória, a verdade é que quando parávamos a temperatura corporal baixava rapidamente. Fiquei também bastante contente por ter tido poucas dores abdominais, acho que a minha pubalgia está a ir no bom caminho da recuperação.


Ao jantar já o tradicional esparguete à bolonhesa cozinhado em doses industriais para quase 30 comilões, famintos depois de um dia cansativo. Mas não cansativo o suficiente, ainda houve energia para ir até à Figueira da Foz dar uma voltinha rápida pelo casino e um pezinho de dança lá numa discoteca mesmo ao lado.

O domingo foi bem mais calmo, tivemos sorte com o tempo e a chuva deu tréguas durante uns breves momentos onde aproveitámos para ir à praia jogar rugby, ou pelo menos para nos arranharmos com a areia da praia e conseguir algumas esfoladelas e nódoas negras. O que vale é que a brincadeira também não durou mais de 30 minutos que pareceram uma eternidade, estávamos todos mega cansados. E foi assim, e agora que venha o estádio de 2015!

quarta-feira, outubro 22, 2014

Como está a tua forma física?

Existem muitas maneiras de aferir a forma física de cada um, algumas mais cientificas, algumas mais exactas, outras mais demoradas, mas não existe nenhuma forma única ou standard para o fazer. Esta semana dei com um site, o "World Fitness Level" que dispõe de um simples questionário que ajuda a responder a esta pergunta. Não sei o quão exacto ou fidedigno é o resultado, mas é bastante simples e rápido o questionário e as perguntas parecem-me fazer algum sentido. Fica aqui o meu resultado e o meu desafio aos meus amigos para fazerem o questionário.


A única coisa que está esquecida aqui é que com 20 anos eu não tinha lesões, e quando tinha pequenas mazelas rapidamente me recompunha, agora a PDI é lixada e começam-se a tornar irritantemente frequentes.

quarta-feira, outubro 15, 2014

Ser pago ao dia

Desde que trabalho como trabalhador independente vejo algumas coisas de maneira diferente, e começo a perceber porque a nossa lei do trabalho é tão má que ao querer defender tanto os trabalhadores acaba por os prejudicar, porque torna o país pouco atractivo para empresas e empreendedores. Mas isto dá uma grande conversa, se calhar noutro post falarei um pouco mais do assunto, neste post vou-me cingir à minha experiência quanto a receber ao mês fase a receber ao dia.

Para mim receber ao dia tem imensas vantagens fase a receber ao mês, para já é mais justo, qual a lógica de receber o mesmo num mês onde trabalho 18 dias fase a um mês que trabalho 23 dias, estamos a falar de uma diferença superior a 20%? Ganha mais quem trabalha mais, é justo.

Depois qual a lógica de existir mês de férias e 13º mês? Antes dos defensores dos trabalhadores e oprimidos me começarem a bater pensem bem...se esse valor estivesse diluído pelos dias em que se efectivamente trabalha, os trabalhadores teriam acesso a esse dinheiro mais cedo e não poderiam haver os famigerados cortes nos subsídios, pois eles não existiam.

E quando o teu chefe chegar ao pé de ti e disser - "Este fim-de-semana é preciso um esforço extra por isso é necessário vires trabalhar." - está bem venho trabalhar mas recebo mais um/dois dia no meu ordenado. Com isto queria ver se os chefes não começavam a pensar pelo menos 2 vezes antes de pedir "esforços extra".

E se o governo se lembrar de cortar nos feriados...está bem cortem para aí a vontade, vou ganhar mais por ir trabalhar agora nesse dia, ao contrário se recebesse ao mês que iria ganhar a mesma coisa.

Existe sim um ponto negativo, se ficar doente ou for de férias não recebo nesses dias, mas como já recebo mais nos dias em que trabalho, nesse período que não vou trabalhar terei o fundo maneio necessário.

segunda-feira, outubro 06, 2014

Maratona de Lisboa 2014

Vou começar um bocadinho antes da maratona, mais propriamente na 2ª feira antes da prova. Fui jogar futebol e a correr sozinho sem estar com a bola ou alguém por perto, senti uma dor aguda forte na zona abdominal inferior, agora vejo que é uma dor idêntica à que tive no início do ano. 

Nessa altura entrei na 1ª fase, a negação - "Isto não é nada é só um mau jeito amanhã já estou bem" - na 3ª feira de manhã acordo ainda com a dor, entro na 2ª fase, a esperança - "A corrida é só domingo até lá recupero" - na 6ª feira entrei na 3ª fase, a resignação - "Ok, não vai dar para fazer a prova...".

No domingo acordei cedo, tinha deixado o equipamento todo preparado no sábado à noite, estava com dores mas decidi ir fazer a prova de qualquer maneira, fosse para fazer 1km fosse para fazer a prova toda, pelo menos ia tentar. Saio de casa e começo a dar umas corridinhas até ao local da partida...péssimas sensações, a andar doía-me, a correr a dor era mesmo aguda, pensei que ia dar só volta a Cascais e acabava logo ali a prova.

Começa a corrida e nos 3 primeiros quilómetros dentro de Cascais as sensações eram boas, pensei pela primeira vez que tinha hipóteses de acabar a prova. Aos 10kms passei com 53m30s, não estava mal, estava a fazer uma média que me possibilitava melhorar o tempo do ano passado. Quando estava dentro do quilómetro 12, as dores começaram a vir com mais força, passando da zona abdominal para a virilha, passou a bandeira das 4h por mim, passou o Bruno Martinho por mim e eu sem capacidade para seguir porque estava a ficar com dores incómodas. Tive de diminuir muito a velocidade e aí comecei a ver que dificilmente iria aguentar até ao final, passa o Zé Correia por mim em Oeiras e eu cada vez mais incapaz de seguir. À chegada de Caxias disse para mim mesmo que ia fazer até à meia maratona e se nessa altura estivesse com mais de 2h que não valia a pena continuar, ia fazer pior tempo que no ano passado e podia agravar a minha lesão.

