segunda-feira, junho 24, 2013

Remada Musa 2013

Esta era uma prova que tinha de voltar a fazer para exorcizar os meus demónio, há 2 anos atrás desisti pela primeira e única vez na Remada Musa 2011 e desde então que aquilo me estava entalado. A minha desistência deveu-se a hipotermia, logo este ano não ia novamente tentar fazer a proeza de nadar os quase 5km da prova sem fato. Este ano decidi ser original, vesti o equipamento de mergulho e vamos lá tentar fazer os 5km, frio quase de certeza que não ia passar com 7mm de fato à minha volta.


Finalmente deram-me um número apropriado, este ano eu era o número 69, e como é óbvio foi logo o gozo geral antes da partida, como se tivesse ganho o euromilhões. Logo que arranquei vi que ia ser complicado fazer tantos quilómetros com todo aquele equipamento, os braços estavam super presos e as enormes barbatanas, ideais para nadar debaixo de água, à superfície parecia que tinha de comer um bife a cada pernada. Escusado será dizer que ao final de 1km já mal batia as pernas, pelo menos servia para manter o corpo direito.

De início era para ir juntamente com o Nuno Felício, ele levava uma boia laranja facilmente visível, com uma Go Pro e um GPS para marcar o caminho, e assim também ajudava a proteger a boia para nenhuma prancha se prender ao fio que o Nuno usava para rebocar a boia. Mais ou menos na altura em que comecei a sentir as pernas cansadas por volta do final do primeiro quilómetro, não consegui mais seguir o Nuno e deixei-o ir, ficando a uma distância que conseguia-o seguir visualmente. Como a Remana Musa é uma prova longa não quis fazer a prova sozinho, acabei por ficar com um senhor que tinha conhecido no início da prova, o Mário Melo.

Devo dizer que para mim 5km é uma distância um tanto ao quanto grande, no final nem estava cansado, mas já estava saturado de nadar, já estava aborrecido, ainda por cima houve ali uma altura que apanhámos uma ligeira corrente de frente e parecia que não saiamos do mesmo sítio. Cheguei ao final perto dos últimos lugares, mas cheguei. A ideia do equipamento de mergulho foi boa para o frio mas tudo o resto nem por isso, além das dificuldades que já referi, ainda cheguei com uma queimadura por fricção no ombro devido ao fecho do fato, e com a cana do nariz inchada e dorida devido à máscara de mergulho. Para o ano está decidido, vou fazer de fato de triatlo e tentar levar a coisa um pouco mais a sério para fazer o melhor tempo possível.

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