terça-feira, fevereiro 26, 2013

Bom programador = Bom com o Google

Há uns anos atrás tive uma entrevista no Sapo para integrar a equipa de desenvolvimento. A entrevista foi feita por 3 pessoas, e a dada altura o 'Chico Esperto' que liderava a entrevista, (ele até podia ser muito bom tecnicamente, não sei, mas ali só demonstrou arrogância e falta de social skills) fez-me uma pergunta qualquer daquelas que apelava ao conhecimento bíblico. A minha resposta foi algo como - "Eu não sei, mas de certeza que o meu amigo Google sabe, só tenho de lhe perguntar" - Ao que ele retorquiu - "Essa é a tua resposta? Não tens nada melhor para dizer?" - Eu como já estava farto da arrogância dele e naquela altura já não me via a aturar uma pessoa assim todos os dias respondi algo como - "Sim é, eu não tenho a mania que sei tudo!"

Escusado será dizer que nunca integrei a equipa dele, e que quando me falam em propostas para o Sapo a primeira coisa que pergunto é, quem seria o meu responsável e se for a tal personagem nem me disponho a ser entrevistado. Além disso já obtive algumas informações sobre a pessoa porque podia ter aquele perfil a fazer a entrevista para tentar intimidar o entrevistado e coloca-lo sobre stress, mas parece que não ele e mesmo assim no dia a dia.

Passado estes anos todos encontrei este post muito interessante sobre o que um dos fundadores da Framebase.io, acha sobre o uso do Google, e o que ele ele considera que é um bom programador. Tendo em consideração o percurso deste senhor diria que a sua opinião tem alguma credibilidade.

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Audace - II Estrelas da Amadora

Este domingo participei pela primeira vez num desafio Audace. Os desafios Audace são provas  de bicicleta médias/longas distância, em autonomia total e organizados pela FPCUB (Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicletas). 

Devo dizer que gostei bastante da organização, simpáticos, com um mini abastecimento a meio da prova, carro vassoura para se houvesse algum problema com algum de nós e o valor de inscrição na prova quase simbólico. Ainda a acrescentar que houve um amigo meu que como morava perto do último controlo, não chegou a passar por lá e foi directamente para casa, a organização telefonou-lhe para saber se estava tudo bem...de valor.

Em relação à prova, dia brutal para a prática de ciclismo, tirando o maldito vento. A prova começava e acabava na Amadora. Da Amadora até ao final do Guincho tentei ir sempre com um grupo devido ao vento de frente que já sabia que se fazia sentir naquela zona, infelizmente não consegui seguir com o Neto, nem o Pre conseguiu seguir comigo porque não se estava a sentir bem, acabei por ficar no meio.

A seguir ao Guincho comecei a puxar e fiz a subida até ao Cabo da Roca a um bom ritmo e a passar bastantes ciclistas. Infelizmente tinha-me desgastado bastante porque a bicicleta tinha poucas desmultiplicações e subi sempre numa mudança algo pesada, senti-me cansado e tentei descansar na descida até o 1º posto de controlo em Colares.

Entre o 1º e o 2º posto de controlo foi quando me custou mais, fiquei sozinho, e o sobe e desce constante apesar de serem subidas curtas revelaram o desgaste a que fui sujeito na subida até o Cabo da Roca. Cheguei inclusivamente a apear numa das subidas. Quase à chegada ao 2º posto de controlo aparece o Neto, tinha-se enganado e tinha ido dar uma volta maior, apesar do sofrimento eu não tinha perdido assim tanto tempo.

A seguir ao 2º posto de controlo tudo foi mais fácil, terreno muito mais plano, ainda consegui seguir com o Neto durante 4-5km e depois deixei-o ir que ele continuava mais rápido. Entretanto juntei-me com mais 2 ciclistas que um conhecia-me da altura do ISEL e o outro acabei por descobrir hoje que é namorado de uma amiga minha...que coincidência!

Até ao final tirando umas rampazinhas que me tiraram o folgo foi bastante agradável, fomos numa amena cavaqueira, falando de bicicletas e das nossas viagens de bicicleta. Fica aqui também o percurso do Pre.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Ainda os duodécimos

Por acaso as reacções que as pessoas tiveram em relação aos duodécimos espantaram-me bastante. Julgaria que tal como eu, as pessoas preferissem receber os subsídios ao longo dos meses, pois isso acaba por ser um adiantamento dos subsídios que só receberíamos ao meio e ao fim do ano.

Se ao inicio fiquei espantado por em conversas notar que metade dos meus amigos preferia continuar a receber como antigamente, ainda mais espantado fiquei quando ao longo destes 2 meses acabei por constactar que a maior parte das pessoas prefere mesmo o esquema antigo.

O argumento para não mudar de esquema é que assim receberiam 2 ordenados extra que poderiam usar para pagar contas maiores. Eu prefiro guardar o dinheiro extra que ganho todos os meses num 'pé de meia' que me dê rentabilidade e na altura das contas então utilizo-o, penso como se nem sequer recebesse esse dinheiro extra.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

20km Cascais 2013 - Resultados

Pelo 3º ano consecutivo participei nos 20km de Cascais. Pela proximidade da minha casa é um percurso que me agrada e que conheço bastante bem, por isso esta é uma prova que já consta no meu calendário de provas a não perder todos os anos.