Ao passar pela Cruz Quebrada já ia com 2h, passa o Sérgio por mim e ainda me pergunta se precisava de algo, disse-lhe para seguir que eu ia parar em Algés e vinha de volta para casa de comboio. Ao passar a meia maratona ia com 2h05m, daí até Algés foi seguir a trote agarrado à zona abdominal. Nessa altura passou o Pedro e o Edgar por mim a um ritmo muito certinho, aliás tenho de dar o parabéns ao Pedro, o ritmo dele foi exactamente igual na primeira e segunda metade da prova, grande capacidade de controlo.
Foram ainda 22 quilómetros que fiz, fiquei super triste porque tinha feito uma boa preparação, estava a fazer bons tempos, este ano tinha tido bons resultados e sentia que ia conseguir um dos objectivos desta época que era na maratona aproximar-me das 3h30m. De qualquer forma fiz o meu melhor, mesmo limitado tentei, mais não podia ter feito, a única coisa que vou fazer diferente a partir de agora é quando tiver provas importantes nessa semana não vou aos jogos de futebol. Agora é recuperar e tentar estar bem para daqui a 3 meses na S. Silvestre da Amadora, se recuperar vou tentar num percurso difícil como é a S. Silvestre da Amadora fazer um tempo a rondar os 40 minutos.

sexta-feira, setembro 19, 2014

Cifrar em SQL com chave pública

Bem, vou começar pelo pré-requisito de obter uma chave pública para o teste, normalmente a chave pública será fornecido por uma entidade credível, neste exemplo em particular vou gerar a minha própria chave para o teste.
  1. Obter o certificado com o par chave pública/privada
    1. Ir ao IIS e escolher Server Certificates.
    2. Criar um certificado auto assinado (assumir que o nome dado ao certificado é test.pfx).

  2. Ir a linha de comandos e extrair a chave pública do certificado com o comando: sn -p text.pfx test.snk
  3. Registar a chave pública no SQL:
    IF (select count(*) from sys.asymmetric_keys where name = 'testKey') <> 0
    BEGIN
           DROP ASYMMETRIC KEY testKey
    END
    CREATE ASYMMETRIC KEY testKey 
    FROM FILE = N'test.snk'

  4. Usar a chave pública:
    DECLARE @AsymID INT;
    SET @AsymID = ASYMKEY_ID('testKey');
    PRINT ENCRYPTBYASYMKEY(@AsymID, 'Valor a cifrar')
Uma nota final, não averiguei o motivo mas a cifra feita pelo SQL faz byte reverse, se a descifra for feita noutro local que não o SQL isso tem de ser levado em consideração.

segunda-feira, setembro 15, 2014

Aquashow

tinha ido ao Aquashow nas minhas férias de 2006 (bolas já foi há tanto tempo, quase no início aqui do blog), ainda me lembrava do parque, mas desde há 8 anos o Aquashow já foi reformulado tendo novas atracções, e era mais nessa perspectiva que queria ir novamente ao Aquashow.

Dentro das novas atracções, 2 destacam-se para os amantes de adrenalina, o Top Swing e o Air Race. O Top Swing basicamente é um pêndulo gigante, que além disso roda sobre si próprio, foi a primeira atracção que experimentei, e se ao início parecia soft, quando aquilo alcança a velocidade e amplitude máxima dá para chocalhar um bocado. Logo de seguida fui ao Air Race, que é um carrossel, mas que os aviões sobem e descem ao mesmo tempo que rodam sobre si. Se já sai um bocado amassado do Top Swing ao sair do Air Race a única coisa que procurei foi um caixote do lixo porque o meu estômago de donzela estava a provocar refluxos. Só consegui andar uma vez em cada uma destas atracções, o meu estômago não quis colaborar, mas são mega divertidas.


Mas o clímax do parque para mim continua a ser o White Fall, super divertido! Como parque temático o Aquashow é um bom parque, não é grande como por exemplo a Isla Mágica, mas as atracções que tem são muito boas. Como parque aquático para mim está atrás do Slide & Splash, se queremos atracções puramente de água o Slide & Splash é melhor, se queremos atracções mais radicais e coisas que não sejam só aquáticas o Aquashow é melhor.

quinta-feira, setembro 11, 2014

Trilho dos Templários

O ano passado estive para fazer esta prova, mas não consegui conjugar com as restantes provas que já tinha, por isso este ano estava de olho no trilho dos Templários, ainda para mais porque iria dar um belo treino longo para a maratona de Lisboa.

Consegui convencer o Pre a ir comigo porque ele também é adepto deste tipo de provas e lá fomos nós de madrugada em direcção a Tomar. Apesar do dia ter começado chuvoso acabou por se pôr até bom demais, ao início estava bom para correr, fresquinho, mas com o avançar da manhã ficou até bastante calor. O efeito da chuva matinal foi o trilho ter ficado algo enlameado e com algumas poças. Inicialmente ainda estava a tentar manter-me seco, mas quando passámos por um túnel por baixo de uma estrada, no qual passava um ribeiro, pronto esquece, vamos lá ficar com os pés molhadinhos. Devo dizer que andei sempre a conter-me um pouco nas descidas, como tinha torcido o tornozelo no início da semana, e já fiz uma prova com uma entorse, preferi perder alguns segundos e descer com  mais segurança que voltar a torcer o tornozelo e perder minutos, e pior, evitar fazer o resto da prova ainda em mais esforço.

Queria fazer o trilho todo a correr, mas quando cheguei ao quilómetro 10 e me deparo com uma parede na qual até tínhamos cordas para ajudar a subir, esquece vou ter mesmo que andar. Ainda antes disso passámos por uma parte onde tínhamos passado quando fizemos o caminho de Santiago de Compostela, lembrava-me porque foi a primeira subida que tínhamos feito a pé, desta vez fizemos a descer...bem mais fácil.

Até os 15 quilómetros senti-me bastante bem, a partir desse ponto senti que não estava a morrer, mas que já não estava a conseguir impor um ritmo tão vivo, especialmente nos segmentos menos técnicos onde normalmente se consegue andar mais rápido. A partir deste ponto também é onde o percurso fica mais bonito, pelo que me lembro passámos por 2 trilhos demarcados nos quais também aproveitei para desfrutar um pouco da paisagem e como fui algum tempo sozinho as únicas coisas que ouvia eram as minhas passadas e a natureza ao meu redor.

Nos últimos quilómetros ainda sofri um bocado, queria acabar a prova com um tempo final abaixo das 3h30m, e como estava a ficar muito no limite do tempo não me podia descuidar, além disso não conhecia o percurso e não sabia quantas subidas ainda havia para me quebrar o ritmo. O percurso é menos duro que outros trail runs que tenho feito, tem subidas muito duras mas são concentradas, a maior parte do trilho consegue-se fazer a correr, sem que o acumulado no total seja tão duro como em outras provas que já fiz.


Uma palavra final para a organização, uma prova espectacular, a repetir sem dúvida, com uma inscrição mais barata que o normal, com óptimos abastecimentos e bastante perto uns dos outros, e com um percurso belíssimo.

Dados da minha prova:

  • Tempo final: 3h26m56s
  • Tempo médio por quilómetro: 7m8s/km
  • Velocidade média: 8,41km/h

quinta-feira, setembro 04, 2014

Problemas no Citius

Para quem já trabalhou nos sistemas informáticos do ministério da justiça os recentes problemas no Citius não são nenhum espanto, o espanto é não terem sido expostos mais cedo. Ainda bem que só trabalhei lá durante breves meses mas deu para perceber que os sistemas estavam presos por arames e fita cola, muitos erros eram cometidos, tanto por culpa dos próprios responsáveis do ministério, como das consultoras que colocavam lá recursos para desenvolver os sistemas informáticos. Alguns erros que eram fáceis de identificar:
  • Projectos mal estimados a nível de tempo o que fazia que para que se terminasse a tempo comprometia-se a qualidade;
  • Pessoas que geriam os projectos que não tinham a mínima qualidade técnica para projectos daquela dimensão, nem queriam pagar para ter pessoas competentes tecnicamente para os apoiarem;
  • Colocação de recursos sem experiência só por serem mais baratos. Atenção que a culpa não é dos recursos, há que dar tempo para as pessoas crescerem profissionalmente, fazendo um paralelismo simples é a mesma coisa que meter 10 jogadores da equipa B na equipa principal, e esperar que a equipa principal continue a render a mesma coisa. Sim podem ser pessoas com potencial de crescimento, mas há que passar pelas dores de crescimento;
  • Depois e muito importante, estamos a falar de sistemas fortemente influenciados por vontades políticas, hoje sai uma lei que altera as regras do jogo, amanhã os sistemas informáticos têm de reflectir essas regras. Os políticos não percebem que para os sistemas mudarem têm as suas implicações e os arquitectos dos sistemas têm de perceber que têm de estar preparados para estas mudanças constantes;
  • Fazer manta de retalhos em cima de sistemas velhos e desactualizados invés de ir a seu tempo criando novos sistemas, promovendo mudanças graduais;
  • Andar a fazer um sistema à pressa sem preocupações com o desempenho e a segurança nunca é boa política, estar a testar sistemas para suportarem 10 utilizadores ao mesmo tempo e depois num cenário real haverem 10.000 utilizadores ao mesmo tempo como é óbvio o sistema vai ser muito mais lento que nos testes iniciais.
Tenho pena é dos informáticos que estão lá a trabalhar, se eles já são espremidos nas situações normais a partir do momento que isto se tornou uma arma política e saiu para a comunicação social, provavelmente nem vão dormir a casa só para resolver estes problemas. 

terça-feira, setembro 02, 2014

Treinos de mar

Durante o mês de Agosto é o meu mês de férias da piscina. Como não ia nadar para a piscina acabei por combinar uma série de treinos com os meus colegas da 3Iron Sports, treinos esses a serem realizados no mar ao final do dia. O normal acabou por ser 2-3 treinos por semana, alguns deles ainda antecedidos por uma breve corrida.

Devo dizer que houveram alguns dias que entrar na água, mesmo com fato de triatlo não foi muito agradável, mas eram só os minutos iniciais, depois acabava por aquecer e era tranquilo. Fiquei bastante contente com o nível de companheirismo e comprometimento dos meus colegas, nunca tive de fazer nenhum treino sozinho, conseguíamos acertar horários que dessem para todos, nunca ninguém era deixado ao abandono dentro de água, verdadeiro espírito de equipa. Além disso quebrei um bocado a monotonia de nadar na piscina e andar de um lado para o outro a 'contar azulejos', nadar no mar é muito mais interessante, temos de estar mais concentrados por causa das trajectórias, temos paisagens diferentes, temos de procurar os nossos colegas, no fundo há sempre qualquer coisa para fazer. Na piscina muitas vezes entro em piloto automático, como é sempre a mesma coisa dou por mim com a mente a divagar noutras coisas, acabo por esquecer o que estou a fazer, qual a distância que já nadei, o que devo fazer a seguir, etc.


Relembro 3 treinos muito interessantes. A saída da marina ir e vir até ao pontão da praia das Moitas, passar ali pelo meio dos barcos já algo longe da costa. A saída de Cascais ir e vir ao pontão do Tamariz onde um de nós por engano seguiu em frente no pontão do Monte Estoril e foi até ao Tamariz, o resultado foi acabar estar a nadar no regresso no meio do mar já bem de noite. Por fim o treino que saímos de S. Pedro e fomos durante meia hora em direcção a Cascais e voltámos, com alguma ondulação chata, foi interessante fazer aquele percurso que normalmente só faço uma vez por ano na remada Musa e já numa fase final da prova, muito cansado sem dar para apreciar o percurso.

terça-feira, agosto 26, 2014

Jogar Squash

Nunca tinha experimentado jogar squash, apesar de já há algum tempo andar de olho em ir experimentar este desporto. Finalmente fui experimentar e o squash é muito mais do que eu estava à espera. Sim calculava que era um desporto que levava os nossos níveis de testosterona até à ponta de cada pêlo, correr, saltar, mudar de direcção, arrancar, bater com força na bola, tudo muito, muito físico ao ponto de ao final de 10-15 minutos já estar a pôr as mãos nos joelhos.

Contudo, o squash também é super táctico e técnico, a minha capacidade física mais para o final sim ajudou-me bastante, contudo mesmo assim era claramente dominado pela capacidade técnica de quem estava a jogar contra mim e já tinha muito mais experiência. Gostei imenso de jogar apesar de achar que não tenho muito jeito para a coisa, ou então vou ter de treinar muito mais para conseguir ser competitivo, mas sem dúvida que é muito divertido e vou gostar de repetir a dose.


sexta-feira, agosto 22, 2014

Ana Moura no Casino Estoril

Ontem cheguei a casa bastante cansado e já algo tarde, e devo dizer que a minha vontade de sair de casa não era muita ou nenhuma. Mas tinha alguma curiosidade em ver Ana Moura ao vivo, já a tinha visto cantar uma vez mas só uma canção, e fiquei bastante agradado com a voz dela, por isso queria ver como seria um concerto um bocadinho maior.

Como estão a decorrer as Festas do Mar, e cantava Olavo Bilac na baía de Cascais, pensei que as pessoas se iriam dividir um pouco e que não ia estar assim tanta confusão, mesmo assim não arrisquei e fui até ao casino de mota. Boa decisão a minha, não sei como estava o concerto do Olavo Bilac, mas o casino estava à pinha para ver Ana Moura, grande confusão, imensos carros, e eu a passar pelo meio da confusão e a estacionar a mota mesmo à porta.