O dia estava frio, mas excelente para correr, passado 2 minutos de estar a correr já nem dava pelo frio. Este ano tinha como objectivo baixar da 1h35m, depois de ter feito 1h40m32s em 2011 e 1h36m31s em 2012.

Como já começo a ter alguma experiência neste tipo de distâncias e sei que normalmente não tenho grandes quebras nas partes mais avançadas das corridas decidi impor um ritmo vivo logo de inicio. A preocupação principal era abrigar-me do vento e andar sempre atrás de outro atleta ou conjunto de atletas de modo a ter protecção contra o vento, pois para quem conhece a zona sabe que sopra sempre um vento chato na direcção Guincho-Cascais.

Aos 8km ia pouco acima dos 36 minutos e sem me sentir desgastado, ou seja, se a prova fosse de 10km teria boas hipóteses de quebrar o meu desafio que dura há mais tempo, que é fazer os 10km abaixo dos 45 minutos. Aos 10km então passei com 45m30s, o que é dos meus melhores tempos de sempre aos 10km.

Até aos 17km tudo correu bem, e estava com uma boa margem de passagem que me garantia que ia fazer melhor que 1h35m, por volta dessa altura pareceu a última subida e as pernas começaram a ressentir-se. Não tinha poupado nada e ia pagar agora o esforço, o que vale é que depois dessa subida era sempre plano/descer até ao final. Consegui acabar com 1h32m14s, muito melhor do que eu esperava, e se antes da partida me dissessem este tempo não acreditaria, pois está muito perto da minha melhor média mesmo aos 10km.

Dados da minha prova:
  • Média por cada km: 4m37s
  • Velocidade média: 13km/h
  • Tempo de prova: 1h32m14s
De ano para ano tenho melhorado em cerca de 4 minutos a minha participação, mas a não ser que comece a treinar mais seriamente, com treino específico de corrida, creio que estou muito perto do meu limite. Ficam aqui os resultados dos 20km de Cascais 2013

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Nutrição e hidratação em exercício físico prolongado

Para este artigo vou tomar como base o meu último exercício físico mais prolongado, quando fiz a viagem Tróia -  Lagos de bicicleta. Estou a falar de percorrer quase 190km em cerca de 10h de exercício físico, num esforço contínuo moderado/alto.

Em primeiro lugar, e esta para mim é a regra mais importante de todas - "Bebe antes de teres sede e come antes de teres fome" - o corpo humano não é como um carro que se mete combustível e ele começa logo a andar, mesmo alimentação e bebidas de absorção rápida demoram o seu tempo a ser absorvidos (no mínimo 20-30 minutos), logo existe um tempo mínimo que se tem de esperar para o que ingerimos produza efeito. Por isso também digo que um exercício físico que dure 30-40 minutos não necessita de grande nutrição ou hidratação.

Durante o exercício físico existem componentes importantes que têm de ser repostos de modo a não ter grande quedas de rendimento, entre eles, carboidratos responsáveis por fornecer glícidos para produzir energia muscular, sais minerais que são constantemente perdidos através do suor, proteínas para reparação dos tecidos musculares e muito importante, água.


Na minha viagem consumi o seguinte:
  • barra de proteínas Positrim, que foi a minha principal fonte de energia
  • 3 barras de cereais para encher e não sentir fome
  • 1 pacote de fruta concentrada, bastante saborosa e de fácil ingestão mesmo para quem tem dificuldades em alimentar-se durante o esforço
  • 1 gel energético de absorção rápida, tento evitá-los porque são produtos essencialmente químicos e que o estômago e intestino não toleram muito bem, mas que são pura energia
  • 1 Nougat que é algo que adoro, frutos secos e caramelo são uma óptima fonte de energia, cuidado é com o excesso de frutos secos devido a terem uma digestão mais demorada
  • 1 barra de geleia, também uma boa fonte de glícidos
  • 1 fatia de salame de chocolate, mais uma vez fonte de glícidos

  • 1 litro de de Strive+ (bebida isotónica)
  • 1 garrafa de água das pedras salgada
  • 1 litro de água
Em relação à hidratação há várias coisas que preciso de dizer. Eu sou uma pessoa com um consumo extremamente baixo de líquidos, ainda por cima num dia chuvoso como estava aquele, logo a quantidade de líquidos que ingeri durante 10h não serve como exemplo.

Existem duas medidas vulgarmente utilizadas, durante o esforço físico deve-se beber 1 litro de líquido por cada 1,5-2 horas de esforço, e no final do esforço deve-se garantir que a quantidade de líquidos ingerida foi 1-1,5l por cada quilo perdido, visto que o peso que se perde em esforço é essencialmente a água do suor. Contudo no que toca à hidratação há alguns factores que se deve ter em conta, nomeadamente temperatura, e peso do atleta que influenciam directamente a quantidade de líquidos que é perdida.