Quanto ao concerto em si, o tipo de música não é o que mais me agrade, mas não posso deixar de gostar do que oiço, belíssima voz da Ana Moura, superiormente acompanhada pela guitarra portuguesa, mais ou menos 1 hora de concerto, de um fado mais moderno, mais actual. Bom espectáculo.

quinta-feira, agosto 14, 2014

Bonsai Pinus Halepensis

Cada vez sou mais fã de bonsais de exterior, não sei bem porquê, talvez por me parecerem mais naturais, mais próximos da realidade, mas pode ser por outro motivo qualquer que ainda não desvendei. Quanto ao Pinus Halepensis foi paixão à primeira vista, já estou sem espaço para ter mais bonsais mais tinha de arranjar ainda um espacinho para este.


Já há algum tempo que queria um pinheiro, mas normalmente os preços são proibitivos, por isso tem sido algo que tenho adiado, quando vi este pinheiro a um preço bem aceitável não houve grandes dúvidas que o ia levar comigo.

A nível de características esta é uma árvore de origem mediterrânea, por isso muito adaptada ao nosso clima, apesar de não gostar muito dos dias mais frios. Deve apanhar sol directo quanto baste, e bastante luminosidade. Como a grande maioria dos bonsais só deve ser regado quando o solo já está quase seco.


segunda-feira, julho 28, 2014

Ultra Atlântica

Para mim o dia começou bem cedo, tinha de estar em Setúbal para apanhar o ferry às 5h45m, por isso eram 3h45m e estava eu a levantar-me da cama. Devo dizer que estava com imenso receio desta prova, seria a distância mais longa que alguma vez tinha corrido, e ainda por cima sempre em areia. A prova arrancou de Melides às 9h, tempo ameno, sem vento, e a areia mole como tudo que enterrávamos os pés e tornozelos, mesmo alguém leve como eu.

Achei curioso as diferentes estratégias a nível de equipamento, houve quem corresse descalço, só com meias, com ténis, uns com camelback, outros com garrafas à cintura, um pouco para todos os gostos, eu corri de ténis e camelback, acho que para mim é a forma que mais se adapta. Os primeiros 15kms foram feitos a um óptimo ritmo, fui sempre com um outro atleta que tinha conhecido no início da prova, ajudou a passar o tempo e a esquecer o cansaço. Aos 15kms iamos com 1h42m de prova, um tempo excelente dada a dureza do percurso. Nessa altura desci um pouco o ritmo, as pernas estavam a ficar cansadas e ainda faltava muito.

Daí e até os 20km mantive o meu companheiro de corrida a uma distância ainda alcançável, aos 20km passei com 2h26m, estava a quebrar ligeiramente mas o tempo ainda era bastante bom. Aos 21km apanho o meu colega outra vez, seguimos juntos uns minutos até que tive de parar a primeira vez para tirar a areia de dentro dos ténis. Nessa altura já me sentia muito débil e pensei que não ia conseguir terminar a prova, ainda estava a meio e as pernas não respondiam. Até os 28,5kms passámos umas quantas vezes um pelo outro, ora eu ultrapassava-o ora ele me ultrapassava e aos 28,5kms devia de ir mesmo com 3-5min de vantagem. Nessa altura era o único abastecimento que tínhamos, estava com cerca de 4 horas de prova e sentei-me na areia para por as coisas na mochila, comer e beber algo. E depois para me levantar...não conseguia, rebolava para a esquerda e não tinha força para me levantar, rebolava para a direita e a mesma coisa. Entrei em conflito comigo próprio, abandono a prova ou não, estava em sofrimento atroz, mas já tinha sofrido tanto que não queria desperdiçar esse esforço, tinha as virilhas e as entre pernas todas assadas devido à água com sal, estava mesmo em agonia.

Lá fui desencantar forças não sei bem onde, levantei-me a cambalear e segui a andar. Essa foi a pior fase da prova, estava tão cansado que ia caindo uma meia dúzia de vezes, qualquer pequena ondulação parecia uma maré gigante a fazer-me rasteiras aos pés. Nessa altura já muitos atletas começavam a andar e das coisas mais desmotivantes que já senti até hoje era ver alguém a andar à minha frente, e eu num ligeiro passo de corrida não conseguir encurtar distância, o que significava que estar a andar ou a correr aquela velocidade era a mesma coisa. Por volta dos 34kms voltei a parar para tirar a areia dos ténis, estava tão cansado e os quilómetros pareciam não passar, nesta altura já sentia que não estava numa prova de atletismo mas sim numa prova de sobrevivência.

A seguir à placa dos 37,5km era a única altura que a areia estava minimamente boa para correr, os pés já quase não enterravam e já não estávamos todos tortos porque ali o areal era direito. Ainda consegui correr aceitavelmente durante uns 3kms até ficar sem energia. A partir daí foi a andar e a correr a trote até à meta, no final já com muito apoio inclusivamente de outros atletas. Quando olho para o relógio na meta marcava 6h59m, um pequeno "sprint" final dentro das minhas capacidades para acabar abaixo das 7h, eram 6h59m40s quando cortei a meta e tombar de esgotamento 1 metro a seguir. Os meus colegas vieram logo ver como estava e um elemento da organização com uma garrafa de água, só queria era respirar e já respondia a tudo o que quisessem. Sofri como nunca mas acabei, numa prova onde desistiu imensa gente, onde ouvi comentários como - "Este ano foi o pior nunca tínhamos apanhado areia tão mole!"- ou -"Estou farto de fazer trails de mais de 60kms e nunca me senti tão mal como hoje". Bem, mission accomplished, ainda não há classificações mas o mais importante está feito, acabei!!!


segunda-feira, julho 14, 2014

Como criar uma empresa?

Há cerca de 2 meses estive no processo de criação da minha empresa, e apesar dos simplex e da redução das burocracias, o processo continua a não ser linear e continua a levantar algumas dúvidas. Vou deixar aqui um pequeno guião, não oficial, mas que representa a experiência que tive.
  1. Falar com vários TOCs (Técnico Oficial de Contas), existe uma pequena variação de preços entre eles, mas quanto a mim deve ser escolhido aquele que nos dá mais garantias de satisfação, o TOC deve ser visto como o nosso 'simplificador de vida' a partir do momento em que a empresa é criada.
  2. Escolher o nome da empresa, pode parecer algo simples, mas o meu conselho é escolher uns 3-5 nomes porque quando se for fazer o registo os critérios para aprovação de nome são algo chatinhos.
  3. Entretanto começar a ver bancos e as condições que cada um oferece, após o registo da empresa temos 5 dias úteis para associar a empresa a uma conta bancária.
  4. Falar com seguradoras pois é necessário ter um seguro de acidentes de trabalho, nem que seja uma unipessoal é necessário o sócio-gerente ter seguro.
  5. Criação da empresa em si, existem neste momento 2 formas:
    1. Deslocando-se a um IRN (Instituto dos Registos e do Notariado) e de preferência um que tenha uma conservatória no mesmo espaço de modo a que a aprovação do nome seja imediata. Esta foi a opção que tomei, apesar de ser mais cara saímos do IRN já com tudo tratado e sem mais preocupações deste tipo.
    2. A segunda opção não foi a que utilizei mas também me parece simples, é o registo online através do Portal da Empresa. A parte que normalmente pode ser mais complicada para quem não é informático, é a necessidade de ter um leitor de cartões para ler o cartão do cidadão e depois é necessário ter um software de assinatura digital de pdf, existem vários gratuitos como por exemplo o ePaperSign, é possível ver como se faz a assinatura neste vídeo. Para fazer a criação online existe este guião que é só seguir e torna as coisas muito mais simples.
  6. Finalmente depois de registar a empresa há o prazo legal de 15 dias para dar a abertura da actividade na segurança social. Esta abertura de actividade deverá ser feita no início do mês pois se for feita por exemplo a dia 25 ainda é necessário pagar segurança social nesse mês, logo é melhor dar início de actividade no princípio do mês para não se desperdiçar dinheiro. Neste processo o TOC já poderá auxiliar, como tudo o restante daqui para a frente.
  7. Escolher um software de facturação que exporte ficheiros SAF-T PT que são necessários para as finanças, existem vários gratuitos, eu por exemplo estou a utilizar o weoInvoice, e para pequenas e médias empresas é mais que suficiente, mas mais uma vez o TOC será uma ajuda preciosa neste aspecto.

segunda-feira, julho 07, 2014

Triatlo de Caminha

Nunca tinha experimentado o triatlo longo e para quem só faz triatlos há 1 ano achei que era um risco ir fazer um triatlo longo, ainda por cima o de Caminha que para quem conhece é um dos triatlos mais duros do país, mas lá me deixei convencer pelos meus colegas de equipa.

Arrancámos para Caminha no sábado às 6 da manhã, 450km e 5h30m depois lá chegámos a Caminha, o tempo totalmente fechado de chuva e eu a começar logo a dizer mal da minha vida. Queríamos ir fazer o reconhecimento de parte do percurso mas nem isso estava fácil, sempre a chover. Lá para as 16h30m lá houve uma aberta, agarrámos nas bicicletas e fomos fazer os quilómetros iniciais onde estão algumas das rampas mais agressivas. Quando acabamos a primeira rampa de 2-3 quilómetros e com percentagem média acima dos 10%, com rampas superiores a 20%, pergunto-me a mim mesmo: "Eu amanhã vou ter de passar 2 vezes por aqui e já com desgaste acumulado...estou desgraçado, como vou fazer isto?". Voltamos para casa e vamos fazer o reconhecimento da corrida, fomos correr para uma parte de pinhal com um pouco de areia solta, não era muito duro, mas também não era alcatrão.

À noite fomos jantar juntamente com os outros atletas num jantar promovido pela organização, uma atitude de tirar o chapéu à organização, oferecer o jantar a todos os atletas que quisessem e promover o convívio muito boa iniciativa, ainda para mais o jantar estava bem servido e a pensar em quem ia fazer um esforço significativo no dia seguinte. Durante a noite, por volta das 5 da manhã acordo com a chuva a bater violentamente na janela, mais uma vez começo a dizer mal da vida, a chuva iria tornar as descidas de bicicleta muito mais perigosas além do frio que iríamos ter por estarmos molhados.

Quando me levanto às 6h30m já a chuva tinha passado, não sabia nessa altura mas íamos ter sorte com o tempo, acabou por não chover, só caiu um pequeno borraço no topo da serra durante a primeira volta do segmento de ciclismo, e o tempo manteve-se enublado quase até ao fim do ciclismo, ou seja acabou por estar uma temperatura ideal para quem fazia um esforço físico e sem chuva durante toda a prova.

A prova começou já eram quase 9h, a organização esteve bem mais uma vez, este ano o segmento de natação foi feito a favor da corrente, a prova já é dura o suficiente para termos de nadar contra a corrente como foi o ano passado. A ida de ferry até à partida no meio do rio também é giro, vamos ali todos na amena cavaqueira a trocar experiências enquanto o nervosinho miudinho começa a aparecer. Com a corrente a favor escusado será dizer que parecíamos foguetes na água, queria fazer um tempo abaixo dos 35 minutos neste segmento e acabei por fazer 29m30s, sem grande esforço e fazendo certamente mais de 2 quilómetros em vez dos 1,9 quilómetros que era suposto fazer em linha recta. Acabei por ser o 70º neste segmento ali no meio do pelotão como é habitual no segmento de natação.

Preparar para a tortura, o segmento de bicicleta, esperar ter a sorte de não ter nenhuma avaria nem nenhuma queda visto que as descidas eram algo perigosas e eu gosto de descer rápido. Ao final das 2 primeiras grandes subidas passa por mim o meu colega João Santos, não consegui ir com ele mas mantive-o sempre em linha de vista, as rampas duras não deixavam criar grandes distanciamentos. Quando começaram as descidas mais técnicas apanhei-o e passei por ele. A parte final de cada volta era um pequeno sobe e desce constante, nessa altura eu e o João mantivemos-nos juntos de modo a psicologicamente ser mais fácil.

No início da segunda volta na parte das rampas mais agressivas perdi o João de vista, senti que tinha de controlar o ritmo porque as coças estavam a ficar pesadas. No final das rampas mais agressivas pensei para mim que o pior já estava, o problema é que estava muito mais desgastado do que na primeira volta, e rampas curtas mas agressivas que na primeira volta fazia com a potência do embalo agora a coisa já não era bem assim. Nesta altura ainda me juntei a um atleta do Alhandra e fomos puxando um pelo outro e trocando umas palavras como maneira de esquecer o sofrimento. Quando faltava 15-20 quilómetros para o final e começa novamente aquele pequeno sobe e desce constante nessa altura foi quando me senti pior ao longo de toda a prova, as pernas já não respondiam, doía-me as lombares e as dorsais, e além disso tinha ficado sem a companhia do atleta do Alhandra passaram por mim uma meia dúzia de atletas. No final desse sobe e desce aproveitei para parar 1 minuto para a minha 2ª paragem por motivos fisiológicos e ao mesmo tempo conseguir respirar que o segmento da bicicleta estava quase a acabar e o pior já tinha passado, mas agora tinha de "dar o litro" na corrida.


Acabei o segmento de ciclismo ligeiramente abaixo das 4 horas que era o meu objectivo, apesar disso fui só o 118º na bicicleta e estava com a sensação que não tinha mais ninguém atrás de mim, que era mesmo o último. Estava agora com sensivelmente 4h30m de prova, queria apanhar pelo menos 1 atleta na corrida para garantir que não ficava em último, mas não via ninguém quando saí do parque de transições. As sensações eram boas, estava a correr bem e abaixo do meu objectivo que era 5min/km. Quando entro no pinhal que era uma parte mais dura começo a passar atletas, rapidamente passo 4, já não ia ser último. Nessa altura passa em sentido contrário o Carlos Sá que estava a fazer em estafeta, no final ainda acabei por trocar umas palavras com ele, um simples "Parabéns pela prova!", mas deu para perceber a humildade de um dos melhores atletas nacionais e um dos nossos porta estandarte.

Voltando ao segmento de atletismo, entro na parte mais dura que nem estava contar com ela, muita areia solta, muitas pedras, ao bom estilo de uma corrida de trail, e aí sozinho e sem referências a minha média começou a baixar um pouco, apesar de me continuar a sentir bem mas não tinha o estimulo de ter alguém à frente ou atrás. Após esses troços mais duros começo a avistar atletas claramente debilitados, alguns a andar inclusivamente, entro em modo predador, apanho um, e mais um, e mais um...acabei inclusivamente por ultrapassar o João Santos que o tinha perdido no início da segunda volta do ciclismo e o atleta do Alhandra que tinha feito parte da segunda volta do ciclismo comigo. Durante o segmento de atletismo apanhei 15 atletas, o que vamos ver acaba por não ser anormal, tenho um ciclismo muito fraco e saiu tarde, como o meu atletismo é forte, acabo por estar junto a atletas com menos disponibilidade física, torna-se fácil ganhar lugares.


No final acabei o atletismo com uma média pouco superior ao que queria, mas em boas condições físicas, sentia que se tivesse de correr  mais 10kms corria e ainda ia apanhar mais meia dúzia de atletas. Acabei por ser o 70º no segmento de atletismo tal e qual como fui na natação, o que normalmente acontece a minha posição na natação é idêntica à da corrida, acabando com 6h20m de prova no lugar 101º da classificação geral. Super contente por ter acabado inteiro o meu primeiro Half Iron Man, assim como pelos meus companheiros de equipa, todos nós os 6 acabámos, sendo 4 de nós estreantes nesta distância, apenas o Nelson teve uma pequena queda na bicicleta que lhe deixou uma mão esfolada, mas sobreviveu e acabou a prova. Uma palavra de agradecimento à organização, bons abastecimentos (tirando depois de cortar a meta que não havia nada de substancial para comer), simpatia, prova lindíssima a nível de ambiente natural, bom esforço para que tudo corresse bem. Fica aqui a foto dos estreantes no final da prova para a posteridade com o Nuno Santos, o Nelson Moreira, eu e o Ricardo Costa.


quinta-feira, julho 03, 2014

Economia paralela

Desde que criei a minha empresa tenho tido um cuidado extra no que toca a pedir facturas, se já tinha o hábito de pedir agora é pré-requisito que me passem factura. O que tenho notado é que tirando as grandes superfícies e grandes eventos que não conseguem fugir ao fisco, ninguém tem vontade de passar factura e quando pedimos ainda somos olhados como criminosos.

Restaurantes, estadias em apartamentos, inscrição em provas desportivas e em muito mais situações as respostas típicas são: "Nós não passamos factura.", "Se quiser factura não é este o valor", "Ou paga a conta toda a dinheiro ou não lhe posso passar uma factura total", ou pior do que isso nem obtemos resposta quando fazemos a pergunta.

Por isso é que todos nós depois somos sobrecarregados de impostos, se a evasão fiscal não fosse tão grande todos nós pagaríamos menos impostos e o valor dos serviços e produtos seria mais baixo, enquanto assim continuarmos a maioria vai continuar a pagar mais, para uma minoria que continua a fugir aos impostos, mas a culpa é de todos nós que compactuamos com esta situação, e contra mim também falo, enquanto formos coniventes os criminosos somos nós e os outros é que se andam a rir às nossas custas.

segunda-feira, junho 30, 2014

Remada Musa 2014

Esta já é a 3ª vez que participo na Remada Musa, no primeiro ano desisti, o ano passado fiz na categoria livre com todo o equipamento de mergulho, este ano ia tentar novamente acabar na categoria corajoso depois de ter desistido no primeiro ano. Mas este ano levava um reforço de peso, o meu fato de triatlo, frio não ia passar e não ia desistir novamente por hipotermia.


Se no ano passado o meu número tinha sido o 69 este ano voltei a ter um número caricato, o número 13. Numa prova tão longa comecei calmamente tentando ir no meio de um grupo. Sabia que quanto mais saísse para longe da costa melhor, seria uma trajectória mais rectilínea, não podia era falhar as bóias. Ao passar a 3ª bóia o grupo dividiu-se, acabei por ir com outro nadador numa trajectória mais exterior. Curiosamente à passagem da 5ª bóia frente à praia do Tamariz o grupo voltou a juntar-se para passado uns minutos se voltar a dividir. 

Nessa altura fiquei sozinho, 2 nadadores abriram para fora e 2 ficaram mais junto à costa, como já conheço bem o percurso, decidi apontar ao edifício branco, alto um pouco antes da praia de S. Pedro, que era onde estava a meta. Essa altura é chata, há poucas referências visuais para nos guiarmos, e sozinho torna-se monótono. Ainda parei frente ao barco da organização para tirar umas fotos e eles perguntarem-me se estava tudo bem, e lá segui caminho.


Na ponta de S. Pedro vejo os meus dois colegas que tinham ido numa trajectória mais exterior, acho que andaram mais que eu, mas como foram a puxar um pelo outro tinham sido mais rápidos. Naqueles 400m finais até chegar à praia ainda os tentei apanhar, mas levava mais de 50m de atraso e já algum cansaço acumulado, acabei quase em cima deles mas não consegui apanhá-los, devia ter ido com eles quando o grupo se separou mas isso é fácil de analisar depois de ver o resultado. De qualquer modo a prova correu-me muito bem, fiz um tempo que não consigo fazer em piscina, está bem que não tenho o fato para me ajudar na piscina, mas o tempo final de 1h22m foi excelente para mim.


terça-feira, junho 17, 2014

Marginal à noite

Depois de ter baixado dos 40 minutos aos 10kms estava com alguma curiosidade para ver se tinha sido um acaso ou se conseguia manter aquele ritmo. O ano passado a Marginal à Noite tinha-me corrido bastante bem e como já conhecia o percurso não tinha grandes surpresas, sabia o que esperar, era uma vantagem que tinha para este ano.

Apesar de ter chegado 15 minutos antes da partida, o facto de ser uma corrida com muitas pessoas fez com que já ficasse muito atrás, quando passei pela partida já a prova levava 1m50s. O primeiro quilómetro foi para esquecer, muita gente a andar, que não percebo porque querem arrancar à frente já que vão a andar. Vou começar a não ir a corridas de massas que não tenham blocos escalonados de partida, para quem quer ir fazer bons tempos torna-se impossível com a confusão inicial. Só quando dividiram a estrada a meio é que consegui ir a correr no sentido contrário, sem atropelar ninguém, até os primeiros virem de frente, mas também nessa altura já estava bastante adiantado na corrida e os atletas que ali iam já tinham um ritmo muito idêntico ao meu.

Poupei um bocado as forças na última subida, tentei não baixar muito o ritmo, mas poupando um bocado para a descida final. Na descida final deixei sair o etíope e fiz aqueles 800 metros com uma média abaixo dos 3m30s/km, acabando mesmo num bom sprint e com a sensação que poderia ter puxado mais porque aguentava aquele ritmo mais tempo. Acabei com 30m55s, melhorando em 1m20s o tempo que fiz no ano passado.

Dados da minha prova:

  • Tempo de corrida: 30m55s;
  • Passagem aos 5km: 19m47s
  • Média por km: 3m58s
  • Velocidade média: 15,14km/h

quarta-feira, junho 11, 2014

Triatlo de Oeiras

Esta era a segunda prova que tinha no espaço de menos de 20 horas, se no dia anterior tinha batido o meu record aos 10km, este triatlo de Oeiras era para fazer o melhor que pudesse sem grandes objectivos e com o receio de quebrar na parte final devido ao esforço acumulado.

O primeiro segmento prometia, uma ondulação tão forte e alta que só dava para fazer surf, se fosse um banhista lá vinha o nadador salvador a apitar atrás de mim porque não podia ir para a água por estar bandeira vermelha. Muita cacetada como é habitual e dureza até à primeira bóia devido à corrente. Após a viragem da segunda bóia foi um tirinho até à areia. Apesar de não ter sido um grande tempo (pouco mais de 15 minutos), devido à ondulação, no geral até foi bom, fui o 131º em 320 triatletas.

A transição até correu bem e fui para a bicicleta ainda em muito boas condições. Até meio da prova andei quase sempre em grupos, protegendo-me e andado algumas vezes a rondar os 40km/h. Na pequena subida para o Alto da Boa Viagem não consegui seguir no grupo, 2 colegas de equipa conseguiram seguir com o grupo e eu fiquei para trás com o Zé Correia. Tenho de lhe agradecer imenso pela ajuda que me deu naquela fase que ficámos sem grupo, e onde ele puxou mais que eu para irmos apanhando alguns atletas que iam à nossa frente.

A transição para a corrida foi feita bastante rápida, tão rápida que me esqueci de levar o GPS para a corrida. No conjunto das duas transições mais a bicicleta fiz cerca de 39 minutos tendo ficado na posição 202, nada mal mesmo para quem costuma acabar a bicicleta nos 20% piores. Na corrida voltei a sentir-me muito bem como no dia anterior, parecia que ia de mota a passar todos aqueles que iam à minha frente, inclusivamente consegui ultrapassar os meus 2 colegas de equipa que tinha conseguido ir no grupo da bicicleta. Com cerca de 20m30s foi uma corrida excepcional depois de tanto esforço acabei a corrida na posição 97, e melhor que isso, consegui pela primeira vez fazer um triatlo sprint em menos de 1h15m, apesar das condições do mar, apesar do desgaste acumulado, fiquei super contente acabei na posição 145 da geral o que significa que acabei dentro da primeira metade do pelotão pela primeira vez. Foi um fim-de-semana em grande!

segunda-feira, junho 09, 2014

Aquaturismo - Azenhas da Seda

Para quem quer experimentar um pouquinho do nosso maravilhoso Alentejo, com alguma emoção, sem dúvida que as as actividades proporcionadas pelas Azenhas da Seda são algo a experimentar. O programa do fim-de-semana passou por aquapedestre, churrasco, campismo, canoagem (com alguns rápidos) e muita diversão.


Perto de Mora, numa propriedade isolada, mas com imensas condições, desde casas de banho, chuveiros de água quente, cozinha equipada, etc, podemos desfrutar da natureza ao mesmo tempo que temos todas as condições para um conforto bastante aceitável. Gostaria de levar outros amigos a este local pois tenho a certeza que iriam adorar, quem sabe um dia destes eu não volte lá.


BES Run - Lisboa

Não estava com muita vontade de ir até Lisboa para fazer esta corrida, no dia seguinte tinha o triatlo de Oeiras e estava com medo de ir às duas provas e arruinar as duas. Acabei por me mentalizar e ir ver o que dava, visto que novamente ia sair no último bloco de partida, com imensa gente à minha frente e provavelmente ia perder imenso tempo no início, não estava com nenhuma expectativa.

Passado os 2 primeiros quilómetros, 7m50s, não tinha perdido assim tanto tempo a passar a confusão inicial mas ainda estava muito no início, tantas vezes quebrei depois de bons quilómetros iniciais por isso não esta ainda entusiasmado. Nesta altura o vento estava de frente, tentei não me desgastar muito, protegendo-me atrás de outros atletas, esperar para dar a volta no sentido contrário e dependendo do tempo nessa altura, ver o que poderia tirar da corrida. Após a viragem, passagem aos 5 quilómetros, 19m45s, além de não ter quebrado até tinha ganho mais 5 segundos, mesmo com o vento de frente.

Nessa altura acelerei um pouco, comecei a passar diversos atletas e estava a sentir-me muito bem, não estava com aquela sensação de a qualquer altura poder estoirar porque estava acima do meu ritmo, e isso acima de tudo foi o que me fez pensar que podia desta vez baixar dos 40 minutos. Aos 8km estava com 31m35s, continuava a ganhar tempo, agora era quase certo que ia conseguir chegar abaixo dos 40 minutos, nem precisava de puxar muito mais.

No 8º quilómetro voltei a controlar um pouco o esforço, preparando-me para o último quilómetro que era ligeiramente a subir, este foi o meu quilómetro mais lento de toda a prova. Faço a viragem na Praça do Comércio, faltava um quilómetro, agora era sprintar e sofrer até ao final. Passei uma dezena de atletas nesse último quilómetro, apesar de ser a subir foi o meu quilómetro mais rápido da prova. No final um sprint na recta da meta e uma enorme satisfação por ter conseguido um objectivo que nem me tinha passado pela cabeça antes da prova começar.

Dados da minha prova:

  • Tempo final: 39m27s
  • Tempo médio por quilómetro: 3m57s/km
  • Velocidade média: 15,21km/h

terça-feira, junho 03, 2014

Meia Maratona da Areia

Esta prova veio como preparação para a ultra maratona do Atlântico, contudo pelo que me disseram este areal é muito mais plano o que torna tudo muito mais fácil, não podendo ser um bom ponto de comparação. De qualquer modo sempre deu para treinar a corrida em areia que é uma boa dificuldade adicional.


Os 2 primeiros quilómetros ainda consegui ir com o Rui, mas o ritmo estava a tornar-se desconfortável e como ainda era uma meia maratona decidi não embarcar em loucuras maiores e deixei-o ir (ele acabaria no 11º lugar por isso veja-se o ritmo). Até aos 8 quilómetros fui integrado num grupo de 4 corredores, nessa altura apercebi-me que tinha puxado demais e que se não conseguisse controlar o cansaço a coisa ia dar para o torto.

Ao fazer a viragem a metade da prova ainda ia com um tempo bastante bom pouco acima dos 47 minutos o que me daria um tempo final a rondar 1h35m, mesmo muito bom considerando que o piso era areia. O problema era que o vento agora era de frente e como ia sozinho ia a fazer o esforço todo. Quando fui apanhado por um grupo aí consegui descasar um bocado abrigando-me do vento, mas com o decorrer da prova cada vez me sentia mais cansado e acabei por ser incapaz de seguir com o grupo.

Outra coisa que nunca me tinha acontecido, e que aí sim foi um bom teste e aviso para a ultra, foi o consumo de água, fartei-me de beber e de despejar água sobre mim, ao ponto de até correr com a garrafa na mão eu que normalmente me desfaço rapidamente das garrafas depois de um golinho e de despejar um pouco sobre mim. Os últimos 3 quilómetros então e que foram a tortura total, já com a meta a vista parecia uma miragem que cada vez se afastava mais, só via corredores a passar por mim e eu quase a paralisar. Acabei super desgastado mais ainda no lugar 49 sendo outra vez o 22º do meu escalão com o tempo de 1h42m39s.


Dados da minha prova:
  • Tempo final: 1h42m39s
  • Velocidade média: 12,33km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 4m52s


sexta-feira, maio 30, 2014

Anúncio da Coca-Cola

Já faz uma semana que fomos fazer parte dos figurantes do anúncio da Coca-Cola, alusivo à final da Liga dos Campeões. Ora aqui fica o resultado das nossas figuras tristes, ainda por cima cortaram os desgraçados do Edgar Silvestre e do Pito, que só à 5ª tentativa é que conseguiu uma Coca-Cola, sobrei eu (com o nome de Armando) e o Tiago Neto. Um dia inteiro, mais de 20 figurantes, para gravar efectivamente praí durante 30 minutos, e no final só apareço eu e o Neto, dinheiro fácil mas para quem já foi figurante em anúncios sabe que é uma monumental seca.


Nunca pensei andar a cantar cânticos de outros clubes que não os meus, até era estranho e tinha de puxar pela imaginação pensado que estava a torcer pelos meus clubes senão saía ainda menos natural. Mas acho que imitei bem um adepto do Atlético de Madrid, até o Futre me veio dar um 'bacalhau' a pensar que eu era do seu Atlético.

segunda-feira, maio 26, 2014

Corrida do Guincho

Devido a ser dia de eleições o percurso da Corrida do Guincho teve de ser alterado, tornando-se um pouco mais curto que o inicial. Os primeiros 2 quilómetros foram bastante rápidos, sempre a descer, ao ponto de ir ainda algo perto da cabeça da corrida. A seguir a isso foi começar a subir e bem, nessa altura devo dizer que me senti algo ofegante e não esperava necessitar de caminhar nas subidas, mas desta vez teve de ser por breves instantes. Após o 1º abastecimento entrámos em empedrado e alcatrão, o restante da subida já consegui fazer muito melhor sem necessitar de parar, estava a começar a controlar a respiração (malditos pólens desta altura do ano, fazem-me sempre lembrar que tenho asma).

Nas descidas técnicas sou algo medroso, se calhar por já ter feito uma entorse, então quando se trata de descer conscientemente nunca vou a fundo de modo a minimizar a perigosidade. No último troço a descer ainda tive de parar breves instantes para prestar auxilio a um senhor que tinha caído e não estava muito bem tratado, esperei até que um colega de equipa ficou com ele e continuei a correr até encontrar alguém da organização para avisar que tinha caído um senhor e que necessitava de auxilio médico.

Comecei a última subida juntamente com mais 3 atletas, ao primeiro esticão ficámos logo com menos 1, e quando a subida aliviou um pouco houve mais um esticão, ainda tentei ir, mas nessa altura o melhor que consegui fazer foi desenvencilhar-me do 3º atleta ficando em posição intermédia. Até ao fim apercebi-me que já não conseguia voltar a apanhar quem ia à minha frente e limitei-me a gerir para os outros 2 que tinham descolado atrás de mim. Acabei com o tempo de 54m49s, na posição 63 de entre 540 atletas sendo o 22º dentro do meu escalão.

Dados da minha prova:
  • Tempo final: 54m49s
  • Velocidade média: 11,17km/h
  • Tempo médio por quilómetro: 5m22s